N/A: Essa é minha primeira Poemfic. Me inspirei em um poema que minha profe de Português colocou numa prova. O nome do poema é "Dúvidas", e é de Carlos Queiroz Telles. É um romance/comédia. Espero que gostem!
Dúvidas
Estavam Sango e Miroku dentro da cabana, sozinhos. Chovia muito, e eles não podiam sair. Tiveram de refugiar-se na cabana, pois com a enrolação de Kagome e Inuyasha, não conseguiram chegar ao vilarejo da vovó Kaede à tempo.
---FlashBack---
Inuyasha e cia caminhavam pela floresta. Já estava escuro, e Inuyasha e Kagome discutiam: ela queria voltar, ele queria continuar. Sango, Miroku e Shippou só observavam.
"Não, vamos continuar por aqui" - disse Inuyasha.
"Vamos voltar, já está escuro..." - reclamava Kagome
"Vamos, antes que chova..." - ajudou Sango
"Se continuarmos indo em frente chegaremos a um vilarejo..." - opinou Miroku.
"Vai Inu-chan..." - Kagome fez beicinho.
"Só se você prometer que não vai mais dizer 'Senta' por pelo menos uma semana." - chantagiou Inuyasha.
"SENTA" - gritou Kagome - "Tá, a gente volta" - disse ele, com a cara no chão.
Assim eles deram a volta. Faltando pouco para chegarem ao vilarejo, a chuva começa. Primeiro, uma garoa. Mas logo cai aquela chuva... À frente eles vêem duas cabanas. Inuyasha, Kagome e Shippou correm para uma. Sango e Miroku correm para outra.
---Fim do FlashBack---
Miroku olhou mais uma vez para Sango, que olhava um ponto imaginário no chão, suspirando à todo momento.
Às vezes eu sinto que ela quer.
Outras vezes eu acho que não.
No que será que ela está pensando? Será que está apaixonada? Suspirando desse jeito, parece que sim... "No que está pensando, Sango?" - perguntou Miroku.
"Estava pensando... na minha vida."
"Na sua vida?"
"É que, vendo o Inuyasha e a Kagome juntos, eu fico com ciúmes."
"Ciúmes do que? Você gosta do Inuyasha?"- perguntou ele, indo para perto dela, com uma ponta de ciúmes.
"Não. Fico com ciúme deles estarem namorando."
"Entendo... você nunca teve um namorado?" - ao escutar a pergunta, Sango corou.
"B... bem... nunca me apaixonei po... por ninguém no meu vilarejo... e depois dele ter sido destruído encontrei vocês... isso deve responder a sua pergunta."
Ficaram um segundo em silêncio. Miroku sorria internamente, sabendo que Sango não tinha ninguém em mente... infelizmente, também não tinha ele em mente.
Ah, como grita o meu peito.
Cala a boca,
Coração!
"V... vo... você gosta de alguém?" - perguntou Sango, timidamente.
"Gosto." - disse ele. Ela baixou o olhar, triste.
"Posso saber quem é essa pessoa?" - perguntou ela com um tom de tristeza na voz.
"Cl... claro." - ele levantou-se decidido - "Essa pessoa é... é... essa pessoa é você... Sango."
Ela olhou para ele, surpresa.
A única coisa que ele queria nesse momento era fugir dali. Fugir e nunca mais voltar. A vida toda passando a mão em todas as lindas garotas que ele via pela frente, sem nenhuma vergonha. Agora isso: diz que gosta de alguém e quer sumir do planeta.
"E... e você?"
Ele olhou para ela, que continuava com a cabeça abaixada, e viu lágrimas escorrendo por seu rosto. Agora queria mesmo era morrer... morrer, ter os ossos esmagados e ser queimado. Talvez até, ser engolido pelo buraco do vento. A última coisa que queria na vida era ver sua amada chorando... por causa dele. Não sabia se ia lá tentar acalmá-la, ou se ficava olhando, se martirizando, por tê-la feito chorar. Opinou pela primeira opção.
"Calma, Sango. Eu não queria... eu não queria te fazer chorar... me desculpa."
"Também gosto de você..." - ela levantou o rosto: estava molhado por lágrimas de felicidade, e ela com um lindo sorriso no rosto - "Miroku... me beija?"
Agora queria fugir! Não sabia o que fazer. Afinal: que tipo de mulher que conhece bem o monge Miroku iria pedir um beijo dele? Resolveu que ia fazê-lo. Segurou o queixo dela com suavidade, como que para não quebrá-la, como se fosse uma boneca muito frágil. Estava realmente nervoso.
Ela não pode desconfiar que este vai ser o meu primeiro...
Aproximou mais e mais o rosto. Viu ela fechando os olhos. Parecia estar calma, apesar do rosto ainda molhado pelas lágrimas. Foi chegando mais perto, sentiu a respiração dela misturando-se com a sua. Estava nas nuvens. Agora, tão perto dela, não podia mais fugir. Tinha de ir até o fim! Porém, a inexperiência... Para afastar o nervosismo, fechou os olhos. Não tinha mesmo que ficar olhando... chegou mais e mais perto... retirou a mão do queixo dela, e a beijou. Foi um beijo doce, caloroso, cheio do carinho e do amor de ambos. Resolveu aprofundar o beijo, já que ela parecia estar gostando.
Estava indo tudo muito bem. Bem até demais. Sango ainda não tinha batido nele, por ter se atrevido a aprofundar um simples 'selinho'. Estava realmente gostando da sensação. Miroku, porém, notou que estava faltando alguma coisa...
Sufoco de vergonha e de falta de jeito.
E agora, meu Deus?
O que é que eu faço com as mãos?
Não queria que faltasse nada naquele mágico momento. Colocou as mãos nas costas dela. Ela estremeceu com o contato. Começou a afagar-lhe os cabelos, soltando-os da fita. Sango colocou os braços em volta do pescoço do monge. Miroku estava realmente gostando da sensação. Sango inclinou-se mais para frente, fazendo com que ficasse com os corpos frente a frente. Miroku começou a acariciar-lhe as costas, descendo gentilmente as mãos até a cintura. Sango inclinou-se mais para frente. Miroku abriu um pouco os olhos e viu a posição...
Às vezes eu sinto que ela quer...
Ele desceu mais a mão até...
Paft (tapa)(N/A: que onomatopéia mais tosca...)
Outras vezes...
eu acho que não.
"COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO??"- berrou ela.
"Força do hábito..." - disse ele, com um sorriso desconcertado e uma marca bem vermelha no rosto.
"E o que pretende fazer para concertar isso, hein, monge Miroku?"
"Ai Ai" - ele suspirou
Beijo ou não beijo? Eis a questão
FIM
E aí? Gostaram? Espero que sim. Essa é meu primeiro poemfic, portanto peguem leve nas críticas. Eu até que achei engraçadinho meu primeiro filinho... Reviews, por favor!
