Disclaimer: Originais de Saint Seiya não me pertencem e as estórias publicadas são meros trabalhos de ficção sem fins lucrativos.
Observação: Dêem uma olhadinha no dicionário se não souberem o que é 'espisteme'. Vale a pena... afinal, não é uma palavra qualquer, é linda, anotem e usem!
A Gênese
Capítulo 16
Episteme das Coisas
- Mestre Wang! Mestre... mestre!
- Eu sei o que te aflige, filha.
- Onde está Ishiro, Wang?
- você não sabe?
- Não!
- Vai saber.
- Mas mestre!
- Não pode esperar que todos resolvam seus problemas sempre, Mestra Li. Precisa se concentrar. Se o menino não estiver morto, você o alcançará – para isso Zeus o pôs nas suas mãos e nas de Aioria...
- Odeio Aioria! Com todas as forças da minha alma! Aquele covarde permitiu que a deusinha arbitrária e ciumenta mandasse Ishiro sabe-se lá para onde!
- O Monge não se apressa em julgar, mas antes em compreender, Mestra Li. Um problema de cada vez: ache o menino, depois descubra o que se passou com Aioria.
- Mestre, o senhor sabe de alguma coisa?
- O mesmo que você saberá, mas é preciso serenidade para que a verdade brote.
- Sim, mestre. Eu vou a Grécia, encontrar os amigos que me foram fiéis e estão empenhados em achar Dionísio.
- Agora me sinto melhor, ao menos estamos juntos. – Mu esfregou as pequenas mãos, geladas de medo.
- Mu, você não deve se culpar, você cuidou bem dele, ninguém poderia adivinhar uma coisa dessas...
- Ah, Li, sim, eu sei que não é minha culpa, mas eu me sinto miserável... eu o vi acordar e sair, ouvi os gritinhos dele! Ele foi capturado e mandado só Zeus sabe para onde e eu não pude fazer nada... nada...
- Agora não é hora de chororó. – Horemheb sentou-se à mesa redonda, único mobiliário da sala branca e apertada do apartamento de Aioria. Horemheb mesmo abrira a porta com um grampo de cabelo. – Estamos juntos e vamos achar o menino.
- Sim, mas por que estamos aqui? – Shaka estava impaciente, observando Horemheb, com sua longa saia branca egípcia, o cinto de ouro, olhos pintados de preto e longas pulseiras de ouro e esmeraldas. – Não pretende fazer uma performance, não é, faraó Máscara da Morte?
- Não, Shaka, embora eu veja que você está ansioso para me ver dançar seminu... A questão é: não seguimos a mesma religião, nossos deuses não atendem pelo mesmo nome. Eu sou um filho de Osíris, Li é taoísta, você budista e Mu já deve ter lido o Vedas de trás para a frente.
- Sim, e o que tem isso?
- Tem que vamos ficar aqui, dar as mãos e fazer um puta esforço até algum de nós conseguir captar mensagens mentais do menino e saber onde ele está.
- É louvável a sua tentativa, mas será que vamos conseguir?
Horemheb abaixou a cabeça resignadamente, enquanto terminava de desenhar em hieróglifos o nome da deusa Ísis no tampo da mesa.
- Espero sinceramente que sim. Escolhi este lugar porque é calmo e distante da acrópoles... Athena não pode nos ver juntos... sabe que não nos damos, ia estranhar rápido...
- Você está bem, Aioria?
- Estou, Ikki.
- Não está chateado por causa da coisa da armadura... está? Eu cumpria ordens.
- Athena já se desculpou comigo. E eu devo desculpas a você.
- Eu entendo. Teria feito a mesma coisa pela minha armadura de Fênix.
- Eu estou ainda um pouco zonzo...
- Eu sei, a Saori não deixa ninguém entrar. Eu enganei os guardas. – ele sorriu.
- Saori não deixa ninguém entrar?
- Ela proibiu visitas. Para você não se cansar, entende...
Aioria sentiu um aperto no peito. Engoliu o seco, tentando manter-se calmo. Não sabia mentir, mas Ikki era distraído como ele também era. Não iria notar... não podia notar...
- Saori tem feito o melhor por mim. Tenho muito a agradecer... sinto falta de Horemheb, ele é um cretino, mas eu gostava dele...
- É, eu sei, o safado acabou se mostrando um amigo e tanto... pena ele ter sido expulso do hospital por causa do ópio... – Ikki deu uma alta gargalhada. – Foi engraçado. Saori ficou furiosa, mas foi engraçado... também, coitado, depois de passar todos aqueles meses em vigília no hospital, ele só se comportou mal uma noite... acho que foi o recorde de tempo que Cérbero ficou sem aprontar nada!
- É... ele é terrível... mas acho que Li conserta um pouco aqueles que andam com ela...
- Isso lá é verdade. Ela deixou sua armadura com Kiki... eu nunca tinha visto alguém fazer aquilo com uma armadura de ouro antes...
- O que ela fez?
- Ah, claro, você não viu... ela apontou aquele dedinho miúdo para a armadura e ela caiu de você como se escorregasse! Aí ela disse, daquele jeito dela, de quem dá ordens desde o berço: 'Kiki, guarda essa armadura. Ninguém veste isso enquanto Aioria viver'. Sabe, eu acho que ela gosta de você...
- Ah... será?
- Bom, ela ia ao hospital todos os dias. Ela e o menino, cara, ele é um menino muito legal!
- É, é sim...
- Então, tipo, é um filho, sabe? É como se fosse! Mu treinou o moleque com a Li durante esses meses... você precisava ver, Aioria! Ele é bom, ele é muito bom! Ele assusta os moleques com os olhos!
- É... a Li treina bem, é uma coisa dos monges.
- É, ela é legal. Aliás, você sabe porque ela foi para a China?
- Ela,... tinha uns problemas para resolver com os monges...
- Ah! Então ela volta?
- Se Zeus permitir... ela vinha mesmo, Ikki? Sempre?
- Ah, sim, sempre. Ela vinha com o Ishiro. Nossa, ele chorava muito. Mas o moleque era esperto: quando chagava aqui fingia que não tinha chorado. É um moleque dos melhores!
- É... ele... ele já foi?
- É, foi. Foi péssimo. Porque você deixou, cara?
- Ele... ele...
- Puxa vida, foi preciso três cavaleiros de prata para agarrar o moleque! Mu está que nem louco.
- Ele foi à força?
- É. Você não sabia?
- Eu... eu... eu... imaginava.
- Ah...
- Ikki, você faria um favor, um favor de salvar vidas?
- Claro!
- Fale com Kiki que eu quero ver ele. Mas não diga para ninguém, peça que ele venha com telecinese... você sabe: eu não quero que Saori se preocupe comigo.
- Sim, pode deixar... será feito!
Antes que Ikki saísse, Aioria o chamou, segurou as mãos do outro e beijou-as.
- Você salvou a minha vida. É um homem de muita honra.
- Ora, somos amigos, ou não somos? – Ikki perguntou, desconcertado demais para dizer qualquer outra coisa que fosse. Esperava que Zeus em pessoa lhe beijasse as mãos, mas não Aioria... nunca Aioria...
- Sim, somos. Embora eu não mereça a amizade de ninguém.
Aioria juntou todas as forças que podia, vestiu-se e pôs-se de pé. Já era hora de dar um basta naquilo tudo. Apanhou o celular.
- Marin?
- Aioria, querido, você já está de pé?
- Preciso de um favor imenso. Se me ama, fará o que eu peço.
- Você está sério! Não está passando mal, está?
- Não... eu preciso que você converse com Seiya sobre um assunto. E me diga o que ele te disser.
- O que é?
- O paradeiro de Ishiro. Não deixe ninguém saber que sou eu o interessado, entendeu? Isso é vital, disso depende, quem sabe, a vida de Ishiro... e a minha... se algo acontecer com o meu menino, eu nunca vou me perdoar, entende?
Amy: Mais e mais Horemheb para você, dona Amy, já que agora o refém, digo, o capítulo da EV já foi liberado... e sim, Shaka pe ciumento e insuportável... mas ele é fofo...
Nana: Criatura abençoada, olha aí, dessa vez coloquei os fofos todos juntos para babar melhor. Mu, Shaka, Horemheb... e IKKI! Especialmente para as amantes do Fênix, uma boa ação do nosso bad boy!
Mikage-sama: Quando o meu papai se dignar a tirar o carrinho da garagem e fazer o percurso até Brasília, terra boa, estarei por aí para abalar a SQN! Bjus!
Eloarden Dragoon: Mais uma apaixonada por mestrinho Horemheb é demais... mas aí está ele fazendo a alegria da galera! E pode deixar que o que é de Saori ( quem? ) está muito bem guardado.
Lola Spixii: Lola do coração, eu adoro samba, adoro os desfiles, e como boa estudante de Literatura sei bem que poucas coisas são tão complexas e interessantes como o 'espírito carnavalesco'. Quando disse que não gostava do carnaval, não gosto do clima da cidade como um todo... você que 'se criou no samba' ( caraca, você fala muito igual a minha prima! ) sabe muito bem que o carnaval tem um lado muito chato, muita gente exibicionista, muita baderna, muita confusão e muita violência... o verdadeiro carnaval de rua está cada vez mais raro, o que é uma pena mesmo. O Carnaval ( verdadeiro! ) é a cara da nossa cidade... ( ps: Mme. Verlaine é uma mangueirense convicta, que ama Cartola e Pixinguinha! ).
Leitores quietinhos e tímidos que lêem e não comentam: OBRIGADO!!! Beijocas da tia Verlaine, bom final de semana, sejam felizes, tirem essas teias da boca, beijem muito e não deixem de telefonar para seus velhos amigos e dizer que os ama! Eeee! Tia Verlaine sentimental!!! Beijos!
