Eu já não queria mais joguinhos, eu precisava do corpo dele no meu.

(¯·..·¯·..·¯)

Aquele susto despertou algo em mim que eu sequer sabia que existia.

Eu não podia morrer sem antes ter tomado Duo para mim. E fiquei satisfeito em perceber que ele concordava em parar com aqueles joguinhos, porque daquela vez eu não iria me controlar.

Em gestos rápidos e nada delicados, o livrei do casaco e das duas blusas que ele usava, deixando sua pele nua para o meu deleite. Suas mãos tremiam, tentando desabotoar minhas roupas.

Eu me afastei, ajudando-o a me despir do casaco e da blusa e, sem nenhum pudor, voltei a atacílo, beijando seus lábios com força enquanto minhas unhas arranhavam seu abdômen.

- Oh...Heero...eu quero...tudo... – Eu gemi junto, desafivelando seu cinto com pressa.

Minhas mãos trabalharam com precisão, livrando-o de toda a roupa, vasculhando cada centímetro do seu corpo com meus dedos.

Seus gestos quase desesperados me mostravam o tamanho do seu desejo e então também me desnudei completamente diante de seus olhos.

- Eu quero você, Duo... – Sussurrei, admirando seu corpo nu. – Quero muito.

Ele não respondeu, apenas me puxou, voltando a me beijar de forma bruta, mordendo meus lábios com força.

Eu não esperava que as coisas fossem acontecer daquela forma tão desesperada, mas o que havia acontecido nos mostrou que não podíamos perder tempo.

Ele inverteu a posição, me empurrando contra a parede. Meus dedos desfizeram sua trança, enquanto as mãos dele apertaram minhas nádegas de forma atrevida, puxando meu corpo, fazendo nossas ereções se roçarem.

Puxei seus cabelos, fazendo-o virar o rosto, atacando seu pescoço com beijos violentos. Ele gemeu, e apertou meu membro com força, me fazendo arquear o corpo.

Tentei alcançar sua ereção, mas ele não permitiu, se abaixando enquanto beijava meu corpo. Ele circulou meu mamilo com sua língua para em seguida mordê-lo, arrancando um gemido desesperado dos meus lábios. Meus dedos se perderam em seus cabelos, puxando-os.

- Oh...Duo! – Ele apertou minhas coxas com força, se ajoelhando em minha frente.

Olhei para baixo, fitando seus olhos nublados de desejo e uma necessidade que eu identifiquei como sendo a mesma que a minha. Direcionei seus lábios para onde eu desejava e ele engoliu meu membro, me fazendo jogar a cabeça para trás, gemendo.

Eu não conseguia sequer pensar, só conseguia sentir. A língua dele me enlouquecia completamente, me levando a um estágio bem perto da insanidade.

Sua boca subia e descia por minha ereção, alternando com lambidas deliciosas na ponta, fazendo todo o meu corpo tremer.

Quando notei que já não agüentaria mais, puxei seus cabelos, tentando levantílo, mas ele negou, voltando a engolir meu membro, afundando ainda mais as unhas em minhas coxas, enquanto me olhava de forma safada.

Foi quando eu perdi toda e qualquer razão.

Em gesto violento, o puxei, jogando-o de frente para a parede. Ele gemeu, mas eu não o deixei protestar, colando meu corpo ao dele, esfregando minha ereção em seu traseiro.

- Você já me provocou o suficiente, se continuar vou acabar te machucando. – Avisei, minha voz soando perigosa bem perto de sua orelha.

- Apenas me tome, Heero...por favor...eu preciso.

(¯·..·¯·..·¯)

Ele respirou fundo, colocando três dedos em meus lábios.

Eu não raciocinava, só sentia. Quase tê-lo perdido acendeu aquele desejo quase insano dentro de mim. Eu não me importava com a dor, só queria senti-lo bem fundo dentro de mim.

Chupei seus dígitos sensualmente, enquanto me empinava, roçando meu traseiro em sua ereção.

- Deus...Duo... – Ele tirou seus dedos dos meus lábios, penetrando um em seguida em meu corpo.

Eu gemi de dor, tentando quebrar o contato, mas ele segurou minha cintura, me mantendo firme no lugar.

- Por favor...dói... – Murmurei incoerentemente.

- Mas é isso que você quer... – Ele sussurrou, penetrando outro dedo. – Quer sentir...não importa o que...quer sentir que eu estou com você... – Eu choraminguei, mas não retruquei.

Era exatamente aquilo que eu precisava.

Precisava desesperadamente dele. Perto, dentro, junto de mim, me dando a certeza total que eu não havia falhado, que ainda havia tempo.

Tentei esquecer a dor e levei uma de minhas mãos para a sua nuca, trazendo seu rosto para perto. Virei a cabeça, beijando-o insanamente.

Eu não conseguia entender da onde vinha aquela explosão.

Sem aviso um terceiro dedo me penetrou, fazendo um gemido dolorido assaltar minha garganta. Me remexi, tentando fazer aquele desconforto passar, mas quando Heero afundou ainda mais seus dígitos em mim, senti meu corpo estremecer com a intensidade do prazer que me tomou.

Gritei seu nome, jogando a cabeça para trás, apoiando-a em seu ombro.

Ele tocava incessantemente naquele ponto que me enlouquecia, arrancando palavras um tanto quanto obscenas da minha boca.

- Por favor...agora...preciso de você dentro de mim...agora! – Implorei, empinando meus quadris.

Ele retirou os dedos e beijou delicadamente meu pescoço, enquanto posicionava seu membro em minha entrada. Eu cerrei os olhos, sentindo meu tesão fugir do controle.

Heero tentou me penetrar com cuidado, mas eu não precisava daquilo. Precisava apagar aquele fogo que me queimava cada vez mais por dentro. Levei uma de minhas mãos até seu membro e empurrei os quadris para trás, me deixando penetrar por completo.

Seu gemido rouco em meu ouvido conseguiu abrandar um pouco a dor de ser penetrado tão rapidamente por aquele membro grosso. Mas era aquilo que eu queria. Senti-lo em mim.

- Seu...louco... – Eu sorri, mesmo sentindo minha entrada reclamar da invasão dolorida. – Maluco. – Ele acariciou as laterais do meu corpo, me dando algum tempo para me acostumar.

- Somos dois loucos, Heero. – Entrelacei meus dedos com os dele, sentindo sua respiração quente em meu pescoço.

- Eu sei, anjo...eu sei... – Gemi quando ele se moveu, saindo parcialmente do meu corpo para voltar a se afundar com força.

- Seu desgraçado! Isso dói! – Choraminguei. – Não consegue fazer amor delicadamente? – Zombei.

- Outros fazem amor, Duo...nós fazemos paixão. – Eu gemi alto, deliciado com aquelas palavras.

(¯·..·¯·..·¯)

O corpo dele era enlouquecedor.

Apertado demais.

Segurei sua cintura com força, puxando-o mais para trás, me afundando completamente em seu corpo. Ele gemeu alto, passando as unhas na parede.

Eu não poderia ser delicado...eu não conseguiria.

Com força, comecei a penetrílo, ouvindo seus gritos extasiados e suas palavras obscenas que me incentivavam a continuar.

Céus! Como eu precisava dele!

Eu sabia que provavelmente o estava machucando, mas com certeza o prazer sobrepujava qualquer coisa, estava escrito nas suas faces coradas.

Afastei aqueles longos fios castanhos de suas costas e me pus a beijílas, deixando diversas manchas roxas.

- Mais...Heero...eu preciso de mais... – Minha mente nublou e todo meu pensamento lógico sumiu.

Agarrei seus cabelos e puxei sua cabeça para trás, mordendo seu pescoço, enquanto o penetrava cada vez com mais força.

O barulho dos corpos se chocando era nítido e fazia companhia aos nossos gemidos descontrolados.

O estoquei mais profundamente e saí de seu corpo.

- O que pensa que está fazendo? – Eu sorri, apertando fortemente suas nádegas.

- Vire-se...agora. – Ele me obedeceu e eu o ergui, imprensando suas costas na parede, sentido-o passar as pernas por minha cintura.

Ele enlaçou meu pescoço e gemeu baixinho quando o penetrei novamente. Passei minhas mãos por baixo de suas coxas e me empurrei contra seu corpo.

- Céus! – Ele afundou as unhas em minhas costas. – Você...vai se cansar muito rápido. – Eu sorri, mordendo um de seus mamilos.

- Acredite que eu não vou. – Sustentando seu peso com uma mão e o imprensando ainda mais contra a parede, conduzi uma de suas mãos até seu próprio membro.

Ele sorriu e começou a se masturbar, encostando a cabeça na parede. Eu voltei a penetrílo, não ligando para as minhas pernas que reclamavam pela posição nada confortável.

Mas era uma delícia possui-lo daquela forma.

(¯·..·¯·..·¯)

Ele estava me enlouquecendo.

E de forma alguma aquilo era ruim.

Fechei meus dedos mais firmemente em volta do meu membro e comecei a estocílo na mesma velocidade que eu era penetrado.

A paixão com a qual ele me tomava era inebriante. Suas mãos apertavam minhas coxas e sua boca viajava por meu peito, alternando entre beijos e mordidas.

Alguns minutos depois meu corpo já gritava, implorando por alívio. Eu vocalizei todo o meu desejo, incitando-o a me possuir ainda mais rápido.

- Oh, Duo...eu não suporto mais... – Sua voz entrecortada, fez meu corpo se arrepiar por inteiro.

- Goze pra mim, Heero... – Pedi sensualmente, forçando meus quadris para baixo.

- Não assim.

Seus gemidos passaram a ser gritos quase desesperados, enquanto ele se afundava com mais força em meu corpo, fazendo minha entrada protestar.

Mas eu não me importei.

Meu corpo foi sacudido por uma onda violenta de espasmos e tudo que eu pude fazer foi arranhar suas costas, enquanto despejava minha semente entre nossos corpos.

Ele me tirou de se colo e voltou a me colocar de cara para a parede. Eu gemi sentindo minhas pernas amolecerem, mas ele me segurou pela cintura, me penetrando com força.

- Você é gostoso demais... – Sua voz rouca atingiu meus nervos, fazendo meus pêlos se arrepiarem.

Seu quadril batia contra o meu, enquanto sua voz grave sussurrava coisas nada ortodoxas em meu ouvido. Algumas estocadas violentas foram o suficiente para eu sentir o líquido quente jorrar dentro de mim.

Ficamos apenas alguns segundos em pé e depois desabamos no chão, literalmente. Heero se encostou a parede, me levando para sentar em seu colo.

Não era confortável ficar sentado, não depois do que ele fez com meu corpo, mas meu encaixei entre suas pernas cruzadas, apoiando a cabeça em seu ombro, respirando pesadamente.

Ele acariciou minhas costas e afagou meus cabelos, enquanto distribuía beijos em minha testa. Circulei seu pescoço com meus braços e suspirei, deliciado com aquele carinho.

- Foi...intenso. – Eu concordei, buscando seus olhos com os meus.

- Foi uma loucura. – Eu sorri, abraçando-o forte. – E foi maravilhoso.

- Eu sei. – Seus dedos escorregaram até a base da minha coluna, provocando um arrepio gostoso. – Mas...me desculpe.

- Pelo que? – Indaguei, confuso.

- Violento demais. – Segurei seu rosto entre minhas mãos.

- Esquece...– Beijei seus lábios. – Eu precisava sentir.

- Eu te quero, Duo...e não é só pra uma transa. – Sua boca alcançou meu pescoço, sugando a pele suavemente.

- Eu disse que tudo podia se complicar. – Suspirei.

- Mas... – Pousei um dedo em seus lábios.

- Amanhã podemos conversar sobre isso. – Eu sorri, me levantando. – Aceita tomar um banho comigo? – Ele ergueu o corpo, me abraçando carinhosamente.

- Acho que a partir de agora, não posso lhe negar mais nada.

Meu coração bateu desesperado, mas eu ignorei as implicações daquela frase.

Eu só precisava descansar.

(¯·..·¯·..·¯)

Ele estava apavorado com o que havíamos nos tornado e eu me vi entendendo porque ele tinha tanto medo das coisas se complicarem.

Ele era um agente e eu uma testemunha, depois do julgamento não poderíamos mais nos ver. Eu deveria esquecê-lo e ele a mim. Era assustador.

Abandonei esses pensamentos e deixei a água quente escorrer por meu corpo, sentindo Duo me abraçar por trás.

- Eu te arranhei. – Ele comentou, quando passou o sabonete por minhas costas.

- São só algumas marcas, anjo. – Ele pareceu perturbado, mas sorriu.

Depois daquela explosão na sala, acho que estávamos mais calmos, ou completamente esgotados. Os toques não eram maliciosos e nem tinham grandes pretensões.

E eu gostava daquilo.

- Dorme comigo?

- Eu sempre durmo. – Murmurei, beijando-o com carinho.

Ele se sentou na beira da cama, ainda de toalha e começou a desembaraçar os cabelos. Eu me enfiei em um shorts e uma blusa e fiquei observando-o.

- Que foi? – Ele me olhou, com uma sobrancelha erguida.

- Será que eu...posso? – Perguntei, me aproximando e apontando para a escova de cabelo.

Ele assentiu e me entregou o objeto, virando de costas para mim. Eu desembaracei suavemente seus cabelos, maravilhado com os fios que escorriam por entre meus dedos. De vez em quando eu ouvia suspiros de puro deleite, quando meus dedos massageavam sua nuca.

- Você é bom. – Ele disse, enquanto trançava os fios castanhos.

- Seus cabelos eles...me fascinam. – Suas bochechas coraram levemente e eu sorri.

Duo era uma deliciosa contradição. Ele podia gemer selvagemente e enrubescer com um elogio. Poderia ser mais adorável?

Me levantei, caminhando até seu guarda-roupa e escolhi um pijama da cor de seus olhos.

- Também é fascinado pela cor dos meus olhos, Heero? – Ele perguntou, travesso, enquanto se vestia.

- Sou fascinado por você. – Disse simplesmente, me deitando sob as cobertas.

- Não diga essas coisas, Hee-chan! – Eu ergui uma sobrancelha e ele deitou ao meu lado. – Posso te chamar assim?

- Claro, anjo. – Ele sorriu docemente e eu o cobri. – Agora descanse.

- Tentarei...se meu corpo parar de doer. – Eu arregalei os olhos, mas ele sorriu. – Estou brincando, Hee-chan! Eu estou completamente...saciado. – Suspirei aliviado e o abracei, fazendo-o deitar a cabeça em meu peito.

- Boa noite, anjo. – Murmurei, beijando sua testa.

- Noite, Hee-chan. – Seus olhos se fecharam automaticamente e logo ele dormia profundamente, completamente aconchegado ao meu peito.

Eu custei um pouco a dormir. Fiquei observando-o carinhosamente, percebendo que as coisas haviam se complicado muito mais do que eu imaginava.

Continua...


WOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOW

/descontrolada/

Pessoas...dessa vez eu kuase capotei ao ler as reviews! Fikei toda boba /vermelha/

MUITO OBRIGADO MESMO!

Então esse cap...hum...tarado vai para todos que deixaram seus preciosos comentários!

Espero que tenham gostado!

Grande beijo!

Arsinoe