Capítulo 5 – barulhos noturnos

- Cara, isso é pra me matar! – reclamou Hyoga se jogando na cama de lençóis azuis-escuros. O relógio de cabeceira marcava dez horas da noite, mas o cavaleiro de Cisne se encontrava muito bem desperto – Onde já se viu uma coisa dessas? A Saori endoidou de vez, eu to falando...

- Pode ser... – Shun comentou, saindo do banheiro – Mas quem somos nós para julgar a deusa Athena? Sinceramente, devíamos dar um voto de confiança a ela e deixar o resto por conta do destino.

- O pior problema é que eu não acredito em destino, Shun. Essa história de futuro já premeditado é bobeira. Se fosse assim, quantas batalhas já teríamos perdido? Se fôssemos levar em conta o poder de um cavaleiro de ouro, não teríamos passado da primeira casa no santuário, lembra-se? –Hyoga disse fitando o teto imerso na profundidade que atingia as suas crenças. Eram coisas que ele simplesmente adorava refletir, pois encontrava cada vez mais força para tocar a vida subversiva na qual estava preso.

Shun sentou-se na cama, ainda enxugando o cabelo molhado.

- Sei disso, mas... –Shun tentou contra-argumentar.

- Mas o quê? – o amigo já começava a se impacientar.

- Não sei explicar, mas a cada vez que aquela garota chega perto, eu sinto um cosmo muito poderoso, e familiar ao mesmo tempo. – Shun ergueu os olhos para fitá-lo – Ela não é apenas uma delinqüente juvenil, e eu posso sentir isso.

- Bem, se for esse o caso – Hyoga se permitiu um sorriso sarcástico – a Saori pecou mesmo assim quando colocou ela e o Ikki no mesmo quarto. Foi um prato cheio para aqueles dois montarem uma conspiração...

- Ou talvez algo menos formal e mais, hum, animado, não é? – Shun atirou rindo um travesseiro na cara de um Hyoga abobalhado – Você acha que o meu irmão vai deixar uma garota daquelas passar de graça? Está na hora de rever seus conceitos, gelado!

Enquanto isso, no último quarto daquele mesmo corredor...

- Sem querer parecer chato ou nada do tipo, – Ikki comentava, estirado na cama – mas você não sai do banheiro, menina?

Nisso, a porta do banheiro se abriu, liberando uma densa nuvem de vapor, e Alena saiu metida num peignoir negro de seda, fazendo o cavaleiro de Fênix soltar um assobio baixo.

- Isso responde à sua pergunta? – ela sorriu, jogando uma toalha seca no rosto de Ikki.

- Completamente! – ele sentou-se na cama, começando a reconsiderar os planos daquela noite. Sua intenção era de testar o que ela sabia, e principalmente de desvendar pelo menos alguns do tantos segredos daquele baú de surpresas envolto em negro na sua frente. Mas a visão dela naqueles trajes varreu isso tudo de sua mente.

- Ah sim, sem chance alguma de me manter acordada hoje! – ela advertiu, jogando-se na cama ao lado – Se ainda quiser pegar a água fervendo de quente, eu sugiro que entre logo nesse banheiro.

- Espera, – Ikki levantou-se da cama, pego de surpresa pelas palavras delas – você é telepata ou algo do gênero?

- Quer dizer que eu acertei? – ela lançou-lhe um olhar de falsa surpresa – Nossa, e olha que eu fui no chute completo... Bem, tá na cara que você estava pensando besteira, mas eu infelizmente to morrendo de sono para pensar nisso agora, valeu? Então boa noite! – e virou-se para o lado, ficando de costas para ele.

Ikki soltou um suspiro resignado. Sabia que não adiantaria insistir com aquela garota, então entrou no banheiro, que cheirava a canela.

"Céus, mas que cheiro forte é esse!" ele pensava durante o banho. Não que o incomodasse... Muito pelo contrário, era agradabilíssimo. Lembrava-lhe um lar onde era habitado por uma família que se amava... Estranho como alguns cheiros, por mais simples que sejam, podem revelar algo extremamente sentimental e trazer até os braços desamparados de um cavaleiro sem família, a sensação de algo que ele nunca provou... Não entendia a razão daquele cheiro forte, seco e enganosamente doce, porém peculiarmente amargo, estar lhe dando impressões assim... Tão nítidas.

Quando saiu, viu que ela conservara o peignoir negro e dormia a sono solto, o cabelo castanho espalhado em desalinho pelo travesseiro, dando mais destaque à face branca. Em sono, o ar perigoso desaparecia para dar lugar à uma verdadeira criança. Seria linda não fosse aquela cicatriz no canto do rosto... Onde ela teria arranjado? Deu de ombros, sabendo que talvez jamais tivesse a resposta. Dessa e de muitas outras perguntas.

- Bom, veja pelo lado bom, Ikki... – ele deu um sorrisinho – Você está presenciando uma cena que o pato se mataria para conseguir ver... ou pelo menos vai se matar com o passar dos dias.

- Quem é que vai querer se matar aqui? – ela abriu um olho inquisidor, observando-o de soslaio.

- Hum... ninguém não! – ele desconversou, desviando os olhos. Alena sentou-se na cama, desconfiada.

- Tá bom, então me diz quais eram os seus... bem... planos, para essa noite. –Respondeu erguendo uma sobrancelha, um sorriso surgindo em seus lábios.

- Tá a fim mesmo de ouvir? – Ikki a olhou de lado interrogativamente.

- Ah, fala sério, se for melhor do que eu acho que você pensou, eu poderia até te dar uma folguinha pra tentar... – sorriu maliciosa.

Na manhã do sétimo dia de sua estadia ali, quando Alena desceu para a mesa de jantar, onde todos se reuniam para o café da manhã, se deparou com uma cena meio inédita (ou no mínimo curiosa) para ela: Saori sentada na cabeceira da mesa comendo tranqüilamente, enquanto os outros se enveredavam em uma discussão acirrada sobre o sistema de transportes internacional (N/A: deu pra entender o susto repentino dela?).

- Droga, mas bem que poderiam fazer estradas melhores! – Shun reclamava, com o belo rosto de anjo contraído levemente devido a sua inquietação – Não é todo morador que consegue escalar uma montanha todo dia!

- Acorda, Shun! – Hyoga rebateu – Você acha que um país, que vive de agricultura de subsistência praticamente, além dos ganhos com turismos, vai se preocupar com o lugar mais isolado da face da Terra?

- Isso não é desculpa! – Seiya saiu em defesa – Ele vai demorar uns bons dez dias só pra atravessar aquelas muralhas de gelo, que pelo visto pioraram esse ano, e... ah, oi, Ally! A gente não te viu!

- Sem mágoas – ela sentou-se à mesa, ao lado de Shun – Eu estava boiando mesmo...

- A gente estava discutindo a péssima conservação dos poucos caminhos para Jamiel. – Ikki esclareceu – O Shiryu vai pra lá buscar o Kiki, que vai passar as férias aqui. Mas agora – e voltou-se para os outros – porque raio o Mu tinha que deixar o garoto lá antes de morrer na batalha contra Hades?

- Se ele estivesse na Grécia seria uma economia de vinte dias, pode ter certeza – Shiryu concordou – Mas não vejo nada de mal em querer passar o verão na casa em que a criança foi criada e se apegou. E outra, vocês falam demais, mas quem vai buscá-lo sou EU!

- Agora chega vocês cinco! – Saori desviou os olhos do jornal que lia – Eu já estou começando a ficar realmente enjoada de ouvir vocês falando há mais de meia hora sobre isso!

- Qual o problema em se preocupar com o estado de deplorável abandono do Tibet? – Shun protestou, mas voltou os olhos para sua própria torrada, sinal de o quanto uma discussão dessas pode ser desgastante para o estômago de um cavaleiro de Athena...

- Depois de encerrada a discussão, passou a pairar sobre a mesa um silêncio bastante constrangedor, salpicados de olhares maldosos e burburinhos ininteligíveis em relação a uma das únicas pessoas que se mantinha alheia a tudo. Alena parecia se concentrar no próprio prato, refletindo sobre o que ouvira na mesa. "hum... então aquele pirralho do Kiki vai vir pra cá... tenho exatamente dez dias pra dar o fora daqui, se não quiser que descubram o meu pior podre..." estava tão absorta que não se lembrou de que tinha gente ali totalmente capacitada a ler pensamentos...

- Hã... e que pior podre seria esse? – Hyoga apoiou o cotovelo sobre a mesa, bastante interessado a observar, com interna satisfação, a cara de extremo horror e ódio que ela lhe lançara.

- SEU FILHO DE CHOCADEIRA, VOCÊ ESTAVA LENDO OS MEUS PENSAMENTOS! – ela berrou, erguendo-se de súbito da mesa.

- Hum... quê? – o russo fez-se de desentendido, voltando-se para o colega a seu lado – Seiya, você ouviu alguma coisa?

- Eu? Claro que não! – Seiya deu um sorrisinho maldoso – Bom, quer dizer, eu andei ouvindo umas coisas estranhas, quase não consegui dormir à noite por causa do barulho...

- Ah, foi! – Shiryu concordou enfaticamente – Uma barulheira insuportável, além de um calorão que ninguém merece...

Ikki, que estava terminando a sua xícara de café, engasgou-se de leve com o comentário e lançou um olhar rápido a Alena, que já havia entendido a história toda e sorria tranqüilamente, sem perder, porém a malícia habitual.

- Aaahhh... já entendi aonde vocês querem chegar – Ela voltou a sentar-se, bem mais confortável com a situação, sem contar aliviada – Estão falando naqueles barulhos vindos do último cômodo no mesmo corredor dos nossos quartos?

- Esses mesmos! – Shun confirmou animado.

- CALA A BOCA, SHUN! – Hyoga, Seiya e Shiryu berraram em uníssono, fazendo Alena e Ikki se entreolharem antes de cair na gargalhada.

- Caras, vocês estão me saindo mais indiscretos do que manda a encomenda... – Ikki comentou, depois de parar de rir.

- Droga, tem como vocês serem um pouco mais silenciosos! – Saori reclamou por cima do jornal que lia.

- Claro Srta. Kido. Eu já estava subindo mesmo... – Ally levantou-se da mesa ainda com um trejeito de riso no rosto e, antes de sair da sala, virou-se na altura da porta e avisou: - Ah, e quem quiser saber o que andou acontecendo lá naquele quarto, é só dar uma passada por lá no meio da noite, que a gente não se faz de rogado de mostrar, né Ikki?

- Com toda a certeza! – o cavaleiro de Fênix confirmou seguindo a jovem para a saída, rindo a valer da cara de idiota que seus amigos fizeram com a frase.

- E aí, você acha que eles vão aparecer hoje pra tirar a prova? – Ikki perguntou já de noite, olhando pela janela de cortinas chamuscadas.

- Ah, isso eu não tenho muitas dúvidas! – ela respondeu, amarrando o cabelo cor-de-terra num rabo-de-cavalo improvisado – Ou eles aparecem ou vão ficar mais atentos do que nunca aos ruídos...

- Vê se não vai exagerar na dose de novo, hein? – ele avisou, rindo – Não vou querer trocar o lençol da cama por sua culpa, ou o que restar dele!

Sem saber, Ikki e Alena estavam sendo espionados pelos demais cavaleiros, que praticamente grudaram o ouvido na parede que dava para o quarto dos dois.

- Meu Zeus... – Seiya sussurrou, após ouvir a última frase de Fênix – O que esses pervertidos tanto fazem no quarto pra precisar rebocar os restos mortais do lençol?

- Não quero nem imaginar... – Shiryu sussurrou de volta, tão estupefato quanto os colegas.

- Tá muito bem, vamos começar logo com isso para eu poder tomar logo o meu banho! – eles a ouviram comentar impaciente – Não to a fim de dormir toda suada por causa dessa brincadeira...

XXX

Hyoga, Seiya e Shiryu trocaram um olhar chocado – brincadeira!

- Ei, o que vocês tanto ouvem nessa parede? – os três sentiram suas cabeças serem puxadas para trás pelas mãos de aço de Saori. Lá estava a deusa a olhá-los de modo inquisidor.

- Ai, meu cabelo... – Seiya resmungou, antes de olhar para mais acima da barra cor-de-rosa à sua frente – o-oi, Saori... – Cavaleiro respondeu super-encabulado com a situação tal qual os dois companheiros.

- Posso saber o porquê de ficarem espionando os dois? – ela perguntou, um pouco mais maleável. Parecendo tão curiosa quanto os garotos.

- Ah, Saori, você ouviu a provocação da Ally lá embaixo no café da manhã. – Shiryu argumentou, crente de que aquela desculpa não colaria, mas sabe como é, não custa tentar... – A senhorita não acha que a gente deixaria por menos, não é?

- Oras, façam-me o favor! Um bando de cavaleiros que já venceu todo tipo de deus maluco que apareceu por aí se rendendo às provocações de uma garota de quinze anos? – Athena se permitiu um sorriso de desdém, olhando para os rapazes – Pelo visto, o único com cabeça aqui é o Shun, que resolveu dormir de vez à noite...

- Claro que ele não espionaria o próprio irmão, ele é inocente, mas não é doido! – Hyoga rebateu. Saindo em defesa dos amigos.

- E nós somos? – Seiya perguntou já se levantando do chão rapidamente, seguido por Shiryu e Hyoga. Saori, antes de sair do quarto, tomada por uma súbita curiosidade colou o ouvido na dita parede, a tempo de ouvir Alena comentar, relativamente ofegante:

- Ok, muito boa essa... Vai querer continuar ou vou ter de te castigar mais umas cinco vezes?

"Credo, quanta obscenidade..." a deusa pensou, fechando a porta. Enquanto isso, dentro do quarto ao lado, a baderna continuava...

XXX

- Só mais cinco? – Ikki rebateu, tentando se pôr de pé. O real motivo de toda aquela barulheira noturna era o treinamento que Ikki insistia em aplicar em Ally, ansioso por descobrir o quanto a "garotinha" sabia. E não havia se decepcionado, já que ela se mostrava totalmente capaz de evitar ataques como o Ave-Fênix, além de desenvolver com facilidade uma aura de poder tão quente como lava de vulcão...

E aquele calor já havia destruído quase todos os móveis do quarto, além de chamuscar as cortinas, escurecer a pintura das paredes, reduzir lençóis a montes de cinzas... Tudo isso sem nem ao menos elevar o cosmo de verdade! Impressionante que nenhum de seus companheiros tenha notado isso até aquele momento!

- Bem, se quiser mais vezes, é só pedir... – ela respondeu, maliciosa – Não queimei nem dez por cento do meu cosmo e você já está no chão pela quinta vez...

- Porque quero, do contrário seria você a estatelada no chão – ele terminou de se levantar, sacudindo as cinzas da roupa.

- Então está esperando o quê pra me atacar sério? – pôs-se em posição de ataque – E vê se manda uma Ave-Fênix de verdade, pois aquilo tava mais pra Faísca-brilhante-voadora!

- AVE-FÊNIX! – o enorme pássaro de fogo atravessou o quarto espaçoso em segundos, chocando-se contra uma verdadeira parede invisível e desaparecendo momentos depois em labaredas (que consumiram de vez os lençóis de ambas as camas). Atordoado, Ikki mirou a jovem por trás das chamas, de braços abertos e olhos fechados, pronta para refletir o ataque de volta contra ele...!

- Pronto ou não, AÍ VAI! – lançou então a enorme massa de poder concentrado, lançando-o pra trás num átimo. Estatelou-se na parede antes de cair de cara no chão, totalmente ferrado.

- Hum... então esse é o poderoso ataque da Ave fênix em sua plenitude? – Alena se aproximou devagar do homem semiconsciente a um canto – Está bom Ikki, tenta me convencer de que você conseguiu derrotar o homem mais próximo de Deus com esse passarinho cospe-fogo... Isso é só invencionice sua pra contar vantagem em cima de mim e me impressionar...

Num átimo, Ikki levantou-se do chão com os punhos erguidos, avançando contra ela. Ally chegou a pensar que ele iria atacá-la, mas ao invés disso, a segurou por ambos os pulsos, forçando-a a cair no chão junto consigo. Sorrindo, Ikki ergueu-se apoiado nos cotovelos ainda a segurar-lhe os pulsos, os rostos no mesmo plano.

- E agora? Quem é que está por baixo? – ele perguntou vitorioso, com um sorrisinho maroto na face.

- Você vai ver daqui a pouco, urubu de vulcão! – ela tentou desvencilhar-se, mas o corpo dele a prendia inteiramente no chão – Dá pra sair de cima de mim, se não for muito pedir?

- Eu não ouvi as palavras mágicas... – Ikki debochou, apertando ainda mais os pulsos.

- Seu... – bufou de raiva, sentindo que ele queria se queimar, atentado contra seu bendito e maravilhoso orgulho – Olha aqui, acha mesmo que vai conseguir me fazer falar e passar por essa humilhação ridícula?

- Tenho meus métodos... – Ele respondeu com um sorriso malicioso.

- Ah, é mesmo? – Alena debochou por sua vez – Me mostra um!

- Com todo o prazer... – tomou-lhe os lábios finos com volúpia, deixando-a chocada. Bem, chocada apenas no início, porque segundos depois ela também entrou no ritmo, passando a lutar por espaço com a mesma voracidade. As línguas macias guerreavam atrevidas, famintas, quase. Nada mais passou a existir, apenas a sensação de calor, cada vez mais atordoante...

Ikki soltou-lhe os pulsos, seguro de que ela já estava relaxada o suficiente para não reagir, e acariciou sem cerimônias a cintura de curvas definidas. Alena então aproveitou a distração e virou-o para baixo de si, interrompendo o beijo já praticamente sem fôlego. Olhou fundo nos olhos do cavaleiro antes de se levantar, com o sorriso mais cínico que deus lhe permitira ter.

- Bem, muito interessante, e olha que eu nem precisei pedir por favor pra você sair de cima de mim... – ela comentou enquanto caminhava em direção ao armário a um canto. Ao invés de sentir raiva pela trapaça, Ikki começou a rir. Ela realmente era igual a ele.

- Certo... Você é uma aproveitadora, sabia? – levantou-se do chão pela sexta vez na noite, satisfeito – Gosta de brincar com a fragilidade dos outros.

- Eu? Brincar com a fragilidade dos outros? – Ally não resistiu e caiu na gargalhada, havia vezes que nem ela podia conter-se – Se eu realmente fosse brincar com a SUA fragilidade, juro que a essa hora ainda estaríamos no chão, bem embolados, aliás... – abriu a porta do armário coberto de cinzas, catando uma toalha limpa, ainda risonha - Esse negócio de fragilidade pegou mal!

- Depende do sentido com que você usa a palavra... – Ikki sentou-se na cama, fingindo decepção – Vai parar o treinamento logo agora que estava esquentando de verdade?

- Ok, vai nessa, cospe-fogo! Aquilo não foi nada pessoal, certo? – ela pôs a cabeça pra fora da porta do banheiro, com os olhos brilhando de malícia – E falando em nada pessoal, dá um jeito nesses lençóis se não for incômodo? Obrigada! – e fechou a porta com força.

N/A: Ela é má não é? E consome muito da minha força de escrever, já que esse cap demorou quase um mês pra sair... tàadmito que não foi ela, e sim a semana de provas que acabou ontem, e que tomou todo o meu tempo (eu só estou no segundo ano do ensino médio, gente! Eu preciso estudar!). Além, claro, de um projeto meu que já está quase finalizado, mas que eu não sei se vou colocar no ar, vai depender da avaliação da minha crítica oficial (é, eu dependo da aprovação dos outros pra colocar fic no ar...), a minha enfermeira aqui no hospício. Cá entre nós, ela consegue ser mais maluquinha do que eu... acho que vou trocar de lugar com ela, sabe, eu no uniforme branco e ela na camisa de força...

N/E: Viu como as musas estão implorando por seu projeto? O "Razões p/ ser eu Mesma"? Se fosse eu, liberava geral...

Calma aí! Não nesse sentido que vocês estão pensando...

A Ally é a minha musa inspiradora! Quando crescer quero ser igual a ela...

Tália- Nem tenta! Você não cresce mais que isso... Baixinha para sempre!

Fighter- Sem graça! Só porque você é alta e filha de Zeus acha que pode humilhar-me? De forma alguma... Gente, reviews! Peçam pra essas musas serem menos egocêntricas! Eu não agüento mais! APERTÕES NOS TRASEIROS DE TODOS!