Capítulo 4 - Um dia de Paris

Gina estava caminhando para a casa dos Atwood. Seria seu primeiro dia de trabalho. Ela estava muito ansiosa, afinal, era seu primeiro emprego. Como a casa dos Atwood ficava a 20 quadras da sua "casa" ela resolveu que iria a pé. Até porque ela não tinha dinheiro para ficar andando de ônibus. E uma caminha é sempre saudável. Na sua mochila ela levava a roupa que iria trocar na casa dos Atwood e levar para o hotel. Sim, ela havia ganho o emprego. Ela começou a rir sozinha. Lembrava-se de como havia sido sua "entrevista" para ganhar o emprego. Ela entrou na sala e o Senhor Harold Green apresentou-se. Ele era um dos gerentes do hotel. Ele disse que o encarregado do departamento pessoal a esperava na outra sala. Ele apontou uma porta na parede e disse que ela podia ir lá. Ele a estaria esperando. Quando ela se aproximou da porta e pois a mão na maçaneta ela achou aquilo tudo muito estranho. Resolveu bater na porta antes. Para manter a privacidade de fosse lá quem estivesse do outro lado. Depois de duas leves batidas na porta e nenhuma resposta ela resolveu voltar pra falar com o Senhor Green.

- Senhor! - Ela chamou.

- Sim?

- Ninguém responde. - ela sorriu sem graça. - Tem certeza que o Senhor que ira me entrevistar está lá? - Ela perguntou sem jeito. - Quer dizer, ele pode ter saído. - Ela estava começando a ficar vermelha e se auto-amaldiçoou por isso.

- Não. Ele realmente não está lá. Ele sou eu e digo que a Senhorita foi aceita. - Harold sorriu. - Estamos precisando disso aqui nesse hotel, mocinha. Pessoas com valores. Pessoas educadas. - Ele sorriu e estendeu a mão. - Parabéns. Está contratada. Amanhã mesmo você começa.

Gina, não coube dentro de si. Ela apertou a mão do Senhor Green e sorria incrédula.

Gina voltou a sorrir. Começou a lembrar-se da hora em que encontrou Cindy. Cindy contou que a entrevista dela havia sido diferente. Testaram sua agilidade de resolver um problema por conta própria no hotel. Eles queriam pessoas mais autônomas no hotel. Pessoas que soubessem lidar com pessoas. Pessoas que soubessem seus limites. E Gina descobriu seu limite. Seu limite de cansaço, seu limite de paciência, seu limite de brilhar. Tudo por causa de um homem. Um homem que chegaria no hotel dali a dois dias. Depois de parabenizá-la, Harold foi fazer um discurso pras outras camareiras que haviam ganho o emprego. Ele falou o horário do turno. O salário, as normas e falou do Homem. Aquele pelo qual Harold teve que contrata-las. Esse homem havia sido convidado a fazer um filme. Ele havia simplesmente aparecido no mundo à 9 meses atrás. Ele abriu uma grande cadeia de lojas de departamentos. E ninguém sabia quem ele era, nem de onde veio o dinheiro dele. Mas ele havia se tornado um símbolo sexual. Era um homem muito lindo. E suas lojas eram maravilhosamente sucedidas. Ninguém sabia de onde ele arrumou dinheiro, mas onde quer que fosse... Já estava tudo pago. No primeiro mês de vendas as lojas já haviam sido pagas. Quer dizer, no segundo mês as lojas já estavam dando lucros. Mas isso ainda não o explica o porque deles estar no hotel. Sua masculinidade e beleza eram tão aparentes que os produtores ingleses o queriam como ator. Eles iriam fazer um re-make de um filme. Haviam convidado-no e sua fama aumentou consideravelmente. O filme começaria ser gravado dali a duas semanas e ele queria privacidade. E parecia que ele já havia freqüentado aquele hotel, por tanto... Ele voltaria pra lá. Mas isso não fazia muita diferença na vida de Gina. Pelo menos não ainda.

Gina chegou a casa dos Atwood em uma hora. Antes deles saírem os 3 acertaram todos os detalhes pendentes e lhe deram várias instruções. Quando eles saíram Mia ainda dormia e Gina resolveu arrumar a casa. Quando o único cômodo pendente a ser limpo era a cozinha, Mia despertou. Gina foi logo cuidar dela.

- Hei, dorminhoca... Dormindo até ás 10h? tsc tsc, tão nova e já tão preguiçosa... O que você quer agora? Banho ou mamadeira? Hum, mamadeira, não? Depois um banho.

Gina logo tirou Mia do berço e foi dar mamadeira a ela. Depois deu um banho e trocou sua fralda. Logo após o banho Gina a pois no carrinho, perto dela na cozinha, com alguns brinquedos. Enquanto Gina limpava a cozinha e fazia a sopinha, Mia brincava no carrinho. Depois que Mia almoçou ela logo dormiu. Gina a pôs no berço e foi lavar a louça. Terminando isso ela foi verificar e constatar que Mia dormia profundamente. Resolveu então tomar um banho e se trocar. Em seguida, não mais que 20 minutos depois que Gina havia acabado de tomar banho Mia acordou. Estava com fôlego pra brincar muito. Gina então se lembrou de ter visto um parque enquanto se dirigia pra casa dos Atwood. Resolveu então que levaria Mia de carrinho lá. Até o sol se pôr. Mas tarde, quando voltava pra casa, Mia reclamou pela primeira vez naquele dia. Gina logo desconfiou que ela queria um banho, depois de sair nas ruas de Londres. Depois de um banho quente e um lindo vestido verde e rosa de inverno, Mia já sorria novamente. Gina então foi preparar a janta dela, já que ela havia dormido e brincado de tarde e não mamado. Quando Brian e Theresa chegaram do trabalho Mia estava dormindo novamente. Theresa contou a Gina que ela dormia o tempo certinho deles tomarem banho e se arrumarem.

- Quando eu for pra cozinha preparar a janta ela acorda. - Theresa sorriu. - Ah, Paris, minha filha é um doce, não?

- É sim Theresa. Eu a levei no parque de tarde. Pra ela ainda pegar um "solzinho" antes do inverno e distrair um pouco. Quando nós voltamos, ela só choramingou um pouquinho e quando eu dei um banho nela... Ela parou.

- Ah, que legal Paris. A última babá que ela teve, foi um horror. Ela não fazia nada e quando Mia chorava... Era porque ela já estava no extremo de querer alguma coisa.

- Com certeza. Com criança pequena você já tem que saber o que ela quer. E não esperar até que ela chore. Mas eu estou na minha hora e Mia vai acabar acordando antes que você comece a preparar o jantar. - Gina sorriu.

- É verdade. Mas o Brian fica com ela. Eu só pego depois que eu arrumar a cozinha.

- Bem, isso eu já fiz, e a louça de hoje pode deixar pra mim amanhã. Não tenho muito que fazer. Mia não dá trabalho.

- Pra você, ela nos faz ficar acordados até as duas. Brincando, rindo, babando, ela só vai dormir depois que nós começamos a piscar incontrolavelmente de sono.

- Ah, por isso ela acorda às 10h? - Gina riu. - Ah, mas deve ser saudades de vocês. É o único horário que ela fica com vocês. - Gina comentava, já perto dá porta para ir embora. - Bom, até amanhã Theresa. Lembranças ao Brian! - Gina sorriu, já quase saindo.

- Até amanhã Paris. Sim, sim digo que você mandou lembranças. Ele deve estar tomando banho. - Theresa sorriu e fechou a porta enquanto Gina saia pelo portão. Outra jornada de trabalho começaria.

Chegando ao hotel, 40 minutos depois de ter saído da casa dos Atwood, Gina estava exausta. Não, Mia não dava trabalho, mas criança cansa. Chegando no hotel, assim que viu uma cadeira perto da entrada das camareiras, jogou suas coisas no chão e se jogou na cadeira. Fechou seus olhos e adormeceu.

- Paris, Paris. - Ela ouvia alguém chamar. - Tão me chamando? Ish, essa gente é louca, alôôu, meu nome é Virgínia. Bando de gente louca. - Paris. Só faltam 10 minutos pra começar nosso expediente. PARIS. - Cindy acabou gritando. Gina pulou da cadeira com os olhos arregalados.

- CINDY. Está maluca? Que isso? - Gina estava começando a lembrar-se que "seu" nome era Paris. Depois viu que não devia ter gritado com a amiga. - Desculpe-me. Nosso expediente. Ahn, ta. Eu acabei dormindo de cansada.

- Tudo bem. Vamos lá. Precisamos pegar nossos uniformes.

Depois de arrumadas elas começaram a trabalhar. Lavaram a louça do jantar, varreram corredores. Arrumaram quartos que estavam liberados. Por fim, Gina sentou-se no pé da escada principal e ficou conversando com Cindy sobre sua vida passada. Contou sobre os seis irmãos e sobre a história falsa da bruxa francesa. Mas não disse porque e nem contou sobre sua verdadeira identidade e muito menos que ela era uma bruxa. Assim foi o dia da nova vida de Gina. "Muito cansativa" - ela pensou quando chegou em casa 7:00h da manhã e jogou a bolsa no chão.

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P.S: Para o nome desse capítulo eu fui inspira pela escritora IIManzaII, de Caricaturalmente Pintado e Magicamente Pintado, duas ótimas fics Lily e James. Só que eu fui falar com ela, ela achou melhor eu não usar porque isso foi uma coisa que ela inventou e era uma coisa da Lily, eu compreendi, e senti que pra eu escrever tudo até chegar na parte que eu queria o capítulo ficaria extenso demais. Resolvi mudar um pouco a idéia inicial, e por um capítulo de passagem. Acabe de ler as notas da autora que são importantes pra vocês entenderem algumas coisinhas da vida da Gina e do Draco e corra para o próximo capítulo.

N/A¹:Eu não sei se vocês estão percebendo, mas há horas em que eu troco um pouco a visão, falo do futuro dela. Eu acho que isso torna a história mais interessante. Assim, vocês por exemplo sabem que ela descobriu seus limites... Mas pra saberem porque vocês devem continuar a ler a fic... Entenderam? É muito Rowling, Sidney Sheldon e uma vasta coleção de livros de detetives, como "A turma dos tigres" na cabeça. Eu gosto muito desse tipo de suspense. Uma coisa que te instiga a ler. Espero que estejam gostando e que vocês entendam... Mas caso aja dúvidas, email- me que eu explico! .

N/A²: O tempo, sim o tempo, muito complicado ele. No capítulo de hoje estamos no mês de NOVEMBRO. Por que olha só. O ano letivo imagino eu acaba no meio de Junho. No 1º capítulo eu disse que Gina, 4 meses depois de terminar Hogwarts... Blá-blá-blá... Então, fazemos as contas... Julho, Agosto, Setembro, Outubro. Só que, não pensem que sou louca... Meio de outubro... Pra não ficar tudo muito complicado... Arredondemos tudo e estamos no INÍCIO de NOVEMBRO. Sí? Ela começou a trabalhar em uma terça-feira. Ela fugiu domingo de noite, pó-de-flú, caldeirão furado e tchu-tchu-tchu... Londres trouxa, um lugar que ela não conhecia, tchu-tchu-tchu, Senhor Franco... blá-blá-blá... O dinheiro que ela tem pra andar de metrô... São as economias dela e mais a mesada que Fred e Jorge dão a ela. Tudo explicado? Mais alguma dúvida? Qualquer coisa... email-me.

N/A³: Reação do Draco? Uau... no próximo capítulo

N/A²²: Eu falei um pouco da jornada da Gina, né? Gostaram?