A escolha
O que se passou?
Ela queixou-se de dores e depois desmaiou.
O médico olhou para ele e em seguida entrou numa sala com a ruiva, deixando o homem na parte de fora. Minutos depois o médico voltou, e disse:
Sua mulher, não desmaiou. Ela….está em coma.
Ao ouvir o que o medico disse Draco sentiu o chão escapar-lhe. Sentiu necessidade de se sentar na cadeira mais próxima. Ficou a olhar para a parede durante longos segundos sem dizer nada, até que por fim perguntou:
Como…como assim em coma?
Ela está em coma Sr. Malfoy.
E você não pode fazer nada? – Perguntou desesperado.
Não….ainda não. Vamos esperar algum tempo para ver como ela vai reagir.
O loiro abanou a cabeça e disse:
Eu vou só ter com um amigo para ele ir tomar conta do meu filho.
Sim Sr.
No segundo seguinte Draco encontrava-se na sala de Blaise. Subiu as escadas até ao quarto do amigo e bateu á porta.
Draco! O que fazes aqui?
Faz-me um favor….vai tomar conta do Ethan. Quando ele acordar trílo para aqui.
Mas o que se passa? – Perguntou Alex aparecendo ao pé do moreno.
Ginevra….ela está em coma.
COMO?
Eu não sei. Ela estava bem, depois queixou-se de dores e em seguida desmaiou. Fui logo para St. Mungus e eles lá disseram que ela estava em estado de coma.
Mas como isso foi acontecer?
Eles não sabem.
E o que vão fazer?
Nada, vão esperar para ver se ela reage, depois não sei. Por isso vos peço para tomarem conta do Ethan eu vou ter com ela ao hospital.
Tudo bem Draco, vai logo.
O loiro voltou ao hospital e sentou-se na cadeira com a cara entre as mãos.
Não podia acreditar que ela estava em coma. Estava tudo tão bem, ela esteve tão bem o dia todo, porque é que aquilo tinha que acontecer logo naquela altura!
Draco não sabia. Não sabia o que se tinha passado, nem o que fazer. Apenas sabia que sua mulher estava deitada numa cama completamente desligada do resto, e podia correr risco de aborto, ou pior de vida.
Seu coração batia acelerado, e sua respiração estava desacelerada. Tentou não pensar no que se passava, e conseguiu, pensando nos momentos bons com ela.
- Eu! Oh…pensava em como está na hora de nós termos um filho também.
Ginny sorriu e ele puxou-a para um beijo apaixonado. A meio do beijo a ruiva sentiu-se ser deitada no sof� e sentiu o corpo do marido por cima do seu. Os lábios dele caminharam para o seu pescoço e ela perguntou:
- O que fazes?
- Vou começar a fazer a encomenda de um filho.
- Mas não é necessário isto. – Disse ela rindo, fazendo com que ele a encara-se surpreso.
- Ginevra Molly Weasley Malfoy! Eu pensava que já não acreditavas na história da cegonha. – Falou ele rindo, voltando a beijar o pescoço dela.
- Não entendeste o ponto da questão meu amor. Eu disse que não é necessário isto, pois eu já espero um filho teu.
-
Ela agarrou-se a ele desesperadamente, chorando descontroladamente no seu ombro.
- Draco. Draco. Tu estás vivo. Oh meu amor, não sabes como sofri. Pensava que te tinha perdido para sempre, que nunca mais te veria. Estava tão sozinha, tão triste meu amor. Tu não és como o teu pai, e eu sabia que querias o Ethan, apenas estava triste por causa de não ter nosso filho, mas não queria que fosse atrás dele. Não queria que te tivesses arriscado tanto, não o voltes a fazer. Não voltes. Não voltes a deixar-me sozinha, nunca mais meu amor.
O homem agarrava-a pelas costas e fez com que ela se soltasse de maneira a olhar nos olhos dela.
- Desculpa se te preocupei, mas é que o castelo ruiu e eu só tive tempo de arranjar um abrigo, só agora consegui sair debaixo dos escombros sem que nenhuma pedra caísse em cima de mim. E eu tinha que ir Ginevra, eu não suportava ver-te triste e a falta do nosso filho, eu não suportava.
- Eu senti-me tão culpada.
- Não meu amor, não. – Disse ele pegando na face dela juntando os lábios.
Começou apenas com um roçar de lábios, mas depressa se tornou desesperado e possessivo. Quando se afastaram a ruiva encostou a cabeça no peito dele e perguntou:
- O que seria de nós os três sem ti?
Ele riu abraçando-a.
- Três? Parece que isto te deixou com dificuldade na contagem Ginevra.
- Não estou enganada Draco. – Disse levando a mão dele ao seu ventre.
O loiro arregalou os olhos sorrindo, e no instante seguinte Ginny sentiu-se rodar no ar. Abraçou-o pelo pescoço e enrolou as pernas na cintura dele, o que fez com que ele a pousasse na mesa e a beijasse com um fervor impensável.
Foi afastado do seu pensamento pelo facto de a porta á sua frente se ter aberto.
Sr. Malfoy, tenho uma má notícia a dar-lhe. Sua esposa foi vítima de um feitiço.
Como assim?
É um feitiço antigo, provocado pela inveja. Alguém com inveja da sua esposa rogou-lhe um feitiço, o que fez com que ela entrasse neste estado.
E então, o que vão fazer?
Bem, a prioridade é salvar vosso filho. Só depois poderemos recorrer ao contra feitiço para acordar sua esposa.
Óptimo, façam isso.
O médico assentiu e voltou a entrar na sala.
Draco voltou a sentar-se, deste vez um pouco mais descansado. Tudo ia correr bem, mas quem teria rogado o feitiço á ruiva!
"Quem poderá ter sido! E porquê! Apenas inveja! Não sei, mas se eu descubro quem foi, eu termino com a raça dessa pessoa!"
Os minutos passaram, fazendo com que Draco voltasse a ficar apreensivo. Odiava esperar, afinal era sempre mau sinal. Seu coração batia cada vez mais depressa, e ele ansiava por notícias que fizessem com que aquela dor e sentimento desaparecessem.
I never thought I'd walk away from you.
I did.
But it's a false sense of accomplishment.
Everytime time I quit
Anyone can see my every flaw.
It isn't hard.
Anyone can say they're above this all.
It takes my pain away.
(Jimmy Eat World – Pain)
Mais uma vez ele se perdeu em pensamentos, lembranças antigas, lembranças passadas, lembranças doces.
- Não….mas o Potter não tirou os olhos de mim, devia de estar á espera que eu te rapta-se, mas o pior foi que ele não tirou os olhos de ti durante TODO o almoço e jantar.
- Com ciúmes? – Questionou ela divertida com a situação.
- Não, mas e se estiver?
- Se estiveres eu digo-te que não tens razões para isso, afinal nós não temos aquilo a que se possa chamar de relação oficial.
- O que queres dizer?
- Tu percebeste.
Draco olhou para ela durante longos minutos e por fim disse:
- Namora comigo.
- Isso é um pedido, ou é uma exigência?
- Consoante o ponto de vista. Pode ser um pedido, porque eu estou a querer saber se tu aceitas, mas pode ser uma exigência porque é algo que eu quero, e não aceito uma resposta negativa.
-
- Eu só não vou, se tiver algo que prenda ao lado do bem. – Murmurou ele ao ouvido dela.
Sentiu a ruiva estremecer por entre os seus braços, e não pode deixar de sorrir. A menina levantou a face assim que ouviu o que ele disse.
- Mas tu tens algo.
- O quê? – Perguntou ele levando uma das mãos ao queixo dela.
- Eu! – Sussurrou ela como resposta antes de sentir os lábios dele nos seus.
"The greatest thing
You'll ever learn
Is just to love and
Be loved in return"
(Moulin Rouge – Nature boy)
Fora um beijo delicado, calmo e suave. Um beijo que demonstrava amor e carinho, desespero e saudade. A ruiva passou os braços por trás do pescoço dele a acariciou seu cabelo fazendo-o tremer. Ele por sua vez apertara a menina pela cintura metendo-a o mais junto possível de si.
-
- Minha mulher. Minha e de mais ninguém.
Ela encostou sua cabeça no peito dele sorrindo.
- E tu és meu marido….para sempre. Eu te amo….
- Eu também te amo Ginevra Malfoy.
Ela riu ouvindo pela primeira vez seu nome completo. Ele puxou-a mais abraçando-a com força, e ficou acordado até vê-la dormir nos seus braços.
Eram marido e mulher, agora e para sempre.
Mais uma vez a porta se abriu fazendo com o loiro se levantasse para encarar o medico que aparentava uma expressão de pena e apreensão.
O que se passa?
Nós tentamos de todas as maneiras, mas não é possível fazer com que sua filha e sua mulher sobrevivem as duas.
Draco sentiu as lágrimas nos olhos, mas fechou-os antes de elas caírem.
Sr. Malfoy, vai ter que escolher. Sua mulher ou sua filha?
"Como assim, escolher! Eu não posso escolher, não posso fazê-lo, não consigo. Uma é minha esposa outra é minha filha. Como posso abdicar de alguma na vida, é impossível!" – pensava o homem desesperado.
Não pode mesmo salvar as duas?
Lamento, mas não.
Não me podem fazer escolher. Eu não posso escolher.
Sr. Malfoy, se não escolher morrerão ambas. O Sr. tem que escolher.
"Ginevra ou minha filha! Não é justo, é a pior escolha que já fiz em toda a minha vida!"
Eu escolho….escolho minha mulher. Ela tem um filho para criar, e depois, poderemos ter mais filhos não poderemos?
Sim, poderão.
Se tem mesmo que ser, eu escolho Ginevra.
O médico assentiu e voltou a entrar na sala deixando para trás um Draco corroído pela dor e pelo desespero
"Como vou dizer a Ginevra que matei nossa filha! COMO!"
Não sabia como ia dar aquela notícia á esposa. Não sabia nem queria imaginar como ela ia reagir. Não podia ter-lhe dado pior prenda de Natal do que aquela, a perda de uma filha.
Os minutos seguintes foram horríveis para Draco, mas o médico voltou novamente e disse:
Pode ir ver sua mulher, ela está a acordar.
Nunca lhe custara olhar tanto para a esposa a acordar, sabendo que teria que lhe dar a terrível notícia.
Draco….o que se passou?
Entraste em coma de repente. – Respondeu ele sentando-se ao lado dela e passando a mão na face dela.
O que se passa? Está tudo bem, eu já acordei.
Me perdoa Ginevra, mas não estive escolha.
O que estas a dizer Draco?
O médico disse que não vos conseguiria salvar ás duas, e eu tive que escolher. Eu lamento tanto meu amor.
Tu escolheste-me? Tu….tu….
Eu matei nossa filha.
Ginny sentiu a dor profunda na voz do marido e em seguida as lágrimas escorriam livres na sua face. Sentou-se de modo a ficar com os olhos á altura dos olhos cinzas do marido.
Draco…. – Murmurou ela abraçando-se a ele.
Eu lamento Ginevra, eu não queria escolher, eu não queria ter que fazê-lo.
Eu sei….eu sei que foi complicado, mas podias ter escolhido ela.
Tens um filho que precisa de ti, eu preciso de ti. Eu pensei….pensei que depois podíamos ter mais filhos.
Nenhum vai compensar esta.
Eu sei. – Disse ele apertando-a com força ao seu corpo. – Espero que me perdoes.
Ela afastou-se dele por momentos e disse:
Foste obrigado meu amor, eu também não sei o que faria se estivesse no teu lugar, provavelmente o mesmo.
Em seguida puxou o marido pelo colarinho beijando-o com calma, apenas sentindo os lábios dele de encontro aos seus.
Quando se afastou dele encostou a cabeça ao peito dele, e ouviu dizer:
O pequeno não vai entender, como lhe vou dizer.
Eu explico. Não te preocupes. Tudo vai correr bem.
Apertou as mãos em roda da cintura do marido e sentiu o coração dele bater forte no seu peito.
Mais uma vez abortara. Mas desta vez a dor fora maior, afinal faltava menos de um mês para a menina nascer, e agora….agora ela não iria nascer mais….não iriam mais ter uma filha……Ginny não sabia o que pensar, por isso fechou os olhos tentando esquecer a dor que dilacerava seu coração.
Fim do 11º capitulo
N/A: Pois, eu avisei que era um capitulo dramático, espero que não tenham chorado…..mas espero que tenham gostado.
Antes de mais, os agradecimentos:
Kika: sim, um dos teus capítulos favoritos, dose dupla de Drama. Bem…deu a Buffy……apareceu o Spike….ah aquilo sim é um Homem…..um GRANE Homem…tb quero um daqueles. É isso……comenta e tal! Jinhos!
Mione G. Potter RJ: porquê a Alyne! Porque não outra pessoa…..que razoes a Alyne teria para fazer mal a eles! Nenhuma…pois tá claro. Bem eu prometo que daqui a poucos capítulos eu conto tudinho. Espero que mesmo assim tenhas gostado, apesar de ter sido dramático este capítulo. JINHOS!
G.W.M: é…gostaste do meu ataque de crueldade! Provavelmente não. Mas pronto. Matar! Não achas que já matei muita gente! Mas pronto, ainda falta uma pessoa……Jinhos!
Miaka: é….eu sou sádica, eu admito. Fazer os outros sofrer, é meu passatempo favorito. Nojenta! Alyne não é nojenta, ela não é má…..ela não é……mas pronto, espero que tenhas gostado do capitulo, mesmo assim. Jinhos!
Carol Malfoy Potter: porquê matar a Alyne! MAS QUEM DISSE QUE A ALYNE É A CULPADA! Eu não fui……e só o que eu digo é certo. Mas pronto, espero que tenhas gostado de todo este drama. Jinhos!
Kirina – Li: não, não posso fazer dois capítulos seguidos sem drama….não está na minha natureza. Mas vê só quem fala……para quem esta a pensar num final nada agradável, não pode refilar da fic dos outros, ouviu mocinha! Estou a brincar. Espero que tenhas gostado do drama. Jinhos!
Paulinha Malfoy: é claro que todo o romance precisa de drama…..ajuda a tornar o amor mais forte, ou senão, acaba com o amor de vez. Pois é isso….espero que lá no fundo até tenhas gostado do capítulo. Jinhos!
Tamy Black: MAS AFINAL QUAL É O MAL DA ALYNE! O QUE ELA FEZ! EU NÃO PRECEBO! Mas é isso….eu sou muito má…..espero que tenhas tido tempo para recuperar do choque do ultimo capitulo, para teres podido ler este. Jinhos!
KatieRadcliffe: bem, ou era o bebé ou era ela. Ele tinha que escolher. Espero que tenhas gostado….jinhos!
Nathoca Malfoy: não odeies a Alyne. Afinal porque a odeias! Quem te disse que ela é que é má…..ninguém disse. Não deves de tirar conclusões precipitadas de um livro apenas pela sua capa. Mas espero que tenhas gostado do capítulo. Jinhos!
Alexa: eu não sou MUITO mazinha, só o suficiente para vos meter a chorar. Exagero meu, ninguém chora por causa do que escrevo. Bem, a Alyne, mas porquê a Alyne? Quem disse que é ela! Porque pensam todas na Alyne? Que coisa, ela é apenas a mulher do Potter, quem disse que ela é má Jinhos!
Mystica Malfoy: tens mesmo a ceteza que ela está envolvida no que aconteceu com a Ginny! Pensa bem, não te enganes. Esperoque tenhas gostado do capitulo….e quando tiver um tempinho eu voiu ler tua fic. Jinhos!
Bem pessoal, esta era a tão anunciada e temida morte. A da filha deles. Agoa só falta UMA morte. E de quem será Quem quer tentar adivinhar! Hum, acho que não conseguem adivinhar mesmo.
Esperem para ver.
Já sabem…..comentem…..mas COMENTEM muito.
Ah quem ainda não leu minha NC (é D/G) pode ler….chama-se APENAS UMA AVARIA!
Leia e comente.
Ate ao próximo capitulo….jinhos!
