Capítulo
Oito
I am with you
Now I've got to explain
Things, they have
changed
In such a permanent way
Life seems unreal
Can we go
back to your place?
"You drink too much"
Makes me
drink just the same
(Alone, together – The Strokes)
Essa
parte da história foi recontada diversas vezes, para pessoas
diferentes e de maneiras distintas. Em nenhum momento, creio que fui
completamente sincera. Minha busca constante pela utopia me fazia
apagar quase que instantaneamente certos trechos da narrativa, de
modo que eu sempre terminava como a vítima injustiçada
do conto de fadas.
Naquele amanhecer de julho minha vida mudou
repentinamente e todas minhas crenças e religiões se
transformaram em tolice e sofrimento.
Tudo começou quando
eu adormeci, sobrevoávamos Londres e segundo Draco me contou
no outro dia, nem se todos os bruxos do mundo resolvessem tocar
trompete na minha orelha ao mesmo tempo eu iria acordar (creio que
você pode entender, a combinação álcool e
sono realmente não é aconselhável para pessoas
inexperientes no ramo das bebidas).
Draco, movido por um raro ato
de benevolência, resolveu que iria sorrateiramente levar-me até
minha casa, deixar-me no meu quarto e então aparataria para
longe. Claro, ele só não contou com o fato de que meus
pais poderiam estar acordados às 6:30 da manhã.
"Nunca
pensei que trouxas acordassem tão cedo" – justificou-se
alguns anos depois.
O problema foi que minha mãe acordou
como de costumeàs 5:00 da manhã em ponto e a primeira
coisa que resolveu fazer era checar se eu ainda estava dormindo. Bem,
acho que você já sabe, tudo o que ela encontrou em minha
cama foram alguns livros sobre Transformação Avançada
que eu andara folheando antes de ir para o Mess Ink.
A cena que se
formou em minha casa era digna de um episódio final de seriado
de suspense trouxa. Mamãe e papai simplesmente piraram e
tinham a mais absoluta certeza de que alguém havia me
seqüestrado e que naquele instante o meu algoz poderia estar
cozinhando meus olhos em banho-maria.
Quando um sorrateiro Draco
Malfoy adentrou a sala de estar usando mágica e carregando a
única filha amada da família Granger adormecida em seu
colo, o circo realmente pegou fogo.
Tudo começou pelo
motivo que minha sala estava apinhada por seis aurores do Ministério
da Magia, quatro membros da família Weasley (no caso, Rony,
Gina, Arthur e Molly Weasley) e apenas para encerrar com chave de
ouro, lá estava Harry Potter.
Agora tentarei situá-los
na parte da história na qual entrei, foi logo após
papai gritar meu nome com tanta fúria que pensei seriamente na
hipótese de que o mundo estava terminando.
- HERMIONE JANE
GRANGER!
Automaticamente, sentei exasperada com os olhos quase
saltando para fora das órbitas. Olhei em minha volta e tive a
absoluta certeza de que aquilo era um pesadelo.
Só podia
ser um pesadelo.
- Explique-se! – os olhos do papai navegavam no
mar vermelho da fúria e eu temi por minha vida.
Draco
estava sendo segurado por dois aurores, como um prisioneiro pronto
para ser enviado para uma longa estadia em Azkaban. Mamãe
chorava de maneira escandalosa nos braços da senhora Weasley,
que por sua vez nem ao menos me encarava. O senhor Weasley estava
pálido, talvez chocado e olhava para mim e depois para Draco
com uma expressão de incredulidade. Gina estava ajoelhada aos
meus pés, os olhos marejados e uma expressão de
sofrimento profundo nos olhos castanhos. Para finalizar, papai, Harry
e Rony estavam todos parados na minha frente, fazendo sombra e
aterrorizando-me com os semblantes de assassinos psicóticos
prontos para fazer sua nova vítima.
- Pai... – tentei me
expressar, mas fui imediatamente colocada de escanteio.
- Hermione
– interrompeu antes que eu conseguisse falar mais uma sílaba
– Por qual motivo você está usando esse vestido curto?
E por quê está maquiada? Onde você estava? Quem é
esse garoto? Pode me explicar por quê está cheirando a
álcool?
- Pai! – exclamei sentindo os primeiros sinais de
cefaléia – Eu estou bem, não precisa se
preocupar...
- Eu realmente não perguntei se você
está bem, quero que você responda minhas perguntas,
agora.
Olhei para papai bastante espantada. Como é que ele
conseguia ser tão tirano?
- Por favor, o soltem – me
virei em direção aos aurores que seguravam Draco –
Ele não fez nada.
- Quem é ele? – papai perguntou
irritado.
- Ele é meu namorado – antes que eu conseguisse
me conter, a mentira já havia escapado por meus lábios.
-
COMO? – dessa vez foi Harry que perguntou, na verdade, berrou.
-
Ele é meu namorado – confirmei olhando para meus pés
– Eu sinto muito ter preocupado todos vocês. Fiz um erro,
resolvi sair com ele no meio da madrugada, foi só isso.
- E
eu suponho que você tenha bebido, não é?
-
Não! – menti novamente, tentando parecer ofendida.
-
Desde quando você é namorada dele? – Harry ainda
parecia inconformado.
- Há um ano e meio – mentiu Draco –
Algum problema, Potter?
- EU VOU QUEBRAR A SUA CARA! – Rony sem
pensar duas vezes ia partindo para cima de Draco armado de seus
punhos e precisou ser domado por três aurores.
- Pai, eu ia
lhe contar – disse desesperada – Mas...
- Silêncio,
Hermione – murmurou papai com os olhos baixos – Você me
decepcionou muito.
- Pai, eu não fiz nada...
- Sim, você
fez. Quebrou toda a confiança que eu tinha em você, me
envergonhou em público...
- Pai!
- Eu já pedi
para ficar em silêncio – finalmente meu pai me encarou e o
que vi nos olhos dele, nunca mais poderei esquecer.
- Pai...
-
Não me chame de pai. Não quero mais ser seu pai.
-
Senhor Granger, eu acho melhor acalmar os ânimos para não
falar algo que venha a se arrepender depois e...
- Senhor Weasley,
muito obrigado pelo conselho, mas já tenho minha decisão.
-
Pai, por favor, eu sei que errei...
- Então terá que
concordar com a minha escolha. Se você realmente quer ter um
namorado, ser independente, beber, usar esse tipo de roupa e essa
maquiagem, não quero você mais dividindo o mesmo teto
que eu.
- Pai... – minha voz foi menos que uma falha, senti que
meu estômago despencava de uma altura impressionante e comecei
a chorar desesperada.
- Você tem uma hora para fazer suas
malas.
Sem mais nenhuma palavra ou rastro de arrependimento, meu
pai abandonou a sala de estar.
- Mãe... – virei meu rosto
lavado por lágrimas para minha mãe que apenas me
encarou com profunda tristeza e correu para a cozinha chorando
intensamente.
Consumida pela vergonha, afundei meu rosto em minhas
mãos e chorei com todas as forças que ainda me
restavam.
Logo, Gina sentou-se no sofá e me abraçou
com força, também chorando sem parar e creio que
ficamos ali durante quase dois minutos, até que os aurores
resmungaram algo, soltaram Draco e foram embora.
- Hermione vá
fazer suas malas – disse Draco mortalmente sério – Nós
vamos para a minha casa.
- Eu sei de suas boas intenções
Malfoy, porém Hermione irá para A Toca – disse a
senhora Weasley de maneira fria e decidida.
- Ela é minha
namorada – insistiu Draco – Ela vai viver comigo.
- De jeito
nenhum – retrucou a senhora Weasley irritada – Hermione vai para
minha casa, seja essa sua vontade ou não.
- Senhora
Weasley, eu creio que não está captando a situação
– Draco parecia paciente – Hermione é minha namorada e não
é absolutamente nada da senhora, por isso acho que ela deveria
ir para minha mansão. Lá tem mais espaço e acho
que logo ela vai se adaptar e...
- Hermione vai conosco –
interveio Rony parecendo muito decidido – E se você tocar em
um fio de cabelo dela novamente, juro que...
- Rony! – exclamei
me desvencilhando de uma chorosa Gina – Não fale assim com
ele.
- Hermione, eu não estou falando com você –
disse sem encarar-me – Gina, vá para o quarto de Hermione e
a ajude com as malas.
- Eu estou passando pelo pior dia da minha
vida e tudo o que vocês fazem é discutir sobre quem vai
ficar comigo como se eu fosse uma peça de loja? Por favor,
será que vocês não têm um pingo de
sensibilidade?
- Hermione tem razão – disse o senhor
Weasley que até então estava calado – Ela tem
dezessete anos de idadeé uma garota sensata e creio que
saberá fazer a conclusão que melhor lhe favorecerá.
- Obrigada, senhor Weasley.
- E então? – indagou
Draco enquanto eu secava minhas lágrimas na manga da capa de
Gina – Perdemos cinco minutos aqui.
- Eu irei com os Weasley –
disse séria – Eu sinto muito Draco.
- Você é
quem sabe – Draco parecia extremamente ofendido – Depois
conversamos.
Sem mais delongas, ele desaparatou ali mesmo na
nossa frente.
- Hermione, vá fazer suas malas, querida –
disse a senhora Weasley com amabilidade.
Meus pais não
quiseram se despedir de mim. Fiz minha bagagem dividindo tudo o que
eu tinha de mais importante em oito malas (e mais algumas valises e
bolsas de mão) e após a segunda viagem de pó de
flú no dia, lá estava eu na Toca.
- Hermione! –
assim que fui expelida pela lareira dos Weasley, um par de braços
fortes me colocou de pé sem nenhum sacrifício – Vocês
a acharam?
- Ela apareceu – informou a senhora Weasley que já
havia chegado na frente em um tom frio e distante – Jorge, leve a
bagagem de Hermione para o quarto da Gina. Fred procure aquela cama
de armar, por favor, Hermione ficará aqui por algum
tempo.
Olhei para Jorge (que por acaso, era quem tinha me
levantado) e ele abriu um sorriso sem jeito, Fred deu um tapinha nas
minhas costas e logo ambos foram acatar as ordens de sua mãe.
-
Mione! – Gina mal saíra da lareira e já se pendurara
em meu pescoço – Mãe, não dê nenhuma
bronca nela, por favor. Ela ama Draco Malfoy e...
- Eu não
sou parente dela – explicou a senhora Weasley interrompendo Gina –
Não tenho direito algum sobre Hermione...
- Senhora Weasley
se foi por algo que Draco disse...
- Como você pode,
Hermione? – indagou a senhora Weasley indignada – Ele é
Draco Malfoy, filho de Lúcio Malfoy, será que você
ainda se lembra do pai dele com a varinha no seu pescoço?
-
Senhora Weasley...
- Esqueça, os garotos estão
vindo, não toque nesse assunto – interrompeu olhando
apreensiva para a lareira que cuspiu primeiro Rony, Harry e por fim o
senhor Weasley.
- Crianças, todos para cima, acho que Molly
e eu temos alguns assuntos para tratar.
Levantei-me com vergonha
de encarar Harry ou Rony e Gina ainda estava pendurada no meu
pescoço, como se quisesse me proteger de tudo e todos. Subi as
escadas com certo sacrifício, afinal carregar uma jovem de
dezesseis anos no pescoço não é algo que se faça
todo o dia.
Harry e Rony subiam logo atrás, ambos pareciam
cheios de algum sentimento que eu não poderia decifrar, pois
tudo o que ocupava minha mente naquele momento era o fato de que
minha vida havia terminado no instante que meu pai pronunciou cada
uma daquelas palavras.
- Hermione! – Gina e eu fomos para o
quarto dela (os garotos pararam no quarto de Rony) e lá
sentada em cima de um baú estava Luna Lovegood, encarando-me
completamente surpresa (aliás, ela encara tudo e todos com
esse mesmo olhar sempre).
- Olá Luna! – cumprimentei
educadamente tentando me desvencilhar de Gina como se fosse uma
bolsa.
- Você está bem?
- Isso lá é
pergunta que se faça, Luna? – retrucou Gina indignada.
-
Gina, ela só está sendo educada...
- Mione, eu
queria dizer que sinto muito pelo que aconteceu.
- Você já
sabe?
- Sei.
- Como? – perguntei espantada.
Luna
levantou-se do baú, aproximou-se lentamente de mim e tirou do
bolso um celular.
- Pode ficar com isso – murmurou passando-me o
aparelho – Procure pelo único número na agenda.
Estarei no jardim com Gina, se tiver alguma dúvida ficarei
feliz em esclarecer.
- Luna? – olhei para o celular achando
graça – Você é puro sangue, não é?
-
Eu fiz Estudo dos Trouxas – explicou enquanto tentava arrastar uma
relutante Gina para fora do quarto – Você já sabe,
estarei no jardim – com uma piscadela, ela abandonou o quarto,
vitoriosa, com Gina ao lado.
Liguei o celular. Em cerca de três
minutos já havia aprendido a manuseá-lo. Em menos de um
segundo achei o único nome na agenda.
D. Malfoy
Meu
coração no mesmo instante disparou. Minha mente parecia
estar em uma batalha sangrenta na qual todos os meus conceitos sobre
tal garoto brigavam. Meus dedos, trapaceiros, chegaram na frente de
qualquer coisa e a tela do celular logo exibia a mensagem;
discando.
Trêmula, encostei o celular no ouvido e rezei em
silêncio para que ninguém resolvesse entrar no quarto.
-
Luna? – ele atendeu dois toques depois.
- DracoÉ a
Hermione... – sussurrei ansiosa.
- Hermione?
É.
-
Meu DeusÉ ótimo ouvir sua voz.
Corei. Isso está
ficando tão constante...
- Olha, eu sinto muito por tudo
aquilo que aconteceu...
- Tudo bem – interrompi não muito
confortável em prolongar o assunto – Eu vou superar.
-
Então, descobriu como aprendi a usar um aparelho trouxa?
-
Suponho que Luna esteja metida nisso...
- Sim, ela fez Estudo dos
Trouxas.
- Desde quando vocês são amigos?
- Desde
o quarto ano. Acho que ambos estávamos deslocados e parecíamos
incrivelmente interessados em conversas sobre abelhas mágicas
australianas.
- Abelhas mágicas australianas?
- Longa
história, Hermione. De qualquer maneira, ela foi a primeira a
querer me ajudar...
É? – indaguei enciumada – Sério?
- E ela ajudou. Está me dando uma tremenda ajuda para
ficar próximo à você.
- Não sabia que
ficar perto de mim era algo importante...
- Claro que é.
Aliás, preciso lhe ver, dá para me encontrar...
-
Draco! Não vou lhe encontrar em lugar nenhum!
- Calma, só
quero que vá até o terreno que pertence aos Weasley.
-
Suponho que Luna, sua informante, tenha combinado esse encontro,
certo?
- Foi idéia dela.
Ótimo, eu vou. Mas
você vai ter que esperar até que os Weasley tenham
dormido.
- E como vou saber disso?
- Fale com Luna, ela é
sua informante.
- Certo, até mais, Mione.
- Mione?
-
Esse não é seu apelido?
É. Mas é tão
bonitinho ver você me chamar por ele...
- Sua boba – Draco
riu – Até mais tarde.
- Até!
Por alguns
momentos, os sentimentos em relação aos meus pais foram
expelidos do meu cérebro e tudo o que eu mais desejava nesse
instante era abraçar Luna Lovegood tão forte que a
transformaria em partículas ao vento.
Silenciosamente
vibrando, desci as escadas, tendo especial cuidado ao passar correndo
pela porta da cozinha aonde o senhor e a senhora Weasley participavam
de uma conferência sussurrada. Quando me encontrei no verde do
jardim da família, corri desesperada em direção
de uma Luna Lovegood que admirava um gnomo.
- LUNA! – berrei e
quando finalmente cheguei perto dela sem pensar duas vezes pulei em
cima dela envolvendo-a em um abraço e derrubando-a no chão.
-
De todas as cenas no mundo, essa era a última que eu esperava
ver – murmurou Gina espantada por tamanha demonstração
de carinho.
- Essa garota... – murmurei sentando-me na grama –
Essa garota é um gênio!
- Eu sei disso – disse
sorrindo enquanto sentava-se também – Falou com ele?
- Do
que vocês estão falando? – indagou Gina confusa.
-
Sim! – respondi para Luna.
- E vai encontrá-lo?
-
Vou.
- Hermione, eu realmente gosto de vocês e espero que
fiquem juntos...
- Quero saber de quem vocês estão
falando – exigiu Gina irritada.
- De Draco – respondemos ao
mesmo tempo.
- Aliás, vocês precisam combinar algum
esquema para que ele possa vir quando os Weasley estiverem
adormecidos.
- Eu ligo para ele, pronto, resolvido.
- Como é
que é? Draco Malfoy? – Gina parecia completamente perdida no
assunto.
É uma longa história, Gina – explicou
Luna sorridente – Só saiba que Hermione e Draco precisam
ficar juntos.
- Disso eu já sei.
- Bem, Mione, não
querendo trazer a tona coisas que você não quer lembrar,
mas acha que essa é uma boa hora para falarmos sobre sua ida
ao Mess Ink? – indagou Luna curiosa.
- Você foi ao Mess
Ink? Com Draco? – Gina também tomada pela curiosidade
sentou-se na grama – Eu sempre quis ir lá, mas mamãe
acha que não é lugar para moças. Como foi?
-
Foi incrível – respondi tentando não pensar nas
conseqüências que aquilo havia causado – Eu o beijei.
-
Você...? – as palavras morreram na boca de Gina – Sério?
É! – confirmei corando.
- Ele beija bem? –
perguntou Luna.
- Não sei – respondi envergonhada –
Quer dizer, foi bom. Mas não beijei muitos garotos na minha
vida para poder dizer se Draco beija bem.
- Vocês estão
mesmo namorando? – perguntou Gina.
- Não – eu ri sem
jeito – Foi só algo que eu disse para meu pai não
ficar tão irritado. Não resultou em nada como você
pode ver... – o espírito da tristeza entrou novamente por
minhas veias.
Permanecemos em silêncio por quase três
minutos. Claro, até Luna começar a rir nervosamente.
-
Ele disse que queria que fosse verdade.
- Como? – indaguei
olhando para Luna.
- Quando ele saiu da sua casa, ligou para me
contar o ocorrido e por acaso mencionou que gostaria de ser seu
namorado.
Foi a luz no fim do túnel.
Apesar de tudo,
alguém queria ser meu. Por incrível que pareça
esse alguém era Draco Malfoy.
O mais engraçado é
que eu desejei ser dele. Dele e de mais ninguém.
Como essa
vida é controversa...
- Hermione! – quando eu saí
do banho, deparei-me com a senhora Weasley esperando-me sentada na
cama de Gina – Preciso falar com você.
- Claro, senhora
Weasley – murmurei apertando com força o laço do
roupão e sentando-me na cama de armar – Pode falar.
-
Você e Draco estão namorando, certo?
- Certo.
-
Creio que não tenha se esquecido quem ele é.
- De
maneira alguma.
- Mesmo assim, seu amor é forte o bastante
para continuar ao lado dele?
- Senhora Weasley – comecei
respirando fundo – Draco é muito especial. Metade daquilo
que ele carrega por aí é pura fachada de aluno da
Sonserina...
- Arthur nunca foi meu amigo – confidenciou a
senhora Weasley – Na verdade, nos odiávamos. A família
dele era muito segura de seu sangue puro e você pode imaginar,
somos relacionados com muitas famílias da Sonserina. Você
sabe, Nott, Black...
- Eu sei – confirmei.
- Que seja, certo
dia eu resolvi conversar com o garoto que tanto odiei e descobri que
dentro dele havia uma grande pessoa.
- Sério?
É
e creio que foi assim que me apaixonei. Hoje estamos casados, felizes
e com muitos filhos.
- Senhora Weasley, eu nunca imaginei
que...
- Não lhe condeno em nenhum instante, Mione –
disse levantando-se – Agora desça para jantar. Espero que
esteja preparada para encarar os meninos, afinal eles ainda tem uma
visão muito pequena sobre pessoas.
- Eu sei disso, obrigada
senhora Weasley.
Com uma piscadela cúmplice, a senhora
Weasley retirou-se do quarto.
Continuei ali sentada, mirando-me no
reflexo do espelho que havia entra a cama de Gina e minha cama de
armar. Será que eu...?
Bem, será que realmente havia
alguma possibilidade de eu estar gostando de Draco?
Draco
Malfoy?
Então, por qual motivo o nome Harry Potter ainda
fazia tanto estrondo em meu coração?
Para todas
essas perguntas, eu logo obteria a
resposta.
-
PS:
Três vivas para minha beta reader Ruth! Viva! Viva! Viva!
Se
vocês gostam de slash (ou se quiserem conhecer uma garota super
fofa e ÓTIMA escritora), por favor, leiam o LJ da minha
amiguinha Ivi ( cadastrem no
GRAMA, fórum D/Hr no qual sou
moderadora(http:grama.
