Pain
Draco sentia a mulher soluçar nos seus braços, apertou-a com mais força de encontro ao seu peito. Sentia uma dor dilacerante no coração, sentia-se estúpido, devia de ter calculado que Lucius atacaria seu filho, mas não, ele não tinha entendido isso, ele não tinha avisado a mulher que a criança podia estar em perigo….era tua culpa dele.
- Eu vou avisar a Ordem. – Murmurou o homem afastando a mulher de si.
Ela nada disse, apenas olhou para a cama do pequeno e Draco saiu do quarto.
Felizmente a Ordem era rápida a aparecer, e poucos minutos depois, Dumbledore, Ron e Harry estavam na Mansão.
- Mas afinal como isto aconteceu? – Perguntou o ruivo.
- Eu fui trabalhar, e Ginevra foi ás compras, Ethan ficou sozinho em casa, e quando regressamos ele já não estava cá.
- Ginny não sabia que o teu pai tinha saído de Azkaban?
- Não Potter, ela não sabia. – Respondeu Draco tapando a cara com as mãos.
- Porquê?
- Ora Weasley, eu não queria preocupá-la. Já bastou vê-la preocupada quando foi a guerra, ela estava tão feliz, não queria preocupá-la. Eu sempre pensei que a vingança do meu pai fosse em mim, directamente. Nunca imaginei que ele se vingasse no meu filho.
Por momentos o silêncio reinou na sala, até que Dumbledore disse:
- Eu vou contactar os outros membros e nós vamos encontrar o pequeno, está prometido.
Draco apenas abanou a cabeça concordando. Não tinha mais forças para falar.
Sentiu todos abandonarem a sala, e ele ficou ali, sentado sem fazer nada. Seus pensamentos estavam baralhados, não conseguia raciocinar direito.
"Onde ele poderá estar?! Para onde ele levou o meu filho?! Eu não sei, eu não sei o que fazer, eu não sei nada!"
Agarrou nos cabelos com força, e em seguida sentiu uma mão no seu ombro. Virou-se bruscamente encontrado os olhos azuis de Alexandra.
- Já soube o que se passou. Blaise foi contactado por Dumbledore, eu vim fazer-vos companhia.
- Vai ter com Ginevra….ela está lá em cima, ela precisa mais de ti.
- Tens a certeza de que ficas bem?
- Sim….vai logo.
A morena saiu da sala, e começou a subir as escadas. Quando chegou ao quarto de Ethan, encontro a ruiva sentada na cama deste. Aproximou-se calmamente e sentou-se ao lado dela.
- Ginny….
- Draco não me disse, ele não me disse que Lucius tinha fugido de Azkaban. Eu não sabia, eu não podia adivinhar, eu não iria saber que meu filho estava em perigo.
- Amiga, tu não tiveste culpa.
- Porque é que ele não me disse?
- Blaise disse-me que Draco não te queria preocupar, ele andava a tratar do assunto, não queria que tu te preocupasses, ele nunca imaginou que o vosso filho estivesse em perigo.
- Esse é o problema, ele não pensa. As vezes ele não pensa.
- Não o podes culpar. Ele não teve culpa Ginny, assim como tu. Ninguém teve culpa, e vais ver, a Ordem vai conseguir descobrir o Ethan. Tudo vai correr bem.
A ruiva olhou para a amiga e em seguida abraçou-a. Queria que aquela dor passasse, queria ter o filho de novo nos braços, queria senti-lo ali consigo.
There's times in my life where I just
I just wanna run away, I just
I just wish the pain would stop
I don't wanna cry no more
I wish the pain would go away
I wish this pain, would go away
We're talkin about the kind of pain that
I wish this pain, would go away
just gets all up in your heart, and in your soul
I wish this pain, would go away
The kind of pain that makes you feel like you can't go on no more
I wish this pain, would go away
The kind of pain that I wouldn't wish on an
I wish this pain, would go away
I wish this pain, would go away
I don't wanna give no more pain
I wish this pain, would go away
I don't wanna receive no more pain
I wish this pain, would go away
God, please take the pain away
I wish this pain, would go away
I wish this pain, would go away
One day the pain is gonna stop
I wish this pain, would go away
One day there's gonna be no more pain
I wish this pain, would go away
One day the pain is gonna stop
I wish this pain, would go away
One day there's gonna be no more
(Puff Daddy – Pain)
As horas passaram rapidamente, e não havia noticia alguma de Ethan ou Lucius, a Ordem ainda não tinha descoberto nada.
Alexandra tinha voltado para sua casa, afinal Cassandra necessitava da mãe. Draco ainda não tinha ido ter com a mulher, desde que a deixara no quarto.
Suspirou subindo as escadas. Sabia que a ia encontrar triste, e que se sentiria culpado por a ver assim, mas tinha que estar com ela. Tinha que a apoiar, tinha que ser apoiado por ela.
A ruiva encontrava-se no quarto, abraçava os próprios braços, e sentia as lágrimas desesperadas a escorrer-lhe pela face. Ouviu a porta abrir-se e sabia que o marido entrara no quarto.
- Ginevra!
- Eu quero o meu filho. – Murmurou ela.
- Estamos a fazer os possíveis para encontrar o Ethan.
- Não é suficiente. – Disse ela encarando-o com ódio. – EU QUERO O MEU FILHO.
- E ACHAS QUE EU NÃO QUERO?
- Não sei. – Respondeu baixo.
- O quê? O que disseste?
- Que não sabia se o querias. Se estivesses realmente preocupado com ele ter me ias dito que teu querido pai tinha fugido da prisão.
- Então a culpa é minha. Claro, culpem o Malfoy, culpem o pai, ele é que tem culpa. Vejam bem, foi ele que deixou o filho em casa sozinho e tudo.
- Não me culpes. Eu não sabia que ele corria perigo, pois SE SOUBESSE NUNCA O TERIA DEIXADO.
- TU NUNCA O DEVIAS DE TER DEIXADO, INDEPENDENTEMENTE DE ELE CORRER PERIGO OU NÃO. NUNCA!
- SAI DAQUI!
- Este quarto é meu, a casa é minha, o filho também é meu. – Disse ele aproximando-se dela. Não queria gritar mais….não queria deixa-la pior do que já estava.
Pousou as mãos nos ombros dela e tentou abraça-la, mas ela afastou-se.
- Não me toques. Tu és como ele, tu não te preocupas com ele.
- Sou como quem? – Perguntou ele não querendo acreditar no que pensava.
- Como teu pai. És como ele, igual a ele. Não fazes nada para trazer o meu filho.
- NOSSO! NOSSO FILHO WEASLEY. NOSSO!
Ela olhou-o assustada por momentos, ele tinha-a chamado de Weasley.
- Vai embora. Deixa-me em paz. – Pediu ela baixo.
- Eu vou, mas não voltes a comparar-me ao meu pai. EU NÃO SOU COMO ELE, OUVISTE?
A ruiva não respondeu, apenas virou costas e ouviu a porta fechar-se. Suspirou longamente, sentando-se na cama com a cara entre as mãos. Arrependeu-se de comparar o marido a Lucius, mas ela não raciocinava bem, seu filho tinha sido raptado por Lucius, e ela não sabia o que se passava com o pequeno.
Draco desceu as escadas batendo duro. Como ela se atrevia a compara-lo com Lucius?! Como?!
Sentou-se no sofá e levou as mãos ao cabelo, apertando-o. Sentia-se perdido, sua mulher estava alterada, seu filho raptado, e ninguém fazia nada. NADA!
" Se ao menos soubesse onde ele está! Espera!....será que ele esta no……é possível!"
Levantou-se do sofá e dirigiu-se até ao escritório, pegou num pergaminho e escreveu uma nota no pergaminho. Enviou a pequena carta na sua coruja e em seguida pegou na sua varinha. Ao faze-lo olhou para as fotos que tinha na mesa, suspirou longamente e decidiu deixar uma nota á ruiva.
Em seguida voltou a pegar na varinha e desapareceu.
A ruiva encontrava-se apoiada ao lavatório do banheiro. Não conseguia ficar mais calma, mas felizmente as lágrimas tinham cessado.
Sentia-se mal por não ter filho, e também por ter magoado o marido á minutos atrás.
Ela não podia acreditar que o tinha comparado a Lucius. Draco não era como seu pai, ele era muito melhor, e ela, ela fizera asneira, comparara-o com ele. Sabia como ele devia de estar magoado com ela. Ele nunca havia gostado que o comparassem ao pai, nunca! E ela sabia-o, e ela comparara-o.
Saiu do banheiro e sentou-se na cama. Sentiu um arrepio percorrer sua espinha, e por momentos sentiu-se mais apreensiva do que já estava. Como se algo de pior estivesse para acontecer.
Levou a mão ao peito, sentindo o coração pular rapidamente. A voz de Draco ecoava na sua cabeça.
«EU NÃO SOU COMO ELE, OUVISTE?»
Mas também as palavras frias e duras de Lucius ecoavam.
«Sabes que mais, acho que o vou levar comigo, afinal a Weasley roubou-te de mim, e tenho todo o direito de vos roubar o filho.»
"Porque é que isto se passou?! Porquê?! Estávamos tão bem, e ainda íamos ficar melhor, muito melhor." – Pensou ela levando a mão á barriga.
Em seguida deixou o corpo tombar para trás, e ficou deitada de barriga para cima na cama.
Os minutos foram passando rapidamente, e os primeiros raios solares entravam pela janela.
Ginny sentou-se na cama, e estranhou o facto de a casa estar silenciosa, e também o facto de Draco não ter voltado a aparecer.
Levantou-se da cama e abriu a porta do quarto.
Silencio.
Estava tudo silencioso, e ela sentia o coração bater cada vez mais rápido.
"Porque ele não voltou?!" – pensava ela enquanto caminhava até ao escritório.
Abriu a porta na esperança de o encontrar, mas não o vira. Apenas um pergaminho estava afixado na parede. A ruiva caminhou até ele sentindo o coração apertado.
Ginevra
Farto de não ter NOSSO filho nos meus braços, e farto de te ver a chorar, eu decidi ir atrás do meu pai. Eu quero nosso filho meu amor, e eu prometo que to vou trazer, que ele volta para os teus braços, mesmo que eu não. Eu amo-te Ginevra, eu amo-te muito.
Beijos Draco
Ginny deixou-se cair na poltrona. Ele tinha ido atrás do pai, e tudo por culpa dela. Agora ela não tinha ninguém, nem seu filho nem seu marido. Estava sozinha e apreensiva, podia perder os dois, e ficar sozinha.
As lágrimas voltaram a escorrer agora com mais intensidade. Se algo acontecesse a ele, ela nunca se perdoaria, pois era por culpa dela que ele fora.
Sentiu-se ser invadida por uma raiva enorme. Raiva dela, raiva de Draco por se ter ido armar em herói, raiva de Lucius por estragar sempre a sua vida.
A raiva era tão grande que num acesso de fúria ela levantou-se da poltrona e passou com os braços por cima da mesa do escritório, derrubando tudo o que se encontrava em cima dela.
As fotografias partiram-se assim que bateram no chão, os papéis do marido voaram pelo escritório, e ela olhou para tudo espatifado, sentindo a dor cada vez mais forte.
Saiu do escritório e caminhou até ao seu quarto. No espaço de segundos imensos objectos voaram para o chão, a sua escova de cabelo foi atirada contra o espelho, partindo-o.
Respirou fundo durante minutos. A culpa corria-a. Primeiro tinha deixado o filho sozinho em casa, e depois tinha incentivado o marido a arriscar-se.
Caminhou até á cama, onde se deitou na posição fetal, e tentou em vão fechar os olhos e aliviar a dor que sentia.
Mas em vez de se sentir melhor, ela sentia-se cada vez pior.
"E se nenhum voltar?! O que será de mim?!"
Fim do 6º capitulo
N/A: E aqui está mais um capitulo…e por sinal bem triste, mas EU AVISEI! Eu disse que agora as coisas iriam ficar mais dramáticas….mas espero k tenham gostado.
Kirina – Li: é eu aprontei, mas pronto. Já leste este capitulo…mas mesmo assim comenta. Jinhos!
Kika: pronto, pronto, senhora carente….e que tal conseguirmos fazer a tal viagem? Ia ser da paleta….lá se ia a nossa…hã….o nosso período de carentes. É isso….devíamos mesmo….jinhos!
Bru B.L. Malfoy: é claro que Drama, é dramático….mas pronto…é isso….espero que continues a comentar…e claro a gostar da fic. Jinhos!
Alexa: é vingança mesmo….as os problemas só agora começaram. Mas espero k gostes do que vai acontecer…..jinhos!
G.W.M: é ponto fraco mesmo..e mete ponto fraco nisso…..e espero k gostes do que vai acontecer…jinhos!
Mione G. Potter RJ: eu sou má mesmo ahahahah……mas pronto, é da minha natureza….instintos assassinos. Espero k tenhas gostado do capitulo…jinhos!
KatieRadcliffe: é claro que as fics têm as coisas boas e as coisas más…..espero k gostes…jinhos!
Carol Malfoy Potter: não continues a pensar nas mortes….quando morrem pronto…elas morreram mesmo……jinhos!
Miaka: é Lucius sequestrou o pequeno….mas os problemas estão só a começar. Jinhos!
Vivian Malfoy: espero k tenhas gostado….jinhos!
Nathoca Malfoy: é eu tb adoro matar personagens….e vou matar mesmo….espero k continues a gostar….jinhos!
Ginny Molly Malfoy: gostava de ter visto tu a arregalares os olhos e tal….espero que tenhas gostado. Jinhos!
Paulinha Malfoy: é dias felizes terminaram, não foi mesmo. Só drama. Mas espero k estejas a gostar. Jinhos
Eu sei que até demorei a actualizar, mas é que primeiro começaram os testes, e depois estive doente….muito doente….mas voltei…e espero k tenham gostado claro.
COMENTEM!
