Capítulo
Dois
Sometimes I
Feel like I trusted you too well
Sometimes
I
Just feel like screaming at myself
Sometimes I'm
In
disbelief I didn't know
Somehow I
Need to be alone
(Don't
Stay - Linkin Park)
Em situações de raiva, perigo ou torpor, Deus, com toda sua grandeza, permite que nós seres humanos tenhamos uma única reação que se repete por vezes consecutivas nos fazendo parecer alguém que acaba de sofrer uma concussão cerebral.
Eu estava parada no meio do Campo de Quadribol, as mãos abrigadas no bolso do jeans, os dentes trincados de tanto frio, enquanto tudo o que conseguia fazer era amaldiçoar o nome de Draco Malfoy assim como um serial killer ao falar sobre sua última vítima.
A verdade é que eu estava irritada. A culpa não era inteiramente de Draco Malfoy, porém era exatamente nele que minha mente estava colocando todo o peso de minhas mágoas.
Afinal,
o que seria de uma mocinha se não existisse um vilão
para se colocar a culpa ?
Pelos meus cálculos, até
aquele presente instante Ele era o culpado por alguns delitos que
terei o imenso prazer de listar aqui:
a) o fato de eu ter sido rejeitada por Harry Potter.
b) o fato de eu ter sido cruelmente iludida por Harry Potter.
c) o fato de eu não possuir tanta graciosidade (não sei se essa é a palavra correta para classifica-la, mas mesmo assim vamos lá) quanto Luna Lovegood.
d) o fato de eu ter esquecido de trazer um moletom comigo para o Campo de Quadribol.
e) o fato de eu ter perdido o manual de instruções da Magic Beauty e por esse motivo não poder ter tirado a maquiagem do rosto.
f) o fato de que eu estava com os olhos marejados e mesmo assim não conseguir soltar uma lágrima.
Na verdade, Draco não era o culpado por nada disso.
A
única pessoa que merecia ser condenada era eu. Eu e minha
infinita tolice.
Pois, em sete anos, eu deveria ao menos ter
crescido uns três (emocionalmente falando) para saber que
separar a amizade do amor é sempre bom e que amores platônicos
só lhe levaram por uma estrada de autodegradação.
Eu também deveria ter me lembrado que as madrugadas de Hogwarts são incrivelmente frias e que o fato de que estávamos com os dois pés dentro do verão era totalmente irrelevante. Sem contar que eu havia esquecido de procurar o manual debaixo do meu malão, aonde por acaso encontrei-o depois.
E quanto ao problema com minha reserva de lágrimas, acho que Draco é parcialmente culpado. Por incrível que pareça, aquela doninha me fez chorar muitas vezes durante sete anos e se meu estoque pessoal de lágrimas estava secando, Ele poderia sentir-se culpado por isso (acho que Harry Potter também, mas não é sobre ele que estamos falando).
Ah!
Será que já mencionei que Draco Malfoy estava
atrasado?
Quinze minutos e nem sinal da figura translúcida.
Então,
meu cérebro lentamente foi voltando de sua longuíssima
estadia na terra do limbo e assumiu suas funções de
sempre.
Foi aí que eu quis sair correndo.
Repentinamente,
um flash de sanidade disparou em minha mente.
Que diabos eu estava
fazendo ali ?
Esperando Draco Malfoy ?
O mesmo Draco Malfoy,
cujo pai, duas semanas atrás tinha a varinha encostada na
minha veia jugular e agora estava a sete palmos debaixo da terra no
cemitério de Salazar's Hollow ?
Será que em nenhum momento eu havia cogitado que o único objetivo Daquela doninha insana poderia ser trazer-me para fora da escola e terminar o trabalho de Seu adorado papai em nome da tradição da família ?
Era
tão óbvio que parecia ridículo.
Minha reação
foi tentar dar meia volta e partir dali.
Só que como vocês
podem imaginar, não consegui.
E isso porque, quando me
virei, dei um encontrão em ninguém mais ninguém
menos que Draco Malfoy.
Sim,
Ele estava parado ali todo esse tempo. Há meio passo de
distância.
E eu gritei. Certo, acho que a palavra mais
certa seria berrar.
E vocês sabem tudo o que Ele
fez?
Riu.
Como se achasse meu susto algo incrivelmente
divertido de se ver.
- MALFOY! – vociferei quando finalmente recoloquei meus olhos dentro das órbitas – POSSO SABER O QUE FAZIA AÍ?
- Checando as condições de vôo – informou tranqüilamente enquanto olhava para o céu sem nenhuma estrela – E também estava achando bastante divertido o mantra que você estava entoando. Como era mesmo? Algo como, Malfoy eu te odeio, Malfoy eu te odeio.
- Da próxima vez que resolver ficar parado feito um dois de paus atrás de mim, pode fazer o imenso favor de avisar? – indaguei irritada só então percebendo que Ele trazia em cada uma de Suas mãos uma vassoura – Qual é a Starbolt?
Starbolt.
Vassoura da linha Bolt, a mais veloz, anatômica e eficiente
vassoura do mundo bruxo (ao menos naquela época).
Como eu
sei disso?
Ora, com amigos como Ronald Weasley você pode ter
certeza que sempre estará por dentro de tudo no quesito
vassouras e esportes relacionados.
- Essa – disse entregando a vassoura da mão esquerda – Acho que até alguém sem talento como você é capaz de montar essa daí.
- E quem é você para medir meu talento ? – essa era boa, Draco Malfoy, Aquele que nunca ganhou uma partida de Quadribol para a Grifinória, querendo me dizer se eu tinha talento ou não.
- Ora, Granger, eu tive o desprazer de fazer aula de vôo com a Grifinória durante o primeiro ano. Digamos assim, era quase impossível não reparar no seu pavor crescente toda vez que alguém falava a palavra vassoura perto de você.
- Bem, eu evoluí bastante sabia ? – grande mentira – Se passou muito tempo.
- Eu não duvido disso. Aposto que você estava na sala comunal da Grifinória até agora trocando dicas de vôo com Potinho e Fuinha, não é ?
Por
qual motivo Ele tinha que mencionar o nome (ou o apelido) de Harry
?
Essa simples menção fez impulsionar a última
gota de lágrima existente em mim e ela desceu rolando
vagarosamente de meu olho direito e pareceu hipnotizar a mente
perversa de Draco.
- Você está tão estranha – concluiu desviando sua atenção de mim – Aliás, vocês garotas são todas estranhas.
- Esqueça – murmurei limpando a lágrima antes que ela tocasse meu queixo – Vamos voar ou não ?
- Vamos – respondeu olhando novamente para o céu – Antes espero que você entenda algumas regras. A primeira é que você não vai voar acima de quatro metros, realmente não quero juntar seus restos mortais ...
- E você se importa ? – interrompi monotonamente enquanto olhava para o cabo bem polido da vassoura – Se importa se eu me espatifar ?
- Não – e abriu um sorriso que mostrava Suas duas fileiras de dentes brancos – Mas eu ainda não sei como explicaria para Dumbledore e por isso é melhor você não se quebrar em tantas partes.
- Certo – concordei distraída – Mais alguma coisa ?
- Acho que você sabe como a Derrubada funciona – concordei com a cabeça – Mas nós iremos mudar um pouco as regras do jogo, afinal nós estamos em dois – concordei novamente com um leve aceno de cabeça – Nós iremos dividir tudo em dois tempos de tempo limite quinze minutos. No primeiro eu corro atrás de você e tento lhe derrubar, enquanto no segundo nós invertemos.
- E se você conseguir me derrubar no primeiro e eu no segundo ? Ou então se não conseguirmos derrubar um ao outro ?
- Morte súbita.
- Claro – engoli em seco – E aí, vamos começar ?
-
Com certeza, já que serei eu que tentarei lhe derrubar, você
pode subir primeiro.
Ótimo.
Então, eu teria que subir na vassoura, bem isso não era tão fácil, mas como é que eu iria fazer para voar ?
Fiquei
por alguns segundos analisando a vassoura, como se quisesse
certificar-me de que nada havia de errado com a Starbolt, porém
na verdade, eu estava procurando algum tipo de botão, escrito:
EJETAR, para que eu pudesse apertar e levantar vôo.
-
Granger, eu não tenho minha vida inteira ...
- Malfoy, nós temos um pequeno problema aqui.
- E qual é ? – indagou como um paciente professor ao ouvir Neville Longbottom questionar certo assunto.
- Eu não sei levantar vôo.
- Mas você disse ...
- Esqueça tudo o que eu disse, não sei levantar vôo.
- Ora, Granger, por favor, é muito fácil.
- Para você – retruquei irritada – Eu não gosto de vassouras.
- Independente de você gostar de vassouras ou não, deveria saber que manusear uma corretamente é extremamente útil.
-
Então, como é que vamos fazer ? Não sei voar,
não tenho idéia de como fazer isso.
- Posicione-se
na vassoura – disse Draco pacientemente – Isso você sabe
fazer, suponho eu ... Certo, agora você deve desejar voar.
- Como assim ?
Draco aproximou-se um pouco mais e colocou sua mão sobre meu ombro.
- Vamos pensar assim, Granger, a vassoura é sua arma e só você pode acioná-la – explicou Draco – Para que isso aconteça, você precisa desejar que a arma funcione, desejar com todas as forças. É a mesma coisa com a vassoura, é só desejar voar pelo céu e então dê um forte impulso para cima e logo você estará voando.
- Só isso ?
- É, bem simples. Se você quiser ir para cima, para baixo, para os lados, tanto faz, apenas incline a vassoura na direção certa e ela irá lhe obedecer. Para ganhar velocidade, vá para frente e deseje ser veloz. Acha que pode fazer tudo isso ?
-
Acho – na verdade, tudo o que eu achava era que queria sair dali
correndo.
Então, respirei fundo e desejei estar voando.
Exatamente como Ele havia dito, dei um impulso e quando eu menos
esperava a vassoura saiu em disparada para o alto.
- É assim que se faz, Granger – gritou Draco lá da grama parecendo satisfeito – Só não se esqueça de não passar de quatro metros.
Ah tá, como se eu conseguisse calcular a altura naquele momento. O ar gelado cortava meus pulmões, logo tomando conta de mim e eu ainda não havia dominado totalmente a vassoura, porque ela continuava estranhamente veloz.
- Você não me explicou como é que eu faço para parar ! – gritei tentando não perder o equilíbrio.
Muito distante, pude ouvir Draco xingar-me de algo bastante indecente e no segundo seguinte, lá estava Ele montado na vassoura e tentando alcançar-me.
- GRANGER ! – gritou – SEGURE-SE BEM.
- COMO É QUE É ?
- INCLINE A VASSOURA PARA BAIXO !
- PARA QUÊ ?
- VAMOS LOGO, INCLINE A VASSOURA PARA BAIXO.
- COMO ? ASSIM ? AHHHHHHH, NÃO !
- ISSO, AGORA CONTINUE INDO PARA BAIXO.
- QUER QUE EU DÊ DE CARA NO CHÃO ?
- VOCÊ NÃO VAI SE MACHUCAR, ANDA LOGO.
Fiz exatamente o que Ele mandou, comecei a descer e senti que Draco estava fazendo o mesmo, logo Ele estava ao meu lado com sua capa preta voando para trás e tentando alcançar o cabo da minha vassoura com a mão.
- LEMBRA QUANDO EU LHE DISSE QUE VOCÊ NÃO IRIA SE MACHUCAR ?
- LEMBRO.
- EU MENTI.
- COMO ?
- A BOA NOTÍCIA É QUE AMBOS IREMOS SAIR FERIDOS, SE A IDÉIA DE MEU SANGUE ESCORRENDO NO CHÃO LHE AGRADA.
- MALFOY ... !
Não consegui dizer mais nada, pois naquele exato instante, Draco havia-me agarrado pela cintura e se jogou para cima de mim, assim fazendo com que ambos caíssemos da vassoura.
Só
por dizer, despencar de dois metros de altura é um processo
doloroso.
Para que vocês tenham uma melhor idéia da
dor, imaginem o cotovelo de Draco Malfoy enfiado no seu olho,
enquanto o pé dele acerta alguma parte de suas costelas.
Bem,
ao menos foi assim que estávamos quando finalmente paramos de
rolar e caímos embolados no chão.
E então tentamos nos desvencilhar silenciosamente, na verdade esse pequeno contratempo até me lembrava o dia em que caímos por aqueles doze lances de escadas. Depois de um pouco de sacrifício estávamos ainda mais enrolados um no outro e nas vassouras.
E
nossos rostos estavam próximos o bastante para que os nossos
narizes se esbarrassem um no outro.
Repentinamente, nós
rimos.
Devo dizer que ouvir a minha risada, ao invés de gritos indignados, foi bastante surpreendente. Entretanto, admito que apesar de toda a dor que sentia em cada músculo de meu corpo aquela situação era bastante engraçada. Seria um pouco mais se não estivesse metida nisso, mas de certa forma eu havia esquecido disso.
- Você tem grama na sua boca – eu disse em meio ao riso – E sua perna está esmagando a minha.
- Desculpe – murmurou rindo enquanto tentava se mexer – E não é por nada, mas seu cabelo está cheio de terra.
- Nunca pensei que minha primeira experiência voando terminaria assim.
- Isso é porque você nunca jogou Quadribol e foi atingida por um balaço.
- Será que podemos tentar nos desenroscar outra vez ?
- Ótima idéia.
Lentamente, tiramos o joelho da barriga de um e o braço debaixo do braço do outro e finalmente conseguimos nos libertar de nossa própria prisão humana.
- Obrigada – murmurei sem graça enquanto sentava-me na grama – Aliás, você voa incrivelmente bem, se não fosse por você eu estaria em alguma outra galáxia nesse momento.
- Mas Harry Potter, é muito melhor em ser o herói, não é ?
- Não sei se você percebeu, mas Harry Potter não está aqui – disse amargamente, enquanto sentia meu coração ficar pequeno o bastante para que eu conseguisse apertá-lo em minha mão.
Draco calou-se e apenas observou-me, talvez tentasse decifrar qual era o lugar em que minha mente estava através de meus olhos.
- Granger, você sempre foi estranha assim ou é só quando eu cito o nome do Potter ?
- Isso não vem ao caso.
- Primeiro, lhe encontro chorando escondida e agora isso.
- O quê ?
- Você acaba de falar de seu amado Potter como se estivesse com éter dentro da boca.
- É impressão sua.
- Aconteceu algo ?
Dessa
vez fui eu que encarei Draco, sentado ali na grama, talvez preocupado
comigo. Eu poderia ter lhe dado uma resposta grosseira, mas eu não
podia fazer isso, Ele acabara de salvar minha vida e era assim que eu
retribuiria.
Quando eu percebi, estava chorando novamente.
- Ele é horrível – gemi desolada.
- De certa forma, eu sempre tive consciência desse fato – murmurou fitando-me com um misto de espanto e compreensão.
- Por quê ele fez isso comigo, Draco, por quê ?
- Por acaso ... ?
- Eu não posso fazer absolutamente nada para conter meus sentimentos. Eu os nutri durante muitos anos e agora eles estão fortes demais ...
- Granger ...
- Eu o odeio.
- Espera ! – exclamou irritado – Espera aí, em primeiro lugar, você me chamou de Draco ?
- Eu não ...
- Certo e em segundo lugar você poderia me explicar o que aconteceu ? Eu não estou entendendo nada.
- Harry ... – gemi agoniada.
- Essa parte eu já entendi, prossiga.
- Ele me iludiu.
- Já entendi, não precisa continuar – disse sério levantando-se e oferecendo-me a mão para que eu fizesse o mesmo – Eu sempre soube.
- Como ? – indaguei entorpecida.
- Eu sempre soube de sua paixonite. Sinceramente, todo mundo sabe.
- É ?
- Você é bastante óbvia, agora é melhor levantar-se.
Aceitei sua ajuda e rapidamente coloquei-me de pé ajeitando a roupa no meu corpo e tentando tirar um pouco de terra do meu cabelo.
- Você estava com ele no Baile, não é ?
- É.
- Aí ele provavelmente fez ou disse algo que lhe deixou chateada e você finalmente percebeu que ele havia te iludido.
- É.
- Então, você foi chorar atrás daquele arbusto.
- É.
- Seria muita ousadia minha querer saber exatamente o quê ele fez ?
- Ele é apaixonado por Luna Lovegood.
- Mas ela não é a ... ?
- Sim, ela é a namorada do Rony.
- Então, como é que ... ?
- Harry Potter é um desgraçado.
- Entendi – Draco engoliu em seco e depois respirou fundo – E agora ?
- O quê ?
- Vai continuar aí chorando ou vai tomar uma decisão ?
Limpei as lágrimas, mas ainda não havia entendido qual era o tipo de decisão que Draco estava esperando da minha parte, Ele logo percebeu que eu não havia processado corretamente a pergunta.
- Olha, Granger, os tempos mudaram, nós não somos mais os mesmos. Nem eu, nem você, nem Harry Potter.
- Eu não mudei.
- Em qual época do passado, você estaria aqui comigo, contando-me seus problemas ?
- Bem acho que ... nunca.
- Veja só, a guerra muda as pessoas de alguma maneira. Ela pode nos fazer regredir ou amadurecer. Acho que eu amadureci, você provavelmente amadureceu, mas Harry Potter não.
- Draco, você não pode falar assim, Harry sofreu muito ...
- Eu sei, tenho idéia de tudo o que ele passou, das pessoas que ele perdeu, mas isso deveria tê-lo feito evoluir e não regredir.
- Como assim ?
- Ele deveria ter adquirido alguma nobreza, alguma honra, sei o quanto ele é heróico e morreria para salvar o mundo, mas isso, de nada adianta, pois ele continua ferindo as pessoas que amam ele.
- Ele não ...
- Se ele realmente tivesse amadurecido, ele não teria nem ao menos lhe convidado para o baile e você sabe bem disso.
- Harry nunca quis machucar as pessoas que amam ele ...
- Você pensa que eu sou cego ? Eu vi como ele tratou você e o Weasley, durante os nossos três últimos anos aqui.
- Ele estava ...
- Pára, Granger ! – gritou assustando-me – Pára de mentir para si mesma !
Senti
vontade de chorar outra vez, tentei engolir a tristeza, abaixei a
cabeça e lentamente a balancei positivamente, mostrando que eu
concordava com Draco.
O problema de Harry era que ele não
havia amadurecido. A única coisa que Draco não sabia
era que eu também não estava madura, pois afinal, eu
continuava amando Harry em meio à todo o meu ódio.
- Draco ...
- Agora sim, tenho certeza, você me chamou de Draco.
Sem jeito, abri um sorriso no rosto. Um sorriso bastante fraco, é verdade, mas ainda assim era um sorriso.
- Sabe Granger, é melhor voltarmos para nossas respectivas salas comunais.
- E a Derrubada ? – indaguei arqueando as sobrancelhas – Não quer a revanche ?
- Não – Draco sorriu – Depois que eu tive uma pequena amostra grátis de suas técnicas de vôo, estou certo de que não quero ser derrubado de uma vassoura por você.
- Está certo, vamos voltar – concordei rindo.
Apanhamos as vassouras e voltamos em silêncio para o castelo, um sorriso estampado em nossas faces e a certeza de que não partiríamos de Hogwarts odiando um ao outro para sempre.
Eu
já não podia odiar Draco Malfoy.
Nunca mais poderia.
