Capítulo 4
Inu-Yasha suspirou e ligou o motor.
"Aquele Miroku... Ele me paga!"
Olhou para o banco de passageiros, onde aquela garota de cabelo preto estava sentada. Encostada na porta ela olhava por onde devia estar a janela, já que era um carro conversível. No banco de trás, Sango e Miroku estavam sentados, perto de mais um do outro.
"Bom, pelo menos amanhã é sábado..."
Soltando mais um suspiro, Inu-Yasha pegou o caminho para casa dele.
***
O caminho até a casa dele pareceu durar horas para Inu-Yasha e Kagome. Mas não para Sango e Miroku, que conversavam animados no banco de trás. Conversar animados não significa conversar alto, sendo que Inu-Yasha não ouvia nada do que eles falavam.
Ele tirou o boné de cima das orelhinhas e sentiu o vento batendo nelas. Inu- Yasha ouviu a garota ao lado dele resmungar alguma coisa.
- O que você disse? - gritou ele para ser ouvido com o vento que levava as palavras embora.
- Que não estou feliz por você ter mentido para mim! - gritou ela de volta.
- Eu não menti para você! - disse ele, tentando se fazer ouvir.
- Você me disse que não tinha namorada, cinco minutos depois aparece aquela garota e te trata como se fosse sei-lá-o-que e ainda fala que você foi na casa dela!! E VOCÊ AINDA FALA QUE NÃO TEM NAMORADA?!?!
Inu-Yasha olhou confuso para ela antes de se lembrar que estava dirigindo e ter que olhar para frente.
- Aya não é minha namorada! É só minha amiga!!
- Suas amigas costumam te beijar?!
- Eu só tenho quatro pessoas que eu posso confiar no mundo inteiro! É natural que elas se sintam mais intimas de mim por causa disso!
- E eu só tenho duas pessoa no mundo inteiro!! E nunca vi uma delas antes! Do que você está reclamando?!
- Não estou reclamando! Estou te explicando que a Aya não é MINHA NAMORADA!!
- Não grite comigo!! Não te dei esse direito!
- Não estou gritando! Estou me fazendo ser ouvido!!
- ESTÁ SIM!!
Inu-Yasha faz uma curva para a direita e Kagome caiu em seu colo. No banco de trás, Sango e Miroku caíram um por cima do outro.
Kagome apóia na perna dele para levantar e, propositalmente, faz uma pressão desnecessária, machucando a perna de Inu-Yasha.
- Ai! Você acabou de machucar a minha perna!
- Não é minha culpa se você é fracote!!
- Não grite comigo você também!!
- Não estou gritando, estou me fazendo ser ouvida!! - disse ela numa imitação perfeita do tom de voz dele.
Inu-Yasha ignorou a garota impertinente e olhou emburrado para o buraco que estaria a janela, se aquele carro tivesse janelas, evitando olhá-la.
Depois de um tempo mais de viagem, ele brecou o carro com força. Kagome quase foi jogada para fora do carro, mas Miroku segurou Sango para ela não se machucar.
Inu-Yasha deu de ombros sob o olhar fuzilante de Kagome.
Entraram no prédio em silêncio.
Subiram no elevador em silêncio.
Caminharam pelo corredor em silêncio.
Até que Miroku não agüentou mais tanto silêncio e começou a falar:
- É, olha... E nós vamos fazer o que?
- Não sei - respondeu Inu-Yasha com raiva.
- Não quero saber - respondeu Kagome do mesmo jeito.
- Tudo bem então...
Então Miroku vira para o lado e dá de cara com sua mãe.
- M-m-mãe? Eu p-pensei que você estivesse trabalhando!
- Olá, filhinho. Matando aula de novo?
- N-não, é que... a escola está... está fechada, por que... é, bem...
Ela olha para Inu-Yasha e ele revira os olhos.
- Eu já disse para me avisar quando for matar aula...
Vira para trás e tranca a porta de casa. Suspirando diz:
- Bom, então até amanhã. Você não vai dormir em casa hoje, vai Miroku? Aposto que você tem coisas mais interessantes - disse lançando um olhar de canto de olho para Sango - para fazer do que cuidar do seu irmão.
Ela guarda a chave na bolsa e vai embora, sem antes dirigir a palavra aos outros três:
- Cuidem bem do meu filhinho delinqüente.
Pôs a mão no ombro de Inu-Yasha e sussurrou em seu ouvido:
- Lembre-se do nosso trato. Você cuida dele.
- Pode deixar - sussurrou Inu-Yasha de volta.
Miroku espera sua mãe entrar no elevador e saca do bolso uma chave. Avançando para a porta da casa do Inu-Yasha, ele coloca a chave e começa a girar. Inu-Yasha segura o braço dele e o empurra para o lado.
- Minha casa!
Miroku dá de ombros e se afasta para Inu-Yasha abrir a porta. Inu-Yasha põe a mão na maçaneta e é puxado para dentro pela porta que ia se abrindo.
Ele levanta os olhos, pronto para brigar com quem quer que estivesse na casa dele e dá de encontro com o peito forte de seu irmão.
- Irmãozinho... Você matando aula? - ele passa os olhos pelo corredor e só vê Kagome lá parada. Aparentemente, Miroku puxou Sango para trás da lata de lixo ali do lado. Sesshou-Maru pode sentir o cheiro dos dois, mas para que ele ia estragar a chance de brincar um pouco com o irmãozinho querido dele? - E com uma garota ainda por cima? - diz olhando para Kagome. - Eu esperava isso do Miroku...
Rin surge atrás dele e dá um tchauzinho silencioso para os dois.
- Vem cá - diz Sesshou-Maru passando os braços pelo pescoço de Inu-Yasha. - Você não é novo demais pra fazer isso? - sussurra ele se referindo a Kagome.
- Não - diz Inu-Yasha normalmente. - E você não é velho demais pra ela? - sussurra ele apontando para Rin.
Sesshou-Maru bate na cabeça dele e sai de casa.
- Bom... não. Agora, se nos dá licença, temos coisas pra fazer. Vamos, Rin.
Rin saiu atrás dele e deu um tchau alegre para Inu-Yasha e uma piscada para Kagome.
Sesshou-Maru ia entrando no elevador e se lembrou de uma coisa. Então falou:
- Miroku, é melhor você e sua amiga saírem daí. Depois eu não quero minha casa cheirando a lixo.
Miroku levantou envergonhado e deu um tchauzinho para os dois perto do elevador.
Rin retribuiu o gesto, mas Sesshou-Maru suspirou e revirou os olhos.
- Tchau Miroku... - disse ele e entrou no elevador com Rin.
Miroku voltou constrangido para perto de Inu-Yasha de novo. E Sango veio logo atrás dele.
- Miroku, Miroku... Você é burro mesmo. Quantas vezes eu já disse que o nariz do meu irmão é melhor que o meu?
- É, mas eu fui me esconder atrás do lixo. Achei que o cheiro de lixo fosse confundir o nariz dele.
Inu-Yasha suspirou. Miroku nunca ia entender... Ninguém conseguia se esconder de Sesshou-Maru.
- É, mas dava pra ouvir seu coração batendo.
Inu-Yasha abriu a porta antes que Miroku pudesse responder.
Os quatro entraram na casa e Inu-Yasha trancou a porta. Apesar de ser dia, a casa estava totalmente escura. Quando Inu-Yasha fechou a porta, a pouca claridade que vinha do corredor se esgotou e eles ficaram no escuro total.
- Uau! - sussurrou Kagome. - Sempre quis fazer isso com o meu quarto.
Ela foi tentar um passo para frente, mas esbarrou em Inu-Yasha e os dois caíram no chão.
Inu-Yasha bateu a cabeça com força no chão e Kagome bateu a cabeça com força no peito dele.
Miroku acendeu a luz no interruptor do lado da porta. Ele e Sango não puderam evitar de rir com a visão de Kagome e Inu-Yasha embolados no chão. Inu-Yasha esfregando a cabeça e Kagome socando o peito dele.
- Idiota, idiota, idiota - cada vez que falava, Kagome batia nele.
Inu-Yasha segurou os pulsos dela e os afastou do alcance dele.
- Nada de bater em mim. Ninguém faz isso.
Nada de me chamar de Inu. Ninguém me chama assim.
Por um momento Kagome ficou olhando para ele. Agora ela tinha reparado com a voz desse garoto era parecida com a do Inu-Yasha.
Inu-Yasha, estranhando ela ficar tanto tempo parada, assoprou no rosto dela. Ela pareceu acordar. E acordou tão bem que deu mais um soco nele, um de verdade, fazendo Inu-Yasha cair no chão de novo, puxando ela junto.
***
Kagome já tinha perdido a conta de quantos filmes eles assistiram.
Sango, já estava dormindo no colo de Miroku, que parecia extremamente feliz com a proximidade da garota. Não desgrudava os olhos dela, e nem o corpo.
Só Inu-Yasha e Kagome prestavam atenção no filme. Na verdade, só Inu-Yasha prestava atenção no filme. Kagome estava mais interessada em olhar a casa ao redor dela.
O oposto exato da casa dela. A parede da sala dela era em tons pastéis, o que causava uma sonolência incontrolável. A dessa casa era totalmente diferente. Uma das paredes era vinho, duas outras eram brancas, e a oposta à parede vinho era feita de janelas que ocupavam a parede inteira. Janelas? Como podia ter janelas se quando eles entraram estava tudo escuro? Bom, cortinas extremamente poderosas impediam qualquer raiozinho de Sol entrar.
Uma das paredes brancas era cobertas por quadros abstratos e esculturas que pareciam derretidas. A outra tinha muitas fotos penduradas em porta- retratos. Uma das fotos chamou a atenção dela. Parecia um casal com dois garotinhos. Uma família. Kagome levantou do sofá para olhar mais de perto.
Um homem com compridos cabelos brancos presos em um rabo de cavalo estava abraçado com uma mulher bonita. Na frente dos dois, dois garotinhos faziam careta para a câmera. Um deles, o mais velho, com um cabelo branco médio, também em um rabo de cavalo. O menor, com cara de quem dava mais trabalho, com orelhas de cachorro saindo de trás da franja.
Kagome esticou o braço para tocar o vidro do porta-retrato.
Inu-Yasha pulou do sofá em direção a ela e pôs a mão entre a dela e a foto.
- Ai! - soltou Kagome com o susto que levou.
Inu-Yasha segurou firme a mão dela e a virou com mais força do que o necessário.
- Não – mexe – aí - disse ele estreitando os olhos.
Kagome estreitou os dela também e o encarou tentando não piscar. Seus olhos se encheram de lágrimas mas ela não piscou. Inu-Yasha sorriu diante do esforço inútil da garota.
Kagome acabou piscando antes.
Inu-Yasha alargou o sorriso e depois voltou à expressão sem sentimento do rosto.
- Miroku, pára de fingir que está dormindo e acorda a Sango.
Miroku fingiu acordar e olhou para Inu-Yasha. Desviou o olhar ao ver o amigo encarando Kagome de novo. Muito contrariado, ele acordou Sango da forma mais gentil possível e a fez se endireitar no seu colo.
Inu-Yasha e Kagome ainda não tiraram os olhos um do outro, tentando se encarar de novo.
Inu-Yasha apertou o botão do controle remoto que estava na mão dele e a sala ficou inteira escura de novo.
Kagome continuou olhando para onde achava que os olhos dele estavam. Inu- Yasha fez a mesma coisa. Ficaram no escuro por mais um bom tempo, até Miroku atravessar a sala e acender a luz de novo.
Inu-Yasha percebeu que um dos dois tinha se mexido no escuro, já que agora eles estavam a centímetros.
- Ahn... - começou Miroku de um jeito incriminador. - Agora eu entendi por que você desligou as luzes... Olha, se nós estivermos atrapalhando, eu e Sango vamos para a minha casa. É aqui do lado - disse ele apontando para a porta.
- Não, obrigada - disseram Kagome e Inu-Yasha ao mesmo tempo, sem desviar os olhos. Aparentemente, aquele que parasse de encarar o outro primeiro perdia.
- Então tuuuuuudo bem - disse Miroku voltando para o sofá. - Sango, você não quer comer alguma coisa?
Sango, que tinha acabado de acordar, balançou a cabeça positivamente.
- Então vamos para a cozinha - e, virando-se para Inu-Yasha e Kagome acrescentou: - Vocês podem ficar aí enquanto eu assalto a geladeira.
Inu-Yasha viu Miroku ir para a cozinha e não se mexeu. Kagome idem.
Ficaram se encarando por uns dois minutos mais, quando o estômago dos dois roncou de fome.
- Ei... - começou Inu-Yasha. - Eu proponho uma...
- Trégua? - perguntou ela esticando a mão. - Aceito.
Inu-Yasha apertou a mão dela e reparou como era bom. Kagome sentiu a mesma coisa.
Inu-Yasha não soltou a mão de Kagome até Miroku aparecer da cozinha e perguntar:
- Vocês têm certeza que não querem que eu e Sango não vamos embora?
Inu-Yasha bateu nele e foi para a cozinha.
***
Estavam os quatro sentados na mesa da cozinha de Inu-Yasha sem fazer nada. Todos morrendo de fome.
Miroku, não agüentando mais a fome, vira-se para Inu-Yasha e fala:
- Vai fazer alguma coisa pra gente comer...?
Inu-Yasha, contrariado vai até a geladeira e grita com a cabeça lá dentro:
- O que vocês querem?
- Bife - respondeu Miroku. Em seguida acrescentou: - Ele cozinha que é uma maravilha.
Kagome fez um bico e se lembrou das suas habilidades na cozinha: nulas.
- Bom, é o que não vamos ver...
***
- Aas ifso tá ótioo! - falou Miroku de boca cheia.
- Ah é? - perguntou Inu-Yasha do fogão. - Que bom.
Sango experimentou o dela e concordou com Miroku.
- É sim! Está uma maravilha!
Inu-Yasha trouxe o prato de Kagome e colocou na frente dela. Sentou-se bem na sua frente e ficou olhando para ela com um sorriso desafiador.
Kagome cortou um pedaço da carne e parecia com receio de colocá-lo na boca.
Inu-Yasha se levantou e falou no ouvido dela.
- Não se preocupe. Não envenenei nada dessa vez.
E voltou para o fogão dando risada.
Kagome fez uma cara feia, mas mesmo assim comeu um pedaço do bife.
Era melhor do que ela tinha imaginado. Muito melhor.
- Então...? - perguntou Inu-Yasha, trazendo mais dois pratos para a mesa.
Kagome engoliu ruidosamente o mais devagar que conseguiu. Depois falou:
- É... Tenho que admitir que não é ruim.
- Ah... Qual é? - perguntou Miroku. - É ótimo!! Você precisa me ensinar a fazer!
Inu-Yasha piscou pra ela e disse:
- Viu? E você ainda está viva.
Miroku ia avançar para os outros dois pratos que Inu-Yasha tinha posto na mesa quando Inu-Yasha bateu com a colher de servir salada na mão dele.
- Esses não são pra você, houshi.
- Ai! Pra quem são, cachorrinho?
Respondendo a pergunta de Miroku, a campainha toca.
Inu-Yasha tira o avental com desenhos de cozinheiros e vai atender a porta, sem antes falar:
- Não deixem ele comer!
Miroku pára no meio do movimento e cruza os braços, emburrado.
Inu-Yasha abre a porta e dá de cara com Aya.
Ela usava um vestido realmente curto, e os cabelos soltos fazendo voltas nas pontas. Ela estava um tanto vermelha, como quem correu bastante. Mas Inu-Yasha não viu suor nenhum.
- Cadê o...
Inu-Yasha olha para o braço dela e vê pendurado lá o irmão menor de Miroku.
- Oi, Shippou - diz esfregando a cabeça dele. - Oi Aya - diz ele estendendo a mão para apertar a dela. Ela não vê o gesto e beija Inu-Yasha na bochecha. Ele ignora e continua: - Jantar na cozinha.
- Ahn... Acho que não podemos aceitar.
- Eu aceito! - interrompe Shippou, correndo para a cozinha.
Inu-Yasha se afasta para ela entrar.
- Bom, então acho que vamos comer alguma coisinha...
- Fiquem à vontade! Você e Shippou são mais bem vindos aqui do que Miroku - nesse segundo, Inu-Yasha ouve o barulho de um prato quebrando. - Bom, pelo menos você é.
Ela sorri e se dirige para a cozinha, onde Kagome limpava os cacos do prato no chão, Sango dava risada e Shippou culpava Miroku pelo prato quebrado.
Inu-Yasha se ajoelha no chão para recolher os cacos.
- Deixa que eu faço isso - disse ele se dirigindo à Kagome.
- Não, eu... Tudo bem então.
Eles recolhem os cacos e jogam fora enquanto Aya a Shippou comiam.
Kagome volta para a mesa e Inu-Yasha para o fogão. Ele faz mais dois bifes e coloca os pratos no microondas.
Shippou quebra mais um prato, poupando Inu-Yasha de ter que lavar dois outros pratos.
Inu-Yasha vai lavar a louça e Kagome estranha que ninguém se oferece para ajudá-lo.
- Ahn... Quer ajuda? - ela pergunta da mesa.
- Que? - pergunta Inu-Yasha lutando com o detergente. - Não precisa, pode deixar.
A bucha sai voando da mão dele, Kagome levanta e a pega no ar.
- Acho que eu não posso deixar não.
Ela entrega a bucha pra ele e arregaça as mangas do uniforme.
- O-obrigado, então.
Eles terminam de lavar a louça e sentaram de novo na mesa.
Todos suspiraram ao mesmo tempo.
- Vamos fazer o que? - perguntou Miroku.
- Apresentações - disse Inu-Yasha.
- O que?
Inu-Yasha levantou da mesa e puxou Aya e Shippou com ele.
- Esse é a Aya, irmã - Miroku chacoalhou os braços - gêmea do Miroku.
Sango olhou bem pra ela e depois olhou para Miroku.
- Eles têm alguma coisa em comum, mas eu não sei o que é...
- Eu sei o que é - disse Inu-Yasha num suspiro. - O jeito conquistador.
Miroku fez pose e Aya corou.
- Vai falar que não é verdade? - disse Inu-Yasha olhando pra ela. - De quantos caras você já virou a cabeça?
Ela corou mais ainda e abaixou a cabeça.
Miroku estufou o peito e comentou:
- Eu ensinei tudo que ela sabe.
Aya levantou a cabeça e comentou:
- Por isso que eu sou tão infeliz...
Todos riram, com exceção de Miroku, que deu um grunhido.
- E esse, é o Shippou - disse Inu-Yasha, levantando o braço em que Shippou estava grudado. - Irmãozinho do Miroku, também - ele balançou o braço tentando fazer o pequeno desgrudar. - Parece que passaram cola nele quando era pequeno.
Shippou olhou para os outros em volta dele e viu Kagome sentada. Ele rapidamente desistiu de grudar em Inu-Yasha e pulou pra cima da mesa.
- Muito prazer - disse ele fazendo uma reverência para Kagome. - Meu nome é Shippou. Mas você pode me chamar de Shippou-chan, se quiser.
- Bonitinho - disse Kagome apertando a bochecha dele.
Inu-Yasha sentiu um formigamento no peito. Resolveu ignorar.
- Ok, essa é a Sango - disse apontando para ela - nova namorada do Miroku.
Miroku e Sango coraram.
- E essa é a...
Nisso o telefone toca.
- Só um segundo. Vocês podem continuar aí.
E vai atender.
Ninguém fala nada até Inu-Yasha voltar.
- Quem era? - perguntou Miroku assim que Inu-Yasha entrou de novo na cozinha.
- Que eu saiba, Miroku, essa casa é minha e eu não tenho que te dar satisfação nenhuma - disse ele sentando de novo na mesa.
E ninguém falou nada, até Inu-Yasha falar:
- Meu irmão.
- Que? - perguntou Miroku.
- Era o meu irmão no telefone.
- Pensei que você não ia dar satisfação.
- Não estou dando satisfação, estou respondendo uma pergunta!
- É a mesma coisa - disse Miroku, emburrado.
- Ahn... - cortou Kagome, antes que Inu-Yasha pudesse berrar de novo. - O seu irmão era aquele que a gente viu saindo? Aquele que falou para o Miroku sair de trás do lixo?
- É, ele é meu irmão.
- E o que o She queria? - perguntou Aya.
Inu-Yasha e Miroku olharam abismados para ela.
- S-she? - gaguejou Miroku.
Aya deu de ombros.
- Ele disse que vai chegar tarde, só isso - respondeu Inu-Yasha.
Mais um suspiro geral.
- E... - Miroku perguntou olhando para o relógio e vendo que já eram 9 horas. - O que nós vamos fazer?
Ninguém respondeu, já que ninguém tinha idéia nenhuma.
Até que Shippou, que estava sentado em cima da mesa, levanta e grita:
- Festa do pijama!!! ____________________________________________________________
07/03/04 Naraku: Bom... Esse capítulo saiu muito rápido! Eu tive um surto de criatividade... Não sei se é sorte ou azar de vocês. Mas agora minhas provas entram em carga maior e eu vou ter que estudar... Mas ainda assim consigo estudar meia hora e escrever o resto dia... Espero não demorar com o próximo capítulo, por que eu estou esperando para escrevê-lo faz um tempão! Yura que o diga. Agora as reviews: (eu já agradeci por terem mandado?)
Stefania: Bom, se vai demorar muito eu não faço a mínima idéia... posso dizer que sim, se eu enrolar. Mas vou tentar encurtar... Já cortei tanta coisa que estava organizada na minha cabeça... Bom, e valeu pelos elogios!
Keiko: Ok, vou perguntar pra Chefinho se ela lê. E sobre o Inu-Yasha e a Kagome serem dois bakas e não se tocarem, na verdade quem é baka sou eu, por enrolar tanto... Bom, valeu, valeu... Eu tô morrendo de sono, essas respostas vão sair uma porcaria...
Natsu: Já que você falou, eu vou falar também: Oi! ^-^
Lilyzinha: Acho que hoje as notas não vão estar engraçadas... Já que assisti Inu-Yasha ontem e acordei cedo... Tô dormindo em pé... Bom, mais uma boa ação para que você pode acrescentar na minha lista: oras, eu escrevo Trotes! E acho que vocês estão gostando, então acho que posso considerar essa.
Ale: Na verdade... é a Rin que quer que o Sesshou-Maru tenha orelhas como as do Inu-Yasha, já que elas são mais fofas, macia e todas essas coisas que as garotas amam... Mas o Sesshou-Maru tem o rabo (eu digo aquilo que vocês chamam de fluffy) dele que, na minha opinião já é fofo o suficiente. Mas eu dei um jeitinho no fluffy que vocês vão ver mais pra frente... Eu sou um mistério.
LP Vany-chan: Ah! A Sango bate nele também... É só ter uma chance... Mas ele nem tá aprontando muito... Preciso fazer os personagens ficarem mais parecidos com eles mesmos no anime ou no mangá. (Liho, lembra do Shippou versão adulta?)
Dhanis: Ainda tenho esperanças que você leia isso... Valeu!
Mel: Bom, valeu!! Vou usar sua idéia como já tinha dito antes! Só que vai ser mais pra frente... (Reparem que tudo é sempre mais pra frente...)
Agora a Yura responde quando acabar o trabalho de arte... Nossa, eu vou bater na professora de arte dela! Quem ela pensa que é pra ficar mandando trabalho pro fim de semana?! Acho que vou enganá-la e fazê-la voltar-se contra mim... Ela seria meu novo giocattolo... Bom, bye!
Naraku (sem comentários sobre os beijos)
08/03/04 – Sinto não ter postado o cap. ontem ou mais cedo... Mas a Yura não terminou o trabalho e ela queria escrever a nota... Eu pensei em enganá- la mas lembre que ela sabe onde eu moro e que aqueles cabelos são afiados...
Yura 09/03/04 Sinto muito pelo atraso 'pessoas-legais-que-cometão-nossa-fic' mais conhecidos com...bem não importa como são conhecidos. Ah! Sobre a minha Professora de Artes – mais conhecida como 'O retorno do retorno da Múmia' bom não importa – Naraku já cuidou dela. As reviews!
Bella-chan: Ainda acho que o Inu-Yasha não é um Deus! Mais deixa quieto. Pela 2ª vez o Miroku não fez nada...ainda. Ah! Sobre a Aya, bom, não posso dizer nada ainda. Concordo com você, se o Inu-Yasha ficar com a Aya, pobre 'K-chan', mas o que pode se esperar do Naraku.
-=|...::Åñ¡ñ|-|ä::.: Obrigada por gostar da nossa fic!!!!
Shampoo Sakai: Kami! Fizemos o Inu-Yasha cabular! Como pudemos?! Aquele Miroku!! Ah! Percebemos sim que você gosta de Ranma!
Carol Nirinho: Na verdade, quem está te deixando doidinha é o Naraku que não faz o Inu-Yasha perguntar o nome dela! Mas aliás, por que tem que ser ele a perguntar o nome dela? Não pode ser a Kagome a perguntar?
ca-chan: O que são esses []'s? São abraços? Taran! Aí está a continuação! (ATRASADAMENTE)
Yura: E vocês? Já cabularam aula?
Ja ne Yura
Bye, Naraku
Inu-Yasha suspirou e ligou o motor.
"Aquele Miroku... Ele me paga!"
Olhou para o banco de passageiros, onde aquela garota de cabelo preto estava sentada. Encostada na porta ela olhava por onde devia estar a janela, já que era um carro conversível. No banco de trás, Sango e Miroku estavam sentados, perto de mais um do outro.
"Bom, pelo menos amanhã é sábado..."
Soltando mais um suspiro, Inu-Yasha pegou o caminho para casa dele.
***
O caminho até a casa dele pareceu durar horas para Inu-Yasha e Kagome. Mas não para Sango e Miroku, que conversavam animados no banco de trás. Conversar animados não significa conversar alto, sendo que Inu-Yasha não ouvia nada do que eles falavam.
Ele tirou o boné de cima das orelhinhas e sentiu o vento batendo nelas. Inu- Yasha ouviu a garota ao lado dele resmungar alguma coisa.
- O que você disse? - gritou ele para ser ouvido com o vento que levava as palavras embora.
- Que não estou feliz por você ter mentido para mim! - gritou ela de volta.
- Eu não menti para você! - disse ele, tentando se fazer ouvir.
- Você me disse que não tinha namorada, cinco minutos depois aparece aquela garota e te trata como se fosse sei-lá-o-que e ainda fala que você foi na casa dela!! E VOCÊ AINDA FALA QUE NÃO TEM NAMORADA?!?!
Inu-Yasha olhou confuso para ela antes de se lembrar que estava dirigindo e ter que olhar para frente.
- Aya não é minha namorada! É só minha amiga!!
- Suas amigas costumam te beijar?!
- Eu só tenho quatro pessoas que eu posso confiar no mundo inteiro! É natural que elas se sintam mais intimas de mim por causa disso!
- E eu só tenho duas pessoa no mundo inteiro!! E nunca vi uma delas antes! Do que você está reclamando?!
- Não estou reclamando! Estou te explicando que a Aya não é MINHA NAMORADA!!
- Não grite comigo!! Não te dei esse direito!
- Não estou gritando! Estou me fazendo ser ouvido!!
- ESTÁ SIM!!
Inu-Yasha faz uma curva para a direita e Kagome caiu em seu colo. No banco de trás, Sango e Miroku caíram um por cima do outro.
Kagome apóia na perna dele para levantar e, propositalmente, faz uma pressão desnecessária, machucando a perna de Inu-Yasha.
- Ai! Você acabou de machucar a minha perna!
- Não é minha culpa se você é fracote!!
- Não grite comigo você também!!
- Não estou gritando, estou me fazendo ser ouvida!! - disse ela numa imitação perfeita do tom de voz dele.
Inu-Yasha ignorou a garota impertinente e olhou emburrado para o buraco que estaria a janela, se aquele carro tivesse janelas, evitando olhá-la.
Depois de um tempo mais de viagem, ele brecou o carro com força. Kagome quase foi jogada para fora do carro, mas Miroku segurou Sango para ela não se machucar.
Inu-Yasha deu de ombros sob o olhar fuzilante de Kagome.
Entraram no prédio em silêncio.
Subiram no elevador em silêncio.
Caminharam pelo corredor em silêncio.
Até que Miroku não agüentou mais tanto silêncio e começou a falar:
- É, olha... E nós vamos fazer o que?
- Não sei - respondeu Inu-Yasha com raiva.
- Não quero saber - respondeu Kagome do mesmo jeito.
- Tudo bem então...
Então Miroku vira para o lado e dá de cara com sua mãe.
- M-m-mãe? Eu p-pensei que você estivesse trabalhando!
- Olá, filhinho. Matando aula de novo?
- N-não, é que... a escola está... está fechada, por que... é, bem...
Ela olha para Inu-Yasha e ele revira os olhos.
- Eu já disse para me avisar quando for matar aula...
Vira para trás e tranca a porta de casa. Suspirando diz:
- Bom, então até amanhã. Você não vai dormir em casa hoje, vai Miroku? Aposto que você tem coisas mais interessantes - disse lançando um olhar de canto de olho para Sango - para fazer do que cuidar do seu irmão.
Ela guarda a chave na bolsa e vai embora, sem antes dirigir a palavra aos outros três:
- Cuidem bem do meu filhinho delinqüente.
Pôs a mão no ombro de Inu-Yasha e sussurrou em seu ouvido:
- Lembre-se do nosso trato. Você cuida dele.
- Pode deixar - sussurrou Inu-Yasha de volta.
Miroku espera sua mãe entrar no elevador e saca do bolso uma chave. Avançando para a porta da casa do Inu-Yasha, ele coloca a chave e começa a girar. Inu-Yasha segura o braço dele e o empurra para o lado.
- Minha casa!
Miroku dá de ombros e se afasta para Inu-Yasha abrir a porta. Inu-Yasha põe a mão na maçaneta e é puxado para dentro pela porta que ia se abrindo.
Ele levanta os olhos, pronto para brigar com quem quer que estivesse na casa dele e dá de encontro com o peito forte de seu irmão.
- Irmãozinho... Você matando aula? - ele passa os olhos pelo corredor e só vê Kagome lá parada. Aparentemente, Miroku puxou Sango para trás da lata de lixo ali do lado. Sesshou-Maru pode sentir o cheiro dos dois, mas para que ele ia estragar a chance de brincar um pouco com o irmãozinho querido dele? - E com uma garota ainda por cima? - diz olhando para Kagome. - Eu esperava isso do Miroku...
Rin surge atrás dele e dá um tchauzinho silencioso para os dois.
- Vem cá - diz Sesshou-Maru passando os braços pelo pescoço de Inu-Yasha. - Você não é novo demais pra fazer isso? - sussurra ele se referindo a Kagome.
- Não - diz Inu-Yasha normalmente. - E você não é velho demais pra ela? - sussurra ele apontando para Rin.
Sesshou-Maru bate na cabeça dele e sai de casa.
- Bom... não. Agora, se nos dá licença, temos coisas pra fazer. Vamos, Rin.
Rin saiu atrás dele e deu um tchau alegre para Inu-Yasha e uma piscada para Kagome.
Sesshou-Maru ia entrando no elevador e se lembrou de uma coisa. Então falou:
- Miroku, é melhor você e sua amiga saírem daí. Depois eu não quero minha casa cheirando a lixo.
Miroku levantou envergonhado e deu um tchauzinho para os dois perto do elevador.
Rin retribuiu o gesto, mas Sesshou-Maru suspirou e revirou os olhos.
- Tchau Miroku... - disse ele e entrou no elevador com Rin.
Miroku voltou constrangido para perto de Inu-Yasha de novo. E Sango veio logo atrás dele.
- Miroku, Miroku... Você é burro mesmo. Quantas vezes eu já disse que o nariz do meu irmão é melhor que o meu?
- É, mas eu fui me esconder atrás do lixo. Achei que o cheiro de lixo fosse confundir o nariz dele.
Inu-Yasha suspirou. Miroku nunca ia entender... Ninguém conseguia se esconder de Sesshou-Maru.
- É, mas dava pra ouvir seu coração batendo.
Inu-Yasha abriu a porta antes que Miroku pudesse responder.
Os quatro entraram na casa e Inu-Yasha trancou a porta. Apesar de ser dia, a casa estava totalmente escura. Quando Inu-Yasha fechou a porta, a pouca claridade que vinha do corredor se esgotou e eles ficaram no escuro total.
- Uau! - sussurrou Kagome. - Sempre quis fazer isso com o meu quarto.
Ela foi tentar um passo para frente, mas esbarrou em Inu-Yasha e os dois caíram no chão.
Inu-Yasha bateu a cabeça com força no chão e Kagome bateu a cabeça com força no peito dele.
Miroku acendeu a luz no interruptor do lado da porta. Ele e Sango não puderam evitar de rir com a visão de Kagome e Inu-Yasha embolados no chão. Inu-Yasha esfregando a cabeça e Kagome socando o peito dele.
- Idiota, idiota, idiota - cada vez que falava, Kagome batia nele.
Inu-Yasha segurou os pulsos dela e os afastou do alcance dele.
- Nada de bater em mim. Ninguém faz isso.
Nada de me chamar de Inu. Ninguém me chama assim.
Por um momento Kagome ficou olhando para ele. Agora ela tinha reparado com a voz desse garoto era parecida com a do Inu-Yasha.
Inu-Yasha, estranhando ela ficar tanto tempo parada, assoprou no rosto dela. Ela pareceu acordar. E acordou tão bem que deu mais um soco nele, um de verdade, fazendo Inu-Yasha cair no chão de novo, puxando ela junto.
***
Kagome já tinha perdido a conta de quantos filmes eles assistiram.
Sango, já estava dormindo no colo de Miroku, que parecia extremamente feliz com a proximidade da garota. Não desgrudava os olhos dela, e nem o corpo.
Só Inu-Yasha e Kagome prestavam atenção no filme. Na verdade, só Inu-Yasha prestava atenção no filme. Kagome estava mais interessada em olhar a casa ao redor dela.
O oposto exato da casa dela. A parede da sala dela era em tons pastéis, o que causava uma sonolência incontrolável. A dessa casa era totalmente diferente. Uma das paredes era vinho, duas outras eram brancas, e a oposta à parede vinho era feita de janelas que ocupavam a parede inteira. Janelas? Como podia ter janelas se quando eles entraram estava tudo escuro? Bom, cortinas extremamente poderosas impediam qualquer raiozinho de Sol entrar.
Uma das paredes brancas era cobertas por quadros abstratos e esculturas que pareciam derretidas. A outra tinha muitas fotos penduradas em porta- retratos. Uma das fotos chamou a atenção dela. Parecia um casal com dois garotinhos. Uma família. Kagome levantou do sofá para olhar mais de perto.
Um homem com compridos cabelos brancos presos em um rabo de cavalo estava abraçado com uma mulher bonita. Na frente dos dois, dois garotinhos faziam careta para a câmera. Um deles, o mais velho, com um cabelo branco médio, também em um rabo de cavalo. O menor, com cara de quem dava mais trabalho, com orelhas de cachorro saindo de trás da franja.
Kagome esticou o braço para tocar o vidro do porta-retrato.
Inu-Yasha pulou do sofá em direção a ela e pôs a mão entre a dela e a foto.
- Ai! - soltou Kagome com o susto que levou.
Inu-Yasha segurou firme a mão dela e a virou com mais força do que o necessário.
- Não – mexe – aí - disse ele estreitando os olhos.
Kagome estreitou os dela também e o encarou tentando não piscar. Seus olhos se encheram de lágrimas mas ela não piscou. Inu-Yasha sorriu diante do esforço inútil da garota.
Kagome acabou piscando antes.
Inu-Yasha alargou o sorriso e depois voltou à expressão sem sentimento do rosto.
- Miroku, pára de fingir que está dormindo e acorda a Sango.
Miroku fingiu acordar e olhou para Inu-Yasha. Desviou o olhar ao ver o amigo encarando Kagome de novo. Muito contrariado, ele acordou Sango da forma mais gentil possível e a fez se endireitar no seu colo.
Inu-Yasha e Kagome ainda não tiraram os olhos um do outro, tentando se encarar de novo.
Inu-Yasha apertou o botão do controle remoto que estava na mão dele e a sala ficou inteira escura de novo.
Kagome continuou olhando para onde achava que os olhos dele estavam. Inu- Yasha fez a mesma coisa. Ficaram no escuro por mais um bom tempo, até Miroku atravessar a sala e acender a luz de novo.
Inu-Yasha percebeu que um dos dois tinha se mexido no escuro, já que agora eles estavam a centímetros.
- Ahn... - começou Miroku de um jeito incriminador. - Agora eu entendi por que você desligou as luzes... Olha, se nós estivermos atrapalhando, eu e Sango vamos para a minha casa. É aqui do lado - disse ele apontando para a porta.
- Não, obrigada - disseram Kagome e Inu-Yasha ao mesmo tempo, sem desviar os olhos. Aparentemente, aquele que parasse de encarar o outro primeiro perdia.
- Então tuuuuuudo bem - disse Miroku voltando para o sofá. - Sango, você não quer comer alguma coisa?
Sango, que tinha acabado de acordar, balançou a cabeça positivamente.
- Então vamos para a cozinha - e, virando-se para Inu-Yasha e Kagome acrescentou: - Vocês podem ficar aí enquanto eu assalto a geladeira.
Inu-Yasha viu Miroku ir para a cozinha e não se mexeu. Kagome idem.
Ficaram se encarando por uns dois minutos mais, quando o estômago dos dois roncou de fome.
- Ei... - começou Inu-Yasha. - Eu proponho uma...
- Trégua? - perguntou ela esticando a mão. - Aceito.
Inu-Yasha apertou a mão dela e reparou como era bom. Kagome sentiu a mesma coisa.
Inu-Yasha não soltou a mão de Kagome até Miroku aparecer da cozinha e perguntar:
- Vocês têm certeza que não querem que eu e Sango não vamos embora?
Inu-Yasha bateu nele e foi para a cozinha.
***
Estavam os quatro sentados na mesa da cozinha de Inu-Yasha sem fazer nada. Todos morrendo de fome.
Miroku, não agüentando mais a fome, vira-se para Inu-Yasha e fala:
- Vai fazer alguma coisa pra gente comer...?
Inu-Yasha, contrariado vai até a geladeira e grita com a cabeça lá dentro:
- O que vocês querem?
- Bife - respondeu Miroku. Em seguida acrescentou: - Ele cozinha que é uma maravilha.
Kagome fez um bico e se lembrou das suas habilidades na cozinha: nulas.
- Bom, é o que não vamos ver...
***
- Aas ifso tá ótioo! - falou Miroku de boca cheia.
- Ah é? - perguntou Inu-Yasha do fogão. - Que bom.
Sango experimentou o dela e concordou com Miroku.
- É sim! Está uma maravilha!
Inu-Yasha trouxe o prato de Kagome e colocou na frente dela. Sentou-se bem na sua frente e ficou olhando para ela com um sorriso desafiador.
Kagome cortou um pedaço da carne e parecia com receio de colocá-lo na boca.
Inu-Yasha se levantou e falou no ouvido dela.
- Não se preocupe. Não envenenei nada dessa vez.
E voltou para o fogão dando risada.
Kagome fez uma cara feia, mas mesmo assim comeu um pedaço do bife.
Era melhor do que ela tinha imaginado. Muito melhor.
- Então...? - perguntou Inu-Yasha, trazendo mais dois pratos para a mesa.
Kagome engoliu ruidosamente o mais devagar que conseguiu. Depois falou:
- É... Tenho que admitir que não é ruim.
- Ah... Qual é? - perguntou Miroku. - É ótimo!! Você precisa me ensinar a fazer!
Inu-Yasha piscou pra ela e disse:
- Viu? E você ainda está viva.
Miroku ia avançar para os outros dois pratos que Inu-Yasha tinha posto na mesa quando Inu-Yasha bateu com a colher de servir salada na mão dele.
- Esses não são pra você, houshi.
- Ai! Pra quem são, cachorrinho?
Respondendo a pergunta de Miroku, a campainha toca.
Inu-Yasha tira o avental com desenhos de cozinheiros e vai atender a porta, sem antes falar:
- Não deixem ele comer!
Miroku pára no meio do movimento e cruza os braços, emburrado.
Inu-Yasha abre a porta e dá de cara com Aya.
Ela usava um vestido realmente curto, e os cabelos soltos fazendo voltas nas pontas. Ela estava um tanto vermelha, como quem correu bastante. Mas Inu-Yasha não viu suor nenhum.
- Cadê o...
Inu-Yasha olha para o braço dela e vê pendurado lá o irmão menor de Miroku.
- Oi, Shippou - diz esfregando a cabeça dele. - Oi Aya - diz ele estendendo a mão para apertar a dela. Ela não vê o gesto e beija Inu-Yasha na bochecha. Ele ignora e continua: - Jantar na cozinha.
- Ahn... Acho que não podemos aceitar.
- Eu aceito! - interrompe Shippou, correndo para a cozinha.
Inu-Yasha se afasta para ela entrar.
- Bom, então acho que vamos comer alguma coisinha...
- Fiquem à vontade! Você e Shippou são mais bem vindos aqui do que Miroku - nesse segundo, Inu-Yasha ouve o barulho de um prato quebrando. - Bom, pelo menos você é.
Ela sorri e se dirige para a cozinha, onde Kagome limpava os cacos do prato no chão, Sango dava risada e Shippou culpava Miroku pelo prato quebrado.
Inu-Yasha se ajoelha no chão para recolher os cacos.
- Deixa que eu faço isso - disse ele se dirigindo à Kagome.
- Não, eu... Tudo bem então.
Eles recolhem os cacos e jogam fora enquanto Aya a Shippou comiam.
Kagome volta para a mesa e Inu-Yasha para o fogão. Ele faz mais dois bifes e coloca os pratos no microondas.
Shippou quebra mais um prato, poupando Inu-Yasha de ter que lavar dois outros pratos.
Inu-Yasha vai lavar a louça e Kagome estranha que ninguém se oferece para ajudá-lo.
- Ahn... Quer ajuda? - ela pergunta da mesa.
- Que? - pergunta Inu-Yasha lutando com o detergente. - Não precisa, pode deixar.
A bucha sai voando da mão dele, Kagome levanta e a pega no ar.
- Acho que eu não posso deixar não.
Ela entrega a bucha pra ele e arregaça as mangas do uniforme.
- O-obrigado, então.
Eles terminam de lavar a louça e sentaram de novo na mesa.
Todos suspiraram ao mesmo tempo.
- Vamos fazer o que? - perguntou Miroku.
- Apresentações - disse Inu-Yasha.
- O que?
Inu-Yasha levantou da mesa e puxou Aya e Shippou com ele.
- Esse é a Aya, irmã - Miroku chacoalhou os braços - gêmea do Miroku.
Sango olhou bem pra ela e depois olhou para Miroku.
- Eles têm alguma coisa em comum, mas eu não sei o que é...
- Eu sei o que é - disse Inu-Yasha num suspiro. - O jeito conquistador.
Miroku fez pose e Aya corou.
- Vai falar que não é verdade? - disse Inu-Yasha olhando pra ela. - De quantos caras você já virou a cabeça?
Ela corou mais ainda e abaixou a cabeça.
Miroku estufou o peito e comentou:
- Eu ensinei tudo que ela sabe.
Aya levantou a cabeça e comentou:
- Por isso que eu sou tão infeliz...
Todos riram, com exceção de Miroku, que deu um grunhido.
- E esse, é o Shippou - disse Inu-Yasha, levantando o braço em que Shippou estava grudado. - Irmãozinho do Miroku, também - ele balançou o braço tentando fazer o pequeno desgrudar. - Parece que passaram cola nele quando era pequeno.
Shippou olhou para os outros em volta dele e viu Kagome sentada. Ele rapidamente desistiu de grudar em Inu-Yasha e pulou pra cima da mesa.
- Muito prazer - disse ele fazendo uma reverência para Kagome. - Meu nome é Shippou. Mas você pode me chamar de Shippou-chan, se quiser.
- Bonitinho - disse Kagome apertando a bochecha dele.
Inu-Yasha sentiu um formigamento no peito. Resolveu ignorar.
- Ok, essa é a Sango - disse apontando para ela - nova namorada do Miroku.
Miroku e Sango coraram.
- E essa é a...
Nisso o telefone toca.
- Só um segundo. Vocês podem continuar aí.
E vai atender.
Ninguém fala nada até Inu-Yasha voltar.
- Quem era? - perguntou Miroku assim que Inu-Yasha entrou de novo na cozinha.
- Que eu saiba, Miroku, essa casa é minha e eu não tenho que te dar satisfação nenhuma - disse ele sentando de novo na mesa.
E ninguém falou nada, até Inu-Yasha falar:
- Meu irmão.
- Que? - perguntou Miroku.
- Era o meu irmão no telefone.
- Pensei que você não ia dar satisfação.
- Não estou dando satisfação, estou respondendo uma pergunta!
- É a mesma coisa - disse Miroku, emburrado.
- Ahn... - cortou Kagome, antes que Inu-Yasha pudesse berrar de novo. - O seu irmão era aquele que a gente viu saindo? Aquele que falou para o Miroku sair de trás do lixo?
- É, ele é meu irmão.
- E o que o She queria? - perguntou Aya.
Inu-Yasha e Miroku olharam abismados para ela.
- S-she? - gaguejou Miroku.
Aya deu de ombros.
- Ele disse que vai chegar tarde, só isso - respondeu Inu-Yasha.
Mais um suspiro geral.
- E... - Miroku perguntou olhando para o relógio e vendo que já eram 9 horas. - O que nós vamos fazer?
Ninguém respondeu, já que ninguém tinha idéia nenhuma.
Até que Shippou, que estava sentado em cima da mesa, levanta e grita:
- Festa do pijama!!! ____________________________________________________________
07/03/04 Naraku: Bom... Esse capítulo saiu muito rápido! Eu tive um surto de criatividade... Não sei se é sorte ou azar de vocês. Mas agora minhas provas entram em carga maior e eu vou ter que estudar... Mas ainda assim consigo estudar meia hora e escrever o resto dia... Espero não demorar com o próximo capítulo, por que eu estou esperando para escrevê-lo faz um tempão! Yura que o diga. Agora as reviews: (eu já agradeci por terem mandado?)
Stefania: Bom, se vai demorar muito eu não faço a mínima idéia... posso dizer que sim, se eu enrolar. Mas vou tentar encurtar... Já cortei tanta coisa que estava organizada na minha cabeça... Bom, e valeu pelos elogios!
Keiko: Ok, vou perguntar pra Chefinho se ela lê. E sobre o Inu-Yasha e a Kagome serem dois bakas e não se tocarem, na verdade quem é baka sou eu, por enrolar tanto... Bom, valeu, valeu... Eu tô morrendo de sono, essas respostas vão sair uma porcaria...
Natsu: Já que você falou, eu vou falar também: Oi! ^-^
Lilyzinha: Acho que hoje as notas não vão estar engraçadas... Já que assisti Inu-Yasha ontem e acordei cedo... Tô dormindo em pé... Bom, mais uma boa ação para que você pode acrescentar na minha lista: oras, eu escrevo Trotes! E acho que vocês estão gostando, então acho que posso considerar essa.
Ale: Na verdade... é a Rin que quer que o Sesshou-Maru tenha orelhas como as do Inu-Yasha, já que elas são mais fofas, macia e todas essas coisas que as garotas amam... Mas o Sesshou-Maru tem o rabo (eu digo aquilo que vocês chamam de fluffy) dele que, na minha opinião já é fofo o suficiente. Mas eu dei um jeitinho no fluffy que vocês vão ver mais pra frente... Eu sou um mistério.
LP Vany-chan: Ah! A Sango bate nele também... É só ter uma chance... Mas ele nem tá aprontando muito... Preciso fazer os personagens ficarem mais parecidos com eles mesmos no anime ou no mangá. (Liho, lembra do Shippou versão adulta?)
Dhanis: Ainda tenho esperanças que você leia isso... Valeu!
Mel: Bom, valeu!! Vou usar sua idéia como já tinha dito antes! Só que vai ser mais pra frente... (Reparem que tudo é sempre mais pra frente...)
Agora a Yura responde quando acabar o trabalho de arte... Nossa, eu vou bater na professora de arte dela! Quem ela pensa que é pra ficar mandando trabalho pro fim de semana?! Acho que vou enganá-la e fazê-la voltar-se contra mim... Ela seria meu novo giocattolo... Bom, bye!
Naraku (sem comentários sobre os beijos)
08/03/04 – Sinto não ter postado o cap. ontem ou mais cedo... Mas a Yura não terminou o trabalho e ela queria escrever a nota... Eu pensei em enganá- la mas lembre que ela sabe onde eu moro e que aqueles cabelos são afiados...
Yura 09/03/04 Sinto muito pelo atraso 'pessoas-legais-que-cometão-nossa-fic' mais conhecidos com...bem não importa como são conhecidos. Ah! Sobre a minha Professora de Artes – mais conhecida como 'O retorno do retorno da Múmia' bom não importa – Naraku já cuidou dela. As reviews!
Bella-chan: Ainda acho que o Inu-Yasha não é um Deus! Mais deixa quieto. Pela 2ª vez o Miroku não fez nada...ainda. Ah! Sobre a Aya, bom, não posso dizer nada ainda. Concordo com você, se o Inu-Yasha ficar com a Aya, pobre 'K-chan', mas o que pode se esperar do Naraku.
-=|...::Åñ¡ñ|-|ä::.: Obrigada por gostar da nossa fic!!!!
Shampoo Sakai: Kami! Fizemos o Inu-Yasha cabular! Como pudemos?! Aquele Miroku!! Ah! Percebemos sim que você gosta de Ranma!
Carol Nirinho: Na verdade, quem está te deixando doidinha é o Naraku que não faz o Inu-Yasha perguntar o nome dela! Mas aliás, por que tem que ser ele a perguntar o nome dela? Não pode ser a Kagome a perguntar?
ca-chan: O que são esses []'s? São abraços? Taran! Aí está a continuação! (ATRASADAMENTE)
Yura: E vocês? Já cabularam aula?
Ja ne Yura
Bye, Naraku
