Comentários e Respostas às Reviews do Capítulo Anterior:

Pessoal, amanhã vou postar a fic em um bloco só no meu site. Para quem não leu ainda, tenho uma fic mais ou menos nova lá, "O Substituto", em que Snape e Harry estão apaixonados pelo Alan Rickman! Não vou postá-la aqui. Quem já tiver 18 anos e gostar de slash, eu aconselho a entrar no grupo Yahoo "Potter Slash Fics". O endereço está no meu perfil. A minha próxima história eu acho que não vou poder postar aqui também, portanto, o único jeito de vocês saberem quando estará pronta é entrarem no grupo ou ficarem clicando todo dia no meu site!

Raquel: És portuguesa? "Tá a ser um máximo" e "maçar" não são expressões que costumemos usar no Brasil, daí a pergunta. Fico feliz de ter leitores de Portugal; eu sempre fico curiosa a respeito das diferenças dos nossos idiomas. Adoraria saber escrever em português de Portugal. Não me maças, não, de jeito nenhum! Espero que tenhas gostado do final!

Paula Lirio: Paulinha! É isso mesmo, não descuida dos estudos não! Mas volte quando tiver um tempinho, porque a gente sente saudades de você.

Sheyla Snape: Espero que você goste do último capítulo!

Marck Evans: É uma das minhas frases favoritas também. Chega de papo, ao capítulo!

Karla Malfoy: Opa. Já tava fechando o arquivo quando chegou a tua review! Tem muitas fics K/S, mas eu só li uma que o Marck escreveu pra mim. Quem sabe ele publica para todo mundo ler? Espero que goste do final, lindinha!

Capítulo 5

Toda aquela atenção que Julio e sua esposa Tlalli dispensavam a seu corpo deixava Harry bastante embaraçado. Fora isso, o período de espera até seu casamento bastante relaxante. Só podia comer frutas, grãos e raízes, mas Harry não se queixava, porque as frutas eram deliciosas. E passar o dia em uma banheira com ervas e sais aromáticos não era a pior das alternativas em um clima tão quente quanto o da ilha.

Quando a ansiedade ameaçava dominá-lo, Tlalli vinha conversar com ele. Às vezes ela apenas o acalmava; outras vezes dava-lhe conselhos que o deixavam ainda mais preocupado e confuso. Ela lhe disse que aquele dia, 31 de dezembro, não era o último do ano em seu calendário, mas que era um dia importante: Miquiztli, que significava Morte.

— Miquiztli é o Desconhecido, o que está envolto em sombras. É um dia de transformação, e significa o breve momento que separa o fim de algo velho e os novos inícios.

— E esse deus-pássaro-serpente, qual é a história dele?

— Quetzalcoatl é um deus diferente na história dos povos daqui, porque, ao contrário dos deuses guerreiros, ele não queria sacrifícios humanos, ou de animais; aceitava apenas oferendas de pão, flores e perfumes. Ele ensinou os homens a praticar todas as artes, a trabalhar a prata, a fazer estátuas, construir edifícios, pintar figuras e sinais em livros, a calcular os períodos da Lua e do Sol. Depois, com a emergência de deuses guerreiros, ele foi derrotado, expulso e, segundo contam alguns, acabou tirando a túnica de penas brilhantes, a máscara de pele de serpente e, deixando tudo na areia, se atirou em um abismo ardente e foi reduzido a cinzas. Mas outros acreditam que ele, ao chegar à praia, fez uma jangada de serpentes e saiu navegando, e que um dia vai voltar. Quem sabe não é você? Afinal, você conversa com as serpentes...

— Ele conversava com as serpentes?

— Provavelmente, já que era uma delas! Ele era uma serpente voadora.

O tempo passou lentamente, mas, enfim, Julio foi buscá-lo para levá-lo ao templo. Tlalli lhe deu um manto de plumas de quetzal e mandou que o vestisse. Contou a ele que Severus usaria um manto igual.

— Verde, vermelho, dourado... Falta só a prata para ser a fusão das cores de Slytherin e Gryffindor — comentou Harry.

— Ah, a prata está lá no templo de Quetzalcoatl! — disse-lhe Julio. — Você verá.

Julio o conduziu por uma trilha no bosque, iluminada por lampiões. Andaram cerca de um quilômetro até o magnífico templo surgir à sua frente, sobre uma alta pirâmide em degraus.

Harry contou 64 degraus até chegar ao topo. Do lado oposto, Severus chegava, conduzido por Tlalli. O coração de Harry, já acelerado pela subida da pirâmide, bateu ainda mais forte. Severus estava deslumbrante, em seu manto colorido, e o fato de ele ter aceitado vesti-lo era, para Harry, uma verdadeira declaração de amor.

Julio e Tlalli os deixaram a sós, e os noivos entraram no templo de Quetzalcoatl, que fora preparado especialmente para eles. Ali, eles estariam a sós, até o momento em que saíssem.

O templo era belíssimo, todo de prata por fora. Dentro, havia quatro subdivisões: a do leste era de ouro, a do oeste incrustada de esmeraldas e turquesas, a do sul tinha as paredes cobertas de conchas do mar e a do norte era de jaspe. Os recintos eram separados internamente por arcos, mas de todos os pontos do templo podia-se ver, ao centro, uma estátua gigante de Quetzalcoatl, o pássaro-serpente.

Harry e Severus precisavam consumar seu casamento no altar de Quetzalcoatl. Este, ficava bem ao pé da gigantesca estátua, e havia sido coberto com uma toalha também nas cores do quetzal.

— Er — disse Harry quando chegaram diante do altar. — Isso vai ser meio estranho, não?

— Não seria o local de minha escolha, mas, enfim, como você disse, não nos resta alternativa — respondeu Severus, com um brilho travesso nos olhos. Então Severus ficou sério, parecendo tenso. — Temos de começar imediatamente. Já é quase meia-noite na Inglaterra, e o Lord das Trevas pode ativar a marca a qualquer momento.

Harry se despiu, tirou os óculos e subiu sobre o altar. Severus também tirou suas vestes coloridas, e deitou-se sobre Harry, cobrindo-o com todo o seu corpo.

Severus acariciou-lhe os mamilos sensíveis, suas mãos suaves como plumas. Harry se remexia todo, e começou a lamber todo o corpo do noivo.

— Você sempre é saboroso, mas hoje, com aqueles óleos e banhos aromáticos, dá vontade de comer você todinho...

— Eles tocaram em seu corpo... — Severus o fitava intensamente.

— Claro! Tocaram no seu, também. Eu não fiquei com ciúme, porque sabia que estavam fazendo isso por nós.

— Eu sei. — Severus afastou-lhe uma mecha de cabelos rebeldes do rosto. — Julio me explicou que não precisamos de lubrificante, por causa das preparações mágicas por que passamos.

— Você discutiu esses detalhes com Julio?

— Ora, eu tinha de saber! Escute, nós vamos ficar brigando ou...

— Tudo bem. Vamos fazer o que temos de fazer, então.

Severus respondeu traçando com a língua um caminho do tórax até a virilha de Harry. Então separou-lhe as pernas, afastou-lhe os testículos e começou a lamber a região atrás deles.

— Oh... Por Quetzalcoatl! Você nunca fez isso antes!

Em vez de ocupar-se em responder, a língua de Severus parecia ter coisas melhores a fazer. Quando Harry sentiu aquele órgão molhado e rígido penetrá-lo e forçar-lhe as paredes da estreita fenda, contorceu-se todo, e gritou para valer.

Quando Severus retirou a língua, Harry quis protestar, mas logo Severus estava erguendo-lhe as pernas, passando-as ao redor da cintura, e preenchendo-o de maneira ainda mais completa. Em uma só estocada, Severus penetrou até o fundo.

— Oooooph! Severus!

— Essa preparação mágica dos Tlamacazqueh funciona mesmo, ahn?

Depois nenhum dos dois falou mais nada, pois as emoções que os dominavam eram intensas demais. Suas mentes sintonizaram-se, e eles passaram a conversar mentalmente. Severus fazia amor com Harry da forma mais lenta possível, prolongando ao máximo cada sensação. Harry se sentia em um êxtase contínuo.

De repente, no entanto, Severus arquejou e levou a mão ao braço.

É agora, Harry. Vamos invadir a mente dele.

E o mar de êxtase em que Harry flutuava foi invadido por uma batalha mental, em que ele tentava se deixar guiar apenas por seus sentimentos.

Então a voz de Severus se elevou por sobre tudo o que se passava tanto em sua mente quanto em seu corpo:

— Harry, eu te amo.

A declaração de Severus, naquela hora, foi o que bastou para Harry acreditar que eles poderiam vencer. Impelindo-se contra Severus e gritando seu amor por ele, Harry gozou, e sentiu Severus gozar dentro de si, ao mesmo tempo em que um grito de ódio e derrota ressoava em suas mentes.

.s.s.s.s.s.s.s.

— Isso foi muito estranho — disse Harry, assim que conseguiu recuperar a capacidade de raciocínio. — Eu prefiro fazer amor com você sem ter de matar Magos das Trevas ao mesmo tempo.

— Nós nos livramos dele, Harry! — Severus abriu um sorriso como Harry jamais vira. — Veja, a minha Marca desapareceu.

Harry o abraçou com força. Mistura de sementes de sésamo com arroz, pensou, rindo muito.

— Diga de novo que me ama, para eu não pensar que foi só uma manobra Slytherin.

— É óbvio que foi só uma manobra.

— Severus... — rosnou Harry, no tom mais ameaçador que conseguiu.

Nimitznotlazohtilia — respondeu Severus.

Harry fez uma careta.

— Certo... Tenho de me acostumar com o náuatle, já que vamos viver aqui.

Mas Severus ficou sério.

— Precisamos conversar sobre isso antes de juntarmos a Julio e comemorarmos. Você vai querer voltar para Hogwarts e concluir seus estudos?

— Só se você voltar. Eu preferia ficar aqui. Não quero mais ser Auror. Quero viver em paz, com você.

— Tem certeza? É só um ano e meio.

— Um ano e meio tendo de esconder meu relacionamento com você? Impossível. Afinal, agora nós estamos casados. Eu só... — Harry hesitou.

— O quê?

— Eu só gostaria de não perder totalmente o contato com Ron e Hermione.

— Isso não é problema. Eles não usam corujas para entrega postal aqui, porque acham que as corujas são animais de mau agouro, nem quetzals, porque são animais sagrados, mas você pode enviar um corvo contando tudo e dizendo que podem vir nos visitar. De vez em quando, e não por muito tempo, é claro — acrescentou Severus.

— E como sobreviveremos aqui?

— Teremos de arranjar outro lugar para morar; não podemos ficar para sempre na casa de Dumbledore. No entanto, a vida aqui é bastante barata. Eu posso vender poções. E... eu estava pensando, e até conversei com Julio a respeito...

— Fale logo, Severus! Nunca vi você enrolar desse jeito.

— O que você acha da idéia de fundarmos uma escola de magia aqui?

— Eu dou aulas de Defesa contra as Artes das Trevas!

Severus fuzilou-o com os olhos.

— Você sabe que essa matéria é amaldiçoada, não sabe?

— Aposto que foi você que a amaldiçoou...

Severus não aceitou a provocação.

— Na verdade, eu estava pensando em um tipo de ensino adaptado aos costumes da ilha. Todos teriam aula ao mesmo tempo, e sem uma divisão rígida de matérias. Você, eu, Julio, Tlalli e talvez outros bruxos indicados por Julio seríamos os orientadores. Ensinaríamos os temas de maior interesse para a população daqui.

— Fantástico. Mas você se adaptaria a um tipo de ensino assim, não ortodoxo?

— Por que não? Eu sempre odiei a burocracia de Hogwarts. É que lá precisamos lidar com alunos imbecis que não estão interessados nas matérias, e não há nada pior do que isso para um professor. Aqui, quem não estiver interessado não precisa participar.

— Uma escola livre.

— Livre como os quetzals. E como esta ilha.

— Perfeito! — exclamou Harry.

Severus desceu do altar e puxou Harry pela mão.

— Então vamos nos vestir e comemorar o fim do nosso pesadelo e o nosso novo início.

Alguns minutos depois, Severus e Harry seguiram de mãos dadas rumo à porta do templo, sob a sombra magnífica de Quetzalcoatl, o deus da ressurreição.

Fim