Título: O julgamento das sete mortes
Ficwriter
: Kaline Bogard
Beta:
Akemi Hidaka
Classificação
: yaoi, sobrenatural
Pares
: YohjixKen
Resumo:
O que parecia um inocente pedido de ajuda transforma a vida de Yohji numa corrida contra o tempo.


Records of 2004 a.C.

O julgamento das sete mortes
Kaline Bogard

Capitulo 15
Inocente ou culpado?
Um coração na balança

(Yohji) Está tudo acabado.

(Omi) Não desista, Yohji. Não deixaremos que eles tentem te matar de verdade.

(Aya) Hn.

(Yohji) Mas eu sabia das regras desde o começo.

(Ken irritado) E daí? Fodam-se as regras!! Shouji que tente se aproximar de você com intenções obscuras que ele vai ver só!!

O playboy sorriu e tomou as mãos de Ken entre as suas, dando um apertão carinhoso, cheio de calor.

(Yohji) Acalme-se. Você precisa descansar.

(Ken)...

Era incrível o poder que o ex-detetive tinha de acalmar alguns momentos de fúria, que geralmente atacavam o inconseqüente jogador.

(Omi) Essa história está longe de acabar.(1)

(Ken) Eu queria saber porque eles estão fazendo esse jogo... qual será a intenção deles? Já notei que eles tem poderes estranhos...

(Yohji) Agora que você mencionou... me meti numa fria, mas não sei detalhes sobre o caso...

Aya e Omi se entreolharam. Concordaram silenciosamente que era hora do playboy saber o tamanho do rolo em que se envolvera.

(Aya) Kudou...

(Yohji) O que foi?

(Aya) Sobre Shouji e os outros garotos...

Batidas na porta interromperam a revelação que Aya ia fazer.

Omi atendeu, e deu de cara com o garoto japonês.

(Omi) Shou...ji...

(Shouji) Preciso falar com Yohji.

O loiro ouviu a voz do rapaz, e levantou-se, mas a mão de Ken segurou seu pulso, impedindo que Yohji se afastasse. Sorrindo, o Weiss loiro tentou acalmar o amante.

(Yohji) Vai ficar tudo bem!!

(Ken) Então eu vou com você.

(Yohji) !!

O brilho nos olhos de Ken não permitia que fosse contrariado.

oOo

No fim das contas tanto Aya quanto Omi haviam seguido Yohji. A Weiss estava reunida na Koneko, junto com Shouji e Margareth.

O clima era meio tenso, cheio de expectativa. Havia muito em jogo para que as pessoas ali presentes não se sentissem incomodadas.

(Yohji) Enrico está bem?

(Shouji) Sim. Vai se recuperar, apesar do forte choque de emoções. Karen o trouxe de volta, mas Enrico continua inconsciente.

(Yohji) Não tive intenção de feri-lo.

(Margareth) Sabemos disso, Yohji.

(Yohji)...

Olhou desconfiado para a garota. Então aquela era uma das juradas? Ela parecia legal, apesar de um tanto séria.

(Shouji) Ele vai descansar por mais umas horas. Até lá não podemos fazer nada.

(Yohji) Maldição.

(Shouji) Precisamos do pronunciamento oficial dos gêmeos, para que possamos tomar uma... atitude...

(Ken) Não vou deixar que...

(Shouji irritado) Isso está fora do seu alcance, Ken. Já disse pra não atrapalhar.

Os dois trocaram um olhar hostil. Era evidente que uma antipatia mútua começava a nascer ali.

(Omi) Calma, pessoal. Assim não vamos resolver nada.

(Yohji) Omi tem razão.

(Shouji) Desculpe, Yohji. Essa situação está mexendo comigo. Nunca imaginei que os gêmeos se tornariam um obstáculo.

(Omi) Nem nós!

(Aya) Fomos enganados.

(Margareth) De qualquer forma foi uma surpresa. Ninguém esperava por um revés tão grande.

(Yohji) Não existe nenhum meio de... alterar o resultado do julgamento?

(Shouji suspirando) Não. As regras são claras. Se os gêmeos o declararem culpado, você vai receber a morte definitiva... e sinto muito por isso... se você for declarado inocente, o julgamento continua...

Definitivamente não era o final que Shouji esperava.

(Omi surpreso) Oh, já é quase hora do café da tarde... e nós nem almoçamos... acho melhor preparar algo.

(Aya) Eu te ajudo.

O ex-detetive bateu com a mão na testa.

(Yohji) Esqueci de pegar meu carro... ainda está naquele estacionamento.

(Omi) Ah... eu ia pegá-lo pra você, mas acabei esquecendo.

(Yohji sorrindo) Nhe, eu pego. Vou aproveitar essa 'suspensão' do julgamento...

(Ken) Eu vou com você.

(Yohji) Não se preocupe!! Não vai me acontecer nada.

(Shouji) Correto. Ninguém lhe fará mal até que Enrico se recupere.

(Ken) Mas...

(Shouji) Como você é chato, garoto!

(Ken) Ora...

Deu um passo a frente disposto a mostrar a Shouji quem era o chato ali, porém Yohji o alcançou antes e o tomou nos braços.

(Yohji) Calma lá, Ken. Não é desse modo que você resolverá as coisas.

(Shouji) Vou ver como Enrico está.

Saiu pela porta da frente, sem se despedir dos outros. Estava mal humorado.

(Aya) Interessante...

Um quadro muito suspeito se formava como pano de fundo de toda aquela história. Apesar de desconfiar que algo estava errado, Aya não podia impedir que a dúvida insistente se instalasse em sua mente. Estaria Shouji com ciúmes da interferência de Ken? Se fosse...

(Margareth) Você é o Ken, não é?

(Ken)...

(Yohji) Ei, deixe-o em paz.

(Margareth) Ken, não se preocupe com Yohji. As coisas vão ficar bem, você vai ver.

(Ken) Não parece.

(Margareth) Sua preocupação é algo muito belo. Não mude por nada desse mundo. Uma pessoa querida não tem preço e devemos zelar por aqueles que amamos.

(Omi) Você fala igualzinho aos gêmeos... e no fim...

(Margareth) Estão enganados. Sei que tudo parece perdido, mas enquanto Enrico não abrir os olhos e dizer: "culpado", Yohji permanece inocente.

(Yohji) Mas logo ele vai despertar.

(Ken suspirando) Tem que ter uma saída...

(Margareth) Yohji, você não ia buscar o carro?

(Yohji)...

(Ken) !!

(Yohji) Sim, eu vou...

Escapuliu depressa pela porta da frente.

(Ken irritado) Ah, Yohji...

Já ia segui-lo, mas Margareth foi mais rápida e segurou no braço do moreninho. Ken arrepiou-se diante de um toque tão frio.

(Margareth) Ken, eu queria lhe pedir um favor...

(Ken) !!

Omi e Aya se entreolharam. Apesar do julgamento estar suspenso, Margareth não perdia tempo. Pelo jeito ia sondar o terreno que rodeava o ex-detetive, e recolher as tais 'informações'.

(Omi) Ken... escute o que ela tem a dizer.

Qualquer detalhe que tivesse a mínima chance de ajudar o Weiss mais velho, deveria ser bem aproveitado.

(Aya) Vamos, Omi.

O ruivo entendera perfeitamente a idéia do chibi, e a aprovava.

Ken voltou os olhos chocolate para a jovem inglesa e suspirou. Decidiu-se por escutar o que ela tinha a dizer.

oOo

Shouji afastou-se da Koneko caminhando lentamente. Tinha as mãos nos bolsos da jaqueta e olhar distante, perdido. Sabia que não devia pegar no pé de Ken, mas ao mesmo tempo não podia evitar.

(Shouji) Droga.

Se dirigia ao 'esconderijo' do grupo. Era uma pequena casa abandonada, na periferia de Tokyo. As pessoas dificilmente se aproximavam de lá. E a residência não estava tão destruída assim. O que garantia uma certa tranqüilidade.

Chegou ao local e entrou, encontrando Carlo rodeando o irmão que estava deitado no sofá, dormindo profundamente.

(Shouji) Carlo, como ele está?

(Carlo sorrindo) Bem... foi mesmo um susto e tanto.

O garoto japonês observou os olhos do outro, que estavam vermelhos, cansados, denunciando o estado de preocupação pelo qual o gêmeo passara.

(Shouji) Fico feliz. Eu também me preocupei.

(Carlo) Obrigado.

(Shouji) Onde estão Karen e Shou?

(Carlo suspirando) Num dos quartos. Karen está meio chateada... ela já tinha dúvidas sobre nascer de novo, você sabe...

(Shouji) Outra vez?

(Carlo) Acho que ela descobriu nossa história, e isso a afetou.

(Shouji)...

Não podia negar que a história dos dois garotos italianos era comovente, mas os outros também possuíam sua própria cota de tristeza.

(Carlo) Deixa, logo ela melhora. Karen é forte e vai superar isso.

(Shouji) Eu espero que sim.

oOo

(Ken) Então você quer... que eu te ensine a jogar futebol?

(Margareth) Sim!!

(Ken) !!

Aquela garota toda certinha não tinha aparência nenhuma de esportista.

Porém o moreninho deu de ombros e começou a caminhar em direção ao campinho de futebol do bairro, onde costumava treinar com a garotada.

(Margareth) Obrigada pela oportunidade.

(Ken) Porque você quer isso?

(Margareth sorrindo) Um coração está na balança, Ken. O seu coração. E é mais importante do que o de Yohji.

(Ken) Meu coração? Eu não estou sendo julgado.

(Margareth) Eu sei. Não direi mais nada a esse respeito.

(Ken) Está bem.

O moreninho suspirou resignado. Não entendia nada daquilo, e seu coração queria ir até Yohji, ficar ao lado dele, protegendo-o, cuidando dele e seguindo lado a lado até que os problemas acabassem.

Se Yohji não tivesse escapulido tão rápido, e aquela garota não houvesse agarrado-o tão repentinamente, ele teria seguido atrás do amante. Agora que estava ali, com uma das juradas, iria se empenhar ao máximo pra não encrencar ainda mais ao ex-detetive.

(Ken) É ali.

(Margareth sorrindo) Oh...

Mal podia conter a ansiedade. Nunca havia jogado futebol antes, e ao descobrir as habilidades do moreninho se decidira por pedir uma aula a ele.

(Ken) Você vai jogar com essa roupa?

A inglesinha olhou para o próprio corpo. Vestia uma saia branca longa, meio justa, e uma blusa preta de mangas longas, mas de tecido fino.

(Margareth) Não tenho outra.

(Ken sorrindo) Eu trouxe um short de reserva. Você quer?

A garota corou intensamente e desviou os olhos.

(Margareth) Short! Short...?

(Ken) É… um short.

(Margareth) Acho... que vou querer sim...

Ela queria ver até onde chegaria sua ousadia. Margareth nunca vestira um short antes na vida.

oOo

Yohji chegou em casa e jogou-se no sofá. Estava um tanto cansado, mas nada que o aborrecesse demais.

Já havia retirado o carro do estacionamento, depois de pagar por todos os dias a mais que o veículo permanecera sob guarda do local.

(Omi) Yohji!! Vem comer alguma coisa!!

Ouviu a voz do loirinho gritando lá da cozinha.

(Yohji) Não quero! Obrigado!!

Gritou de volta.

(Omi) Você é quem sabe.

O loiro apoiou melhor as costas nas almofadas e cruzou as mãos atrás da cabeça.

Que merda de enrascada era aquela. Mal podia acreditar que tanta coisa dera errada, e tantos problemas nos quais se envolvera, desde aquele maldito dia em que aceitara dar uma ajuda para Shouji encontrar seus pais.

Se soubesse que sua vida se tornaria esse mar de confusão e coisas estranhas, teria pensado mil vezes antes de aceitar o desafio do garoto japonês.

Porém nesse caso seria Ken a enfrentar o julgamento, e para evitar isso o ex-detetive não se arrependia de suas atitudes. Preferia mil vezes passar por tudo aquilo a permitir que Ken se expusesse.

(Yohji suspirando) Isso é mesmo uma merda.

Estava ferrado. E definitivamente ferrado, caso os gêmeos o declarassem culpado. Não haveria escapatória, mesmo que os outros Weiss se rebelassem. Ele havia aceitado as regras e concordara em dançar conforme a música. Mesmo que fosse uma melodia de morte... da sua morte.

Podia ter muitos defeitos, mas Yohji era um homem de palavra.

oOo

(Ken rindo) Tenta mais uma vez!!

(Margareth desanimada) Ah, não!! Não vou conseguir!!

(Ken) Você não tem jeito pra coisa!!

O moreninho sorriu e posicionou-se melhor no gol. Não precisava manter-se atento aos chutes da garota, pois Margareth era tão ruim que chutara todas as bolas direto para fora.

Num primeiro momento ela estranhara usar aquele short meio curto... mas acostumara-se rapidamente a situação.

(Margareth) Sou uma... er... como se diz?

(Ken) "Perna de pau"... e é mesmo!! Há, há, há...

(Margareth) Maldoso!!

(Ken) Se você treinar duro pode ser que melhore um pouco, mas se sua intenção é seguir carreira profissional... aconselho a desistir...

(Margareth) Oh, como você é sincero!!

(Ken) Er... não se ofenda.

(Margareth) Muito pelo contrário.

Dizendo isso, ela levou as mãos ao cabelo, notando que alguns fios se encontravam em desalinho, resultado da correria do futebol.

(Ken) Menos mal.

(Margareth) Mas... usando esse short e com o cabelo todo bagunçado... minha aparência deve ser desastrosa.

(Ken) !!

(Margareth) Acho que uma dama não deve se portar assim.

Deu as costas e afastou-se em direção à uns bancos de madeira, rusticamente construídos pelas pessoas que serviam de platéia aos jogos. Sentou-se em um deles e passou a mão pelos fios loiros, tentando colocá-los no lugar.

(Ken) Ora, você acabou de se divertir. Não deve levar as coisas muito a sério.

Aproximou-se do banco, permanecendo em pé.

(Margareth) Isso não é comportamento de uma esposa perfeita.

(Ken) Ah, e uma esposa perfeita tem que ser séria sempre? Quem te disse uma bobeira dessas? Ninguém é o tempo todo certinho, assim como ninguém é o tempo todo engraçadinho.

(Margareth)...

(Ken) Nem mesmo Yohji. De vez em quando ele fica muito sério, principalmente quando eu perco a cabeça e faço alguma burrada... ou estou de mau humor, ele sempre tem uma piadinha pra me animar.

(Margareth) Mas...

(Ken) Se você for sempre séria, o que será de seu marido quando ele estiver deprimido? Não existirá ninguém para alegrá-lo, não é? Uma esposa perfeita não é uma pessoa perfeita... e sim um ser humano, com altos e baixos, como qualquer outro.

(Margareth) Não foi isso que me ensinaram.

(Ken) Se sua postura for sempre rígida, as pessoas não vão se aproximar de você de verdade. Elas serão afastadas por sua aparência. Talvez seja a sua pouca idade. Você ainda não encontrou a pessoa certa pra ser seu marido, não é?

(Margareth)... não. Como sabe?

(Ken) Porque quando amamos, as coisas são muito diferentes. Você quer estar sempre ao lado de quem você gosta, quer cuidar dessa pessoa. O mais importante é ver o sorriso brilhando em sua face, nem que para isso você tenha que fazer graça e virar um palhaço.

(Margareth)...

(Ken) Nessas horas a etiqueta não serve de nada, se ela não ajuda as pessoas a serem felizes, entendeu?

(Margareth) Mais ou menos...

(Ken) O ser humano é assim. Foi por isso que eu pude me divertir com você aqui. Mesmo estando com a mente cheia de medos, pelo que Yohji está passando.

(Margareth) Não foi o que me ensinaram.

(Ken) Bom, é algo que eu descobri quando fiquei junto de Yohji. Ele mudou um pouco, e eu sei que também mudei depois desse relacionamento. Tem coisas nessa vida que ninguém pode lhe ensinar, apenas a sua própria vivência.

(Margareth) Então eu não sou uma esposa perfeita?

O moreninho olhou bem para aquela garota. Ela parecia meio decepcionada.

(Ken) Bom, e qual é a fórmula da perfeição?

(Margareth) !!

(Ken sorrindo) Eu ainda não descobri como ser perfeito... pra fazer o Yohji mais feliz, e para me deixar mais feliz com isso. E você pode não acreditar, mas me sinto bem do jeito que sou. Acho que Yohji também se sente bem estando ao meu lado, apesar da minha imperfeição.

(Margareth)...

(Ken) Ah, e Yohji está longe de ser perfeito!! Aquele maluco!! Fico muito preocupado com o jeitão de relaxado 'não-to-nem-aí', mas meu coração me diz que se ele fosse diferente, eu não o amaria tanto quanto eu amo.

(Margareth) Isso... vai contra tudo o que eu penso...

(Ken) Cada pessoa pensa de um jeito, e defende seu pensamento. Eu disse o que acho, mas você não é obrigada a concordar comigo, nem a pensar como eu.

A garota desviou os olhos e meditou por um longo e interminável minuto. Sentia-se confusa. Aquela conversa da tarde não era de jeito nenhum o que esperara... achava que Ken lhe diria coisas muito diferentes!!

Deveria ficar feliz com o que ouvira? Mas nesse caso, porque se sentia tão confusa e perdida? Talvez por que não fosse perfeita?

(Margareth séria) Ken, vamos embora?

(Ken)...

Novamente a loirinha assumira a postura rígida, muito severa. Ora, isso não era problema dele.

oOo

Quando o jogador chegou em casa, encontrou Yohji deitado no sofá, todo esticado e relaxado.

(Ken) Você já voltou!! Está tudo bem?

(Yohji sorrindo) Melhor agora que você chegou!!

Dizendo isso estendeu a mão direita. Ken entendeu, e esticando o braço entrelaçou os dedos longos aos dedos de Yohji.

Sem aviso prévio, o loiro deu um puxão de leve, mas forte o suficiente para fazer o jogador se desequilibrar e cair por sobre o amante esticado no sofá.

(Ken surpreso) Ei!!

(Yohji) O que foi? Onde você estava?

(Ken piscando) Com ciúmes? Eu... sai com uma ga-ro-ta...

(Yohji surpreso) !!

(Ken) Com uma das juradas...

(Yohji preocupado) E você está bem? Ela não te fez nada, não é?

(Ken) Não. Apenas jogamos futebol por um tempo.

O playboy apertou os braços em volta do corpo do amante, numa troca muito familiar de calor. Amava tanto aquele garoto!! Não queria se separar dele jamais!!

(Yohji) Que bom. Espero que tenha se divertido com uma ga-ro-ta...

O tom de voz era meio inseguro.

(Ken) Me diverti sim...

Resolveu provocar um pouco o loiro... mas só um pouco.

(Yohji) !!

(Ken) Mas não tanto quanto estou com você... Margareth joga mal... porém o troféu 'perna de pau' ainda é seu, Yohji!! Acho que não nasceu alguém que chute tão torto e seja tão lerdo pra alcançar a bola quanto você...

(Yohji) Ei!! Isso... por acaso é um elogio ou o quê?

(Ken sorrindo) Um elogio... você é o meu perna de pau... ai, ai... to cansado. Quero tomar um banho.

(Yohji)...

(Ken) Preciso de alguém pra lavar minhas costas...

(Yohji) Ora...

(Ken sorrindo) Alguém se candidata a tarefa?

(Yohji) Vou com você...

O sorriso que o jogador lhe ofereceu mostrou que a proposta estava mais que aceita.

No outro dia, Yohji levantou-se com uma disposição acima do normal. Saltou da cama com cuidado, para não despertar o moreninho que ressonava a sono solto.

Dirigiu-se ao banheiro, onde tomou um banho rápido porém relaxante. A melhor fórmula pra se começar o dia.

(Yohji) A vida é mesmo boa.

Desceu as escadas de dois em dois degraus, com uma toalha enrolada nos cabelos loiros. Ia passando para a cozinha, de onde sentia um cheirinho delicioso de café da manhã.

(Yohji) Omi não falha!!

Quando passou pela porta, ouviu batidas apressadas, impacientes.

(Yohji) Isso é hora de bater na casa dos outros? O dia nem amanheceu ainda!!

Praguejando, o playboy abriu a porta, e empalideceu ao dar de cara com Carlo, Enrico e Shouji. A noite maravilhosa nos braços de Ken afastara as preocupações de sua mente. E agora os problemas vinham bater a sua porta...

(Yohji) !!

(Enrico) Viemos dar a sua sentença...

Continua...


(1) ¬¬ Maldito trocadilho infeliz.