A melhor noticia

Ginny abriu os olhos meio sonolenta ainda, olhou para o relógio e constatou serem 10 da manha, levantou-se calmamente e caminhou até ao banheiro privativo. Draco já tinha ido trabalhar, ela lembrava-se vagamente de ele lhe ter dado um beijo de despedida.

Olhou-se ao espelho sentindo-se diferente, e ela sabia o que era, só ainda não tinha dito nada ao esposo, queria que fosse surpresa. Passou a mão pelo ventre sorrindo.

Saiu do banheiro enrolada numa toalha felpuda branca, e caminhou até ao armário decidida a escolher uma roupa pratica. Olhou para a foto que se encontrava em cima da cómoda e sorriu. Era a foto do casamento deles, Draco abraçava-a pela cintura tendo o queixo apoiado no seu ombro, e ambos sorriam felizes.

Estavam quase a fazer um ano de casados, faltava apenas 2 meses, e em 10 meses de casamento eles estavam muito felizes. Era raro discutirem, pois apesar dos feitios serem diferentes eles já estavam habituados a não concordar com tudo, e por isso aceitavam as ideias diferentes deles.

Saiu do quarto depois de vestir uma camisa branca e umas calças largas negras. Caminhou até ao escritório e sentou-se na cadeira olhando os papéis existentes na secretaria. Alguns eram os relatórios de Draco, da última reunião no Ministério, visto ele ser o membro mais importante do concelho de ministros. Ao lado encontrava-se as folhas dela.

Ajeitou os papéis e colocou-os alinhados no canto da mesa, junto de uma foto deles quando estiveram pela 2ª vez na Grécia, na altura da lua-de-mel.

Encostou a cabeça para trás e ficou assim durante segundos até ouvir alguém bater á porta. Levantou-se calmamente e caminhou até ao Hall de entrada, dando de caras com sua sogra e Remos. Eles traziam ao colo sua filha, Halana. A pequena herdara os olhos azuis da mãe e o cabelo claro do pai.

Caminhou até eles abraçando o homem e cumprimentando a mulher. Em seguida pegou na afilhada ao colo e ergue-a no ar fazendo-a sorrir. A menina tinha quase 5 meses, e era o orgulho dos pais, e de Draco que adorava a irmã, apesar de não ser uma Malfoy, ele gostava muito da pequena.

- Então o que vos trás por cá? – Perguntou a ruiva caminhando até ao Salão.

Sentou-se numa poltrona com Halana nos braços e olhou para o casal sentado á sua frente.

- Decidimos vir-te fazer uma visita, sabíamos que meu filho estava a trabalhar e como não tínhamos muito para fazer.

Narcisa saíra da Mansão quando a ruiva e o loiro se casaram, e foi viver numa casa que Draco comprara para a mãe não muito longe de onde eles moravam.

- Fizeram bem em vir. Draco virá almoçar e não vai trabalhar á tarde, não querem almoçar connosco?

Viu Remos olhar para a mulher e em seguida responder:

- É claro, seria óptimo.

- Óptimo. – Disse a ruiva levantando-se e entregando a menina ao pai. – Vou dizer aos elfos para fazerem comida a contar para mais dois.

Nessa altura a ruiva levou as mãos á testa e segurou-se no braço do sofá.

- Estás bem Ginny? – Perguntou Narcisa olhando preocupada para a outra.

- Óptima, não se preocupem, isto acaba por passar, são só tonturas. – Respondeu caminhando até á cozinha.

Minutos depois ela voltou para o Salão e sentou-se novamente na poltrona. Narcisa olhava para ela fixamente e Remos brincava com a pequena.

- Ginny será que tu….tu não…tu….

- Sim. – Disse ela percebendo a cara da sogra.

- Sério?

- Sim.

- Mas que maravilha. – Disse a loira sorrindo e caminhando até á nora abraçando-a. – Draco, já sabe?

- Ainda não. Vou-lhe dizer hoje.

Aparentemente Lupin não tinha entendido nada pois nem olhara para as duas mulheres.

O resto da manha passou depressa, e rapidamente Draco chegou a casa, e foi encontrar Lupin sentado na poltrona do Salão lendo um livro e sua mãe e sua mulher estavam no chão brincando com sua irmã.

Ficou de pé olhando para elas antes de puxar Ginny pelo braço, levantando-a e beijando-a durante muito tempo, em seguida deu um beijo na sua mãe, e aproximou-se da pequena pegando-a ao colo e olhando-a sorrindo.

- Olá pequerrucha, como estás?

A pequena sorriu para o irmão passando as mãos na sua face fazendo com que Draco fechasse os olhos e ri-se.

- Parece que estás bem não é Halana. – Concluiu ele antes de voltar a por a pequena no chão.

Levantou-se ficando em frente da mulher e puxou-a abraçando-a.

- Convidei-os para almoçar.

- Fizeste bem. – Disse ele abraçando-a. – Mas agora vem comigo.

Puxou a ruiva pela mão e caminhou até ao quarto. A mulher estava admirada com o comportamento dele, assim que chegaram ao quarto ele fechou a porta e ela perguntou:

- O que me queres dizer?

- Dizer?! Eu não disse que te ia dizer algo, disse?

- Mas então porque viemos para aqui?

- Porque minha mãe está lá em baixo, o que me deixa minimamente constrangido. – Respondeu ele puxando-a pela cintura de encontro ao seu corpo.

Passou sua mão pelo rosto dela e juntou seus lábios aos dela, sem a beijar e disse:

- Eu amo-te…muito.

Ela sorriu com seus lábios colados aos dele e ia responder quando ele a beijou mais profundamente fazendo com que ela se agarrasse a camisa dele de modo a se segurar.

- Eu também te amo.

- Mesmo assim mais rechonchudinha eu gosto de ti.

Ela abriu a boca chocada mas logo sorriu, abraçando-o, o que fez com que ele não percebesse nada.

- Eu pensava que ias ficar amuada por dizer que estavas mais gordinha. – Comentou ele ao ouvido dela beijando-lhe o pescoço me seguida.

- Não Draco, não hoje e muito menos por esse comentário.

Ouviu o marido rir antes de a abraçar com força.

- Vamos descer para o almoço? – Perguntou ela.

- Sim. – Respondeu o loiro murmurando antes de procurar os lábios dela para mais um beijo.

Voltaram para o Salão e viram que a bebé dormia serenamente no colo da mãe. Ginny disse a Narcisa para a porem a dormir na sala ao lado do Salão, em cima do sofá.

O almoço durou imenso tempo pois Narcisa e Lupin deliciaram-se a contar o que a filha fazia, como acordar ás 3 da manha e berrar sem motivo algum, como sorrir quando olhavam para ela, como os olhos dela brilhavam quando viam comida.

- Ai faz-me lembrar o Draco, seus olhos sempre brilhavam quando chegava a hora de almoço.

Ginny riu divertida. Tinha visto algumas fotos do marido em bebé e nem parecia o mesmo. Tinha os olhos cinza azulados, seu cabelo loiro era ainda mais claro, mas ao contrário de agora ele era rosado e tinha umas grandes bochechas.

- Eu estou a imaginar. Draco era uma gracinha enquanto bebe. – Disse a ruiva.

- Só enquanto bebe? Agora não sou mais uma gracinha? – Perguntou ele com voz manhosa fazendo todos os ocupantes da mesa rirem.

Depois do almoço a mãe do loiro achou melhor irem para casa, Halana tinha acordado e estava quase na hora de ela comer.

Depois de eles se irem embora Draco sentou-se no sofá, e chamou a mulher para ao pé de si. Sentou-a nas suas pernas e abraçou-a ficando em silêncio.

- Em que pensas? – Perguntou ela afastando uma madeixa loira dos olhos dele e beijando-o ao de leve.

- Eu?! Oh…pensava em como está na hora de nós termos um filho também.

Ginny sorriu e ele puxou-a para um beijo apaixonado. A meio do beijo a ruiva sentiu-se ser deitada no sofá, e sentiu o corpo do marido por cima do seu. Os lábios dele caminharam para o seu pescoço e ela perguntou:

- O que fazes?

- Vou começar a fazer a encomenda de um filho.

- Mas não é necessário isto. – Disse ela rindo, fazendo com que ele a encara-se surpreso.

- Ginevra Molly Weasley Malfoy! Eu pensava que já não acreditavas na história da cegonha. – Falou ele rindo, voltando a beijar o pescoço dela.

- Não entendeste o ponto da questão meu amor. Eu disse que não é necessário isto, pois eu já espero um filho teu.

Os lábios de Draco pararam onde estavam e ele devagar ergueu a cabeça, ficando com os olhos á altura dos dela. Ginny vi-os mais azuis que cinza e brilhavam de uma maneira diferente, uma maneira que só vira uma vez, no dia do seu casamento quando eles foram declarados marido e mulher.

- Tu estás a dizer que estás grávida? – Perguntou ele com um sorriso.

- Sim. – Respondeu ela antes de ele a puxar para um beijo fervoroso.

Quando os lábios deles se afastaram ele levou os lábios ao ventre dela e levantou a camisa da mulher, beijou-lhe a barriga fazendo a esposa rir.

Voltou a encara a ruiva e em seguida disse:

- Um filho…um filho nosso…só nosso. Algo nosso….algo….meu Merlin, eu vou ser pai.

Sentou-se no sofá com um olhar concentrado, Ginny achou muito estranho a mudança repentina dele e acabou por se sentar ao lado dele.

- Draco! O que foi? O que se passa? Não estás feliz?

- Não meu amor, é claro que estou. – Respondeu ele pousando as mãos nas bochechas dele. – Estou muito feliz, mas é que….será que eu vou ser um bom pai?

- É isso? Apenas isso? Oh Draco….querido claro que sim.

- Eu não tive um bom exemplo paterno.

- E não precisas, tu não és teu pai, tu és diferente. E tenho a certeza que ambos vamos ser OPTIMOS pais.

- É, tens razão. Fui burro em pensar isto, o que seria de mim sem ti?

- Oh….nem quero imaginar isso…seria algo deveras assustador. – Respondeu ela a rir.

- A sério? E tu sem mim? Estarias agora com o Potter de certeza.

Ela riu encostando a cabeça no peito do marido.

- Com o Harry. Draco que ideia idiota.

Sentiu o homem encostar-se no braço do sofá ficando quase deitado, ela deitou-se sobre ele, e Draco murmurou:

- O facto de estares grávida não significa que eu não queria fazer o que queria.

- Sério?!

- Sim. – Respondeu simplesmente pegando na esposa ao colo e subindo para o quarto.

I don't know how to live without your love

I was born to make you happy

'Cause you're the only one within my heart

I was born to make you happy

Always and forever you and me

That's the way our life should be

I don't know how to live without your love

I was born to make you happy

(Britney Spears – Born to make you happy)

Assim que a ruiva abriu os olhos naquela manha deparou-se com o olhar do marido.

- Bom dia. – Cumprimentou ele.

Ela em vez de responder apenas se aconchegou no peito despido dele, Draco passou as mãos pela cintura dela abraçando-a com carinho.

- Bom dia amor. – Disse ela por fim, fazendo com que a voz saísse abafada por se encontrar encostada a ele.

- Quando vamos dizer á tua família que estamos á espera de um filho?

- Bem… – começou ela afastando a cara do peito dele para o marido a puder ouvir melhor. - Tua mãe já sabe, descobriu ontem por causa de uma tontura que tive antes de chegares. E visto eu fazer 20 anos daqui a 3 dias, eu pensei em convidar minha família para cá vir.

- Toda? – Perguntou ele sem esconder o facto de estar alarmado com isso.

- Sim, toda. Meus irmãos com suas respectivas famílias, e claro Blaise e Alexandra.

- Bem…se é o que a minha linda deseja…que assim seja.

Ela sorriu antes de o beijar.

-Sabes, só agora percebi porque não te importaste que eu tivesse dito que estavas mais rechonchudinha.

Ela riu do comentário do marido e em seguida disse:

- Eu não acredito que não desconfiaste de nada.

- Não. Tu não me disseste que não andavas protegida.

- Eu sei, queria que fosse uma surpresa.

- Podes fazer estas surpresas sempre que quiseres. – Murmurou ele ao ouvido dela fazendo-a sorrir a corar ao mesmo tempo.

Os dias passaram rapidamente e o aniversário da ruiva chegou. Draco tinha pedido aos elfos para se esmerarem naquele dia, pois era especial, e eles assim fizeram, a casa estava simplesmente perfeita.

O loiro encontrava-se no cimo da escada olhando para baixo e vendo apenas um mar vermelho. Tentava contar quantos Weasleys estavam lá, mas quando chegou ao número 15 atrapalhou-se e já não sabia quem contara e quem faltava contar, por isso desistiu.

- Olá Draco. – Disse Blaise aparecendo ao pé do amigo com a sua esposa na mão.

- Olá Blaise, Alexandra.

A ruiva subiu as escadas abraçando a amiga em seguida e cumprimentando o outro com dois beijos na cara.

- Mas isto hoje é uma festança, toda a família dela, e nós. Bem vocês desta vez exageraram.

- É que temos algo para dizer, e ela decidiu ser esta a melhor oportunidade.

- E o que devemos saber? – Perguntou Alex.

Draco olhou para o casal á sua frente, e uma ideia absurda passou na cabeça dele, uma ideia simplesmente divertida.

- O que vos vamos dizer, é que eu e a Weasley não estamos bem, pensamos em nos divorciar.

Ele viu o amigo esbugalhar os olhos e a amiga abriu a boca de espanto. Teve vontade de rir da cara deles, mas conseguiu aguentar, não transpareceu nenhum sentimento.

Desceu as escadas e foi encontrar a mulher na cozinha.

- Se Blaise ou Alexandra perguntarem se nos vamos separar diz que sim, eu menti-lhes. Nem imaginas as caras deles.

- Pobres coitados Draco.

- Uma ova. Eu ainda não esqueci que eles inventaram uma zanga para nos fechar naquela sala sozinhos.

- Se não tivesse sido isso….

- Eu sei, eu sei.

Draco sorriu beijando a esposa e saiu da cozinha indo para o Salão. Minutos depois todos estavam sentados na grande mesa, e Blaise e Alex não tiraram os olhos dos Malfoys, mas eles mostravam-se minimamente desinteressados um no outro.

Ginny tentava de todas as maneiras não rir e não olhar para o marido, mas estava a ser difícil. Draco divertia-se com a cara dos amigos, mas o mais giro era ver as caras da família de sua esposa.

Olhou para as mulheres deles, e concluiu que Ginny era sem duvida a mulher mais bonita que se encontrava naquela sala.

Olhou para a Hermione e viu-a com uma criança ruiva nos braços, era o filho dela com o Weasley, e era a cara chapada de Ron. Mas não era só a sangue ruim que tinha uma criança nos braços, o irmão mais velho da ruiva tinha um filho de 2 anos, e o Percy tinha uma filha de 1 ano e meio.

- Bem mas digam lá porquê esta festa tão grande? – Perguntou Arthur.

- Eu acho que o Sr. não vai querer saber. – Respondeu Blaise, fazendo com que todos o encarassem com incredibilidade.

Draco levantou-se e pousou as mãos na mesa.

- É verdade, nós não vos convidamos só por Ginevra fazer 20 anos, nós temos outra coisa para dizer.

Ginny levantou-se agarrando o marido pela cintura que a abraçou pela cintura fazendo com que a amiga e o amigo os olhassem espantados.

- Nós vamos ter um filho. – Disse Draco sorrindo e olhando para a mulher.

- Um filho? Mas tu disseste que vocês…tu…Draco tu mentiste-nos? – Perguntou Blaise olhando para o amigo abismado.

- Sim. Mas vocês caíram que nem patinhos, deviam de ter visto as vossas caras quando eu disse que nós nos íamos separar. Foi super engraçado. – Disse Draco rindo fazendo com que a esposa o acompanhasse.

- Mas vocês acharam mesmo que nós nos íamos separar?

- Bem….vocês são assim meio estranhos….podiam ter tido essa ideia estúpida de se separarem.

- Nunca Alexandra, nunca. – Disse o loiro apertando a mulher contra si.

- Mas vocês vão ter um filho? Eu vou ter mais um neto? Mas que óptima noticia. – Disse Molly indo abraçar os dois.

O resto do serão foi maravilhoso, e quando Draco chegou ao quarto encontrou a mulher, sentada na cama lendo um livro. Deitou-se ao lado dela, e pousou a cabeça numa das mãos, olhando a ruiva.

- Não queres vir para aqui para ao pé do teu maridinho lindo? – Perguntou ele tirando-lhe o livro das mãos.

Ginny riu enquanto se deitava na cama.

- Pronto já fiz a vontade ao Sr?

- Estás muito longe. – Respondeu ele puxando-a para ao pé de si.

A ruiva riu e encostou a cabeça no peito do marido.

Ele passou uma das mãos para trás das costas dela e depois pousou a outra no ventre dela.

- Nunca mais nosso filho nasce.

- Só faltam 6 meses, apenas 6 meses meu amor.

- 6 Meses. Tanto tempo….6 meses.

Ela fechou os olhos encostando-se a ele e acabando por adormecer rapidamente. Draco ficou mais algum tempo olhando para a mulher a dormir nos seus braços e imaginando como seria o filho deles. Não sabia como iria ser, mas que seria lindo, lá isso ele sabia.

Fechou os olhos sorrindo feliz da vida.

Fim do 1º capitulo

N/A: Aqui está o primeiro capitulo, um Capitulo feliz com a melhor novidade de todas…..espero k tenham gostado.

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Jinhos!