Ruínas
Draco aparatou em frente a um castelo, um castelo que lhe trazia inúmeras recordações. Lembrava-se perfeitamente da última vez que ali estivera.
Ginny tinha sido raptada pelo homem que ele imaginara ser apenas seu professor de DCAT. Havia-se sentido perdido nessa altura, mas felizmente tudo correra bem, e eles haviam vencido finalmente Voldemort.
Agora ele estava ali outra vez. Não sabia se seu pai se encontrava lá dentro, mas aquele era o único lugar onde ele podia estar. E mais uma vez ele se sentia perdido, e desta vez não sabia se tudo ia correr bem.
Respirou fundo e decidiu entrar no antigo castelo.
Assim que se viu dentro dele, um cheiro a humidade e sujidade o invadiu fazendo-o ficar enjoado, mas não havia tempo para aquilo. Apurou os ouvidos tentando captar algum som, mas a única coisa que ouvia era….nada.
Decidiu subir a escadaria que se encontrava um pouco á sua frente, e tentou ao máximo não fazer barulho.
Estava pronto para qualquer coisa, a varinha ia em riste, pronto a atacar.
Assim que chegou ao cimo das escadas, encontrou um enorme corredor, e ele sabia que a porta que se encontrava ao fundo deste, era a porta que dava para o espaço onde ocorrera a ultima batalha com Voldemort.
Caminhou confiante até lá e abriu a porta devagar. Assim que entrou deparou-se com o espaço que se lembrava, mas algo estava diferente.
Havia uma espécie de altar no cimo de uns degraus, no fundo da enorme sala. E em cima do altar havia alguém, alguém pequeno e loiro, alguém que se encontrava amordaçado.
- Ethan. – Murmurou o loiro caminhando rapidamente até ao filho.
Olhar dentro dos olhinhos do pequeno que deixavam transparecer alivio e felicidade por o ver, foi o melhor premio que podia ter recebido.
Tirou a mordaça da boca do filho, e foi com alívio que o ouviu dizer.
- Papá. Que bom.
Depois de desamarrar os bracinhos do filho ele sentiu o pequeno a apertar o seu pescoço.
- Tive medo papá.
- Eu sei meu amor, mas agora está tudo bem. – Disse o homem olhando para o pequeno e limpando as poucas lágrimas que escorriam pela face acriançada do filho.
Estava decidido a sair dali com o filho, e voltar com ele para casa, para os braços da sua mulher, mas assim que pegou no menino ouviu alguém bater palmas atrás de si, e voltou-se deixando o filho sentando no altar.
Quem estava ali com eles, era Lucius. Mas não era o Lucius que ele conhecia, aquele era outro Lucius.
O homem encontrava-se muito diferente, afinal estivera 7 anos em Azkaban, e isso mudou-o imenso. Sua face antes bela e perfeita, encontrava-se ossuda e suja, seus cabelos chegavam-lhe quase á cintura, mas encontravam-se emaranhados e nojentos. A única coisa viva nele, eram os olhos. Os olhos cinzas que de momento brilhavam de ódio.
- Pai. – Disse Draco erguendo a varinha, pronto para o inevitável combate.
- Meu querido filho.
but where will you go
with no one left to save you from yourself
you can't escape
you can't escape
Ginny encontrava-se deitada na cama, quando sentiu movimento no quarto. Virou-se para a porta e deparou-se com….
- Alyne?
- Olá Ginny. Desculpa ter vindo sem avisar, mas é que fiquei preocupada contigo. – Explicou a loira sentando-se na cama ao lado da outra. – Harry recebeu uma carta de Draco, pedindo para ele ir até ao antigo castelo, onde foi a batalha com o Lord das trevas.
- Draco foi para lá? – Perguntou a ruiva sentando-se.
- Sim, e Harry e a Ordem foram logo depois.
- Eu também vou.
- Não! Harry disse-me para eu não te deixar ir, para ficar contigo aqui, até termos notícias. Já basta Draco e o Ethan estarem em perigo, não queres ficar também em perigo.
A ruiva ficou parada na cama, sentindo as mãos geladas da outra nos seus ombros, apertando-os. Não disse nada, apenas fez o que Alyne mandara.
"Mas se o Harry e a Ordem vão ajudar o Draco, então não está tudo perdido!" – pensou ela esperançosa.
Se Merlin quisesse dentro de pouco tempo seu marido e seu filho estariam ali novamente.
you think that i can't see right through your eyes
scared to death to face reality
no one seems to hear your hidden cries
you're left to face yourself alone
- Ethan fica aí quietinho filho.
O pequeno sentou-se no altar e apertou os joelhos contra o corpo.
"Como Ginevra faz!"
Voltou sua atenção para o seu querido pai, e viu que este avançava para si, calmamente.
Draco agiu primeiro, afinal gostava de estar em vantagem.
- Impedimenta! – Disse ele apontando a varinha para o pai.
Lucius cambaleou durante momentos, mas logo em seguida passou ao ataque.
- Imperio.
Talvez por ele estar muito mais fraco do que Draco o feitiço não fez efeito. E por isso Draco aproveitou para deixar o pai desacordado em seguida.
- Expelliarmus. – A varinha de Lucius veio para á mão de Draco. – Stupefy.
Viu seu pai cair de costas no chão, e no instante seguinte Draco virou-se para o Ethan e pegou no pequeno ao colo, saindo rapidamente do Castelo.
Assim que chegou á rua viu Harry á sua frente, aproximou-se rapidamente do moreno e entregou-lhe a criança.
- O que se passou?
- Meu pai está lá dentro, eu estava a combater com ele, mas ia tirar o Ethan daqui o mais rápido possível. Potter, eu quero que leves o meu filho para casa, eu vou terminar o que comecei.
- Malfoy fica aqui, espera por reforços, a Ordem deve de estar quase a chegar.
É pessoal Potter, eu quero acabar com o meu pai. Leva o meu filho por favor, e diz á Ginevra que eu volto.
Harry ia argumentar, mas Draco não lhe deu chances, rapidamente voltou a entrar no castelo.
Ethan chorava no colo do moreno, e ele olhou do pequeno para o castelo.
"Não posso deixar o Malfoy sozinho ali dentro, mas também não posso levar o Ethan. Vou esperar por alguém, e depois vou ajudar o Malfoy, enquanto esse alguém leva o pequeno até Ginny. Espero que Alyne esteja com ela!" – pensava Harry preocupado, tentando acalmar o pequeno que tinha no colo.
Os minutos foram passando, e eles eram agoniantes para Harry, mas finalmente ele viu ao longe o Ron, o Blaise e a Hermione.
"Perfeito, Hermione pode levar o pequeno para casa, e nós vamos ajudar o Malfoy!" – pensou ele enquanto os outros se aproximavam rapidamente de si.
- Harry, estás bem?
- Eu estou Hermione. Mas o Malfoy está lá dentro. Tens que levar o Ethan para casa, nós os três vamos ajudar o Malfoy.
Harry estava a passar a criança para os braços da amiga quando um barulho ensurdecedor o distraiu. Viu como a morena olhava chocada para trás de si, e como o pequeno começara a chorar imenso.
Virou-se com o coração aos pulos, e viu o que mais temia. O castelo acabar de ruir.
- Draco. – Murmurou Hermione pegando no pequeno.
"O castelo ruiu. Com o Malfoy lá dentro. Ele está por baixo dos escombros, ele esta……óh vou dizer á Ginny!"
Durante imensos segundos ficaram todos a olhar atónitos para os escombros á frente deles, sem se mexerem, apenas tentando processar o que se havia passado.
- Temos….temos que levar o Ethan……Ginny deve de estar preocupada. – Disse Ron a gaguejar.
Todos concordaram silenciosamente, e aparataram na Mansão Malfoy.
Ginny fartara-se de estar na cama.
- Vamos para a Sala. – Disse ela a Alyne levantando-se.
As duas mulheres caminharam em silêncio até á sala, e a ruiva sentou-se no sofá.
Longos minutos passaram, caladas, mas o silêncio existente fora quebrado por um barulho de alguém a aparatar.
A ruiva olhou para a sua frente, e viu Hermione, Ron, Blaise, Harry, e …..
- Ethan. – Disse ela levantando-se e tirando o pequeno dos braços da cunhada.
Apertou o menino no seu colo e sentiu as lágrimas escorrerem por sua face.
Tinha seu filho de novo nos seus braços, era tão bom. Bom demais.
Voltou a olhar para os outros e sentiu um aperto no coração.
-Onde está Draco? – Perguntou a ruiva apertando o pequeno de encontro ao seu peito com mais força ainda.
-Ginny, eu….ele deu-me o pequeno e voltou para o castelo, disse que tinha que tratar da saúde ao seu pai.
A ruiva sentiu o coração apertado, e suas pernas falharam fazendo com que acabasse ajoelhada no chão, com o filho ainda nos braços.
Sentiu alguém pegar na criança, mas ela não disse nada, apenas olhou para Hermione e sentiu as lágrimas escorrerem pela sua face com mais intensidade do que anteriormente.
- E? – Perguntou olhando para Harry.
- O castelo ruiu com ele lá dentro.
Não disse nada, não gritou, não berrou, apenas sentiu. Sentiu ficar sem nada, sentiu seu coração despedaçar-se, sentiu uma dor dilacerante no peito, sentiu-se sozinha, desamparada, completamente perdida.
"Não. Não é possível. Porquê! Porquê! Não é justo."
Sua respiração estava acelerada, ouviu ao longe a voz de Hermione dizer:
- Vou dar de comida ao Ethan.
Seu olhar encontrava-se fixo num ponto á sua frente, seu coração doía, sua vida estava desfeita. Draco tinha morrido.
Ela não podia aceitar isso, não podia aceitar a morte do marido, não podia, não queria, mas….era verdade.
i realize you're afraid
but you can't reject the whole world
you can't escape
you won't escape
you can't escape
you don't want to escape
(Evanescence – Where will you go)
- Draco…. – Murmurou ela sentindo os braços do irmão abraçarem-na.
- Eu lamento imenso Ginny.
- Eu quero o meu marido.
- Gi……irmã….o castelo ruiu, ele não……não sobreviveu.
Ron viu as lágrimas da ruiva ficarem mais intensas, podia sentir o coração dela bater rápido no peito dela.
- Foi minha culpa….minha culpa.
- Não. Foi culpa de Lucius Malfoy. Não foi tua……não foi.
A mulher encostou a cabeça no peito do irmão e agarrou-se á sua camisola.
Não conseguia acreditar que depois de tudo o que tinham passado, a historia deles terminava assim……trágica.
"E tudo porque eu disse que ele não se preocupava com Ethan. E porque o comparei ao traste do pai. Eu sou a culpada, a única culpada."
Levantou-se calmamente, sentindo as pernas falharem por momentos. Suspirou fundo e olhou para a porta, Hermione carregava Ethan adormecido nos braços.
Aproximou-se da cunhada e pegou no filho ao colo.
- Podem ir embora. Eu fico bem.
- Ginny….
- Vão embora. Vocês têm as vossas vidas, eu vou continuar com a minha. Vão.
- Se necessitares de algo….
É só chamar. Eu sei.
"Não vai ser necessário, afinal eu necessito do meu marido, e vocês não mo podem dar!" – pensou ela tristemente ouvindo o som de que eles se tinham ido embora.
Olhou para o filho adormecido nos seus braços.
Tinha que ser forte, forte por causa dele, e dela. Tinha que conseguir. Sabia ser difícil viver sem Draco, mas ela teria ao menos que sobreviver.
i will stay forever here with you
my love
the softly spoken words you gave me
even in death our love goes on
and i can't love you, anymore than i do
(Evanescence – Even in Death)
Fim do 7º capitulo
N/A: Eu disse, disse que ia haver Drama, disse que ia haver mortes. Eu disse….e aqui está….drama e mortes…não é o máximo! Eu sei, eu sou má, e essas coisas, mas respirem.
Miaka: Ginny não ajudou Draco na guerra, ela não perdeu o bebé. E pronto as primeiras mortes já foram, e que tal? Ah, o Harry NÃO vai morrer. Espero k tenhas gostado apesar de tudo. Jinhos!
Kika: e que tal irmos mesmo á viagem….meus pais deixam, teus em principio tb….a não ser que mudem de ideias quando virem as notas de matemática. Oh vai saber-me tão bem receber o teste. Eu sei que gostas deste capítulo, afinal ias tendo um ataque quando o escrevi, lembraste "com o nariz quase no ecrã!"É isso, comenta….jinhos!
Mione G. Potter RJ: sim, ela está esperando mais um filho, e é isso……não chores……quer dizer, eu própria quase chorei quando o escrevi mas pronto. Espero que tenhas gostado mesmo assim. Jinhos!
Luana: espero k tenhas gostado do capitulo…..jinhos!
Carol Malfoy Potter: ainda bem que gostaste apesar do drama, espero que também tenhas gostado deste. Jinhos!
Paulinha Malfoyé mesmo, e agora o que será de Ginny sem o Draco? Bem, verás isso nos próximos capítulos. Espero que tenhas gostado do capitulo…comenta. Jinhos!
Vivian Malfoy: espero que tb tenhas gostado deste capítulo, apesar de todo o drama e isso. Jinhos!
G.W.M: houve briguinha, briguinha com consequências dramáticas. Espero que continues gostando. Jinhos!
Camy: espero que continues a gostar da fic, e que tenhas gostado deste capitulo também. Jinhos!
KatieRadcliffe: bem eu não tive muito cuidado com o que escrevi…drama, drama e mais drama. Mas mesmo assim espero k tenhas gostado. Jinhos!
Nathoca Malfoy: vê só, não matei o Ethan nem a Ginny, está tudo bem para ti? Lol…..jinhos!
Kirina – Li: eu disse que este capitulo é que era dramático. Muito dramático. E sim eu fiz das minhas…matei…..lol…que bom matar personagens, causar dor nos outrosé lindo. Mas e aí, gostaste? Jinhos!
Pois é…aqui está mais um capitulo, e espero que mesmo com este drama todo vocês tenham gosatdo do capitulo…e que não desistam da fic, ainda faltam a ler Ok! Reviews pessoal. Jinhos!
