2. Beijos, beijos...

- Desculpa, Ana! É que eu fui resolver uns assuntos com o meu amigo ali... – Miro sentou a mesa novamente – quer tomar alguma coisa? Eu te acompanho...

Ana sorriu. Afinal, não custava nada, o bar era bem ali.

- Tudo bem! Aceito sua companhia! – sorriu

- "Beleza!" Vamos então!

No Bar, Mu, Roberta e Aiória conversavam sobre assuntos variados.

- Não... eu odeio o Bush. – disse Roberta

- Também. Ele é um nojento. – concordou Mu que estava começando a se soltar e se sentir a vontade

- Ah, não vamos falar sobre política! Você não gosta do Bush porque nunca teve que agüentar ordens do Mestre Ares. – disse Aiória

Saga estava passando por lá e não deixou de ouvir o comentário.

- Mas eu ia conquistar o mundo! – deu uma risada diabólica

Os três ficaram calados

- Estou brincando! ... idiotas. – e saiu

- Esse Saga... – riu Aiória

- Oi gente! – disse Kanon chegando de repente

- Ué? Você não tinha ido pra lá? – Roberta confusa

Mu sorriu.

- Não, aquele era Saga, esse é Kanon! São gêmeos, você ainda não havia visto? – Mu disse

- Ah... não! – Roberta ficou sem graça e Mu sorriu para ela

- Não faz mal... escuta,você vai beber algo?

- Vou sim, mas é que vocês não estão pedindo nada, então fiquei sem graça!

Aiória e Kanon notaram as trocas de olhares partindo do casal e saíram de fininho. Os dois nem se deram conta...

- Eu vou tomar uma cerveja... – disse Mu. O garçom já estava trazendo um caneco cheio de cerveja

- Garçom, traz o mesmo que ele, por favor!

- Você vai mesmo beber cerveja? Poderia ter pedido algo melhor pra você... – disse Mu

- Relaxa, eu bebo cerveja!

- Não! Vou pedir uma coisa melhor...

Enquanto isso, Aiória procurava por uma certa amazona... não a havia visto durante toda a festa e estava ansioso. Avistou Shina encostada numa parede, parecia não se divertir muito.

- Shina, você viu a Marin? – perguntou

- Ela pediu pra não dizer a ninguém que estava no jardim... – Shina respondeu

- Ah, Shina... que pena que você não sabe onde a Marin está... acho que vou lá no jardim tomar um arzinho... – sorriu Aiória – mas... que ânimo é esse? Divirta-se, estamos numa festa!

- Ah... vou me divertir, obrigada... – Shina olhou um casal dançar animadamente. Aiória olhou para trás e viu um pirata animado, dançando com uma Cinderela.

- Ah... é isso. Shina, o Shura está sozinho! Dá uma chance pra ele...

- Já disse que a Marin está no jardim? – Shina retrucou arrogante

Marin estava no jardim, sentada num banco perto de uma grande árvore. Tirou sua mascara para olhar melhor a lua. De onde ela estava dava para ouvir a musica e os risos das pessoas que se divertiam na festa.

- "Que droga... eu gostaria de estar me divertindo, mas..."

- Marin? – Aiória aparece por trás dela

Ela põe a mascara.

- O que você quer, Aiória?

- Saber como você está... porque você não está na festa? Por acaso não se sente bem? – ele sentou ao seu lado

- Estou bem...

- Não está... você nunca foi tão fria... – ele pegou a mão da amazona. Ele não podia ver, mas o rosto dela corou ao sentir o toque das mãos de Aiória na sua – eu te conheço há anos, Marin... sei quando você está triste. Já fiz de tudo pra te animar hoje... o que você tem?

- Estou farta. – confessou em meio a um suspiro

- De que?

- Disso tudo! Dediquei toda a minha vida para me tornar uma amazona forte, a mais forte das amazonas... perdi a minha vida, minha adolescência inteira... enquanto muitas jovens se divertiam em festas, eu estava treinando, me machucando, arriscando minha vida... pra que! Hoje sei o tempo que perdi e os amores que não tive...

Aiória ouvia atento a tudo o que sua amiga dizia.

- Você não foi a única, Marin... todos nós abandonamos muito, nossa infância, juventude, mas tivemos o prazer de poder lutar pela justiça e ver nossos objetivos alcançados... você é uma amazona forte, maravilhosa! Tenho certeza que muitos homens te amam...

- Muitos homens não me interessam... – Marin levanta seu rosto – eu quero apenas um... – sua voz ficou tremula

Aiória pára de olhar para os pés e olha diretamente para Marin.

- Mas tenho medo... de me expor desse jeito, que ele não me ame da mesma forma que eu o amo... e céus! Não quero mata-lo, e sei que é impossível conseguir uma coisa dessas! Terei que viver com essa humilhação para sempre...

- Primeiro: se ele não te amar, ele é um idiota. A não ser que ele já esteja apaixonado por outra... Segundo: Você é poderosa o bastante, pode matar qualquer homem. – Aiória tentou animar a sua "amiga".

- Não se esse homem for um cavaleiro de ouro...

Aiória gelou.

- E... quem é!

Marin suspira e abaixa a cabeça.

- Já falei demais... Aiória, vamos voltar para a festa... – levantou

- Marin! Espera... – a segurou pela mão – eu preciso saber, por favor...

- Por que?

- Porque eu... – respirou fundo – detestaria de ver nos braços de outro cavaleiro... principalmente se fosse de ouro, eu seria capaz de cometer uma loucura! – se levantou e ficou de frente para a amazona

- Aiória... – suspirou Marin – o que você está querendo me dizer?

- Já disse. Não agüentaria te ver com outro cavaleiro ou com qualquer homem. – o cavaleiro de leão se deixou levar pelos sentimentos. As palavras simplesmente saiam de sua boca sem que ao menos ele pensasse. Ao perceber isso, solta a mão de Marin e senta no banco novamente – mas... se você o ama tanto... deveria tentar. Você nunca irá saber se não tentar...

A essa altura, Marin estava desconfiando dos sentimentos do cavaleiro de ouro que tanto amava. Será que agora ela poderia ter mais esperanças?

- Tem razão... vou seguir seu conselho... – disse Marin

- V-vai mesmo? – Aiória perguntou, porem sua voz estava triste e desanimada – "quem me dera se fosse eu.."

- E a melhor forma que uma amazona pode fazer tal coisa é... mostrando seu rosto... certo?

Aiória sentiu seu coração apertar. Estava quase certo que ela não falava dele.

- "Alem de ter que suportar vê-la com outro cavaleiro, ainda terei de me conformar em jamais ver seu rosto... e sim... outro verá..." faça o que quiser. – ele apoiou os cotovelos nos seus joelhos e baixou a cabeça, respirando fundo e apertando seus olhos.

- Aiória... – Marin senta novamente ao lado do soldado romano e levanta o rosto dele com as mãos – você está bem?

- Sim... não se preocupe comigo... – baixando-a novamente

Marin se afasta e toma um pouco de ar. Aiória não percebe, mas ela leva sua mão vagarosamente até sua máscara e a retira. Vendo que não havia chamado a atenção de Aiória que estava mergulhado em seus próprios pensamentos, ela joga a mascara no chão, bem na frente dele. Sem acreditar no que viu, o leão teve medo de olha-la.

- "Por favor... olhe pra mim..." – pensou Marin aflita

- "Não posso acreditar nisso... será que bebi demais?" – ele finalmente decide olhar. Marin sente um leve tremor quando ele a olha, diretamente nos olhos e parecia confuso.

Ele olhou perplexo, ainda não estava entendendo... então... era ele quem ela amava? Ele finalmente estava vendo o rosto da mulher que sempre amou pela primeira vez. Prestou atenção nos olhos azuis, no nariz bem desenhado e finalmente desceu para os lábios rosados. Seus olhos se encheram de felicidade e ele sorriu de alegria e um alívio que tomou conta de seu peito.

Ao ver seu sorriso, Marin também sorri desconfiada. Olhou para a sua mascara e quis coloca-la novamente, mas sente uma mão pesada em seu ombro, subindo pelo pescoço.

Sem que dissessem nada, ele a puxou contra si. Seus lábios quase se tocam, ficaram a uma distancia de milímetros. Aiória estava nas nuvens e quis olha-la novamente antes do beijo tão esperado.

A amazona vestida de espiã, nunca desejou tanto aquele momento. Porem, mais do que nunca ela desejava estar de máscara para ocultar a cor vermelha que tomou conta de seu rosto.

- Eu te amo, Marin... – enfim a beijou. Marin ficou atrapalhada, pois nunca havia beijado um homem antes. Não demorou muito para aprender...

Voltando para a festa, mais especificamente na pista de dança, um certo marinheiro parecia encantado pela "sininho".

- Você dança muito bem! – disse

Ao ouvir tal elogio, Bruna tropeça nos próprios pés.

- Você está bem! – Hyoga a segurou pelo braço

- Sim! Estou muito bem! – sorriu sem graça

- Você me assustou! – sorriu o cavaleiro de cisne

Ao olharem mais para o centro da pista, eles vêem Kanon dançando sozinho e animado.

- Nossa, tem certeza de que sou eu que danço bem! O cara manda muito! – Bruna olhou para Kanon, até que ele decidiu tirar a roupa. Calma! Não tirar toda! Apenas a camisa. – U-u... uau...

PAUSA

minha nossa, imaginem essa beldade dando um show na pista de dança e ainda por cima sem camisa! É de babar mesmo!

Hyoga pigarreou.

- Vamos... para outro lugar! ¬¬

- Ah! – Bruna despertando – aonde!

De repente, a musica eletrônica para de tocar dando lugar a uma musica lenta.

- Ahh! Sacanagem, né! – disse Kanon desapontado saindo da pista – DJ miserável!

Não demorou muito para que alguns casais começassem a dançar juntinhos.

- Bom, que tal dançarmos mais um pouco? – Hyoga tomou a mão da loira

- Eu... – ficando vermelha – sim!

Ele a envolve pela cintura e seus rostos se aproximam. Bruna sente suas pernas ficaram um pouco bambas ao encarar o cavaleiro que a olhava sensualmente.

- Ai. – gemeu Hyoga ao sentir um pisão em seu pé esquerdo

- Desculpa! – Bruna se afasta bruscamente

- Não! Não foi nada... – e continuaram

Bruna ficou seria e um pouco sem graça. Parecia não querer encara-lo

- O que foi? – perguntou – está incomodada?

- Não, é que... – seu rosto estava vermelho

- Está com vergonha?

- Não...

- Então porque não me olha?

Ela a encarou. Seus olhos verdes se encontraram aos azuis do cavaleiro. A musica, o clima, tudo estava favorável. Seus rostos se aproximaram cada vez mais e as mãos de Bruna que estavam apoiadas no ombro de Hyoga, desceram para o peito dele enquanto ele a apertava mais. Pararam de dançar bem no meio da pista e finalmente se beijaram. Ambos se sentiam leves, parecia que não havia mais ninguém naquele lugar. Até que a magia foi quebrada por gargalhadas de alguns rapazes.

- O que foi isso! – perguntou Hyoga

- Hein? Quem? Como?

Shun, o cavaleiro de Andrômeda, chega na festa acompanhado de sua namorada, a amazona June. Mas logo notaram algo de errado. O que o Shun fazia com a armadura de pégaso!

- "Ai, como eu queria minha máscara..." – disse June

- Shun, ficou bem em você! – riu Seiya

- O que deu em você, Shun! – perguntou Saori

- Ora, não é uma festa a fantasia? Estou fantasiado de cavaleiro de pégaso! – justificou

- Ok... entendemos. Mas e Ikki? Onde está? – perguntou Shiryu

- Será que Saori ficará com raiva? – perguntou Pandora

- Que fique! Não ia perder a oportunidade de ficar com o apartamento só para nós dois...

Ambos nus, deitados no tapete da sala. Pandora repousava seu rosto no peito do cavaleiro de fênix enquanto ele afagava seus cabelos.

- Que pena... já estava começando a imaginar nossa pequena viagem... – disse Pandora

- Ei! Ainda está de pé, não? – ele se levanta

- A condição era irmos para festa. – ela também se levanta e o abraça por trás.

- Não faz mal... aproveitaremos essa noite! – ele a puxa e ela cai em seus braços

- Ah... até que não é ma idéia... – envolveu os braços no pescoço de Ikki

- Pensei que ele viesse... – disse Shun – ele ainda não chegou?

- Não... mas vamos deixa-los para lá! – disse Seiya – Saori, vamos continuar nossa dança?

- Seiya, estou um pouco cansada... – Saori disse – vou beber algo e continuamos daqui a pouco, certo?

- Tudo bem então...

- "É minha chance..." – pensou Shina quando viu Seiya se afastar de Saori.

Seiya se aproxima da mesa onde estavam um capoeirista, um mestre do santuário, um toureiro e um cowboy.

- E aí, solteirões? – brincou Seiya

- Oi Seiya! Junte-se a nós! – disse Aldebaran

- Fique a vontade! – disse shura

- Gente... o Afrodite tá meio sumido, não está? – comentou Camus

- Eu o vi com uma garota... – disse Kanon

- O que? Uma garota! – gargalhou Seiya

- Seiya... – uma voz feminina o chamou

- Shina? O que você quer? – perguntou Seiya

- Dança comigo?

- Sim, mas... essa musica?

- Sim, vem! – puxou Seiya para a pista

- Shina está pedindo um fora... – comentou Shura

- Está sim, mas você se importa? – perguntou Aldebaran sarcasticamente

- Sim... Não! Não me importo nem um pouquinho! Todos sabem que ele não gosta da Shina. – Shura deu um gole na sua cerveja

- Uau! Quem é aquela! – Aldebaran perguntou apontando para a porta

Uma mulher chega coincidentemente vestida de bandida do velho oeste americano.

- Não sei, mas quero conhece-la... – disse Camus sorrindo

- Então vai! O que está esperando! – encorajou o capoeirista

- Ok, estou indo! – o cowboy levantou sorrindo

Enquanto isso, Shina e Seiya "dançavam" na pista. Ele não parecia confortável pelo fato de Shina o abraçar tanto, e com medo que Saori os visse. Então, sempre que ele podia, se esquivava dos abraços mais ousados da amazona.

- O que você tanto olha, Seiya? Não quer mais dançar? – Shina perguntou

Seiya faz uma cara abusada e desprende os braços de Shina que estavam envolvidos em seu pescoço.

- Escuta, Shina... não é por nada, mas... é melhor pararmos. – disse Seiya cruzando os braços

- Por que? Está cansado?

- Não quero ser grosso, mas eu não quero dançar com você. Shina, me sinto lisonjeado por você gostar de mim, mas você sabe bem que eu não te correspondo.

Shina ficou com raiva, sua pulsação aumentou e ela cerrou os pulsos de tanto ódio.

- Sério, obrigado por gostar de mim! Mas acho que é melhor você acabar com isso... eu gosto da Saori...

- Eu... Eu... EU NÃO GOSTO DE VOCÊ, SEU BABACA! – Shina gritou com o orgulho ferido – Só porque eu te chamei pra dançar você acha que estou dando em cima de você! Ora... Se toca! Seu imbecil! – Shina o empurrou e correu para o jardim.

- Mas o que deu nela? – perguntou Seiya – eu fui o mais sincero que eu pude!

- Desculpa, Seiya, mas eu não pude deixar de ouvir... acho que você foi muito duro com ela... – comentou Shiryu que estava acompanhado de sua amada, Shunrei.

- Mas às vezes as pessoas só entendem assim... – disse Shunrei – se Seiya não dissesse isso a ela, ela nunca iria parar de tentar e só ia ser pior para ela... foi melhor assim...

- Shunrei tem razão... – disse Seiya – a verdade dói, mas a dor é uma coisa passageira... não que isso tenha sido proposital, mas no fim foi melhor mesmo... – sorriu sem graça

- Seiya, seu imbecil! – Shura esbravejou – por que a tratou daquela forma! Você por acaso não sabe como lidar com garotas?

- Shura, por que você não vai atrás dela! – respondeu Seiya

- Ora, seu...

- Parem os dois! – bradou Saori – o que está havendo aqui!

- Melhor ir vê-la... – Shura saiu

Num lugar bem afastado do jardim, Shina estava revoltada com o que Seiya havia lhe dito.

- Quem ele pensa que é! Aquele moleque idiota! – avistou algumas estátuas gregas de mármore , muito bonitas por sinal.

Shina cerrou seus punhos com muita raiva e partiu para cima das estátuas, destruindo a primeira sem deixar vestígios – aquele pivete! – destruindo uma imagem que parecia ser a do deus Apollo. – Deveria ter matado na primeira oportunidade! – destruindo a imagem de Ártemis, deusa da caça.

Após destruir a maioria das estatuas, ela cai no chão de joelhos e começa a chorar. Mas ainda estavam de pé as estatuas de Zeus, Poseidon e... Athena.

Ela encara a estatua, suas mãos tremiam de ódio e seus olhos lacrimejavam... mais uma vez ela cerra os punhos e parte a toda para cima da estatua da deusa da sabedoria, quando sente uma mão segurando seu pulso, detendo seu golpe.

- Você está louca! – disse Shura – O que deu em você?

- Não é da sua conta! – virando seu golpe contra o cavaleiro, que segurou seu outro punho

- Ainda vai se humilhar por causa daquele cavaleiro de bronze idiota? – Shura a puxou pelos pulsos, aproximando mais os seus corpos

Shina usou suas pernas e acertou em cheio no meio das pernas de Shura, que cai ajoelhado de dor.

- Sua maluca! – gritou meio que gemendo

- Ora, ora! Não é que uma amazona de prata conseguiu derrubar um cavaleiro de ouro? – ironizou

- Isso é golpe baixo! – se recompondo – não vale...

- Faça-me o favor de me deixar em paz! – disse Shina – deixe-me aqui!

- Você vai acabar com o jardim da Saori!

- Pouco me importa! Aquela... mosca morta! – bradou, desta vez destruindo totalmente a imagem da deusa Athena

- Não! – Shura tentou impedi-la, mas já era tarde demais – Você... quer provocar a ira dos deuses! – a segurou pela cintura ao ver que ela já estava querendo acabar com a imagem de Zeus

Ao sentir aqueles braços fortes envolvendo a sua cintura e aquela respiração quente em seu pescoço, Shina sente um arrepio que jamais sentira antes. Com medo do que acabara de sentir, ela o empurra.

- Não me toque! Quer morrer? – perguntou Shina se armando contra Shura que apenas arqueou uma sobrancelha e deu uma gargalhada.

Despertando ainda mais a fúria da amazona, ela o ataca com toda sua força, mas foi em vão, pois ele conseguia se mexer na velocidade da luz.

- Você acha mesmo que me acerta com esse golpe idiota! Muito bem, prepare-se amazona...

- Shura... – Shina recuou – veja lá o que vai fazer...

- Está com medo, "mujer"? – deu um sorriso sarcástico – EXCALIBUR!

Um momento de silencio... uma respiração...

Shina estava inteira...

- Você... não me acertou!

- Não mesmo? – Shura cruzou os braços e deu um meio sorriso

Em segundos, a mascara da amazona se divide em duas partes iguais, caindo no chão em seguida, revelando o seu belo rosto.

- Não precisa arregalar os olhos... – sorriu sarcasticamente – seus olhos são... verdes! São lindos...

Shina se sentiu duas vezes mais humilhadas. Alem de ter seu rosto revelado, não iria conseguir matar aquele homem. Ela novamente cai de joelhos e leva as mãos ao rosto soltando um choro desesperado.

Shura se sente culpado e coça a nuca, como uma expressão de arrependimento.

- Ora Shina... vamos... não precisa chorar assim... eu... não gosto de ver mulheres chorando... – ele sentou no chão, ao seu lado – desculpa, fui muito grosso com você... – ele tomou uma das mãos da amazona – "mulheres adoram um pedido de desculpas, mesmo sendo uma mulher tão violenta..." você me perdoa?

Shina para de chorar e olha o cavaleiro de capricórnio. Ela nunca havia reparado como aquele homem era bonito, sexy, ainda por cima galanteador. Aquele olhar... parecia por fogo em Shina, que parecia estar hipnotizada por aquele par de olhos negros.

- Venha... – ele a puxou pela cintura, fazendo com que ela encostasse a cabeça no seu peito – estou aqui... pode chorar, não vou fazer nada, nem falar nada... só quero ficar ao seu lado...

Shina ficou tão surpresa com a atitude de Shura, que se afastou dele e olhando-o nos olhos e perguntou:

- O que você pretende?

- Nada... apenas provar o quanto gosto de você...

Shina se sentia tão confortável nos braços daquele homem, e as duas doses de vodka pareciam estar fazendo um certo efeito. Ela se jogou em cima dele e ambos caíram deitados em meio à grama, às plantas e aos pedaços de mármore.

- Shina...

- Não diz nada... – passou o polegar nos lábios carnudos do cavaleiro antes de beija-lo. Um beijo quente, exigente, de tirar o fôlego.

- "Nossa, foi melhor do que eu pensava..." – pensou sem ação

- Ouça... não estou tão bêbada... estou ciente do que estou fazendo... – e com um golpe só, arrancou a camisa do cavaleiro, exibindo os belos músculos do rapaz.

Miro e Ana conversavam animadamente. Já haviam voltado a mesa, pois o bar já estava ocupado por outro casal...

- É engraçado, nunca vi o Mu se dar tão bem com uma garota como estou vendo agora...

- Ela é uma grande amiga minha... – sorriu Ana – acho muito bom que esteja se dando bem com ele... parece ser um bom rapaz!

- E é, mas não vamos falar dele... – Miro desviou o assunto – o que você está achando da festa?

- Achei um pouco monótona no começo, mas agora está bem legal... – sorriu Ana – você é uma boa companhia...

- Sério? Que bom que acha... "algumas mulheres correm de mim" quer dizer que estou aprovado?

- Sim... – sorriu sem graça – Mas... quem era aquela que saiu correndo agora ha pouco?

- Era Shina... ela é apaixonada por Seiya, o pirata ali... – apontou – mas ele está apaixonado por Saori... tadinha dela...

- Da Shina?

- Não, da Saori! Aturar aquele babaca... – gargalhou – quanto a Shina, ela vai encontrar quem mereça seu amor...

- Tomara que sim! – respondeu Ana sorridente

- Falando em amor... uma moça tão bonita tem namorado, não tem? – a pergunta do cavaleiro de escorpião faz a moça corar

- Bom... eu... não tenho namorado... ainda.

- Jura! Digo... – pigarreou – eu também estou sem namorada no momento... – ele toma as mãos de Ana, passando levemente os dedos nas costas das mãos dela.

Ela sente um arrepio tomar conta de seu corpo, e dá um gole na bebida. Logo começa a tossir.

- Ei, vai devagar! – riu Miro – você está bem?

- Estou! Estou ótima!

- Ana... – ele sorriu e estreitou os olhos – vem, vem dançar comigo! – levantou puxando a odalisca pela mão

- Não acho que seja uma boa idéia! – hesitou – não sei dançar!

- Ora, eu te ensino! Danço muito bem. Modéstia à parte! – saiu praticamente arrastando ela até a pista, onde alguns casais dançavam juntinhos.

Ela hesitava tanto, que ele se viu obrigado a agir por impulso. Ele parou no meio do caminho e a puxou contra si, envolvendo-a pela cintura. Tal ação a fez ficar corada e sua respiração ficou mais forte.

Ele percorre com os olhos por todo o rosto da garota, passando pelos olhos, pela maçã do rosto, pelo queixo e finalmente seu olhar pousa nos lábios da odalisca.

"Alladin" não teve dúvidas, sem tirar os olhos daqueles lábios, ele aproximou os seus, apossando-se lentamente de cada pedaço de sua boca.

Ana envolve os braços pelo pescoço do cavaleiro e abre mais os lábios para que pudesse receber um beijo mais intenso, mais ardente. E assim ficaram por alguns longos minutos, curtindo cada segundo daquele beijo maravilhoso.

- Vamos dançar agora? – sussurrou Miro sorrindo ainda com os lábios nos dela

- Sim... vamos...

- "Nossa, que beijo... que cara devagar..." – pensava Roberta enquanto via a Miro e Ana. Estava algum tempo conversando com Mu, mas só isso. Não que ela não gostasse de conversar com ele, mas ela queria algo a mais... foi quando viu sua amiga chegando – Márcia! – levantou para cumprimenta-la

- Ora se não é minha amiga, "Xuxa"! – riu – Desculpa o atraso! Peguei um engarrafamento daqueles perto do centro!

- Não se preocupe, muita coisa ainda vai rolar nessa festa... – respondeu animada – olha, esse é o Mu! Mu, essa é a Márcia!

- Muito prazer! – cumprimentou Mu

- Prazer é meu! – sorriu Márcia – e aí? Algum gato nessa festa pra me apresentar? Ou alguns...

- Uns, não. Muitos! É só escolher! – as duas riram – A Ana está aqui, mas nem falei com ela direito... ela também arrumou companhia... – Roberta piscou um dos olhos

- Hummm... – sorriu também – é hoje! Também quero um!

Mu apenas ria com a conversa das meninas.

Camus se aproximava e Márcia não pode deixar de reparar... aquela fantasia que combinava com a dela, aqueles penetrantes olhos azuis a deixou muda por alguns segundos. Ele, como quem não quer nada, pede uma bebida qualquer para o garçom e olha para a garota.

- Vai beber também? – perguntou sorrindo

- Eu... não... sim! Eu vou beber sim. É que eu acabei de chegar!

- Não pude deixar de perceber a sua chegada... meu nome é Camus! Prazer... – ele toma uma das mãos da garota e beija, fazendo com que ela sentisse um frio percorrer por todo o seu corpo.

- "Ui..." Prazer, Márcia...

Continua...

Oi! E aí? Sabem, essa fic iria ser one shoot, mas inventei tantos casais que não caberiam em um só capitulo!

Meninas! Espero que estejam gostando hein! Semana que vem tem mais... hahaha... Márcia, não me bata por ter terminado a fic assim! Uhasuhasuhsa Bjos da "Xuxa" hehehe