Capítulo 3 – Uma formatura conturbada

Draco estava atravessando os grandes portões de Hogwarts. A cerimônia da sua formatura já havia acabado. Estava formado e não queria mais ficar naquela escola nem mais um segundo. Seus hormônios estavam a flor da pele. Mas ele não permitiria que ninguém daquela escola encostasse suas mãos nele. Ele queria somente uma aventura. Fora desse mundo. Aparatou.

A rua estava escura, somente uns carros passavam de 5 em 5 minutos. Tudo muito silencioso, calmo até ele diria. Já estava se arrependendo. O que ele ia encontrar essa hora da noite na rua? Foi estúpido, ele assentiu pra si mesmo. Começou a caminhar sem rumo. Sem nada focar. Viu uma placa escrito BUS. Um banco e uma menina. Devia ter uns 18 anos no máximo. Sozinha aquela hora em Londres. Perfeito. Ele pensou e sorriu malicioso. Foi caminhando devagar e sentou – se ao lado da menina.

- Tarde não? – Ele falou pra começar um diálogo. Ela não respondeu mas mexeu a cabeça afirmativamente. – Está com frio? – ele novamente foi infeliz. Ela somente mexeu a cabeça negativamente. Draco novamente sentiu-se estúpido. Estavam no início do verão. E ela ainda vestia um pesado casaco. Draco começou a observa-la. Tinha cabelos negros. Lisos. Sua pele era pálida como a dele. Mas seus olhos. Ele não conseguia ver. – Está aqui a muito tempo? – Ele perguntou e agora ouviu sua voz baixa e doce. Soava como música.

- Uns 30 minutos. – Ela respondeu sem graça.

- Pensei que não falasse. – Draco respondeu sorrindo. Se era pra fazer besteira que deixasse seu lado amistoso aflorar todo de uma vez. Ela também sorriu ficando vermelha nas bochechas. – Sean Bloom. – Ele inventou na hora.

- Chris Lanyo. – Ela estava temerosa.

- Lanyo, você já deve ter passado da hora de chegar em casa. Vamos dar uma volta? – Chris quase tremia. Seu estômago doía de medo. – Está com medo? Você acha que seu eu quisesse te fazer mal eu ia ficar aqui tentando ser amistoso? Você tão linda do jeito que você é. Me tentando? Por favor Lanyo. Tenha dó. Vem. Vamos conversar. – Draco a pegou pelo braço. Sem colocar força pra não assusta-la.

- Eu... eu. – Ela levantou desistindo. Se morresse pelo menos estava bem acompanhada. Mas seu estômago ainda doía.

- Gostou de hoje? – Draco perguntava enquanto andavam para a casa dela.

- Gostei. – Ela sorriu. Eles já se conheciam. Mas ela ainda o chamava de Sean.

- Amanhã. Amanhã vamos ao meu apartamento. Um mês e você ainda nem o conhece. – Chris gelou. Ele sentiu a mão dela mais fria entre as dele.

- Eu não pensei nisso. Mas já que você quer... – Ele sorriu malicioso. A beijou de leve e saiu caminhando até uma ruela próxima onde ele aparataria para a mansão.

Eles estavam de mãos dadas entrando no elevador. Draco havia contatado seu primo Ryen. E ele havia alugado esse flat pra Draco no dia anterior a noite. Ele apertava a mãe dela.

- Hey! Que isso Chris? Eu não vou fazer nada. – Ele beijou o pescoço dela.

- Ah. É que eu não acho isso certo Sean. Eu ir no seu apartamento. – Ela sorriu sem graça e se contorceu pelo beijo no pescoço. O jogo tinha começado. Draco já não estava muito paciente. Ele queria ficar com ela uma noite. UMA noite. E pra ele conseguir isso ele já estava esperando um mês. UM MÊS. Já era meado de Julho e ele nada havia conseguido com ela. No máximo uns beijos mais... quentes. Mas nada que realmente significasse que ela iria pra cama com ele. Mas ele estava gostando. Ela era agradável. Inteligente. Mas pra ele... Ela nunca deixaria de ser trouxa.

Draco já havia conseguido algo pelo menos pelo simples fato de já a ter entrando no flat com ele. Ele fechou a porta e foi empurrando- a para um sofá de frente pra porta. Ele havia ido lá de manhã deixar algumas roupas, coisas pessoais. Pra ela realmente pensar que ele morasse lá. Tudo estava perfeito. Havia pizza no microondas e refrigerantes no frigobar. Além de uns champanhes no gelo. Ao lado do sofá. Ele já havia preparado tudo. Ficaria com ela essa noite. Deixaria ela lá pela manhã. E nunca mais voltaria. Talvez sim. Mas com outra garota. E agora definitivamente uma sangue puro.

- Vem. – Ele disse acabando um beijo de uma forma que a fez protestar. – Vamos comer. – Ele queria fingir que não estava interessado. Ela podia decidir ir embora. E ele não poderia forçá-la. Eles comeram as pizzas. Tomaram os refrigerantes. Beijaram-se. Draco queria partir pro plano dois. O mais rápido possível. Já estava ficando complicado pra ele agüentar. Por mais trouxa que ela fosse. Ela era linda. Com certeza. Ele teve uma idéia. Pra ficar tudo mais descontraído e menos perigoso. Queria que fosse tudo perfeito. – Vamos tirar fotos? Estamos juntos a um mês e não temos fotos nossa. – Ele também pensou no álbum que montaria com suas conquistas. Ela era linda. Seus olhos. Eram azuis. Um tom quase da cor do céu. Parecido com seus próprios olhos. Mas ele pouquíssimas vezes viu a cor dos próprios olhos. Sempre que Draco estava pensando, com raiva, malícia, ou algum sentimento, nobre ou não, seus olhos ficavam cinzas. Ele só tinha uma foto na qual ele estava com os olhos azuis. Quando ele recebeu a carta de Hogwarts. Seu sorriso era sincero. Sua felicidade completa. Ele sabia que ele ia ficar fora de casa. O que sempre quis. Naquela foto. Que ficava na carteira dele. Seus olhos estavam normais. Lindos. Azuis. Não havia nenhuma sombra cinza. Nenhuma malícia. Nenhuma raiva. Mas ele se sentia livre.

- Claro. Mas... Você tem alguma máquina? – Ela perguntou, com um sorriso superior. Draco enervou-se.

- Peço lá em baixo. Ele respondeu e se virou para pegar o telefone.- Ryen o ensinou naquela manhã. Para caso ele precisasse de algo. – Hi! Eu sou Sean Bloom. Suíte presidencial. Quero uma máquina fotográfica. Funcionando. Com filme. Pra agora. Sim? 10 minutos? Não. 5 minutos. Obrigado.

- Ui! Como você é rápido.

- Hahahahaha. Vem aqui. – Ele a pegou pela cintura e a beijou. – Quer ficar bonita pra tirar foto não? Vai se arrumar no banheiro lá. – ele apontou e bateu na bunda dela. Ela saiu rindo. A campanhia soou. Ele foi atender e pegou a máquina, ela já estava vindo e ele logo tirou a foto dela. Eles ficaram lá tirando um foto do outro se beijando, rindo.

- Vamos tirar uma foto de nós dois. Juntos. – Ela pediu. Seus olhos imploravam.

- Vamos.- Ele sorriu sinceramente. Ele se sentia muito bem com ela. Ele arrumou o "Time" da máquina. Posicionou e sentou- se com ela no sofá. Eles estavam sorrindo. Abraçados. Os olhos de Draco ficaram azuis. 7 anos depois. Mas claro. Ele não pode ver naquela hora. Só descobriria um tempo depois. Quando visse a foto.

Depois da sessão de fotos eles sentaram no sofá, um pra cada lado, rindo como loucos. Estavam bem. Draco assim que parou de rir lembrou-se que seu objetivo não era esse. Logo partiu para beija-la. Começou beijando seu colo nu. Depois subiu para o pescoço. Em seguida a beijou nos lábios. Mas não permitiu que ela correspondesse. Partiu para beijar o ombro e começar a tirar sua blusa. Sentindo a resistência dela, fingiu que nada havia acontecido e voltou a beijar o colo dela. Começou a falar coisas no ouvido dela do tipo: "Você é linda!" e "Você foi a melhor coisa que me aconteceu esse ano!". Depois voltou a beija-la na boca. E deixou que ela correspondesse. Ela já estava menos desconfiada. Mas não baixava guarda. Ele resolveu partir pro champanhe. Pegou duas taças e encheu quase até derramar. Ela relutou. Mas acabou bebendo. Uma taça. Duas taças. Na terceira, ela já estava rindo sem parar. Era a hora perfeita pra Draco.

- Vem Chris. Você está bêbada. – Ele a segurou pelo braço e saiu puxando pro quarto.

- Não Sean. Não estou. Eu quero mais champanhe. – Ela falou entre risos. Cambaleando pro quarto.

- Está bem. Sente ai que eu vou lá na sala pegar a garrafa. – Ele disse sentando- a na cama com lençóis de seda. Logo depois ele voltou com a garrafa. Ela já estava com metade do corpo deitado. Ela estava tremendamente linda. Draco deixou a garrafa no chão, ao lado da cama. E subiu na cama, por cima dela. Começou a dar beijos na barriga dela, enquanto ela ria de prazer (e de cosquinha), ele começou a empurrar a blusa dela pra cima e ainda beijando a barriga passava uma de suas mãos em suas costas quentes Ele já estava quase alcançando os seios dela quando ela acordou.

- Hei Sean! Onde está o champanhe. – Ela perguntou tentando ficar séria. Mas ela simplesmente não conseguia e ria muito.

- Aqui! – Ele abaixou enervado. Ele queria muito ter continuado nos beijos. Mas ele refletiu e sorriu maliciosamente. – Mas você vai ter que lutar por ele. – ele sorriu novamente. – Quer? – Ela assentiu com a cabeça. – Então ta. Pra uma taça você terá que tirar essa blusa aí de cima. – Ele apontou o casaco azul dela. Ela sem pensar logo tirou. Ele pegou a taça que estava na mesa de cabeceira, encheu e continuou com ela na mão. Chris estava fazendo sinal para que ele a desse pra ela. Mas ele esticou a mão para o alto segurando a taça. – Hei! A taça é sua. Está cheia. Mas você ainda não pode bebê-la. Você quer beber? – Ela novamente assentiu com a cabeça como uma criança. – Tire essa blusa ai então. – Ele apontou pra camisa branca dela. A última peça antes do sutiã. Ela sem pensar tirou. Ele entregou a taça e ela bebeu tudo quase sem respirar. Ele delicadamente tirou a taça da mão dela pois na mesa de cabeceira e começou a beija-la. Ela já muito bêbeda não teve resistência. Ele foi muito delicado. Também era a primeira vez dele e ele queria que fosse especial. Mas Draco não pensou nas conseqüências desse ato. Sua estratégia não fi perfeita. Quase, mas não perfeita.

Draco acordou feliz. Foi direto para o banheiro. Tomou um banho quente e demorado. Quando ele voltou pro quarto que ele percebeu que não estava em casa e lembrou-se que dormiu acompanhado. Mas Chris não estava no quarto. Ele foi até a cozinha e ela estava lá preparando o café da manhã.

- Bom dia! – ela respondeu alegre.

- Bom dia! – ele respondeu sem entender.

- Sean, é, aconteceu? – ela perguntou sem graça.

- Sim. – ele respondeu sério esperando que ela fosse logo gritar com ele.

- Eu estava bêbada. Pensei que estivesse sonhando. Mas eu sentir prazer. – Ela respondeu sem emoção. Draco sentiu-se aliviado, mas culpado, se ela tivesse gritado ele se sentiria melhor. Ele não tinha mais coragem de deixa-la. Ela o desarmou.

- É... é... Chris. Eu tenho que sair. Vamos. Vou te levar pra casa. – Ele falava muito sério.

- Mas você não vai comer? O que foi Sean? Você está estranho.

- Nada. Estou cansado. E tomei um pouco de champanhe a mais que devia. – Ele sorriu forçado.

- Se você tomou mais que devia. Que dirá eu? Tudo bem. Vamos. – Ela foi pro quarto pegou as roupas dela se arrumou e o encontrou na porta. – Bom dia! – Ela sorriu e deu um beijo leve nos lábios dele. – Obrigada. – Ela ainda sussurrou ao pé da orelha.

Dois meses depois da noite com Chris, Draco estava deitado em sua cama pensando. Depois de deiká-la em casa ele nunca mais voltou lá. Ele estava com saudades dela. Do sorriso dela. Ele pegou uma foto dos dois, que estava em cima da mesa de cabeceira dele. Seus olhos estavam azuis. Ele sentia falta dela. Ele levantou, se arrumou e foi atrás dela.

- Sean? – Ela demonstrou muita surpresa na voz. Logo depois seus olhos pareciam fogo. – Você me usou. Depois daquela noite você sumiu. Seu cafajeste. – Ela começou a chorar enquanto griatava e dava socos no peito de Draco. – Eu fui te procurar naquele lugar e diziam que você não morava lá. Dois meses. Dois meses.

- Chris. Chris. CHRIS! – ele gritou por fim pra ela se acalmar. – Eu estava doente. E eu me mudei. – Ela ainda chorava.

- Sean. Eu estou desesperada. – Ela falou com uma voz morta. Temerosa. Cheia de emoção e desespero.

- Por que? – Ele se sentiu triste momentaneamente.

- Eu estou grávida. – Chris finalizou.

N/A: E ae? Qual será a reação do Draco? Estão gostando? Gostaram da Chris? Ela é legal ao meu ver. Seria uma boa mãe! =] Bijinhos! E obrigada pela Review Vivian! Está ai o terceiro cap! =]