Sobrevivendo

Ginny aconchegava o filho na cama, era tão bom tê-lo ali. Mas mesmo assim as lágrimas não paravam de escorrer.

Draco não voltara. Ninguém sabia dele, ninguém sabia o que se tinha passado, NINGUÉM.

Ele dera a criança a Harry e depois entrara outra vez para o castelo decidido a acabar com Lucius, mas o castelo ruiu e ele não saíra.

Sentou-se na cama chorando compulsivamente. Ela queria o seu marido, ela queria-o ali. Ela é que fora a culpada, a única culpada. Por causa dela é que ele fora atrás da criança, por causa dela é que ele arriscou sua vida.

E agora não o tinha mais. Ethan quando fosse grande não se lembraria do pai, e seu bebe, a criança que crescia no seu ventre, esse nunca o conheceria.

E Draco não soubera que ia ser novamente pai, não sabia que o pequeno de 4 anos ia ter um irmão, não sabia, e tudo culpa dela, de mais ninguém.

Don't wanna close my eyes, don't wanna fall asleep…

'Cause I miss you babe, and I don't want to miss a thing…

'Cause even when I dream of you,

The sweetest dream will never do, I'll still miss you babe,

And I don't want to miss a thing.

(Aerosmith – I don´t wanna miss a thing)

Caminhou até ao banheiro e pousou as mãos no móvel, olhando para o espelho. Estava vermelha, seus olhos inchados e as lágrimas não paravam. Não conseguia se acalmar, não era capaz.

Perdera o homem que mais amara, o único homem que amara. E era sua culpa, não tinha como mudar aquilo, era sua culpa.

Saiu do quarto e caminhou vagarosamente até ao escritório, a ultima conversa com Draco ecoava-lhe na cabeça.

- Sou como quem? – Perguntou ele não querendo acreditar no que pensava.

- Como teu pai. És como ele, igual a ele. Não fazes nada para trazer o meu filho.

- NOSSO! NOSSO FILHO WEASLEY. NOSSO!

Ela olhou-o assustada por momentos, ele tinha-a chamado de Weasley.

- Vai embora. Deixa-me em paz. – Pediu ela baixo.

- Eu vou, mas não voltes a comparar-me ao meu pai. EU NÃO SOU COMO ELE, OUVISTE?

Sim, ele não era como Lucius, ela sempre o soube, e agora ninguém mais podia duvidar, absolutamente ninguém.

-Onde está Draco? – Perguntou a ruiva apertando o pequeno de encontro ao seu peito com mais força ainda.

-Ginny, eu….ele deu-me o pequeno e voltou para o castelo, disse que tinha que tratar da saúde ao seu pai.

A ruiva sentiu o coração apertado, e suas pernas falharam fazendo com que acabasse ajoelhada no chão, com o filho ainda nos braços.

Sentiu alguém pegar na criança, mas ela não disse nada, apenas olhou apara Hermione e sentiu as lágrimas escorrerem pela sua face.

- E? – Perguntou olhando para Harry.

- O castelo ruiu com ele lá dentro.

Não disse nada, não gritou, não berrou, apenas sentiu. Sentiu ficar sem nada, sentiu seu coração despedaçar-se, sentiu uma dor dilacerante no peito, sentiu-se sozinha, desamparada, completamente perdida.

Sentou-se na cadeira e apoiou a cabeça nos braços chorando. Não sabia, há quanto tempo chorava, sentia sua cabeça doer, mas não importava, nenhuma dor era como a de não o ter. Nada se comparava.

Senti-a os olhos pesados, e acabou por adormecer com a cabeça apoiada nos braços, ali sentada na secretaria, onde tantas vezes seu marido estivera.

O sono fora leve, tivera pesadelos constantes, e sempre com ele. Abriu os olhos e viu serem ainda 3 da manha. Só dormira 2 horas.

Um barulho assustou-a, um barulho vindo da sala.

Levantou-se com a varinha em punho e saiu do escritório com o coração acelerado.

Abriu a porta devagar, e apurou os olhos, o Salão estava claro ao contrário do escritório. Mas o que viu fez com que ela deixasse a varinha cair no chão, e seu coração ficasse mais acelerado do que já estava.

- Draco. – Murmurou ela correndo de encontro ao marido.

O loiro tinha um sorriso na face, apesar dos ferimentos e da roupa rasgada.

Ela agarrou-se a ele desesperadamente, chorando descontroladamente no seu ombro.

- Draco. Draco. Tu estás vivo. Oh meu amor, não sabes como sofri. Pensava que te tinha perdido para sempre, que nunca mais te veria. Estava tão sozinha, tão triste meu amor. Tu não és como o teu pai, e eu sabia que querias o Ethan, apenas estava triste por causa de não ter nosso filho, mas não queria que fosse atrás dele. Não queria que te tivesses arriscado tanto, não o voltes a fazer. Não voltes. Não voltes a deixar-me sozinha, nunca mais meu amor.

O homem agarrava-a pelas costas e fez com que ela se soltasse de maneira a olhar nos olhos dela.

- Desculpa se te preocupei, mas é que o castelo ruiu e eu só tive tempo de arranjar um abrigo, só agora consegui sair debaixo dos escombros sem que nenhuma pedra caísse em cima de mim. E eu tinha que ir Ginevra, eu não suportava ver-te triste e a falta do nosso filho, eu não suportava.

- Eu senti-me tão culpada.

- Não meu amor, não. – Disse ele pegando na face dela juntando os lábios.

Começou apenas com um roçar de lábios, mas depressa se tornou desesperado e possessivo. Quando se afastaram a ruiva encostou a cabeça no peito dele e perguntou:

- O que seria de nós os três sem ti?

Ele riu abraçando-a.

- Três? Parece que isto te deixou com dificuldade na contagem Ginevra.

- Não estou enganada Draco. – Disse levando a mão dele ao seu ventre.

O loiro arregalou os olhos sorrindo, e no instante seguinte Ginny sentiu-se rodar no ar. Abraçou-o pelo pescoço e enrolou as pernas na cintura dele, o que fez com que ele a pousasse na mesa e a beijasse com um fervor impensável.

Ouviram uns passos a descer as escadas e Draco afastou-se da mulher olhando para a porta e vendo um menino com seus cabelos ondulados loiros despenteados. O pequeno coçava o olhinho castanho sorrindo, antes de correr até ao pai.

Draco agachou-se fazendo com que o pequeno o abraçasse no pescoço.

- Papá. Tive saudades.

O loiro ergueu o filho e disse:

- Eu também meu amor, eu também.

Ginny olhava para os seus dois loiros sorridente. Nem parecia que á pouco estava desesperada, agora estava feliz. Estavam todos juntos outra vez, e em breve teriam mais um membro na família. E ai estaria tudo PERFEITO.

Draco aproximou-se da mesa com o filho nos braços.

- Temos uma notícia a te dar filhote.

- Qual papá?

- Vais ter um maninho.

O menino sorriu e abraçou a mãe com força. Há algum tempo que ele tinha pedido um irmão ou uma irmã ao pai.

- Mas agora, está na hora de ir dormir. – Disse o loiro minutos depois.

- Draco vai antes tomar banho, eu deito-o.

O homem sorriu e passou a criança para os braços da mãe.

Minutos depois Ethan saltava em cima da cama.

- Filho deita-te.

- Eu estou feliz mamã. O papá voltou, e eu vou ter um maninho. Estou muito feliz.

Ginny passou a mão na face do filho e deu-lhe um beijo estalado na bochecha.

- Eu também estou feliz filho, mas agora são horas de dormir.

- Boa noite.

- Boa noite meu anjinho.

Assim que a ruiva entrou no quarto viu Draco a sair do banheiro apenas enrolada na toalha. Aproximou-se dele e passou a mão na sua face.

- Conta-me o que se passou.

- Depois de dar o Ethan ao Potter voltei para o castelo, e duelei com o meu pai. Não foi difícil, visto ele estar fraco. Em seguida era para vir embora, mas o castelo ruiu, não sei porquê, talvez por causa dos feitiços. Só tive tempo de procurar um abrigo. Tentei voltar mais cedo, mas as pedra eram enormes, e eu não podia errar, ou senão caía-me alguma….

O loiro não terminou a frase, pois sentiu os lábios da mulher nos seus, para um beijo desejoso.

Apertou-a pela cintura, juntando os corpos e encostou o corpo dela á cómoda. Quando se afastou, passou ambas as mãos nas faces vermelhas dela e perguntou:

- O que se passou neste quarto? Um furacão?

- Um acesso de fúria quando li a tua nota a dizer que tinhas ido ter com o teu pai.

- Porque ainda não me tinhas dito sobre a gravidez? – Perguntou levantando a camisa dela e beijando-lhe o ventre.

Ginny acariciou o cabelo do marido e sentiu os beijos dele começarem a subir.

- Tinha decidido dizer-te ontem, afinal fazia 8 anos que nos tínhamos beijado pela primeira vez, mas o rapto do Ethan….

- Já percebi. – Murmurou Draco voltando a beijar os lábios dela.

Com um só impulso ele sentou a mulher na cómoda, e começou a desabotoar os botões da camisa dela. Quando retirou a camisa dela olhou para os olhos brilhantes da mulher, levando as mãos até ás costas dela desapertando o soutien da esposa, deixando os seios da mulher á sua vista.

Sentiu as pernas dela enrolarem-se na cintura dele e Draco levantou-a, caminhando até á cama, e deitando-a suavemente.

Sentiu as mãos dela abrirem a toalha, e ela atirou-a para longe. O loiro beijou os lábios da mulher delicadamente, enquanto que suas mãos desapertavam os botões das calças dela, e retirando-as rapidamente, assim como a única peça que existia no corpo dela.

Passou as mãos na face dela, e sentiu-se ser puxado pelas pernas delas, que se encontravam ainda enroladas na sua cintura.

Sentir o marido fazer parte dela era algo que à umas horas ela não pensava ser possível. Mas aquela sensação era maravilhosa, sentir as mãos dele na sua cintura, os lábios dele nos seus, o coração dele bater contra o seu peito.

Durante minutos eles fizeram parte um do outro. E só se separaram quando o loiro beijou a mulher com mais força, saindo de cima dela em seguida.

Ginny deitou a cabeça em cima do peito dele e sorriu. Ouviu a voz do marido dizer baixo:

- Eu amo-te……muito.

- Eu também te amo……imenso. – Murmurou ela beijando os lábios dele.

Draco voltou a vê-la deitar a cabeça em cima do seu peito, e ele passou o braço pela cintura dela, apertando-a de encontro ao seu corpo. Minutos depois ambos dormiam felizes e descansados.

(….)

Draco acordara a meio da noite, o coração estava acelerado, e os ouvidos atentos. Havia barulho no andar de baixo.

Olhou para a esposa a dormir no seu peito, e delicadamente afastou-a levantando-se sem fazer barulho. Vestiu o seu robe que estava em cima da poltrona e pegou na varinha.

Saiu do quarto e encostou a porta, desceu as escadas rápida mas silenciosamente. Assim que chegou á sala ele parou imediatamente.

Draco olhava para inúmeros rosto sardentos, com cabelos vermelhos, e para um rosto com lindos olhos esmeraldas, e também para Blaise.

- Draco. – Murmurou o moreno aproximando-se do amigo. – És tu mesmo?

- Não, sou o pai natal. É claro não é Zabini.

- Nós pensamos que tu tinhas…..

- Morrido Potter? Achas que eu ia abandonar minha mulher e meu filho? Nunca. Nunca os vou abandonar, tu nunca ficarás com eles.

- Draco o que estás a dizer?

- Ora Sra. Weasley nunca reparou como o "menino que sobreviveu" olha para a minha esposa.

- Eu estou casado.

- Mas não cego. Mas afinal o que vocês fazem aqui?

- Bem…nós vínhamos ver como estava a Ginny…

- A dormir.

- Pelo menos estava. – Disse a voz da ruiva na porta da sala.

Ela aproximou-se do marido e passou os braços em volta da cintura dele e encostou o queixo no pescoço dele, beijando-lhe a curvatura do pescoço.

- Mas….é óptimo vocês estarem bem….é bom o facto de Draco estar bem….

- Temos que festejar Molly.

- Tens razão. Amanhã vão TODOS almoçar na Toca. Que tal?

- Maravilha mãe….na verdade nós temos uma coisa a vos dizer, não é Draco?

É….quer dizer….bem sim….

- Amanhã nós vamos lá almoçar….mas agora….será que ……hã…vocês podiam ir dormir…é que eu tenho sonho.

- Claro, maninha. Nós vamos já. – Disse Ron aparatando.

Quando voltaram a ficar sozinhos Ginny passou os braços em volta do pescoço dele e beijou o marido vezes seguidas.

- Mas que querida que estamos hoje?

- Eu só quero beijar o meu marido, não posso não?

- Não. Deves. – Respondeu ele puxando-a.

Ela riu com os lábios encostados aos dele e beijou-o calmamente.

'Cause I'm keeping you

forever and for always

We will be together all of our day

Wanna wake up every

morning to your sweet face – always

In your eyes - (I can still see

the look of the one) I can still see

the look of the one who really loves me

(I can still feel the way that you want)

The one who wouldn't put anything

else in the world above me

(I can still see love for me) I can

still see love for me in your eyes

(I still see the love)

And there ain't no way

I'm lettin' you go now

And there ain't no way

and there ain't no how

I'll never see that day...

'Cause I'm keeping you

forever and for always

We will be together all of our day

Wanna wake up every

morning to your sweet face - always

I'm keeping you forever and for always

I'm in your arms

(Shania Twain – Forever and for always)

Fim do 8º capitulo

N/A: Ok, ficam a saber que só actualizei tão depressa pôr causa da quantidade de reviews….e pelo facto de vocês estarem em pânico. VOCES ACHAM MESMO QUE DEPOIS DE TUDO EU IA MATAR O DRACO! Ah, conhecem-me tão mal…eu odeio quando um deles morre na fic, claro esta que não ia matar nenhum. A única pessoa que morreu no capitulo passado, foi Lucius.

Bem…passando á frente, vamos aos agradecimentos:

KIKAé esperemos que haja viagem mesmo, acho que seria MUITO divertido. Mas tudo bem, vê só este capitulo não foi tão dramático, mas sabes que o drama ainda não terminou não é! Pois. É isso…comenta.

Carol Malfoy Potter: ainda bem que mesmo com a suposta morte dele a fic continuava óptima. Eu seria incapaz de matá-lo. Espero que tenhas gostado deste capitulo….jinhos!

Sakura Scatena: o Draco não está morto, está vivo, e bem vivo diga-se de passagem. Bem, espero que tenhas gostado do capítulo, afinal não cometi a atrocidade de matar um deus grego. Jinhos!

G.W.M: bem, uma pessoa que tenha duvidado dos meus instintos assassinos. É muita coisa ainda vai acontecer….mesmo porque a fic só vai a meio. Jinhos!

IsaÉ depois de tudo era extremamente idiota da minha parte matá-lo. Eles estão juntos novamente, espero que tenhas gostado. Jinhos!

Kirina - Li: Até tu pensaste mesmo que eu o tinha matado! Meu deus, pensava que me conhecias, pensava que sabias que eu não o ia matar. Bem, enganei-me. Mas pronto espero que tenhas gostado do capitulo…..jinhos!

Vivian Malfoy: capítulos felizes! Bem é fic é romance Drama, mas este capitulo foi feliz, dentro dos padrões normais da felicidade. Espero que tenhas gostado, e que já estejas menos angustiada. Jinhos!

Tamy Black: a Ginny não tinha ficado insensível, apenas tinha que reagir. Bem no inicio deste capitulo mostra a dor dela. Mas e então! Eu não o matei mesmo, e ai gostaste! Espero que sim. Jinhos!

Paulinha Malfoy: bem, o que seria dela sem Draco e o que seria de Ethan sem Draco vais ficar sem saber, pois na minha fic o Draco está vivinho. É o corpo não havia aparecido, por ele não ter morrido. Bem espero que tenhas gostado…jinhos!

Nathoca Malfoy: bem, não tenhas razão para estar zangada, afinal ele não está morto. Não é bom! Espero que sim. Jinhos!

KatieRadcliffe: bem eu não matei ng, pelo menos não desta vez. É isso…..jinhos!

Lily: bem ele não aparatou, mas foi quase isso. Espero que tenhas gostado do que aconteceu. Jinhos!

Lady Holmes: pronto, já nada está estranho. Ele não morreu, a historia continua a ter um gatinho. Jinhos!

Alexa: não demorei a actualizar isso é certo, e na verdade eu não sou assim tão má….só em certas alturas do dia…nomeadamente de manha. Odeio as manhas…mas isso não interessa….espero que tenhas gostado do capitulo…jinhos!

Miaka: Ok, eu actualizei isto por ti. Quando li o teu review fiquei chocada. Como pudeste pensar que eu ia MESMO matar o Dracoé claro que não. Não depois de tudo. Bem agora só falta saber se decides ler a fic, para saberes que ele não morreu. É isso….se leres espero que gostes. Jinhos!

Bem pessoal, o próximo capitulo não vira tão rápido, afinal vocês estavam em pânico, e eu sei como e estar em pânico por causa de uma ficé torturante. Espero que tenham gostado.

Já sabem: REVIEWS!

Jinhos! Fui!