Capítulo 10 - A procura de uma nova bússola

Cindy e Gina estavam com cara de velório enquanto iam para o hotel no carro que Hector havia providenciado para elas... Cindy rezava para que Paris não fizesse o que ela achava que ela fosse fazer. E Gina, estava pensando muito, se desistia, se deixava pra lá, se dava uma de estrela... Cindy não suportou mais aquela situação, aquele clima pesado, aquele ar de indecisão.

- Paris - ela chamou tímida. - Olha, você não precisa fazer nada por mim. Se você acha, ou melhor, se o seu coração acha que o que você deve fazer é continuar a mesma. Você deve fazer isso. Você não está vivendo mal. E eu acho até que você pode mesmo largar o hotel. Você já tem um dinheiro guardado... Com o salário que você ganha cuidando da Mia... - E Cindy não conseguiu dizer mais nada.

Mesmo com Gina ouvindo tudo que Cindy dizia sem olhar pra ela. Mesmo que Cindy falasse tudo como se pisasse em gelo fino... Mia era a palavra. Mia era a chave. Gina não suportou mais e começou a chorar. Era como se ela estivesse à beira de um penhasco e Mia fosse o vento forte que a empurrava para baixo. No caso, Mia empurrou as lágrimas para fora... As lágrimas guardadas pela saudade de casa. Pelos dias úteis sem dormir. Pelo reencontro, mesmo que rápido e estranho com Malfoy, que lhe trouxe lembranças desagradáveis. Pela falta de palavra dela pelo fato de dizer aos pais na carta que continuaria acompanhando todo o andar da guerra por fora e não ter cumprido. Por não saber de nada, por andar no escuro. Gina não queria mais fazer nada, ela queria ficar ali no carro, chorando, remoendo sua dor, sua saudade. O que ela mais queria agora era estar no seu quartinho apertado d'A Toca. Esperando que sua mãe a levasse um chá quente na cama, a abraçasse e permitisse que ela chorasse... Muito. Até que ela diria que a aventura dela havia terminado. Ela agora só iria brincar de casinha. Em casa.

- Paris. - Cindy insistiu. Gina acordou do transe, sabia que não poderia ficar nessa de voltar atrás... Seu caminho já havia sido traçado, ela já tinha escolhido, não havia como voltar atrás.

- Cindy. - Gina falou, mas sua voz estava por um fio. - Eu não vou desistir, e Mia não morreu, eu trabalho menos agora. Posso visitá-la. Além do mais... Quem sabe você não consegue virar a nova babá dela e me contar todas as façanhas? Todos os sorrisos. Theresa deixou claro que não foi por você que ela não deixou Mia ir. Mas pelo movimento, a quantidade de gente, que se fosse pra levá-la para algum outro lugar... ela levava para o escritório dela... Ela é sua própria patroa, não teria ninguém dizendo não a ela. Mas ela não a leva para lá porque acha que não é um lugar adequado para crianças. Ela está correta, eu sou uma estúpida. Eu só não posso mais desistir de fazer esse filme. Agora eu quero. Eu só preciso fazer uma coisa antes... - Ela falou tudo quase que sem respirar...

- Que seria? - Cindy perguntou depois que ela havia respirado.

- Escrever umas cartas. - Gina finalizou.

--------------------------------------------------------

Gina saiu do carro sendo segurada por Cindy. Elas subiram as escadas até o saguão onde Cindy deixou Gina sentada em um sofá e foi buscar folhas e canetas para ela.

- Aqui Paris. Bem, o pessoal está te esperando. Eu vou levar você para um escritório onde você poderá escrever cartas para quem você quiser em paz. Eu vou ficar no outro escritório, pra deixar claro o que você pode ou não fazer, quer ou não, essas coisas.

- Mas, mas... - Mas Gina sabia que ela sabia tudo que ela queria, isso era muito raro, mas Cindy era uma verdadeira amiga. Gina acabou por sorrir.

Cindy era pobre como ela, mas mesmo assim não a forçou a ficar rica, muito menos a fazer o filme por causa de Mia. Mesmo Gina tendo toda consciência de que o que Cindy queria é que ela fizesse o filme. A única coisa que Gina pode fazer foi se levantar do sofá e abraçar Cindy muito forte. Estava selado. Elas agora eram como irmãs. A irmã que Gina nunca teve. A irmã amiga, a irmã mas velha que cuidava de tudo em quanto ela só brincava de casinha. Cindy acabou por conduzi-la até o escritório e fechar a porta para que ela ficasse sozinha com seus arrependimentos, seus problemas, suas limitações. Gina não demorou mais que meia hora e escreveu uma grande carta para a sua mãe e seu pai. Uma para os gêmeos, uma para Rony, uma para Harry e Hermione, que ela sabia que estavam com Rony, mas Rony era seu irmão e eles seus amigos. Uma para Gui, muito especial ela sabia. Uma para Carlinhos, um bilhete para Percy, que mesmo não tendo voltado a família, era seu irmão. E uma carta curta para Luna que continuava a mesma lunática de sempre, mas era sua amiga. Mas com certeza, a primeira carta a ser escrita, a mais dolorosa, foi a dos seus pais. Ela começou a carta fingindo-se forte e terminou totalmente dramática. Mas eram seus sentimentos, ela não pode deixar de mencionar Cindy, agora sua irmã. Mas não falou onde estava e pediu que não a procurasse. Mas que ela acompanhasse o mundo trouxa. Que ela seria grande. Perguntou claro pela guerra, mas foi muito de leve e só já no finalzinho da carta, sua assinatura em todas elas foi a mesma... Com muito amor de uma menina desesperadamente com saudades de casa, Gina, sua sempre irmã, sua sempre filha, sua sempre amiga. G.M.W.

------------------------------------

- Bom dia! - Gina falou entrando no escritório, olhou para todos os lados do escritório, sentindo que o clima era verde. Verde de dinheiro. Sabia que todos aqueles homens levemente redondos e carecas só tinham uma coisa na vida, e só nela pensava, dinheiro. Acabou por achar um outro homem que dinheiro também estava escrito na testa. Mas era mais bonito, mais saudável, mais inteligente e muito mais sutil. Draco Malfoy estava sentado a um canto, desinteressado. - Desculpe-me Senhores, mas todos aqui devem saber que foi tudo muito repentino pra mim, e eu de forma alguma poderia vir aqui sem resolver alguns assuntos pendentes. E agora sim, estou livre para me transformar no que vocês querem. - Ela sorriu. Os homens ficaram muito satisfeitos e Gina usou seu sorriso que convencia a todos os seus irmãos que ela era uma santa, que nunca havia pego as vassouras deles ou qualquer coisa do tipo e todos aqueles homens ficaram encantados com ela. Mas um homem em especial se dirigiu a ela.

- Oi minha queridinha... - Hector babava enquanto sorria. - Vejam meus Senhores, essa é a mulher perfeita a quem estava me referindo e essa jovem mocinha aqui estava defendendo - ele apontou pra Gina e depois pra Cindy enquanto falava. Seu relógio de ouro fazendo um certo barulho que muito incomodava a ela e com certeza a Cindy. Mas Gina não deixou de reparar na cara de repugnância de Malfoy. Eles haviam algumas coisas em comum. - Bem, agora devemos conversar mocinha e você deve assinar os papéis, vamos explicar tudo por alto... essa mocinha aqui te explicar melhor depois. Eu já disse algumas coisas ontem, como amanhã terá uma festa, daqui a pouco a Oma Sleshy estará aqui para te assessorar em tudo que a mocinha não sabe, seu salário será aquele mesmo de ontem - e nessa hora Gina não teve como não manter um expressão séria, ela acabou por transformar seus olhos já grandes e castanhos em dois pratos... 10 milhões de libras? Ela também não pode deixar de reparar na expressão de deboche de Draco, claro... porque pra ele aquilo não era nada, e pra ela era mais do que toda a geração dos Weasleys já teve. "Moleque ridículo!" Ela não pode deixar de pensar. Está bem, depois ele explicou que aquele seria a quantia final, no momento ela só ganharia 5 milhões... Mas de qualquer forma... Eles dariam a ela um cartão de crédito sem limites que ela poderia usar, um carro que já estava a disposição dela e várias outras regalias como ficar na suíte, que ela já estaria mudando essa tarde, tudo isso ela já sabia, agora o pior foi a confirmação da coisa que ela já sabia mas estava desligada que teria que acontecer, ela teria que contracenar com Sean Bloom... Ah, mas a mente dela traduziu isso pra ela... "Gina, Sean Bloom é igual a Draco Malfoy, ou melhor, é Draco Malfoy." Ela não pode deixar de soltar um muxoxo de descontentamento que foi ignorado ou não foi ouvido por Herctor Banna. Ha, sim Hector Banna, o maior produtor de filmes de toda Londres... Ela olhou pra Cindy como quem pergunta: "Você já ouviu falar dele?" E ela, com o maior cinismo fez um aceno do tipo... "Ora, claro! Ha, como você nunca ouviu?? Em que mundo você vive?? Ele é o maior Paris..." As duas desviaram o rosto mas começaram a soltar risinhos baixos, mas Hector não parava de falar e gesticular, dizia o quão grande seria aquela produção, quanto de dinheiro eles ganhariam, e Gina acabou percebendo que faltava um outro jovem, de olhos muito bonitos... E como é não agüentava mais ouvir Hector falar, acabou por perguntar:

- Senhor, Senhor, HECTOR - Gina levantou a voz...

- Ah, sim, sim querida?? - Ele virou-se pra ela não muito satisfeito por ela ter atrapalhado sua utopia do filme... Mas logo depois voltou a sorrir seu sorriso bobo.

- Ehr, eu não vejo o Jess Tristan... Ele saiu do filme?? - Ela perguntou sem jeito.

- Ah, é verdade, onde está o Menino Tristan? - Hector perguntou olhando a sala, enquanto o lindo jovem de olhos azuis, cabelos castanhos muito lisos que passavam da orelha se levantou lá atrás do escritório, ao lado oposto a Draco.

- Estou sentado aqui - ele falou em uma voz quase de sono. - Ouvindo o que o Senhor diz - e aí sim Gina teve certeza que ele estava dormindo, sentado na poltrona escondida. Ela não pode deixar de soltar uns risinhos e sorrir pra ele. Quando os olhos de cor azul piscina dele encontraram-se com os olhos achocolatados dela, eles sentiram que eram cúmplices. Ela olhou pra Cindy, tentando dizer pra ela que mais alguém havia se juntado ao grupo, mas ela acabou por ver uma Cindy com um olhar muito bobo pra cima de Jess. Gina acabou ficando frustrada.

- Erh, - Ela tinha que disfarçar... - Senhor? - Hector virou-se pra ela - Uma caneta pra eu assinar o papel... Eu ainda tenho que ir no meu apartamento pegar minha coisas e trazer pra cá e compra minha roupa para o baile de manhã. - Gina sorriu... Sair dali era a melhor coisa a fazer.

- Ah, sim, sim... aqui est... - Mas Hector não conseguiu terminar... As portas duplas do escritório se abriram mostrando uma mulher vestindo um terno branco sob um sobretudo preto muito pesado, que destoava muito pôs o inverno já estava acabando. Ela virou-se pra falar com uns meninos que estavam atrás dela segurando muitas malas. Mas ela dava uns gritos e fala coisas que não faziam nenhum sentido aos ouvidos de Gina. "Ah", ela pensou analisando as roupas dela... "Deve ter vindo da Rússia!" Hector assim que notou sua presença abriu um largo sorriso e começou a dar pulinhos no mesmo lugar, quando ela se virou pra ele e também sorriu, um sorriso menos aberto e mais, ahn, como se tivesse um pouco de nojo dele... "Quem não teria?", Gina pensou de novo e prendeu um risinho, mas começou a caminhar em direção a Hector que abriu os braços e ficou muito apertado no seu terno muito justo para o tamanho da sua barriga.

- Oma! - Ele exclamou a apertando em um abraço. - Que saudade! - Hector quase babava mesmo.

- Igualmente! - Oma disse com um sorriso que não chegava aos olhos, que foram descobertos pelos óculos escuros que ela tirou assim que entrou no escritório, eram lindos olhos verdes, olhos verdes mel. Seu cabelo muito preto estava preso em um rabo de cavalo alto, que só alcançavam o início do pescoço. Era uma mulher que tinha um clima elegante, soava como poder. Era quase única. Gina sabia que teria muito o que aprender com ela. - Hector - ela chamou sem olhar pra ele, ela encarava Gina com um meio sorriso, mas um sorriso sincero, como se a analisasse, mas ao mesmo tempo que encontrava muitas coisas pra mudar, a achasse perfeita, o meio sorriso era um sorriso de dúvida, um sorriso de talvez. - Dê logo o papel pra essa menina assinar que eu tenho muito o que fazer. - ela acabou por dar um largo sorriso a Gina, que retribuiu com prazer. Gina pegou o papel e logo deu um rabisco, um P.Leigh. Pegou na mão de Cindy e saiu andando em direção a Oma. Mas antes disso ela deu um olhar pra Malfoy, pra ver o que ele estava fazendo e notou que ele estava encarando Oma com um olhar enigmático. Jess continuava no mesmo lugar ainda meio dormindo.

- Erh, Senhora Sleshy - Gina chamou sem graça. - Poderíamos ir pra minha suíte para conversarmos?

- Ah, Senhorita Leigh, vamos fazer diferente??? - Oma sorriu - Vamos pro meu carro e conversamos enquanto compramos??? - Ela sorriu de novo.

- Erh, está bem! - Ela sorriu e olhou pra Cindy, que nessa hora dava um furtivo olhar pra trás na direção de Jess. Gina não pode deixar de sorrir. - Vamos Cindy?

- Ah, sim sim, claro. - Cindy ficou vermelha.

- Então vamos Senhorita Leigh, Senhorita... - Oma fez um aceno pra Cindy.

- Blair, Cindy Blair - Cindy sorriu e esticou a mão, que Oma apertou receosa... Gina a achou muito preconceituosa nesse momento. Mas Cindy não deixou barato. - Sou a assessora da Senhorita Paris Leigh. - Cindy sorriu e Oma não pode deixar de aceitá-la melhor.

- Então, vamos? - Gina perguntou... Estava louca pra fazer compras. Ela nunca pode fazer isso, e a última vez que ela se lembrava de ter comprado algo novo, sua varinha, acabou por não ser nada muito feliz...

====================================N.A.

Esse capítulo tah um lixo, mas eu amei escrever... Amei esse Hector, ele me aparece aqueles caras ricos, estabanados... Ele e muito engraçado e ele apesar desse jeito assim, ele é um cara ingênuo... Então ele sorri assim de verdade... hehehehehehehe

A Oma... Bem a Oma, eu já tinha escrito sobre ela em um rascunho, eu não lembro como eu inventei esse nome, mas eu sei que eu inventei, eu lembro que que eu dizia que ela era muito parecida com a Molly, mas essa Oma ae, não é, ela é mais chique, mais elegante, mas ela é amável... Mas você verão isso depois... agora eu a fiz esnobe, essas coisas... Mas depois ela vai ser legal.../

E aí??? Gostaram do capítulo??? Beijos

Chi

=================Respostas a reviews... Como eu havia prometido... Tipo... Capítulo maior pra quem gosta... :)

Anaisa: Obrigada!!! =) eu supero o tamanho da review... hehehehe

Dea Snape: Uma semana... não foi muito viu??? Agora tah ae a resposta da Theresa... Eu só não sei até quando isso vai durar... hehehehe :) beijos...

Xianya: esse capítulo foi pra você, maior que os outros... É, eu não consigo escrever capítulos grandes porque eu sou muito afobada e não consigo ficar em um mesmo assunto... Por isso eu começo outro capítulo porque eu posso começa-lo como se nada tivesse acontecido.. É meu estilo (segredo: eu também adoro ler capítulos grandes, mas sou uma meleca pra escrever)

Tamynhaaaaaaaaaaaa!!! Doninhaaaaaaaaaa :) Nheiiii, vc tah longe!! =, atualizei, pra matar sua curiosidade mas vc nem ta aki pra ler... Mas vc vai lê quando voltar... Nhai.. e nosso cinema??? Meninas Malvadas... ae vamos nós!! :) Nhaiiii Saudades... beijos

Selene Malfoy: É essa a questão da história... ainda não decidi... pode ser que sim, pode ser que não... Vamos ver.. :)

Dark Angel Malfoy: Muito obrigada... mas acho que você está precisando ler Biba, Flora, Pichi, eu sou um lixo.. hehehehe... mas tudo bem... Eu gosto quando vocês gostam mesmo eu não gostando... Ah história na minha cabeça está muito interessante, mas eu realmente não gosto do que eu escrevo e não sei como faço pra melhorar...

Rute Riddle: Não demorei... ah sim, eu tb amei o reencontro, mas eu ainda vou fazê-la falar alguma coisa sobre o 5° livro, do jeito que ela o estuporou... Nhaiii To ansiosa pro baile...

Rita-Granger: O capítulo tah ae Rita, mas vou mandar um email pra vc! Ok? Ah, a MIA é MUITO MUITO querida... :)

Lady Bunce: Muito obrigada!!! Eu supero os capítulos sem coments... Mas espero um comente nesse... Pq esse foi meio que pra você... pra você e para a Xianya... Que gosta de capítulos grandes... e pra vc pq nada se resolve... Ou melhor... sim...

Mas... só teve uma manhã... será que a Paris vai aguentar??? Hehehehe... Vamos conferir

------ Gente, é isso ae.... Essa porcaria fui eu que escrevi, mas eu amei meus personagens... Deixa quieto e até a próxima... quinta-feira que vem no máximo, está no ar!! :)