-
-
-
- Bom... é que... – a franja cobriu seus olhos castanhos. – eu tive um pesadelo...
- ... – Mirok apenas concordou com a cabeça, sério, esperando-a continuar.
- E foi... com você. – o monge arregalou os olhos, perplexo.
- C-comigo? – Sango limitou-se a assentir com a cabeça, a franja ainda tomando conta de seus olhos.
- Eu via você morrer... bem na minha frente. Eu acabei ficando desesperada... e... – antes que ela continuasse, sentiu a mão dele pousar em sua cabeça, delicadamente. Ao levantar o olhar, viu um sorriso singelo no rosto do monge.
Aquele sorriso...
- Ei, Sango... – ele tinha a voz suave e divertida. – eu não vou morrer... pelo menos, não antes de lhe dizer tudo.
- N-nani? – sua voz não passou de um sussurro. A exterminadora sentiu a mão dele deslizar para o seu rosto. Sua face esquentou ao perceber que o monge estava aproximando cada vez mais seus rostos.
- T-tudo o que? – ela murmurou.
- Tudo... que... – ele foi parando de falar, porque naquele momento seus lábios estavam muito próximos. Ambos tinham os olhos fechados. Seria possível que aquilo não passava de um sonho...?
- Socorro, houshi-sama! – o casal teve que se afastar, centímetros antes de se beijarem. – tem um youkai atacando o vilarejo! – a garotinha esganiçou-se. Sango segurou com firmeza o osso voador, mas sentiu a mão de Mirok sobre a sua que estava no bumerangue.
- Volte para a casa da senhora Kaede e não saia de lá. Você ainda não pode lutar, Sango.
- Mas... – ele deu um beijo no rosto dela, sem saber o quanto fez o coração da jovem bater rápido naquele momento. A garotinha, que os observava, corou ao ver tal cena.
- Mirok...
- Até daqui a pouco, Sango - O monge saiu acompanhando a criança. Sango observou-o sumir de vista, ainda surpresa pelo ato do rapaz.
OoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoO
A exterminadora olhou para a porta da cabana, cansada de ficar ali. Já fazia um tempo que Mirok saíra para acabar com o youkai e ainda não havia retornado. Será que ele havia se machucado? Lie... Ele voltaria para fazer curativos ou algo assim...
Ou será que não?
Decidida, Sango levantou-se, pegando o osso voador, vestiu sua roupa de exterminadora e saiu da cabana. O vilarejo estava tão calmo que um pequeno barulho fez Sango virar-se rapidamente, preparada para usar sua arma, mas encontrou apenas um montinho de terra. Não era preciso pensar muito para saber que aquilo era um tumulo.
Sem dúvida, aquele era o youkai que a menina estava falando mais cedo. Pelo menos sabia que Mirok matara o monstro.
- Mas então onde será que ele se meteu? – Sango perguntou-se, começando a andar novamente. Já estava começando a entrar na floresta do Inuyasha e isso estava começando a preocupa-la... Alguns pássaros passavam por cima de sua cabeça, cantarolando e logo seus ouvidos captaram o som de vozes.
- "Quem será que está aqui na floresta do Inuyasha?" – seus passos rápidos começaram a se transformar em uma corrida... Precisava ter certeza de que aquela voz era mesmo de quem achava que era. Parou abruptamente atrás de alguns arbustos, sua respiração era ofegante... E seus olhos estavam arregalados...
- Mirok...
- Foi realmente muito agradável ficar com o senhor. – a camponesa comentou, sorrindo e pegando a cesta – que estava no chão – com alimentos. O houshi sorriu de volta.
- Digo o mesmo.
- Até mais, houshi-sama.
- Ei, espere, antes de ir... quero lhe fazer um pedido. – Sango segurou o osso voador com mais força.
- Eu já aceitei o seu pedido, esqueceu- a exterminadora sentiu os olhos arregalarem mais uma vez.
- Ah, é mesmo n.n'Então, ja ne.
- Ja ne - Mirok observou a camponesa sumir de vista e viu alguém de costas, quase indo embora também. Conhecia aquela pessoa...
- Sango...?
- Não. É o Shippou que está aqui. – sua voz soou tão fria, que assustou Mirok. Ele se aproximou, cautelosamente.
- O-o que foi, Sango?
- Não foi nada. – ela já estava se retirando dali, quando sentiu a mão dele segurar seu pulso. Por que ele fazia isso...?
- Ora, não tente mentir, Sango. Você é péssima nisso... – ela cerrou o punho, e desvencilhou-se bruscamente da mão dele, virando para encara-lo com raiva nos olhos.
- Você quer saber, não é? Então, ótimo! Eu estava morrendo de preocupação com você e quando saio pra te procurar, te encontro com uma camponesa...
- Sango-
Falando que adorou o tempo que ficou com você e que aceitou o seu pedido! – Mirok estava começando a ficar com medo. – e você ainda me pergunta o que aconteceu!
- Mas, Sango-
- Cale-se que eu ainda não acabei! E então? Quer que eu dê um sorriso idiota e diga que está tudo bem?
- O.O
- Agora pode ir atrás daquela camponesa, porque eu não quero mais olhar pra sua cara! – Sango começou a dar seus passos para ir embora, mas Mirok ainda tentou impedi-la, segurando novamente seu pulso.
- Não toque em mim! – um estalo pode ser ouvido e Mirok tinha uma marca típica no rosto. Sem esperar qualquer palavra ou gesto dele, a exterminadora saiu correndo, pisando nos gravetos e folhas, sem se importar com nada... Nem com o chamado de Mirok.
- Ei, Sango! Você entendeu errado!
Tarde demais. Ela havia sumido de vista... O monge tocou a marca no seu rosto. Daquela vez ela realmente estava com raiva... Só não entendia o por que... Realmente não havia entendido nada... Mas nunca havia visto Sango lançar-lhe um olhar tão furioso...
- Eu não consigo entender as mulheres -.-" Elas são um bicho totalmente esquisito pra mim -.-'
OoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoOOoOoO
Sango corria por entre as arvores, não dando importância para os pequenos arranhões que levava no rosto, devido aos galhos das arvores.
Seus olhos estavam rasos de lágrimas.
Mirok só podia estar brincando... por que ele fazia aquilo! Ele estava brincando com seus sentimentos...
- "Mas então... por que ele me disse aquilo...?" – ela parou de correr, com a franja cobrindo seus olhos. O osso voador chegava a tremer, por causa de sua mão que também tremia, não sabia se era raiva ou tristeza...
Flashback
- Eu não vou morrer... pelo menos, não antes de dizer tudo a você.
- N-nani? – sua voz não passou de um sussurro. A exterminadora sentiu a mão dele deslizar para o seu rosto. Sua face esquentou ao perceber que o monge estava aproximando cada vez mais seus rostos.
- T-tudo o que? – ela murmurou.
- Tudo que... – ele foi parando de falar, porque naquele momento seus lábios estavam muito próximos.
Fim do flashback
Uma lágrima deslizou pelo seu rosto, suavemente.
- Volte para a casa da senhora Kaede e não saia de lá. Você ainda não pode lutar, Sango.
- Mas... – ele deu um beijo no rosto dela, sem saber o quanto fez o coração da jovem bater rápido naquele momento.
Outra lágrima veio fazer companhia ao seu rosto...
- Ei, espere, antes de ir... quero lhe fazer um pedido. – Sango segurou o osso voador com mais força.
- Eu já aceitei o seu pedido, esqueceu- a exterminadora sentiu os olhos arregalarem mais uma vez.
- "Mas que droga... por que estou pensando nisso? Desde o começo eu sempre soube que ele era assim... por que... e por que estou chorando?" – ela ergueu os olhos, sem tentar esconder as lágrimas tão persistentes. Um barulho pode ser ouvido e ela viu um youkai aranha vir em sua direção. Seus olhos se estreitaram e segurou o hiraikotsu com firmeza.
- Você não imagina o quanto eu queria descontar a minha raiva em alguém! – a aranha ainda conseguiu lançar uma teia, que ficou no chão, antes de ser cortada em pedaços pelo osso voador. Os pedacinhos do youkai caíram no chão, com estrepito, fazendo o cabelo de Sango balançar com o vento.
Raiva. Era a única coisa que se podia detectar na face da jovem.
Com um movimento rápido, Sango retirou sua espada da bainha e enterrou-a numa parte do youkai que se mexia.
- Baka. Quem mandou aparecer no meu caminho. – esse murmúrio foi levado junto com a brisa que balançou as copas das arvores. Ela olhou de esguelha para trás. Havia algo no chão... Teia de aranha. Seus olhos se estreitaram... aquela teia lhe era familiar...
- Mirok! – ela tinha os pulsos e os tornozelos presos por teias de aranhas na árvore, não podia se mexer. Sango viu seu amado ser atacado pelo youkai, caindo no chão. Ele já estava totalmente ferido, e agora, tinha sangue descendo pelo lado de sua cabeça. Sango sentiu lágrimas começarem a se formar em seus olhos, fazendo caminhos por sua bochecha.
- Pare, Mirok! – ele fingia não escutar, e se levantou novamente, com muito esforço, apoiando-se em seu bastão. Lentamente, o monge voltou seu olhar para a exterminadora presa na árvore. Já em pé, ele lançou seu bastão contra ela, cortando as teias que prendiam seus pulsos. Sua respiração era ofegante, mas mesmo assim ele sorriu. Sango arregalou os olhos ao ver tal cena.
- Adeus... Sango...
Sango arregalou os olhos ao ter aquela lembrança. Lentamente, foi afrouxando o aperto na espada e no hiraikotsu. Seu coração começou a disparar...
- Mirok... – sem hesitar, guardou a espada na bainha e segurou o osso voador firmemente, enquanto começava a correr na direção em que viera.
Continua...
Olá
Não tenho muito o que dizer, apenas muito obrigada pelas reviews! Fico muito, muito feliz que estejam gostando da fic n.n Só espero que continuem lendo o/
E por favor, deixem reviews, ok? n.n
Ja ne!
Kiyuii-chan
