Capítulo 2 – O ataque dos Comensais
- Não faça barulho, Chloe. – sussurrou Jake, levantando-se.- O que vai fazer? – Chloe indagou, enquanto Jake assoprava as velas do candelabro que iluminava a sala.
RINC...
- Está abrindo alguma porta... – disse o adolescente, tentando ver o rosto da irmã na escuridão.
- Jake, Mad está no quarto! – lembrou Chloe, levando as mãos à cabeça.
- Eles devem estar escondidos. – veio da cozinha uma voz adulta e masculina - Devem ter nos ouvido entrar... Goyle é um idiota, não devia ter feito barulho.
Jake respirou profundamente, surpreso e Chloe sabia o que ele estava pensando. Comensais da Morte. Na casa deles. À trinta metros deles. À dez metros de seu irmãozinho.
- Não deve ter ninguém aqui, Huos – respondeu Goyle, caminhando em direção aos quartos. – Está tudo escuro...
- Porque ouviram os seus tropeços patéticos – respondeu o homem chamado Huos – erga a varinha, seu imbecil!
- Não sei porque milorde em pessoa não vem fazer o serviço – indagou uma mulher, subindo as escadas que davam no sótão.
- Cale a boca, Parkinson. – repreendeu Huos, irritado – o milorde está exausto e muito ferido. Esqueceu que ele acabou de lutar com Potter?
- Hum. – respondeu Pansy Parkinson do sótão, enquanto vasculhava tudo e expulsava a coruja Dóris – Se ele conseguiu matar o Potter, com certeza conseguiria matar mais dois moleques, o bebê... fazer o serviço completo. Eu iria querer me certificar pessoalmente de que não haveria Reversão...
- Você realmente não presta atenção no que os espiões dizem, não é? – respondeu Huos, agora sem se importar de fazer barulho, enquanto avançava com Goyle para os quartos. – Os pequenos Potter são os melhores alunos de sua escola. Herdaram o poder do Potter e a inteligência da Granger... milorde teme uma Reversão porque sabe de que eles seriam capazes no estado em que ele está...
- Granger nunca foi a melhor da escola – comentou Pansy, com um desdém invejoso – ela...
- Ei! – chamou Goyle, ao entrar no quarto de Harry e Hermione – tem alguém aqui!
- Ora, ora... – riu Huos com malícia – o pequenino Potter...
- Porque ouviram os seus tropeços patéticos – respondeu o homem chamado Huos – erga a varinha, seu imbecil!
- Não sei porque milorde em pessoa não vem fazer o serviço – indagou uma mulher, subindo as escadas que davam no sótão.
- Cale a boca, Parkinson. – repreendeu Huos, irritado – o milorde está exausto e muito ferido. Esqueceu que ele acabou de lutar com Potter?
- Hum. – respondeu Pansy Parkinson do sótão, enquanto vasculhava tudo e expulsava a coruja Dóris – Se ele conseguiu matar o Potter, com certeza conseguiria matar mais dois moleques, o bebê... fazer o serviço completo. Eu iria querer me certificar pessoalmente de que não haveria Reversão...
- Você realmente não presta atenção no que os espiões dizem, não é? – respondeu Huos, agora sem se importar de fazer barulho, enquanto avançava com Goyle para os quartos. – Os pequenos Potter são os melhores alunos de sua escola. Herdaram o poder do Potter e a inteligência da Granger... milorde teme uma Reversão porque sabe de que eles seriam capazes no estado em que ele está...
- Granger nunca foi a melhor da escola – comentou Pansy, com um desdém invejoso – ela...
- Ei! – chamou Goyle, ao entrar no quarto de Harry e Hermione – tem alguém aqui!
- Ora, ora... – riu Huos com malícia – o pequenino Potter...
Jake sentia as pernas tremerem sem que as pudesse controlar.
- O que eles estão falando? – ele murmurou, rouco. – Voldemort? Lutou com papai? Serviço completo? Reversão?
Chloe olhou para o irmão e, na escuridão, só conseguia ver o brilho verde de seus olhos.
- Jake, seja lá o que tenha acontecido, nós temos que pegar o Mad e sair daqui!
- Eu sei... – disse Jake, tentando se desviar das frases sobre morte que ouvira – Mas eles estão lá perto...
- Ei! – chamou a voz de Goyle – tem alguém aqui!
Chloe e Jake ouviram barulhos de passos e logo depois:
- Ora, ora...o pequenino Potter...
- Oh não! – murmurou Chloe – temos que fazer alguma coisa! Jake ergueu a varinha e andou até a porta da sala.
- Chloe, eu distraio eles e você pega o Mad.
- Não Jake. Eu os distraio e você pega o Mad. Eu sou melhor nas aulas de Defesa, e como você é o apanhador do time, é mais veloz, para correr com Mad...
- Ok – concordou Jake, preocupado – tome cuidado...
Chloe fez que sim com a cabeça e saiu da salinha.
- Hum... – disse Pansy, fingindo carinho – tão pequenininho...
- Nem viveu direito – suspirou Huos, como se tivesse pena – a vida é tão injusta...
- Talvez por isso sejamos Comensais da Morte, querido – riu Pansy quando preparava-se para estender as mãos grossas para o bebê que dormia...
TRASH!
- Foi você, Goyle? – perguntou Huos, desconfiado. Pansy deixou de pegar o bebê e puxou sua varinha.
- Eu não! – exclamou Goyle, assustado – tem alguém aí!
Huos ergueu a varinha e deu as costas ao quarto, tornando a seguir no corredor até chegar à porta da cozinha, acompanhado dos outros dois.
- Veio daqui. – disse Huos, entrando na cozinha – será que é algum amigo dos Potter?
TRANC!
- Saia de onde estiver se não quiser levar uma maldição no meio da cabeça! – ameaçou Pansy, seguindo ao lado de Huos e a frente de Goyle. – Vamos, saia!
Enquanto isso, Jake H. G. Potter atravessou como uma lebre o corredor, pegou o irmão no quarto e murmurou um feitiço do sono (lembrando-se que não podia fazer magia fora da escola, mas e daí?) para o bebê. Em seguida, olhou para o corredor e viu que os Comensais ainda estavam na cozinha. Para sua preocupação, Chloe estava lá também.
Retornou pelo corredor e se dirigiu à porta dos fundos, que ficava depois do jardinzinho. Saiu da casa, rodeou-a e encontrou as flores da mãe. Colocou Mad lá, bem escondido, e tornou a entrar na casa para ajudar Chloe.
Na cozinha, Huos estava cada vez mais próximo de um certo armário, de onde parecera vir o barulho.
- Ham... – murmurou Huos – o que será que tem dentro desse armário? Parkinson, abra. Deve ter um Potterzinho aí...
Pansy soltou um muxoxo e abriu o armário, e quase imediatamente foi atingida por um feitiço estuporante.
- Parkinson! – surpreendeu-se Huos, encarando o a bruxa caída no chão, e logo depois observando a versão feminina em miniatura de Harry Potter sair e estuporar Pansy novamente, enquanto Goyle procurava socorrê-la.
- Expelliarmus!– berrou Chloe, mas Huos desviou do feitiço com surpreendente rapidez e contra-atacou:
- Crucio!
Imediatamente, a garota caiu no chão; começando a gritar e se contorcer dolorosamente. Mas Jake chegou e empurrou Huos com força, e os dois desabaram no chão. Jake levantou apressado e ajudou a irmã – que já começara a recompor-se – a levantar.
Deram de cara com Goyle e sua varinha, apontada diretamente para eles.
- Expelliarmus! – ele gritou, e as varinhas de Chloe e Jake voaram para a pia, enquanto eles eram jogados ao chão.
Huos levantou-se e olhou com raiva para os gêmeos quando berrou:
- Flareos! – os irmãos foram atingidos com esferas de fogo na barriga.
Desesperado, Jake pegou uma panela jogada no chão e tocou diretamente na cabeça de Goyle, que agora vinha em sua direção. Goyle caiu com um baque no chão e Jake temeu que o pudesse ter matado. Pegou a varinha do Comensal e apontou para Huos, que se aproximava; Chloe berrou "Flipendo!" com a varinha de Pansy e Huos foi jogado contra Goyle.
Arrastando-se pelo chão dolorosamente, Chloe viu Pansy se erguer com uma faca por trás de Jake. Então a garota berrou um feitiço com uma voz que não parecia ser dela. Uma luz azul se expandiu pela cozinha, mas nem ela mesma reconhecia o feitiço.
Pansy caiu com um baque no chão e Jake, boquiaberto, pegou a porcelana e tentou ferir Huos, que agora preparava a varinha e avançava para Chloe enquanto ela se arrastava pelo chão dolorosamente. Huos desviou da porcelana e sorriu diabolicamente para Chloe. A garota nunca passara por isso antes, mas sabia o que aconteceria. Jake levantou-se e olhou horrorizado para Huos, que abria a boca para dizer as palavras do terror...
- Adeus Reversão...Avada...
- Estupefaça! – berrou uma voz arrogante e masculina da porta da cozinha.
Huos desabou no chão sem terminar de pronunciar a maldição da morte. Chloe olhou sem fôlego para o homem que a mataria e agora estava desmaiado à sua frente. Mal conseguia se mexer para saber quem a havia salvado, mas não precisou, porque Jake berrava, aliviado:
- Tio Draco!
Draco Malfoy entrou rapidamente na cozinha, desviando dos corpos inertes de Pansy Parkinson e Gregory Goyle; ajudando Chloe a se levantar e olhando para Huos.
- Tio... – disse Chloe sem forças – obrigada...
- Foi atingida pela Maldição Cruciatus – ele notou preocupado, ao ver as marcas de sofrimento no rosto da "sobrinha" – e você, Jake? Você está bem?
- Estou. – ele respondeu, passando a mão pelo rosto suado.
- Então segure sua irmã. Saiam da cozinha, eu vou lacrá-la. Vocês têm pó de flu? – ele perguntou, mal-humorado.
- Temos. Mas a nossa lareira é lacrada por causa de papai... – respondeu Jake.
- Murmurem "Rictusempra", foi a senha que seus pais colocaram. Agora partam para a minha casa imediatamente e falem com a Gina; eu tenho que alertar meu chefe. À propósito, tem alguém chorando no jardim...
Draco desaparatou na porta do DAE e entrou apressadamente, indo direto para a sala de Clinf Jr., sem ao menos falar com a secretária.
- Tedd! – chamou Draco, sentando-se na mesa do chefe – os garotos Potter foram atacados dentro da própria casa! Quem era o maldito fiel do segredo daquela casa?
Tedd Clinf Jr. despregou os olhos dos formulários que preenchia e encarou o subordinado.
- O quê? – ele largou a caneta e se levantou – Eu não sei quem é o fiel do segredo... Mas eu sabia que tinha algo errado com o desaparecimento de Potter! Malfoy, chame Marieta e Robie, volte e interrogue os garotos.
- Interrogar? Eles não devem estar prontos ainda, foram atacados por três Comensais da Morte...
- Eu digo quando eles estão prontos ou não. Interrogue-os. Você não é "tio" agora Malfoy. – disse Tedd, irônico - É um Auror Especial e está trabalhando.
- E você o que vai fazer, poderoso chefão? – zombou Draco, irritado.
- Eu vou mandar uma equipe de busca atrás do Potter da esposa. Nos encontramos em uma hora aqui no escritório, Malfoy, e quero as crianças já interrogadas. É uma ordem.
Gina estava revisando alguns textos do Pasquim quando duas crianças e um bebê apareceram em sua lareira. Ela nem mesmo perguntou o que havia acontecido, ver aquelas expressões de medo e pânico a fez levantar-se imediatamente e levá-los para o quarto de visitas. Logo Helen, a filha de Draco e Gina, saiu de seu quarto.
- Chloe! Jake! O que fazem aqui?
- Helen, outra hora você fala com eles, acho que eles querem descansar... – pediu Gina.
- Tia Gina, para falar a verdade, eu gostaria de falar com Helen, agora. – Chloe trocou um olhar com Jake – não é, mano?
- Ah, sim, eu também gostaria muito. – Jake entregou Mad à Gina – pode cuidar dele?
- Claro, se preferem assim... – a ruiva deu de ombros; Jake e Chloe correram para o quarto da amiga Helen.
Quando Luna chegou à casa dos Potter, encontrou-a lacrada. Avançando pelo jardim, viu que haviam ali alguns agentes ministeriais fazendo perícia. O que poderia ter acontecido? Onde estavam os garotos? Ela se aproximou de um dos agentes e perguntou:
- O que aconteceu por aqui? Onde estão os Potter?
- Eu sinto muito senhora, mas isto é assunto sigiloso – ele mostrou a carteira de identificação do DAE – Luna Lovegood, certo?
- Sim, esse é meu nome...
- Malfoy ordenou que pessoas de nome: Luna Lovegood, Ronald Weasley e Neville Longbotton fossem informados que os filhos dos Potters estão em segurança em sua residência em Oxford, e que se os senhores pudessem, comparecessem ao Departamento de Aurores Especiais.
- Tudo bem... – ela suspirou – obrigada. – e foi para o Ministério da Magia.
Draco desparatou em sua casa com mais dois colegas Aurores. À princípio não viu ninguém, mas depois ouviu murmúrios semelhantes a uma cantiga de ninar vindo de seu quarto.
- Gina! – ele chamou – pode vir até aqui?
A ruiva exuberante entrou na sala sorrindo levemente, mas assim que viu quem acompanhava o marido o sorriso desapareceu de seu rosto e ele se tornou frio.
- Olá, Robie, – ela cumprimentou um dos Aurores, para depois olhar para a Auror que estava lado dele – olá, Garlois.
A mulher de traços orientas e cabelos negros e curtos sorriu com cinismo.
- Vá buscar as crianças. Temos um interrogatório a fazer. - disse Marieta Garlois – e devemos fazê-lo rapidamente...
- Eu vou fazer o interrogatório. – disse Draco com firmeza. – Não sei porque Tedd mandou vocês...
- Para assegurar de que você não deixaria seus sentimentos passarem por cima do trabalho...
- Você é surda por acaso? Eu farei o interrogatório, contente-se em observar se quiser. – ele retrucou, friamente – e fez um sinal para Gina para que ela chamasse os gêmeos.
Chloe e Jake chegaram à sala estranhando os outros dois aurores presentes. Porém, sentaram-se e concordaram em responder ao interrogatório. Draco inspirou e começou.
- A que horas os Comensais chegaram à casa de vocês?
- Mais ou menos nove e meia... –respondeu Jake.
- Por acaso sabem o que queriam?
- Queriam nos matar – respondeu Chloe com amargura – segundo eles, para que o serviço fique completo...
- Eles falavam como... como se papai estivesse morto... – disse Jake, sentindo a voz falhar e se lembrando: – disseram que tinham espiões...
Chloe pensou se devia contar a Draco sobre o feitiço estranho que ela lançou em Pansy, mas algo em sua cabeça dizia que não e o olhar que trocou com Jake lhe disse a mesma coisa.
- Ah! – ela lembrou, nervosa, ao ver Marieta anotar com surpreendente rapidez tudo o que eles diziam – eles não paravam de falar de uma tal de Reversão...
- Mais alguma coisa? – perguntou Robie, que também fazia anotações – nada sobre, por exemplo, quem seria o Fiel do Segredo da casa de vocês?
Jake e Chloe se entreolharam com dúvida, então o garoto respondeu.
- Papai nunca nos contou.
- Ok. Tudo bem crianças, podem ir... – disse Draco, mas Marieta o cortou.
- Só isso? Vocês tem certeza de que é só?
Jake balançou a cabeça afirmativamente com veemência, seguido de Chloe.
- Certo. – disse Draco, como se dissesse "basta". – Gina, tenho que retornar ao escritório, vou deixá-los sob seus cuidados. Dê um beijo em Helen por mim. – e se levantou do sofá – Vamos. – e olhou com desdém para Marieta.
- Como quiser. – ela retrucou com desprezo.
Os adolescentes saíram da sala e partiram para o quarto de Helen.
- Draco... – Gina disse baixinho, ao se despedir – será que Harry...
- Tudo parece dizer que sim. – ele respondeu, no mesmo tom de voz – e você sabe o que isso significa... há uma profecia em jogo...
Ele beijou a testa da esposa e terminou de falar.
"Ele deveria ser o assassino ou a vítima, e se tiver sido a vítima..."
- Nem quero pensar no que pode acontecer... – completou a ruiva.
