- Talvez um pouco, mas se você quiser que eu pare é só você falar. – Ele sorriu de forma doce. – Eu jamais arriscaria fazer algo que te causasse dor ou que você não quisesse.

- Então...eu quero sim! Eu...confio em você.

(¯·..·¯·..·¯)

Não era mentira, eu realmente confiava completamente nele. E era graças a essa confiança, eu me deixava conduzir sem esboçar qualquer medo ou apreensão.

Seus dedos viajaram por meu tórax, enquanto sua boca buscava a minha, iniciando um beijo extremamente carinhoso.

Céus! Como eu o amava!

Quando nossos fôlegos se esgotaram ele se afastou, me olhando intensamente. Eu retribuí o olhar, mergulhando naquele mar profundo.

- Você tem certeza mesmo, meu anjo? – Sua voz era um misto de preocupação e ansiedade.

- Sim, Hee-chan. – Afirmei mais uma vez.

Dessa vez ele pareceu se convencer.

Suas mãos alcançaram a barra da minha camisa, erguendo-a. Eu suspirei, deliciado com o contato da palma fria sobre minha pele quente.

Aparentemente o som que escapou dos meus lábios o encorajou, pois ele ergueu ainda mais minha camisa, deixando clara as suas intenções. Eu assenti, me sentando para me livrar do pano.

- Você é lindo, anjo...lindo demais. – Seu hálito acariciou minha bochecha e eu estremeci. – Solta pra mim? – Ele indagou, ainda com a boca colada em minha orelha.

- Tudo...que você quiser. – Murmurei de forma incoerente, enquanto meus dedos tratavam de desfazer rapidamente minha trança.

- Tudo em você me fascina...mas... – Suas mãos viajaram até minha nuca, enquanto ele me fazia sentar em seu colo. – Seus cabelos me tiram a sanidade. – Eu enrubesci e ele procurou meus lábios novamente.

O beijo dessa vez foi mais urgente e eu senti a necessidade de tocar sua pele, sentir diretamente o calor do seu corpo. Com um gesto sutil, deixei clara a minha vontade e, em movimentos rápidos, ele se livrou do colete e da camisa, deixando seu tórax a mostra.

Eu deixei meus dedos tocarem seu abdômen firme, maravilhado com a rigidez. Ele era lindo! Eu nunca imaginei achar um homem bonito, mas Heero era tão...perfeito!

Não sei precisar por quanto tempo fiquei apenas acariciando seu corpo, deixando meus olhos se banquetearem com aquela pele bronzeada, mas quando ergui o rosto Heero me olhava de forma intensa.

- Me...desculpe. – Enrubesci, voltando a abaixar a cabeça.

- Pelo que, anjinho? – Ele afagou meus ombros.

- Por ficar...te olhando assim... – Ele ergueu meu rosto, roçando seu nariz no meu.

- Isso não é errado...é bom...assim eu sei que você me admira e talvez até me ache bonito.

- Oh, muito! – Afirmei. – Muito bonito! Lindo! – Ele riu, sua voz profunda fazendo meu corpo se arrepiar.

- Não tanto quanto você. – E sem mais demorar ele me beijou, não me deixando retrucar.

Eu não conseguia acompanhar o beijo da forma que ele queria, sua boca exigia demais, vasculhando cada canto da minha, sugando a minha língua enquanto suas mãos viajavam pelo meu corpo, ora em minhas costas, ora apertando minhas coxas.

A sensação, já conhecida, se apossou do meu corpo, me fazendo gemer ainda mais entre seus lábios. Meu fôlego se esvaiu e eu espalmei as mãos em seu peito, empurrando-o.

- Ar... – Murmurei. – Preciso de ar. – Saí do seu colo e me sentei no tapete coberto pelos lençóis.

- Isso eu não posso te dar. – E, como um felino, ele praticamente pulou sobre mim, se encaixando entre minhas pernas, aumentando ainda mais aquela doce tortura.

(¯·..·¯·..·¯)

Os gemidos que escapavam daqueles lábios eram enlouquecedores. Aquela voz tão doce, macia...gemendo pra mim. Por mim.

Minha boca desceu por seu pescoço, beijando a pele delicadamente, enquanto eu sentia seu corpo se remexer contra o meu, fazendo alguns gemidos escaparem dos meus próprios lábios.

O meu controle estava se esvaindo por entre meus dedos, se passássemos daquele ponto, sabia que não teria como parar.

Não que Duo parecesse querer refrear as coisas.

Seus gemidos transformaram-se em gritos, quanto minha língua passou a brincar com seus mamilos, enquanto minha mão massageava seu membro de forma firme.

- Hee...Hee-chan! – Sua voz se elevou, deixando claro que ele estava perto demais do ápice.

- Ainda não. – Murmurei, ouvindo um tímido protesto quando me afastei.

Me sentei sobre meus tornozelos e retirei o resto de sua roupa, atento ao intenso rubor que tingiu suas faces, quando meus olhos pousaram maliciosamente sobre sua ereção.

Eu ainda custava acreditar que aquele belo anjo estava daquele jeito por minha causa.

Deus devia me amar.

Pena que nunca acreditei nele.

- Hee-chan? – Ele sussurrou e eu o olhei com carinho.

- Sim. – Me deitei ao seu lado.

- Faz isso parar. – Ele mordeu os lábios, conseguindo ficar ainda mais sensual.

- O que? – Perguntei preocupado.

- Ele tormento que está me queimando por dentro...por favor... – Seu rubor atingiu o ápice e eu sorri.

- Irei, anjo...irei fazer isso parar. – Murmurei, beijando seu pescoço.

Meus beijos desceram por toda a extensão do seu tórax e quando cheguei ao membro que implorava alívio, o ignorei, fazendo Duo abrir as pernas e expor aquela parte tão íntima.

Seus dedos puxaram firmemente meus cabelos quando minha língua alcançou sua entrada, acariciando-a. Seus gemidos aumentaram e seu corpo não conseguia ficar parado.

Eu tinha um belo anjo nu e excitado bem na minha frente. A vida poderia ser melhor?

(¯·..·¯·..·¯)

Céus! Eu jamais imaginei que ser tocado...lá...poderia ser tão bom!

Na verdade eu não sabia muita coisa que Heero estava me mostrando. Eu nunca soube que amar poderia ser tão bom. Como também não sabia que os toques dele em minha pele nua poderiam ser tão...abrasadores

Já havíamos feito algumas coisas antes, mas nada se comparava ao que eu sentia naquele momento. A certeza que nos uniríamos, que finalmente nos completaríamos, me atingia a todo minuto fazendo as borboletas se agitarem e meu coração disparar.

Isso quando meu corpo não estava ocupado sofrendo espasmos por causa da boca de Heero.

Sua língua deslizou, alcançando meu membro, fazendo um gemido incoerente rasgar minha garganta. Mas todo o prazer não conseguia apagar minha vergonha, a todo momento meu rosto se ruborizava, mais ainda quando senti um toque insistente...lá...

- Heero... – Tentei vocalizar minhas dúvidas, mas sua boca engoliu meu membro, fazendo-me esquecer como se articulava uma frase.

Estava tão absorto nas sensações que só reparei que havia algo sendo introduzido dentro de mim, quando a língua de Heero deixou meu membro. Era...o dedo dele!

Meu pânico foi palpável.

Não era dor era...a dúvida. Era o certo, estar com Heero era o certo, mas...havia algo que me incomodava. E me deixava apavorado.

Heero com certeza percebeu, pois logo se deitou sobre mim, me beijando com carinho.

O medo passou e eu descobri o que precisava.

- Duo...amor, tudo bem? Eu machuquei você? – Sua preocupação me tocou e eu o abracei forte.

- Não, Hee-chan...apenas preciso que você fique assim...pertinho.

- Eu entendo, meu anjo. – Ele beijou meu pescoço. – Então não lhe machuquei?

- Não. – Respondi de forma firme.

- Posso...continuar? – Ele perguntou de forma temerosa.

Eu assenti, deixando meus dedos chegarem em sua calça. Ele sorriu e, se afastando o mínimo possível, tirou o resto das roupas, colando seu corpo nu ao meu.

Estremeci e voltei a abraça - lo, procurando segurança.

E encontrei.

(¯·..·¯·..·¯)

Ele era tão puro...tão inocente. Quase me arrependia de tocílo.

Quase.

Deixei minhas mãos acariciarem seus braços, enquanto distribuía pequenos beijinhos por seu rosto, perguntando se tudo estava bem. Ele apenas assentia e me olhava daquela forma tão encantadora.

Eu o amava. E muito.

- Tem certeza que você quer continuar? – Perguntei enquanto meus lábios alcançaram os seus.

- Sim...se você ainda quiser... – Eu apenas o beijei, deixando bem claro meu desejo por ele.

Afastei um pouco nossos quadris e o fiz flexionar os joelhos, mantendo as pernas separadas. Pousei meus dedos em seus lábios e ele pareceu entender o recado, pois deixou sua língua passear por eles.

- Eu te amo...amo...amo muito. – Sussurrei em seu ouvido, quando deixei meus dedos procurarem sua entrada.

Ele enrijeceu, mas logo relaxou quando meus lábios alcançaram seu pescoço.

- Eu...amo você...eu...eu...quero ser seu. – Eu sorri contra sua pele, deixando um dedo penetra - lo.

Um pequeno gemido foi minha única resposta. Procurei em seu rosto algum sinal de desconforto ou dor, mas seu sorriso estava firme em seus lábios.

As palavras se tornaram desnecessárias, eu só precisava daquele olhar cheio de confiança, me dizendo que eu podia prosseguir. E foi o que eu fiz.

Em pouco tempo dois outros dedos faziam companhia ao que já estava em seu interior. Seus gemidos baixinhos de dor deram lugar a um grito extasiado quando encontrei um lugar bem especial dentro dele.

- Hee-chan...por favor... – Sua voz saiu rouca e eu não respondi, pois tinha certeza que a minha não estava em melhor estado.

Mais alguns toques em seu interior foram o suficiente para me convencer que ele já estava preparado. Deitando sobre sue corpo, posicionei meu membro na entrada já preparada.

- Eu...posso, meu anjo? Posso te tornar só meu? – Seus olhos buscaram os meus e seus lábios se curvaram num lindo sorriso.

- Eu já sou seu...sempre seu...

Meu coração bateu mais rapidamente e eu só pude beija - lo em resposta àquela declaração. Aos poucos e, com extremo cuidado, invadi seu corpo.

Suas mãos estavam em minhas costas, fixas, suas unhas cravadas na minha pele, me mostravam que estava sentindo dor, mas em nenhum momento ele recuou, permitiu que eu o invadisse por inteiro, finalmente achando meu lugar.

(¯·..·¯·..·¯)

A dor era algo...suportável.

Mas a sensação de pertencer alguém era apavorante. Na verdade era quase sufocante.

Mas não era ruim.

- Meu anjo...tão bom... – O ouvi sussurrar e o abracei forte, só então percebendo que minhas unhas estavam cravadas em sua pele.

Tentei me desculpar, mas ele se moveu tocando novamente naquele ponto que fazia meu corpo se arrepiar. Tudo que pude fazer foi gritar, afundando o rosto em seu pescoço.

Ele se moveu calmamente, mostrando que tudo poderia ficar ainda melhor. Eu não conseguia decidir o que era mais entorpecente: a sensação de ser dele ou o prazer que percorria meu corpo.

- Amo...amo você. – Foi só o que consegui articular quando seus dedos encontraram meu membro, envolvendo-o.

Eu gritei e me movi, perdido naquele mar de emoções e sensações. E Heero estava junto comigo, compartilhando tudo aquilo.

Era maravilhoso.

Os movimentos calmos e compassados me mostravam o quanto ele me amava. Eu podia sentir seu membro em meu interior, me invadindo, me tocando daquela forma tão íntima, proporcionando aquelas sensações que eu sequer imaginava que existiam.

O suor já escorria por nossos corpos quando a sensação de completude me atingiu, seguida da plena satisfação e do cansaço. Vi Heero sorrir e sorri junto, sentindo, minutos depois, algo quente invadir meu interior.

Com o corpo tremendo tanto quanto o meu, Heero caiu para o lado, afundando o rosto em meu pescoço.

Eu jamais esqueceria daquele dia. O dia que finalmente me entreguei e encontrei meu lugar.

Não importava absolutamente mais nada. Nos amávamos e ele me completava.

(¯·..·¯·..·¯)

Nada poderia ter sido mais perfeito. Toda a entrega, todos os sentimentos...tudo havia sido perfeito.

E por todos os céus! Como eu amava aquela doce criatura!

- Meu anjo... – Chamei suavemente, enquanto deixava meus dedos se enrolarem naquelas mexas macias.

- Hum? – Ele virou o rosto, me encarando com as bochechas ainda coradas e a respiração ofegante.

- Você...gostou? Eu te machuquei?

- Oh, amor! – Seus olhos brilharam de uma forma inocente. – Eu não sabia que podia ser tão bom...as sensações...você comigo...foi tão maravilhoso.

- Eu sei que foi...eu sei... – Murmurei, abraçando-o forte.

Ficamos apenas ali...existindo...por vários e vários minutos.

Aquilo era o suficiente.

O calor do corpo de Duo era reconfortante...estar com ele era...como voltar para casa.

Tudo que eu havia sentido enquanto o possuía fica passando e repassando em minha mente, me fazendo lembrar de seu rosto, sua expressão tão inocente e ao mesmo tempo tão lasciva. Acho que aquela entrega acabou com meu último fio de racionalidade.

Seu corpo se encaixou no meu, procurando calor. Eu o envolvi com carinho, mantendo-o preso em meus braços. E só Deus sabe como eu gostaria que ele jamais saísse dali.

Não sei quanto tempo se passou...minutos...horas...não importava.

- Anjinho... – Chamei suavemente. Ele se remexeu, afundando ainda mais o rosto em meu peito. – Vamos, amor...vamos tomar um banho.

- Não...tá tão bom... – Ele sussurrou, aumentando o aperto em volta de minha cintura.

- Precisamos. – Disse de forma suave, me levantando rapidamente.

Duo me encarou, os olhos arregalados e as faces completamente rubras. Ele era adorável. Para provoca - lo, deixei meus dedos correrem por meu tórax, vendo-o enrubescer ainda mais, mas seus olhos não desviavam do meu corpo.

- Heero, eu... – Ele se sentou, fazendo uma careta de dor. – Hum...dói. – Eu sorri, me abaixando em sua frente.

- Vou esquentar a água, apenas fique deitado. – Beijei seus lábios, mas quando tentei levantar ele me segurou.

- Quero...ficar com você.

Céus! Como eu podia ama - lo mais a cada segundo?

Sem mais palavras eu o peguei no colo levando-o junto comigo.

Acho que nunca mais poderia ficar longe dele.

(¯·..·¯·..·¯)

Eu estava terrivelmente envergonhado. Na verdade...estava mortalmente envergonhado.

Tentei não me importar com isso.

Mas foi difícil, quando ele acendeu um lampião e mais algumas velas no banheiro, deixando o ambiente completamente claro.

- Não...não se cubra. – Suas mãos seguraram as minhas, que tentavam cobrir meu membro.

- Mas...eu...eu... – Abaixei a cabeça, deixando meus cabelos circularem meu corpo, escondendo parcialmente a minha nudez.

- Você é tão lindo... – Ele se sentou na borda da banheira e me puxou pela cintura, fazendo-me ficar em sua frente. – Perfeito... – Meus cabelos foram jogados para trás e eu pensei em sair correndo...mas não o fiz. – Podia ficar para sempre só te olhando. – Seus dedos começaram a viajar pelo meu corpo, como se tivesse tentando decorar cada curva.

Minha excitação cresceu junto com a dele e em pouco tempo tudo o que eu podia fazer era gemer, sentado em seu colo dentro da banheira, sentindo-me ser preenchido de novo, apesar do meu corpo dolorido.

A sensação era indescritível e eu soube que não poderia viver sem ela. Da mesma forma que não poderia viver sem Heero.

Uma de suas mãos prendia meus cabelos e a outra acariciava meu membro, proporcionando ainda mais prazer.

Apoiei a cabeça em seu ombro, deixando meus braços circularem sue pescoço, enquanto meu corpo respondia por si só, se movendo da forma que julgava ser a certa.

Os movimentos lentos e carinhosos faziam nossos gemidos se confundirem, junto com várias declarações de amor. E todas eram verdadeiras.

- Duo...eu... – A mão que prendia meus cabelos, desceu até a minha cintura, acariciando-a de forma delicada. – Céus...te amo...amo demais... – Não confiei na minha voz para responder.

Quando seus dedos passaram a deslizar mais rápido por meu membro, meus gemidos aumentaram e eu o abracei mais forte, segundos depois explodindo em sua mão, sentindo a já conhecida sensação de satisfação.

Mas dessa vez Heero não se satisfez tão rápido.

Suas mãos passaram a segurar meu rosto, enquanto seus olhos me fitavam de forma intensa. Eu corei, mas não desviei o olhar. Meus cabelos formavam uma cortina em torno de nossos corpos, nos protegendo de tudo a nossa volta, tornando aquele momento ainda mais nosso.

Ficamos assim nos olhando por longos minutos, enquanto meu corpo dava ao dele o que necessitava. Meus movimentos se intensificaram e então a sensação de algo quente me invadindo veio junto com a respiração entrecortada de Heero contra o meu pescoço.

Eu acariciei suas costas, sentindo seus dedos em minha cintura. Quando seus olhos voltaram a encontrar os meus ele riu e eu ergui uma sobrancelha, confuso.

- Acho que vamos precisar trocar a água. – Eu ri junto, assentindo, mas meu corpo se recusou a se mover, querendo permanecer nos braços quentes dele.

Heero me deu o tempo que eu necessitava e depois de muito reclamar tomamos um verdadeiro banho.

Seus dedos estavam por todo o lugar...minhas costas, minha cintura, meus cabelos...sempre me assegurando de sua presença.

(¯·..·¯·..·¯)

Beijei delicadamente sua testa quando nos deitamos na cama, abraçados.

- Ainda está dolorido, meu anjo?

- Um pouco. – Ele se remexeu, cruzando os braços sobre meu peito, me encarando. – Posso te fazer uma pergunta? – Eu assenti, puxando um cobertor para cobrir nossos corpos nus. – Eu...também...poso fazer em você o que...você fez em mim? – Arregalei meus olhos.

- Eu...eu... – Sua expressão confusa tornou-se temerosa e então desolada.

- Desculpe...eu não deveria perguntar uma coisa dessas...só você quem...

- Oh, meu anjo! – O abracei forte. – Claro que você pode! – Ele suspirou aliviado. – Agora?

- Não! – Ele negou rapidamente. – Quando sentir vontade de novo. – Eu ri com toda aquela inocência.

- Sim, meu amor...mas logo vai acontecer... – Ele me olhou, confuso.

- Dá vontade sempre?

- Sim...eu pelo menos sempre vou sentir vontade com você. – Ele sorriu. – E creio que você também vai sentir...toda vez que eu tocar seu corpo assim... – Passei a língua pelo seu pescoço, sentindo-o se arrepiar.

- E podemos fazer quando quisermos? – Arregalei os olhos de uma forma que eles quase saltaram das órbitas. – Não? – Ele indagou, suas faces já se tornando rubras.

- Sim...podemos sim...sempre que desejarmos. – Ele assentiu, deitando a cabeça em meu peito.

- Que bom. – Sua voz soou baixa. – Sono...

- Durma meu anjo...durma bem... – Ele roçou o rosto contra o meu peito e em seguida me beijou. Eu correspondi, enquanto alisava suas costas sob o cobertor.

- Podemos fazer de novo...amanhã? – Eu sorri e apenas assenti, rezando para a noite passar depressa.

(¯·..·¯·..·¯)

A manhã chegou e trouxe a sensação estranha de acordar ao lado de outro alguém. Nu.

Estranho não quer dizer ruim.

Heero ainda dormia. Uma de suas pernas estava sobre mim, bem como um de seus braços e seu rosto estava afundado em meus cabelos, que se espalhavam a nossa volta.

Cruzei os braços sob a cabeça e fechei novamente os olhos, apenas sentindo como era bom pertencer a alguém. Ter um lugar pra chamar de lar.

- Anjo...você acordou cedo. – Eu sorri com o apelido e me aconcheguei a ele.

- Bom dia. – Murmurei, feliz.

- Realmente muito bom. – Sua voz rouca me arrepiou e quando seus dedos acariciaram meu abdômen eu percebi porque Heero havia dito que eu sempre sentiria vontade.

Ele permitiu que eu invadisse seu corpo. Seus gemidos em meu ouvido me mostravam que ele estava gostando, apesar da minha inexperiência. E eu fiquei plenamente feliz com isso.

Gemi quando explodi em seu interior, sentindo seu líquido quente escorrer por entre meus dedos.

Daquela forma explicitamos as nossas posses. Eu era dele e ele me pertencia.

Perfeito.

Em um estalar de dedos haviam se passado meses e ainda permanecíamos juntos. Heero me ensinou muitas coisas e eu mostrei a ele, como ele mesmo disse, que a inocência pode ser extremamente sensual.

Eu adorava ser amado por ele. Adorava seu hálito quente em meu pescoço, adorava quando seus dedos se entrelaçavam nos meus, adorava fazer amor com ele, sentindo seu corpo e seus sentimentos sendo entregues somente a mim, da mesma forma que eu me entregava apenas a ele.

Adorava amílo e também adorava acordar todos os dias com suas pernas sobre mim e seu rosto em meu pescoço. Adorava até mesmo seus ciúmes e suas pequenas birras.

Adorava pertencer a ele. E somente a ele.

- Meu anjo, o que você acha de irmos até a cidade passear um pouco? – Sorri, abraçando-o. – Podemos comprar algumas coisas. Eu também queria lhe comprar um presente e...

- O que você quiser! – Murmurei, afundando o rosto em seu peito forte. – Sou seu, Hee-chan...para sempre seu. – Ele assentiu, beijando meus lábios carinhosamente.

Finalmente meus demônios e tormentos haviam sido deixados para trás e pude me permitir ser feliz.

Plenamente feliz.

Com Heero.

Sempre.

FIM


Pessoas...vcs realmente chegaram até aki? Gostaram do...hum...lemon? (com as bochechas mais vermelhas que as do Duo.)

Bem...chegay a mais um final de fic...já to com saudade...snif.

Espero realmente que tenham gostado! Não só desse cap, mas da fic inteira! Foi muito gostosa de escrever!

Muito obrigada por todas as reviews e emails me apoiando, vcs talvez nem tenham noção do quão é importante para mim saber que estão gostando das minhas fics! Elas são meus bebês...

Bem...esse é o fim, mas eu to pensando em um pequenino epílogo...q cs acham? E claro...comentem por favor!

Obrigada aos que acompanharam até aqui!

Bjoks!

Arsinoe