- Eu não me importo de ser um tarado. – Deixei minha mão deslizar por seu corpo, encontrando seu membro. – Você me permite viver na luxúria com você agora?
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Luxúria era uma palavra tão forte...tanto quanto amor.
O amor que eu sentia por Heero.
Talvez a mistura desses dois sentimentos resultasse em algo positivo. Pensando por um lado racional...quem sabe o amor não purificava a luxúria?
A quem estava tentando enganar? Não existe justificativa para se deixar corromper pela luxúria, mas...diabos! Era Heero quem estava me tocando.
Me tocando naquela parte.
Sem que eu permitisse aquela mesma sensação que me assaltara momentos antes, estava novamente me engolindo. Aquela tortura...deliciosa.
- Eu permito...eu quero...tudo com você. – Murmurei, sentindo sua mão envolver aquela minha parte tão íntima.
Eu não posso precisar que tipo de som saiu da minha boca. Poderia ser um gemido, um grito ou um grunhido, mas o que quer que fosse estava mostrando a minha aprovação pelo gesto do meu...amante.
- Posso te tocar de outro jeito, meu amor? – Ele sussurrou enquanto sua mão me proporcionava mais e mais ondas de prazer.
- Po...pode sim. – Murmurei de forma incoerente.
Sem mais uma palavra ele se levantou rapidamente e me pôs sentado na borda da banheira. Eu o olhei assustado e confuso. Mas Heero não queria saber de dúvidas ou perguntas. Ainda calado ele se ajoelhou entre minhas pernas.
Segurando meu rosto entre suas mãos ele me beijou de forma delicada e carinhosa, me deixando desnorteado quando seus lábios se afastaram para encontrar o caminho do meu pescoço.
- Hee...Heero! – Gritei quando sua língua alcançou meu peito, sugando um mamilo. Cristo! Eu jamais poderia imaginar que aquele lugarzinho poderia me proporcionar tanto prazer!
- Calma, meu anjo... – Ele sussurrou de encontro a minha pele.
Seus dedos acariciavam minhas coxas enquanto sua boca continuava a brincar com meus mamilos, me fazendo murmurar coisas incompreensíveis até mesmo para mim.
- Deus...Heero...o que você...está fazendo comigo? – Perguntei quando puxei seus cabelos, fazendo-o me encarar.
Ele apenas sorriu e voltou beijar meu corpo, sentando sobre os tornozelos, dando atenção especial às minhas coxas.
Eu ofegava tentando entender o que estava acontecendo, mas toda a vez que um fio de razão era criado, Heero fazia meu corpo arder novamente com seus toques.
Se aquilo não era pecado então era alguma espécie de loucura, porque nada poderia ser tão bom sem ter algo de errado.
Seus dedos voltaram a envolver aquela parte tão sensível, enquanto sua língua brincava com minha razão, deslizando pela parte interna das minhas coxas. Acompanhei seu movimento e quando notei para onde a língua se dirigia me assuntei e puxei seus cabelos com força.
Aquilo era inconcebível, estranho e...parecia que seria bom. Mas mesmo assim? E se fosse algo ruim?
- Calma, amor, não vou machucar.
- O que...
- Apenas carinho, meu anjo, só vou te fazer carinho de um jeito diferente no seu...hum...membro. – Ele sorriu e eu soltei seus cabelos. – Confie em mim.
- Eu confio. – Declarei verdadeiramente.
Seus lábios então encontraram meu membro, fazendo-o desaparecer em sua boca. Eu arqueei as costas, gritando algo incompreensível.
Aquilo não era real, não podia ser real...as borboletas, os sinos na minha cabeça, aquela sensação de completude...Cristo!
Abaixei meus olhos e fitei os lábios de Heero subindo e descendo, provocando tanto prazer que sequer poderia ser nomeado, era...perfeito.
Alguns minutos depois uma sensação ainda mais forte me arrebatou, me levando para um vórtice louco de luzes multicoloridas e sensações estranhas e então...veio a satisfação plena e completa. Meu corpo amoleceu ao mesmo tempo em que eu sentia minha vista turvar e meu coração bater de uma forma ainda mais violenta.
Então eu percebi o que era realmente o significado da palavra prazer.
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Seu corpo só não caiu porque eu o segurei, fazendo-o se sentar em minha frente. Ele rapidamente apoiou e cabeça na borda da banheira e fechou firmemente os olhos, tentando normalizar a respiração.
Me debrucei sobre ele, buscando seus lábios com os meus.
- Tudo bem, meu anjo? – Perguntei suavemente, enquanto o fazia deitar parcialmente e me deitava entre suas pernas abertas.
- Acho que sim...mas é tudo tão estranho, intenso...bom. – Ele sorriu daquela forma inocente. – Mas...é certo?
- Sempre que estivermos juntos vai ser certo, nunca se esqueça disso. – Ele assentiu.
- Mas...isso que você fez foi tão...inesperado!
- É só um das muitas formas de proporcionar prazer, meu amor. – Eu deitei a cabeça em seu ombro. – Existem outras, mas isso não é importante agora. Você gostou?
- Muito! – Ele respondeu de forma entusiasmada. – Mas...e você?
Merda! Ele podia sentir claramente minha ereção roçando em sua coxa. Me ajeitei de modo que aquela parte que se encontrava um tanto quanto rígida não encostasse em seu corpo.
- O que tem eu? – Me fingi de inocente.
- Eu também posso te proporcionar prazer? Fazer você sentir o que eu senti?
Minha cabeça rodou e meu coração ameaçou parar por um instante. Era o paraíso com certeza!
- Se você quiser. – Murmurei, mordiscando sua orelha.
- Sim...eu quero.
Eu me sentei em sua frente, fazendo-o se sentar também e sorri amplamente. Segurando uma de suas mãos, levei-a até meus lábios beijando cada um de seus dedos delicadamente.
Duo me olhava de uma forma fascinada, acompanhando cada movimento meu com seus olhos ávidos.
- Tem certeza que quer, anjo?
- Sim. – Ele respondeu de forma firme.
Eu coloquei sua mão sobre meu membro, fazendo seus dedos se fecharem em volta. Gemi só com esse toque e percebi que não demoraria muito até explodir de prazer.
Ele me olhou confuso e eu movi minha mão sobre a sua, deixando claro o que eu desejava. Ele prontamente passou a mover os dedos de forma desajeitada no início, mas logo encontrou seu próprio ritmo, me fazendo jogar a cabeça para trás e gemer, chamando seu nome.
- Oh, Duo... – Lancei meu corpo para frente, procurando seus lábios, iniciando um beijo faminto, enquanto seus dedos se moviam mais rapidamente.
Minhas mãos afundaram-se em sua nuca, quando o beijo se aprofundou, exigindo mais de nossos lábios. Poucos minutos foram necessários para que eu mergulhasse naquele poço de prazer profundo, praticamente me perdendo em meio àquela sensação delirante.
Quando me afastei do beijo ele olhou de forma confusa para o meu rosto, parecendo assustado. Eu sorri e o abracei forte, passando suas pernas sobre minhas coxas.
- Obrigado, amor...foi maravilhoso.
- Foi?
- Foi sim, meu anjo...
- Foi a mesma coisa que eu senti? – Ele indagou curioso.
- Creio que sim. – Respondi de forma suave.
Ele buscou meus lábios e, apesar da minha surpresa, eu me deixei lavar, beijando-o de forma carinhosa.
- Duo... – Murmurei, bocejando em seguida. – Acho que devemos deitar, não?
- É...acho que sim. – Acariciei seu rosto, distribuindo pequenos beijos por suas bochechas e lábios.
- Eu te amo, Duo...mais que a mim mesmo. – Ele pareceu surpreso, mas em seguida sorriu.
- Eu também te amo.
Ele era meu e eu pertencia a ele. Nada poderia ser mais perfeito.
Me sequei primeiro, notando seu constrangimento em ficar nu em minha frente. Enquanto eu me vestia no quarto Duo se secava para em seguida vir em meu encontro.
Lhe dei apenas uma roupa de baixo e uma camisa para que ele vestisse, ele aceitou prontamente e logo estava enfiado debaixo das cobertas, em meus braços.
- É perfeito. – O ouvi murmurar.
- Sim...eu sei que é. – Beijei o alto de sua cabeça. – Durma com os anjos, meu amor.
- Sim...dormirei. – Ele brincou. – Amanhã podemos conversar sobre tudo isso? Tem tanta que não entendo.
- Tudo que você quiser. – Sussurrei, o abraçando mais forte. – Agora durma e descanse.
- Claro...eu amo você, Hee-chan...muito. – Meus olhos ameaçarem encherem-se d'água, mas eu não permiti.
- Te amo também.
E sem mais uma palavra adormecemos abraçados. Unidos para sempre.
Pelo menos era o que eu esperava.
(¯·..·¯·..·¯)
Um toque insistente em meu rosto me fez abrir os olhos.
- Bom dia, amor! – Estremeci com aquela voz grave e em seguida sorri.
- Muito bom. – Murmurei, me espreguiçando, sentindo todas as lembranças da noite anterior voltarem enquanto minhas bochechas coravam.
- Sei... – Ele sorriu, depositando um beijo em minha bochecha. – Te acordei porque eu gostaria que você fosse comigo para a cidade.
- Hum...não, Hee-chan. – Virei de lado, apoiando a cabeça em seu peito. – Eu quero ficar aqui e preparar um jantar bem especial para nós dois! – Ele acariciou meu pescoço delicadamente, enquanto, com a outra mão, puxava meu rosto para um beijo.
Eu me rendi completamente, sentindo todo o meu corpo se arrepiar com o ato. Definitivamente aquilo não poderia ser errado e com o tempo todas as minhas dúvidas se dissipariam.
- Então tudo bem. – Ele sorriu, se levantando em seguida. Fiz menção de segui-lo, mas ele não permitiu. – Durma mais um pouco, meu amor. – Eu assenti e afundei o rosto no travesseiro.
Vários minutos depois Heero voltou, já vestido e cheirando imensamente bem.
- Já vai?
- Vou, meu anjo. – Ele se sentou na beira da cama, me puxando para me sentar ao seu lado. – Vou tentar voltar o mais cedo possível, tá bom?
- Ótimo! – O abracei, buscando seus lábios, sentindo meu coração disparar.
Alguns minutos depois eu estava sem a camisa, com Heero sobre mim. Uma sensação estranha se apossou do meu corpo e tudo que pude fazer foi circular sua cintura com minhas pernas.
- Eu...não posso...tenho que ir. – Ele disse de forma sufocada.
Quando ele se afastou eu murmurei algo incoerente, enquanto sentia aquela pequena tortura de novo, junto com a frustração pela perda do calor do corpo dele.
Sem que eu esperasse ele abaixou minha roupa e engoliu meu membro, fazendo-me escutar alguns sinos em minha cabeça e as benditas borboletas no estômago.
- Hee-chan...eu... – Não consegui terminar a frase e explodi em sua boca, sentindo meu corpo amolecer depois.
- Você é delicioso. – Ele sussurrou em meu ouvido.
- Eu...eu...eu... – Senti minhas bochechas esquentarem, mas sorri, abraçando-o. – Obrigado, foi maravilhoso! – Ele segurou meu rosto entre as mãos e apenas assentiu. – Agora você...
- Preciso ir, meu amor.
- Mas, você está...
- Não importa. – Ele afirmou. – Quanto mais cedo eu for, mais cedo eu volto.
Alguns beijos depois ele foi embora, me deixando largado na cama, com o corpo satisfeito e com o coração transbordando de felicidade.
Céus! Como eu o amava!
Peguei no sono logo depois que ele se foi, ficando nesse estado até sentir a claridade atingir meus olhos de forma dolorosa.
- Hee-chan...fechas as cortinas. – Murmurei, virando de bruços.
- Não é o Hee-chan, seu pervertido! – A voz atingiu meus ouvidos ao mesmo tempo em que meu coração ameaçava sair pela boca.
Continua...
E aí, pessoas?
O que acharam desse cap?
E muito obrigada pelas reviews! Dá mais vontade de escrever e postar mais rápido!
Espero que tenham gostado! E, por favor, me digam o que acharam! Principalmente sobre a cena da banheira/vermelha/
E sobre uma pergunta que a KS (eu acho...perdoem a memória) me fez: minha inspiração chama Misao-chan! Putz...sou super hiper mega fã dela! Deixo aki então meus humildes parabéns por sua mente brilhante!
Um grande beijo para todos (as) vocês!Valeu pela força!
Arsinoe
