N/A: Só pra avisar: desisti dos dois comentários por capítulo. Minha betinha querida acha injusto e pensando bem eu concordo com ela. Mas bom, muito obrigada por todos eles, continuem comentando! Ah, outra coisa: já vou logo avisando que momentos Judie/Remo são momentos melação MOR. Sabe como é, pra compensar a Camille...rs!

Capítulo 8: Idéias e Acertos

O clima na mesa do café não ficou exatamente melhor depois da saída de Tiago e Lílian. Camille continuava a comer mal humorada, fingindo não notar os discretíssimos movimentos labiais de Sirius dizendo que queria falar com ela. Judie continuava a espiar Remo pelo canto do olho e a ficar vermelha quando ele levantava a cabeça e sorria para ela. E Pedro... Bom, Pedro continuava comendo.

Depois do que pareceu uma eternidade, Judie se levantou abruptamente e disse que ia rever alguma coisa da aula de História da Magia antes e acabar o horário do almoço. Perguntou se Camille não queria ir com ela, ao que amiga apenas riu um risinho debochado. Não demorou nem cinco minutos, Remo também se levantou dizendo que ia "dar uma volta", deixando Camille e Sirius sozinhos na mesa. Sozinhos com Pedro, na verdade, até Sirius tratar de lançar-lhe um olhar bastante significativo, que o fez desaparecer sem nem mesmo comunicar aonde ia.

Os dois continuaram em silêncio por algum tempo. Camille comia calmamente como se nem tivesse notado a saída dos outros. Mas estava apenas contando os segundos até Sirius começar com as suas investidas de novo. E não deu outra.

- Parece que agora somos apenas você e eu, Warren.- Disse com um sorriso malicioso, debruçando-se sobre a mesa para chegar mais perto dela.

Camille levantou os olhos parecendo bastante brava, como se o maroto houvesse interrompido algo realmente importante.

- Eu estou estressada.- Disse, em tom de aviso.

- Pois então! Nada melhor do que eu pra te animar um pouquinho, não?

Sirius se aproximou mais ainda e Camille afastou a cadeira da mesa.

- Eu estou avisando, Black. Eu estou num PÉSSIMO dia pra aturar você e as suas piadinhas sem graça.

- Tudo bem então, eu não vou contar piadinhas sem graça.- E, aproximando-se mais ainda do rosto da garota, sussurrou maliciosamente:- Existem outras maneiras da gente se divertir...

Camille apenas revirou os olhos, levantou-se e saiu andando sem dar reposta, com Sirius logo atrás.

- Ei, aonde você pensa que vai?

- Primeiro: eu não penso, eu VOU. Segundo: A qualquer lugar onde VOCÊ não esteja por perto.

- Ah, qual é, Warren! Você sabe que a minha companhia não é de se jogar fora...

Camille riu.

- Olhe, Black, eu realmente acho que você deveria ir embora porque é a sua saúde que eu estou tentando preservar. Já te avisei que hoje eu não estou com paciência pra brincar com você, portanto CAI FORA, disse ela, já começando a elevar o tom de voz.

- Eu vou aonde você for, querida.

- Então arque com as conseqüências.

Logo Camille se arrependeu de ter dito aquilo, uma vez que Sirius, que estivera caminhando ao seu lado, pulou na sua frente barrando-lhe o caminho, com seu sorriso mais maroto no rosto.

- Dependendo de quais forem elas...- Disse passando a mão em volta da cintura dela.- Vai ser um prazer ainda maior te acompanhar.

Camille mordeu os lábios. Ela realmente não estava em condições de encarar as provocações de Sirius. Se a conversa (e as mãos dele) continuasse naquele rumo, ia ficar bem difícil resistir às investidas do maroto.

- Eu estou indo pra biblioteca estudar... Runas Antigas.- disse secamente, dando um tapa forte na mão do garoto que o fez largar sua cintura. "Quero só ver se ele vem comigo agora", pensou, ciente de que o rapaz jamais perderia um horário livre a tarde na biblioteca estudando. Na verdade, não era exatamente um horário livre e sim aula de História da Magia, o que para ela era praticamente a mesma coisa, já que se quisesse matar aula (como era o caso) era só pedir as anotações de Judie ou Lílian mais tarde.

Sirius, no entanto sorriu mais ainda. Já havia estudado os horários de Camille (fazia parte das suas táticas de conquista aprender os horários das garotas) e sabia muito bem que ela não cursava runas antigas. Na verdade, soube por uma de suas colegas que a garota cursava apenas as matérias essenciais e que era vista estudando na biblioteca com tanta freqüência quanto os marotos. Logo, aquilo não passava de uma desculpa qualquer para se livrar dele.

Está bem então, vou com você.- disse, para a surpresa dela.

Você vai comigo? Mas você nem tem aula de Runas Antigas!

É, eu sei que não... Mas mal não pode fazer te ajudar a estudar... E além do mais, faz tempo que eu não vou a biblioteca...

Camille permaneceu alguns segundos boquiaberta, até se recuperar do choque e recomeçar a andar resmungando. "Mais essa, agora", pensou. "Ser obrigada a perder a minha tarde na biblioteca estudando! Eu mato o Black".

- Como assim faz tempo que você não vai a biblioteca?- Perguntou depois de algum tempo, vendo que Sirius estava realmente decidido a acompanhá-la.- Você alguma vez já foi à biblioteca em toda a sua vida por acaso?

Claro que já!- Respondeu ele, num tom indignado.

Ah é? Então onde fica?

Sirius parou um pouco para pensar, tentando buscar na mais profunda camada da sua memória, mas não conseguiu. Camille olhou-o com cara de "viu?".

Ei, eu disse que faz tempo que eu não vou! Eu costumava ir muito até no terceiro ano eu acho...Ou quarto, não me lembro...

Pra quê?- perguntou ela, curiosa.

Nely Dawson costumava estudar lá todo dia.- respondeu ele com um sorriso maroto.

Camille riu.

Tinha que ser.

É lógico! O que esperava que eu fosse fazer lá? Estudar? Calma que eu ainda não cheguei nesse ponto!

A garota riu mais ainda.

Bom, sinto lhe dizer, mas eu estou indo lá pra estudar.

E eu estou indo lhe oferecer a minha iajudai/ no que você precisar...

Não se preocupe, eu acho que não vou precisar.- Disse ela, notando o tom malicioso na voz do maroto.

Nunca se sabe... E, como eu disse, a minha companhia pode ser bem agradável...

Camille riu debochadamente.

Agora, falando sério, Black. Nós estamos indo à biblioteca. E eu vou pegar a mesa mais próxima à Madame Pince que eu puder encontrar, o que significa que você não vai poder tentar nenhuma das suas gracinhas MESMO. Por tanto pode ir tirando o cavalinho da chuva.

Você anda convencida demais, sabia, Warren? Nem todas as minhas ações giram em torno de algum plano maluco pra agarrar você.

A garota revirou os olhos e continuou andando, com Sirius na sua cola.

E, além do mais, eu não estava planejando tentar nenhuma das minhas "gracinhas" como você diz. Mesmo.

Ahã...E Você quer que eu acredite que você está vindo comigo só pra me ajudar? Que tudo isso não passa do seu espírito de bom samaritano?

Mas é claro! Por que não?

Camille o olhou muito profundamente por alguns instantes, extremamente séria. Sirius sustentou seu olhar. Porém, depois de alguns instantes, a garota não agüentou e voltou a gargalhar, deixando Sirius muito emburrado.

Por que não?- Perguntou ela depois que conseguiu se controlar novamente.- Bem, digamos que de bom samaritano você não tem absolutamente NADA, Black...

Sirius continuou encarado-a, confuso. "Já que eu sei o que isso...", pensou.

Mas tudo bem...- A garota, depois de algum tempo conversando com o maroto, já havia recuperado todo seu espírito conquistador, e já começava ter idéias bastante interessantes... Afinal aquela nova mania de perseguição de Sirius poderia ser muito útil para o seu plano.- Se você faz tanta questão de passar a tarde inteira na biblioteca, fique a vontade para vir junto. Não me importo. Só não vá dizer que eu não avisei...

Sirius realmente não entendeu a mudança repentina de atitude da garota, mas achou bom mesmo assim.

Depois de você.- Disse sorrindo, fazendo um gesto cortês para Camille passar a sua frente.

Não foi muito difícil para Remo encontrar Judie, sentada na poltrona mais próxima da lareira no salão comunal. Embora tivesse um livro aberto no colo, seu olhar parecia distante, vidrado, perdido em algum ponto do fogo baixo, como se estivesse muito concentrada em algum pensamento que poderia ser qualquer coisa, menos História da Magia.

O garoto sorriu ao avistá-la assim que entrou pelo buraco do retrato. Aproximou-se devagar se sentando no sofá ao seu lado. Esperou alguns minutos até se dar conta de que ela realmente não havia percebido a sua presença. Decidiu então arriscar um começo de diálogo.

Hum... Judie?- Chamou delicadamente, fazendo a garota literalmente dar um pulo na poltrona, arregalando os olhos, aterrorizada, para ele.

Remo!- Exclamou, eufórica, se abaixando para recolher o livro caído no chão.- Você me assustou!

Desculpe, não foi a minha intenção...- Disse ele, se abaixando para ajudá-la.- Pode deixar que eu pego isso.

momento melação MORoÔ

Judie levantou os olhos para ele quando seus rostos acabaram ficando muito próximos. Sua mão começou a tremer e o livro caiu de novo. O garoto o apanhou e devolveu-o a ela.

- Aqui...- Disse ele baixinho quando suas mãos se tocaram, sem tirar os olhos dela. Um silêncio extremamente desconfortável pairou sobre eles, até que Judie puxou a mão abruptamente e se levantou, voltando a sentar-se extremamente constrangida. Remo a acompanhou.

-Obrigada.- Murmurou ela, sentindo-se corar.

- Não tem de que...- Respondeu ele, o olhar ainda fixo nela, que tinha o rosto voltado para o chão.

fim do momento melação MORoÔ

- Então...- Começou Judie, na tentativa desesperada de iniciar um assunto qualquer e quebrar aquele clima insuportável.- Você... por acaso viu os outros?

Remo suspirou e desviou novamente o olhar.

- Não... Quero dizer, acho que Sirius e Camille ainda devem estar comendo...ou fazendo sabe-se lá o que...- Ele voltou a encará-la, divertido.- De qualquer jeito, acho que prefiro não saber.

Judie riu aliviada. Estava gostando bem mais do rumo que a conversa estava tomando agora.

- Eu esbarrei na Lily quando estava entrando... Ela estava com uma cara tão estranha... Tipo com um sorriso besta na cara, pensativa...

- Então estava igual a você quando eu entrei...

A garota sorriu timidamente. Realmente, julgando pelos seus pensamentos naquele momento, devia estar com uma expressão bastante idiota quando o maroto entrou.

- De qualquer jeito, eu perguntei se estava tudo bem e ela só me respondeu um "aham..." completamente avoado. Daí eu quis saber se ela tinha se acertado com o Tiago e ela respondeu a mesma coisa, o que foi BEM estranho porque a Lily não costuma reagir muito bem a termos como "se acertar" com o Tiago, ela diz que isso parece coisa de namorado...

Remo riu da expressão que a garota fez e Judie corou, se dando conta do quanto estava falando.

- Eu bem que gostaria de saber o que aquele doido fez para deixá-la assim...- Comentou ele divertido.- Ela não disse mais nada?

Judie balançou a cabeça negativamente

- Não... Depois disso eu perguntei de novo se estava tudo bem com ela e ela me respondeu, tão tonta quanto antes: 'claro, Jud... Eu só tenho que...Pensar...'. Eu, é claro, perguntei: pensar no que? E aé, completamente do NADA, ela virou pra mim toda furiosa, dizendo 'pensar no que eu vou fazer com aquele ser ignóbil pra fazer ele pagar!' E simplesmente saiu batendo o pé...Pode?

Remo, que a essas alturas já estava dando MUITA risada do modo como a garota contava a história, não demorou muito pra deduzir o que provavelmente havia acontecido.

- Bem, se a Lílian estava assim tão brava... E se eu bem conheço aqueles dois... O Tiago deve estar que é só sorrisos...

Judie riu e, no mesmo instante, a porta para o dormitório masculino se abriu, e um extremamente sorridente Tiago desceu as escadas. Ao avistá-los, fez menção de se sentar, mas mudou de idéia, dizendo apenas um "oi!" bastante animado aos dois e saindo logo em seguida assobiando feliz da vida.

Logo depois que o maroto bateu o retrato da mulher gorda ao sair, Judie e Remo se entreolharam e caíram na gargalhada.

- É incrível como esse ai é previsível...- Comentou ele, entre uma risada e outra.

- É mesmo!- Concordou Judie.- Mas a Lily também não é muito diferente... Por exemplo, não é difícil prever uma reação furiosa por parte dela caso a palavra "Tiago" seja pronunciada a menos de cem metros de distância...

Remo riu mais ainda.

- É, a gente sabe bem como é isso... Tiago com cara de besta olhando pro nada Tiago que acabou de ver a Lily...Sem dúvida... Mas bom, agora eu fiquei com mais vontade ainda de saber o que foi que ele fez...

- Ah, mas não deve ter sido das piores coisas... Se não a miss 'Eu odeio o Potter' não estaria tão calminha quando eu a encontrei...Deve ter sido só mais uma briguinha à toa...

- É... Pode ser...

Depois disso a fala e o riso cessaram, dando novamente lugar ao silêncio desconfortável. Remo voltou a encarar Judie com uma expressão séria no rosto, como se estivesse para tomar uma decisão muito importante, enquanto a garota, muito vermelha, voltava a encarar os próprios pés. Finalmente, depois do que pareceu ser uma eternidade, Remo decidiu se pronunciar.

- Hã... Judie...- De repente quem passara a olhar para baixo era ele, quando ela levantou os olhos.

- Sim?- Encorajou a garota, que ao mesmo tempo temia e ansiava para ouvir o que ele tinha a dizer.

- Eu...Bem...Hã...É que...- Remo contorcia as mãos nervosamente, sem conseguir encontrar as palavras certas para expressar o que estava sentindo. De repente, levantou os olhos para encará-la, muito sério.- Você sabe por que eu vim aqui depois do almoço?

Quando ele levantara os olhos, Judie sustentara o seu olhar por alguns instantes, mas depois não resistira e voltara a encarar o chão. (É incrível como esses dois não conseguem se olhar nos olhos)

- Hã... Pra ler um livro?- Arriscou timidamente, sabendo que aquela não era a resposta.

- Não.- Ele disse muito sério, mas logo depois voltando a gaguejar e a olhar para o chão.- Eu... Eu precisava...Te dizer...Uma coisa.

Judie levantou os olhos no mesmo instante que ele.

- Então diga.- Disse, com um sorriso encorajador.

- Eu... É... Bom... É que eu... Eu acho que você... Eu acho que você deveria ir falar com o professor Binns, porque ele estava parecendo bem preocupado com a sua redação sobre a Décima Revolta dos Duendes na aula de ante ontem.

A expressão no rosto de Judie pode ser perfeitamente descrita com uma palavra: decepção. Seus olhos de repente ficaram tristes, sua boca tremia e sua voz saiu fraca quando finalmente falou.

- Ah...Obrigada, Remo... Eu...Vou falar com ele então...- Disse levantando-se e saindo logo em seguida, quase correndo.

Remo jogou-se novamente no sofá (do qual havia se levantado quando a garota saiu) batendo com a própria cabeça no encosto, o que assustou consideravelmente uma aluna do primeiro ano que entrava naquele momento e saiu logo correndo em direção ao seu dormitório.

- Burro, burro, burro! É isso que você é, Remo Lupin, burro e covarde!- Não parava de repetir para si mesmo.- Como você deixa escapar uma oportunidade dessas? A primeira vez que a garota aceita ter uma conversa normal com você em dias e você, é claro, estraga tudo!

Permaneceu alguns instantes encarando o nada, até que se levantou abruptamente e, com uma expressão decidida, saiu em disparada pelo buraco do retrato.

Não demorou muito para encontrar o que procurava, encostada em uma parede daquele mesmo andar. Remo sentiu uma mescla de culpa e ódio profundo de si mesmo ao avistá-la ali, parecendo tão avoada quanto estava quando ele havia entrado no salão comunal. A única diferença é que agora lágrimas silenciosas corriam pelo seu rosto.

- Judie?- Perguntou ele delicadamente ao se aproximar.

A garota deu um pulo ainda maior do que o de antes e, quando o viu, derrubou de propósito o livro que estava carregando, para poder abaixar-se e enxugar as lágrimas sem que ele visse.

- Ah, oi, Remo!- Exclamou, procurando se recompor.- Você de novo?

- Pois é... Desculpe por ter te assustado...De novo...

- Não tem problema.- Disse ela, finalmente levantando os olhos para encará-lo.- Você...Quer alguma coisa?

- Eu? Ah, bom... É que...Sabe, na verdade...- O garoto parecia mais nervoso e desconcertado do que nunca.- Ahn... Você já falou com o professor Binns?

- Que?- Perguntou Judie, que havia se esquecido completamente do recado que o maroto lhe dera.- Ah, não, não, estava...Estava indo procurá-lo agora mesmo!- Acrescentou, usando a desculpa para recomeçar a andar para qualquer lugar onde não tivesse que lidar com Remo Lupin encarando-a.

- Não, espere!- A garota parou e se virou. - É que...Não era bem aquilo que eu queria te dizer...

- Ah não?- Perguntou Judie surpresa, diminuindo um pouco (mas não muito) a distância entre os dois.

- Nã-não.- Remo suspirou, tentando manter a calma.- Na verdade eu queria te fazer uma pergunta...Posso?

- Claro.- Judie já estava começando a ficar curiosa.

- É que, bom... Lembra daquele dia...Que você estava chateada por causa...Por causa das suas amigas...E eu te encontrei?

Judie corou, e voltou a olhar para o chão. Sim, ela lembrava-se muito bem.

- Então, hum, é que...Se eu não me engano, antes daquele...De o Malfoy aparecer –Nesse ponto Remo fez uma cara realmente brava, enquanto Judie continuava cada vez mais determinada a olhar para qualquer coisa que não fosse o garoto.- Você...Você ia me dizer alguma coisa...Não ia?

A garota estreitou o livro ainda mais nos braços, tentando se convencer de que aquilo tudo, a situação, o diálogo, não estava acontecendo, que era tudo um grande sonho muito, muito ruim, e que ela iria acordar em breve, mas não funcionou. Como ela não respondesse a pergunta, Remo decidiu tentar mais um pouco.

- Hum, então...Então será que você não quer me dizer o que é agora?- Perguntou, sem muita convicção.

- Não tem importância.- Murmurou Judie em resposta, tentando controlar o mar de lágrimas que ameaçavam rolar de seus olhos a qualquer instante.- Pelo menos, não mais...

- Tem sim!- Argumentou Remo em resposta.- Tem sim, porque naquele dia você deixou bem claro que tinha! Vamos, Judie, o que pode ser tão ruim assim que você não pode me contar de jeito nenhum?

Ela não respondeu.

- Seja lá o que for, você obviamente quer muito me falar, mas não pode sei lá por que! Não pode ser assim tão mau!

Pela primeira vez Judie ergueu os olhos para encará-lo.

- Ah, pode. Pode sim. Pode ter certeza, Remo, é BEM mau!- Disse, voltando a desviar o olhar segundos depois. Remo suspirou.

- Está bem então. Se você realmente não quer me contar, não a nada que eu possa fazer. Só quero que você saiba que eu vou sempre estar ai pra te ouvir, caso você mude de idéia.

Ele se virou e começou andar na direção oposta. Judie o observou durante alguns instantes, apertou os olhos com força, pensando que com certeza viveria para se arrepender daquela decisão, e correu atrás dele.

- Remo, espere!

O maroto se virou, surpreso e com um grande sorriso na cara.

- Está bem, eu...- A garota engoliu em seco, certificando-se de que aquela era a coisa certa a fazer.- Eu realmente preciso te dizer...Uma coisa.

Remo sorriu mais ainda.

- Diga.

- Mas primeiro você vai ter que jurar que não vai rir da minha cara e nem fazer qualquer comentário...maldoso.- Disse ela, já pensando no pior.- Ou eu juro que vou te matar. Ou pelo menos a Camille vai.

O garoto sorriu.

- Claro que eu não vou rir, parece bem sério! E eu nunca faria comentário nenhum que pudesse te deixar triste, Judie, eu sou seu am...- Desistiu da palavra no meio da frase, lembrando-se do que os amigos haviam dito.- Você pode confiar em mim.

- Está bem então... O negócio é que...Bom, acontece que eu...Eu...- Judie apertou novamente os olhos, procurando se concentrar com todas as forças na imagem de Camille praticamente a derrubando no chão, berrando um dos seus muitos "mas você TEM que contar a ele". Por um momento, pensou em desistir, mas decidiu que não dava mais para continuar adiando aquilo, e respirou fundo.- Eugostodevocê!

- Que?- Perguntou Remo, que não entendera nada.

- Ah não, não me faça falar de novo!- Protestou a garota que já estava tremendo.

- Mas eu não entendi!

Judie suspirou, tomou coragem mais uma vez e...

- Eu gosto de você!- Disse, tudo de uma vez, virando o rosto imediatamente depois, novamente da cor dos cabelos de Lily.

Remo passou cerca de um minuto parado, assimilando a informação.

- Como assim, você gosta de mim?- Perguntou, abobalhado. Judie não podia acreditar naquilo.

- Gostando ora! Como é que a gente gosta de alguém?

- Mas...mas... Gosta assim, como amigo?- Perguntou ele em dúvida.

- Não, Remo, eu gosto GOSTO de você, MAIS do que como amigo!- Respondeu, já perdendo a paciência e voltando a tremer.

Mais uma vez o silêncio pairou entre os dois. Judie sentia como se fosse explodir de tanta vergonha. Esperava a qualquer momento uma explosão de risadas, um olhar de desprezo, qualquer coisa. Mas seja o fosse que ela esperava, a reação de Remo não correspondeu às expectativas. O maroto, depois do que pareceram duas horas encarando-a perplexo, sorriu.

- Então você gosta de mim?- Perguntou, mais bobo do que nunca. Judie encarou-o como se quisesse matá-lo.- Desculpe -Acrescentou depressa, e logo depois começou a rir.

Judie não podia acreditar naquilo. O que, por Deus, ela havia feito de tão ruim para merecer um castigo desses?

- Você prometeu!- Ela gritou, seus olhos voltando a encher-se de lágrimas.- Você prometeu que não iria rir!

- Desculpe, mas é que é engraçado!

- Não é não!

- É, tem razão, acho que a palavra seria "divertido"...É, esta é a palavra, divertido.

- Não, não é!- Ela lutava com todas as suas forças para resistir ao impulso de sair correndo.

- É sim!

- Por quê?- Perguntou, desesperada.

- Porque- Começou ele, contendo o riso mais ainda sorrindo.- Eu também gosto de você.

Silêncio.

- C-como?- Perguntou ela, certa de que havia ouvido errado.

- É isso mesmo que você ouviu, eu também gosto de você- Respondeu Remo calmamente, aproximando-se.

- Não, não gosta.- Disse Judie. Aquela era, definitivamente, a última que esperava ouvir mesmo em um milhão de anos.

- Ah, gosto sim.- Afirmou ele, diante do olhar perplexo da garota.- Sabe, eu gosto de você há bastante tempo, pra falar a verdade...Acho que é desde o quinto ano...Não, quarto...É, é isso, quarto ano...Só que eu nunca SONHEI que você pudesse, bom, gostar de mim também...Sabe, eu achava que você gostava daquele cara da Corvinal, o Michael Adams, porque você estava sempre falando com ele, e eu achei que...

Volta do momento melação MOR

Remo de repente se viu interrompido por Judie, que, sem agüentar mais, havia atirado os braços em volta do seu pescoço e o beijado. O maroto ficou mais ou menos uns cinco segundos parado, sem entender o que estava acontecendo, piscando sem parar (se alguém ai vê The OC, é basicamente a cara que o Ryan faz quando a Marissa beija ele na roda gigante), até poder assimilar a situação, passar os próprios braço em volta da cintura da garota e beijá-la de volta. Quando se separaram, foi Judie quem falou primeiro.

Não quero nem pensar em quantos "Viu? Eu não te disse? Eu não te DISSE?" eu vou ter que agüentar hoje a noite.

Nem eu.- Respondeu Remo rindo e voltando a beijá-la logo em seguida.

Se Sirius em algum momento havia duvidado das palavras de Camille, ele certamente se arrependeu. Já fazia uma hora que estavam na biblioteca, sentados em uma mesa praticamente grudada à de Madame Pince, a garota com o rosto enfiado em um livro bastante complexo sobre Runas Antigas, enquanto Sirius lutava com todas as suas forças contra o impulso de continuar a bater com a cabeça na mesa (Madame Pince já o havia mandado parar umas 10 vezes e não parava de olhá-lo feio).

Hum... Quer uma ajuda?- Perguntou, pela quinta vez, enquanto Camille continuava a fazer anotações em um bloco de papel. "Como é que ela agüenta ficar tanto tempo lendo sobre algo que não entende?", pensou.

Não.- Respondeu a garota simplesmente.- E pela décima vez, Black, se eu vier a precisar da sua ajuda, o que eu duvido muito, pode deixar que eu mesma peço.- Acrescentou, voltando a escrever no pergaminho, onde uma única seqüência de palavras repetia-se muitas e muitas vezes, em letras garrafais:

EU ODEIO SIRIUS BLACK E JURO QUE VOU DAR COM ESSE LIVRO IDIOTA NA CABEÇA DELE CASO ELE NÃO SAIA DAQUI NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS ME DEIXANDO LIVRE PARA APROVEITAR O DIA. EU ODEIO SIRIUS BLACK...

Hum...Certo então...

Mais uma vez o silêncio tomou conta dos dois. Sirius não podia acreditar que existisse uma garota tão teimosa na face da terra. Era ÓBVIO que ela estava tão entediada ou mais do que ele. Mas ao invés de sair dali e aproveitar o "horário livre" antes da próxima aula dando um passeio no lago com a melhor companhia que se podia arranjar naquele castelo, ela preferia ficar ali se fazendo de difícil. Ótimo. Realmente ótimo.

Já Camille sentia como se sua cabeça fosse explodir. Não agüentava mais ler sobre as diferenças básicas entre palavras como ehwaz e eihwaz e mais do que nunca estava convencida de que matérias como aquela somente haviam sido inventadas pra atormentar ainda mais a vida de alunos desavisados que a primeira vista pudessem achá-las interessantes, uma vez que não possuíam nenhuma utilidade real. Também estava começando a se impressionar com a capacidade de Sirius de suportar o tédio. Era óbvio que o garoto desejava estar em qualquer lugar menos ali no momento, mas por que então não ia embora? Camille já não havia deixado bem claro que não estava disposta a brincadeiras? O que ele estaria esperando conseguir com aquilo?

Bom, é isso aí, cansei.- A visão de Sirius batendo com força na mesa e sendo repreendido por um "Shhhh" nada delicado da bibliotecária fizeram a garota despertar dos seus devaneios.

Ótimo! Quer dizer então que você finalmente vai embora?- Perguntou, com um sorriso esperançoso.

É isso aí. Vai, levanta.- Disse ele, levantando-se ruidosamente da cadeira e estendendo a mão para a garota.

Black, pelo amor de Deus, controle esse seu ego gigantesco e essa sua vontade desesperada de aparecer e faça menos barulho, antes que aquela bruxa velha nos expulse da biblioteca!- Gritou ela num sussurro, notando o novo olhar feio dirigido ao maroto.- E o que, pelos deuses, te faz pensar que EU vou a qualquer lugar com VOCÊ?

Sirius suspirou, mas não voltou a se sentar.

Tá bom, desculpa, mas agora anda logo antes que acabe a aula de História da Magia.

Mas será possível que você não ouviu NADA do que eu disse?- Perguntou a garota perplexa. Como alguém conseguia ser TÂO prepotente e, ao mesmo tempo, tão irresistível?

É, é, ouvi.- Respondeu ele sem paciência -Anda logo, Warren, estamos ficando sem tempo.

Por que você não vai sozinho?- Camille já havia voltado o olhar para o livro que estava aberto na mesma página há horas.

Porque sozinho não tem graça. Além do mais -Ele acrescentou, com aquele sorriso que somente os marotos sabiam dar.- Eu gosto da sua companhia.

Não me venha com essa, Black, que eu tenho certeza que você pode encontrar o tipo de companhia que está procurando em qualquer lugar do castelo.- Disse ela, sorrindo mal-humorada (como se sorri mal humorada?), mas ainda encarando o livro.

Ah é? Onde, por exemplo?

Ali.- Respondeu Camille simplesmente, apontando para um canto da biblioteca onde um grupo de meninas risonhas não parava de lançar olhares desejosos pra cima do maroto e dar risinhos agudos que irritavam profundamente a garota.- Por que não convida alguém do seu fã-clube? Tenho certeza de que qualquer uma delas teria o maior prazer em te acompanhar...

Pode até ser.- Comentou ele, inclinando-se sobre a mesa e aproximando bastante o rosto do dela.- Mas eu quero você.

Camille levantou os olhos do livro e encarou-o por alguns segundos antes de finalmente responder.

Bom, é uma pena, porque, como eu já devo ter lhe dito umas vinte vezes, eu estou estudando.- Disse, voltando o olhar determinado para o parágrafo que estava tentando ler sem muito sucesso, uma vez que a maioria das palavras ali descritas era completamente estranha para ela.

É, é, estudando, sei, anda logo, Warren, já são quase quatro horas!- Disse sem paciência, sacudindo ruidosamente a cadeira da garota e recebendo um extremamente irritado "hem hem" de Madame Pince.

Como Camille não se movesse, Sirius começou a ficar realmente irritado.

Tá bem então, vou sem você!- Disse, dirigindo-se para a porta. Camille não se moveu.

Está ouvindo, Warren? Eu estou saindo... E acho que vou chamar a Sara para ir comigo...- Disse, já no batente, referindo-se a uma das meninas risonhas no canto, cujos olhos brilharam com a perspectiva de dar uma volta pelo castelo com Sirius Black.

Mais uma vez Camille meramente piscou e respondeu um "uhum..." desinteressado. Mal Sirius havia deixado o recinto, a garota abriu um sorriso bastante malicioso. "Um... Dois... Três... Quatro...". Passos foram ouvidos no corredor. "Cinco". Um maroto completamente frustrado e barulhento irrompeu biblioteca adentro, fazendo aumentar ainda mais o sorriso da grifinória que tratou logo de disfarçar o seu contentamento.

- Mas não é possível!- Exclamou, voltando a postar-se na frente da garota.

- Mas não é possível digo eu!- Advertiu pela milésima vez uma bastante furiosa Madame Pince.- Senhor Black, pelo amor de Deus, faça S-I-L-Ê-N-C-I-O!

Camille que estava tentando ao máximo se controlar, não pode evitar uma risadinha zombeteira, ao que o maroto simplesmente fuzilou-a com o olhar e voltou a sentar-se de frente para ela.

- Tenha dó, Warren, por que RAIOS- desculpe Madame Pince- você não quer dar uma volta comigo?- Sussurrou desesperado.

- Black, que você é um retardado completo eu já sabia, mas surdez é realmente algo novo pra mim. Quantas vezes eu vou ter que te dizer que eu estou ESTUDANDO!

- Vocês dois, mais um pio e eu os ponho daqui para fora!

- Desculpe, Madame Pince.- Responderam os dois em uníssono. Camille estreitou os olhos para Sirius, como que dizendo que aquilo era culpa dele, ao que o maroto simplesmente sorriu em resposta.

- É melhor baixar o tom, Warren...- Advertiu, zombeteiro, mas Camille não estava mais prestando atenção.

"Se a vogal 'e' está posicionada entre as consoantes 'w' e 'z', o som deve ser pronunciado... Ah, tenha dó! Quem, algum dia, sonharia em precisar de uma coisa dessas pra fazer...qualquer coisa? Ah, eu juro que ainda mato o Black por fazer eu perder meu tempo enfurnada nessa biblioteca estúpida!".

- Mas sabe, é óbvio que você está tão de saco cheio desse lugar quanto eu, então porque é que nós não vamos dar uma voltinha e...

- Estudo é um mal necessário, Black.- Cortou ela secamente.

- Ah, não é não... Vamos, Warren, Você sabe muito bem que preferia mil vezes estar dando uma volta por aí comigo do que aqui dentro com a cabeça enfiada nesse livro que você não está nem lendo.

- Não, não preferia não.- Retrucou ela, rindo debochadamente.- E o que te faz pensar que eu não estou lendo o livro? Que é que você acha que eu fiquei fazendo durante a última...Uma hora e meia?

- Me admirando, é óbvio.- Respondeu ele, sorrindo como sempre. Camille revirou os olhos e voltou a se "concentrar" no livro.

- Eu já disse que não estou com paciência pras suas brincadeirinhas hoje, Black, então nem comece.

Sirius riu.

- Ta bom então, se você está realmente estudando, me deixa ver as suas anotações.- Disse ele, já estendendo a mão para o pedaço de pergaminho.

- As minhas anotações não são da sua conta, Black.- Retrucou ela rapidamente, enquanto puxava o pergaminho para fora do alcance do garoto.- E além do mais, você não iria entender nada do que está escrito aqui.

"Aposto como ia", pensou Sirius, rindo, recostando-se na cadeira e apoiando os calcanhares na mesa. Teve que retirá-los logo depois, no entanto, ao receber mais um olhar reprovador da bibliotecária.

Depois de passarem mais uns dez minutos em silêncio, Camille já pensando em cinqüenta diferentes formas de assassinar o inventor das bibliotecas sem ser descoberta, Sirius resolveu se manifestar novamente.

Sabe o que eu estava pensando, Warren...

Não e não quero saber.- Cortou ela rapidamente, sabendo que não adiantaria de nada.

...daqui a duas semanas é Dia das Bruxas...

E daí?- Perguntou ela, desconfiada, finalmente levantando os olhos para encará-lo.

Daí que tem visita a Hogsmead...

A garota voltou a olhar para o livro. É claro que só podia ser algo daquele tipo...

E eu estava pensando se você não queria acompanhar esse humilde ser em um pequeno tour pela cidade...

Embora admitisse que as investidas de Sirius estavam ficando cada vez mais engraçadas e, por que não, humildes, Camille já estava abrindo a boca para responder um claro e sonoro "não", quando teve uma idéia. Uma idéia magnífica, que simplesmente iluminou seu cérebro naquele momento, como diria mais tarde às amigas.

Está bem.- Respondeu simplesmente, e voltou a "ler" o livro.

Pela sua reação, ficou bem claro que Sirius também estava preparado para ouvir qualquer coisa, menos aquilo. Seu queixo caiu ao ouvir a resposta da menina, e permaneceu uns bons dez segundos sem decidir o que fazer.

Como?- Perguntou finalmente, depois do que pareceu ser uma década.

Eu disse que tudo bem.- Camille se esforçava ao máximo para não demonstrar na voz a ansiedade que estava sentindo.

E Sirius, por mais que desejasse crer que aquela mudança repentina no comportamento da garota fosse mérito dos seus irresistíveis encantos naturais, não podia deixar de pensar que havia alguma coisa errada.

Tudo bem?

Sim.

- Você VAI a Hogsmead comigo?

- Sim

- Num encontro?

-Aham.

- Só nós dois?

- Por que, você estava pensando em chamar mais alguém?

- Hum...- Sirius fechou a cara e voltou a recostar-se na cadeira.- Muito bem Warren, qual é o truque?

Truque?- Perguntou ela, com uma voz falsamente inocente.

- É. Que idéia mirabolante você está tendo dessa vez?

- O quê? Idéia nenhuma oras!

- Uhum...Sei... Então você realmente iqueri/ ir à Hogsmead comigo?- Perguntou ele, incrédulo, inclinando-se sobre a mesa e encarando-a.

- Mas é claro que sim...Com algumas condições, é claro...- Acrescentou ela inocentemente .

- Ah, eu sabia! Eu sabia que tinha que ter alguma coisa por trás dessa boa vontade toda!

- Mas é claro, Black! Você não achou realmente que eu fosse ceder assim tão fácil, achou?- Perguntou a garota com um risinho malicioso.- Mas não se preocupe, são só três.

- Não, é claro que não.- Respondeu ele, rindo também e voltando a se inclinar na cadeira.- Pode falar.

Camille fechou cuidadosamente o livro e voltou-se para o garoto, encarando-o bastante séria.

-Primeiro... Você sair comigo e SOMENTE comigo. Você não pode marcar encontro com nenhuma outra garota no mesmo dia.

- Mas eu jamais faria isso!- Protestou ele, com um ar tão falsamente inocente quanto o dela, mas Camille fez sinal para que ele ficasse quieto e esperasse ela terminar de falar.

- Segundo...Você não pode ficar com ninguém até lá. Sabe como é, eu não sou de dividir homem com ninguém.- Explicou, sorrindo.

Dessa vez Sirius realmente fechou a cara. Ficou cerca de um minuto resmungando consigo mesmo, avaliando os prós e os contras, até dizer alguma coisa.

- Está bem...Eu acho... Mas só se você suprir essa minha necessidade básica de ser humano até lá...-Acrescentou com seu sorriso mais malicioso.

- Muito engraçadinho.- Debochou ela estreitando os olhos para ele.- E terceiro, mas definitivamente não menos importante...

N/A: Bom, é isso ai...Só posso dizer uma coisa: ALELUIA! Mas uma vez eu só posso implorar desculpas pelo atraso, bem, indesculpável...Na verdade eu acabei o cap no fim de janeiro, mas dês uns pequenos desencontros com a minha beta ai...Eu sei que é porque eu também fico morrendo de raiva quando as pessoas demoram pra atualizar suas fics...Eu juro que tento postar mais rápido da próxima vez, mas é que eu realmente não estava conseguindo escrever e não gosto de postar qualquer coisa. Só espero que nesse meio tempo vocês não tenham perdido o interesse pela fic... No próximo cap eu juro que vem, sem falta, a aula de transfiguração! Mais uma vez me desculpem! Beijinhos...

Belle

p.s Originalmente eu ia colocar a terceira condição nesse cap mesmo, mas eu dexei de fora só pra irritar a Cami e deixar ela mais curiosa!Rs...D

p.s2 Bom, demoro mas pelo menos o capítulo foi grande!