Capítulo 22
Ela ficou lá, olhando para ele, mas logo se virou saindo rapidamente de casa.
Shaoran (passando várias vezes as mãos por sua cabeleira rebelde. Nervoso): - Ela me deixa louco... (começou a subir as escadas sem dizer nada).
Sakura corria com toda a pressa para longe daquela casa.
Sakura (parando de correr após ter um estalo de consciência): - O que diabos estou fazendo? (deu um tapa na própria testa e começou a caminhar de volta para a casa de Shaoran, parou em frente a ela e ficou observando-a) Do que estou fugindo?
Resolveu entrar lá e conversar com Shaoran. Abriu lentamente a porta e caminhou pelo corredor até o pé da escada, ficou a fitando por algum tempo com seu coração acelerado. Pisou no primeiro degrau com um dos pés, posicionando a outra perna para subir também, mas tomou um escorregão caindo de costas no chão, fazendo uma barulheira.
Shaoran: - Sakura! (disse ele correndo para fora do quarto)
Sakura (levantou-se rapidamente e saiu correndo, pensando): - Não posso... (balançando a cabeça de um lado para o outro).
Shaoran: - Essa garota é maluca... (pensou alto ao ver o tapete no pé da escada todo embolado. Sabia que ela tinha voltado.) Nem que eu tranque essa casa, mas amanhã ela não foge...
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Tomoyo: - Ei! (berrou a morena)
Sakura entrou feito um tufão no quarto, indo direto para o banheiro.
Tomoyo: - Volte já aqui! (bateu várias vezes na porta do banheiro para que ela abrisse, mas foi ignorada) Vamos ter uma boa conversa, mocinha! (e não teve respostas...)
Ficou parada em frente da porta do banheiro esperando, esperando, esperando... Quase caiu no chão de sono, já era tarde e Sakura já tinha fechado o chuveiro faz tempo. Será que tinha acontecido alguma coisa? Socou a porta, socou, socou até se cansar.
Tomoyo: - Desisto de você!
Já estava cansada, então foi para cama deixando ela de lado. Decidiu fingir dormir logo para ver se ela aparecia, mas foi em vão, então dormiu mesmo.
Na manhã seguinte a porta do banheiro ainda estava trancada, aquela doida deveria ter dormido no chão do banheiro.
Entrava um vento gelado pela janela e o tempo estava completamente aberto, mas muito abafado, quente, ia ter chuva. Nem se moveu para avisar pra Sakura, ela veria quando saísse daquele banheiro. E tudo bem, ia deixar ela fazer o que quisesse com a própria vida, inclusive acampar no banheiro.
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Voz: - Sakura!
Sakura caminhava, sem prestar atenção ao mundo à sua volta, pela calçada da rua. Estava a caminho da creche, mais uma vez tomando seu lugar de professora substituta. Aquele lugar de professora conseguia ser mais dela do que de ninguém. Takashi a chamava freneticamente, mas ela não escutava, tanta era sua atenção. Li era em tudo que conseguia pensar.
Takashi: - Sakura! (berrou ele, enfim, conseguindo que ela parasse e se virasse para ele).
Sakura: - Sim...
Takashi: - Desculpe-me por ontem... (abaixou a cabeça, gaguejando sem coragem para prosseguir) Eu...Eu estava fora de mim.
Sakura: - Esqueça. (disse friamente, parecendo ainda não ter voltado para a Terra).
Takashi (olhando-a desconfiado): - O que há? Estás estranha.
Sakura: - Esqueça, certo? Estou atrasada. (disse friamente, dando as costas para ele e seguindo em frente).
Takashi evitou que seu queixo caísse, e insistiu ainda mais em tentar falar com ela.
Takashi: - Por favor!
Ela parou de andar e olhou para esperando que dissesse logo, se fosse uma declaração, do jeito que seu humor estava, ia acabar magoando ele.
Takashi: -Eu tenho uma confissão a te fazer... (brincou com os dedos, sentindo-se envergonhado pela própria atitude).
Sakura (já imaginando o que poderia ser): - Takashi, por favor, vá direto ao assunto!
Takashi: - Certo, desculpe-me... Minha irmã vai aprontar pra cima de você e o do Li.
Sakura: - Como? (sem entender nada. Quem era a irmã dele, e como ele sabia do Li?)
Takashi: - Minha irmã é uma mulher muito mesquinha, egoísta e vingativa. Você tomou o Li dela fazendo ele a dispensar. Agora ela quer vingança. Ela teve um plano pra destruir vocês dois, só que ontem eu resolvi fazer parte... então.. Desculpe-me pela minha burrice.
Sakura: - Tudo bem, mas o que ela exatamente quer fazer? Perda de tempo, destruir o que se não estamos juntos? (viu-o abrir um enorme sorriso no rosto).
Takashi: - Preste bem a atenção...
Contou tudo para ela, e logo depois ela foi correndo para a creche, chegaria atrasada, mas isso era de certa forma importante. o Takashi é bonzinho
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Tomoyo: - Sakura está agindo como uma criança! Eu não a entendo mais!
Eriol: - Querida... (tocou no ombro dela esperando que parasse de reclamar, mas não funcionou. Ajeitou seus óculos e...) ME ESCUTE! (falou em um tom pouco mais alto, fazendo que as pessoas que almoçavam naquele restaurante, à volta deles, o escutassem também, e se assustassem.)
Tomoyo (olhando-o surpresa, assustada): - Querido, olhe o escândalo!
Eriol: - Tomoyo... Você está agindo como uma criança. Sakura está confusa, por que não a deixa em paz e decidir a própria vida? Você faz parte de tudo, se mete em tudo. Dê um tempo a ela, que agora deve estar sentindo-se pior do que se sentiria se você a deixasse tomar parte da própria vida.
Sentiu-se mal em ter escutado tudo o que seu namorado havia dito, mas ele estava certo. Ela estava sendo infantil. Sakura não era mais uma criança e sabia tomar as próprias conclusões.
Depois disso almoçaram em paz, e Tomoyo deixaria agora que Sakura a procurasse para dizer as coisas, e não o contrário.
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Quando Sakura chegou a creche já haviam arrumado alguém para substitui-la, ela teve que dar explicações para a diretora, e depois foi dispensada por aquele dia. Decidiu, de supetão, ir à empresa de Li. Seria uma oportunidade perfeita para explicar a ele o que a não amantezinha biscate dele estava aprontando.
Ouvindo a história de Takashi, sentia cada vez mais ódio daquela garota. Não só por ela querer a destruir por não fazer nada, mas por ser uma oferecida, nojenta, que se dava para o Li. A idéia lhe dava nos nervos. Não queria assumir, mas se roia de ciúmes em imaginar uma oferecida ao lado dele, sua imaginação era de pegar uma bazuca e atirar nela até que essa voasse pelo espaço para longe, bem longe do Li.
Chegou a empresa e avisou para a secretária do Li que precisava falar com ele.
Shaoran: - Avise-a que vamos dar uma volta para que eu possa ouvir o que ela tem a me dizer. É mais confiável fora da empresa.
A secretária dele avisou a ela, e Sakura se sentou no sofá à espera dele.
Shaoran (trancando sua sala): - Vamos?
Sakura: - Sim. (levantou-se)
Os dois saíram da empresa e foram caminhando com calma enquanto Sakura contava para Shaoran o que sabia.
Sakura: - A única coisa que ele me disse que não fazia sentindo nenhum, era dizer para eu não andar sozinha por aí.
Shaoran: - Estranho...
Pararam em frente da barraquinha de sorvete onde foram uma vez, perto da loja do irmão de Sakura.
Shaoran: - Quer um? (perguntou pegando a carteira. Ela fez como se quisesse dizer que não era pra ele pagar ou coisa assim, só pra ela) Eu vou tomar, você não vai ficar só olhando, né?
Sakura: - Claro que não, mas eu pago!
Shaoran: - Nem pensar! Espere-me sentada nesse banco. (apontou para o banco) A fila está um pouco grande por causa do calor. Vai querer de qual sabor?
Sakura: - Morango.
Ele assentiu com a cabeça e andou em direção a fila. Ele não sabia, mas já estavam sendo observados já fazia um tempo, aquela era a brecha perfeita para se aproximarem de Sakura. O banco onde ela estava sentada era atrás da barraquinha de sorvete, e a aglomeração de pessoas era na parte de frente. Bastava alguém chegar de surpresa e tapar a boca dela. Não saberia de nada.
Aquele homem que os observava caminhou calmamente até ela, rapidamente, colocou a mão com um pano com uma substância de cheiro forte, sobre a boca e o nariz dela.
Sakura sentiu a aproximação de alguém, e prendeu a respiração logo que sentiu alguém parar por trás. O que foi sua sorte. Debatia-se tentando fazer o mais alto barulho que fosse possível, mas já estava se sentindo tonta.
Shaoran ouviu a barulheira, tanto como os outros, e foi correndo ver o que era, quando aquele homem se viu rodeado por pessoas, saiu de lá o mais depressa possível. Shaoran ameaçou correr até ela, mas alguém havia sido mais rápido.
Takashi: - Está tudo bem? (ajudando-a se levantar).
Sakura: - Eu, eu... (desmaia nos braços dele).
Dessa vez não deixaria aquele garoto de faculdade roubar seu lugar, foi até os dois, e encarou Takashi.
Shaoran: - Ela está comigo, deixe que cuido dela. (sendo seco com ele)
Takashi: - Que belo acompanhante... (começou a esculachar Li, até ser interrompido).
Shaoran: - Eu estava na fila comprando sorvete, você estaria fazendo o mesmo. Deixei-a sozinha por menos de 10 minutos!
Takashi: - Tudo bem... (sentiu-se constrangido, ele não tinha culpa. Já havia visto aquele homem seguindo Sakura quando ela saia da faculdade, mas não foi só naquela ocasião...) Espere! Eu já vi aquele homem com a minha irmã!
Shaoran: - E quem seria sua irmã? (tomando Sakura nos braços)
Takashi: - Laika...
Shaoran: - LAIKA?
Então esse era o tal irmão mais novo de Laika, o garoto do qual Sakura havia lhe falado. Muito sujo da parte de Laika mandar fazer o que fizeram com a Sakura, isso lhe dava mais motivos para se declarar logo a ela.
Apenas não ficaram discutindo sobre o assunto, pois precisava levar Sakura para casa. Não dava para carregar uma mulher desmaiada para cima e pra baixo. Ainda não estava na hora de pegar sua filha, então pegou o telefone de Takashi e foi direto para casa, e só ligou para a empresa avisando que não voltaria naquele dia, depois de pô-la em sua cama. A cama DELE.
Sakura estava bem, só estava sob o efeito do clorofórmio. Bastava esperar um tempo que ela retornaria a si, então foi tomar um banho enquanto isso e pensar sobre tudo. E parecia uma loucura. Entendia o porque de Laika querer acabar com Sakura, mas não seqüestrar, o que ganharia em troca?
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Tomoyo voltou direto para casa esperando encontrar Sakura lá, mas não... Deixou suas coisas sobre a cama e ficou imaginando onde ela poderia estar. Demorou a voltar para casa exatamente na esperança dela já ter voltado. Mas tinha um papel estranho de baixo da porta, não havia reparado nele quando entrou no quarto, mas seria bom checar.
Para Tomoyo. tratemos como no nosso país, certo?
Cara Tomoyo,
Estou te escrevendo esse bilhete para lhe solicitar ajuda, para o bem de sua prima. Sakura uma vez me contou sobre você ter conhecidos na polícia, então, sua prima corre perigo e o Shaoran Li perigos financeiros. Eu sei de tudo que vai acontecer, mas preciso da sua ajuda para deter.
Encontre-me em frente à porta do restaurante às 6 horas da manhã.
Abraços, Takashi,
o menino que beijou sua prima.
Estranho mesmo aquilo, mas ia de qualquer forma. Sentiu um aperto no peito, resolvendo ligar para o celular de Sakura, e Shaoran atende. Ela dormiria lá e não iria para a faculdade no dia seguinte... Unh... ele estava protegendo ela. Mas o que diabos era aquele bilhete? Não entendeu nada daquilo! Será que Sakura tinha deixado de contar mais uma coisa para ela?
Tomoyo: - Mato aquela sem vergonha! (brincou com a situação para melhorar o clima de preocupação próprio).
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Alguns dias depois...
Estava caindo um temporal e, por azar, o portão da garagem não queria abrir de jeito algum, forçando Shaoran estacionar seu carro em frente de casa e enfrentar aquela chuva toda. Entrou correndo dentro de casa para não se molhar muito mais, esquecendo-se de anunciar sua chegada.
Sakura pouco tempo atrás tentava estudar para suas provas finais, mas a tempestade era a culpada por ela não ter continuado estudando. Estava encolhida no sofá com medo do barulho dos trovões e raios que vinham lá de fora e logo que Shaoran entrou em casa, esqueceu-se de fechar a porta deixando que o vento fosse mais rápido, fechando-a com força, quando Sakura ouve aquele estrondo dá um berro pulando para fora do sofá, não se importando mais se Lana estava ou não dormindo.
Shaoran (correndo até a sala, assustado): - Sakura, o que aconteceu? Por que o grito?
Sakura (tremendo de medo, gaguejando): - Fo-foi...o...ba-baru-ulho...do-o..tro-trovão.
Shaoran solta uma leve gargalhada. Mas que menina medrosa!
Sakura (levantando uma sobrancelha e fitando ele, esquecendo o medo): - Está rindo do que?
Shaoran: - De você dando ataques por causa de um barulhinho! Além do mais, não foi nem um trovão e sim a porta fechada pela força do vento. Se dermos sorte a casa não é carregada junto com essa ventania.
Sakura (caminhou para perto dele, parando frente-a-frente, com as mãos na cintura): - Está debochando, é? Isso não foi um barulhinho qualquer não! Sou muito corajosa por acaso, se você não sabe! (empinando o nariz) E como você mesmo disse, está ventando muito lá fora e o barulho que a porta fez não foi pequeno.
Desta vez houvera sido um barulho de trovão, levando mais um grito escandaloso de Sakura que larga de lado sua pose de corajosa, jogando-se nos braços de Shaoran.
Shaoran (abraçando ela, debochando ainda mais da situação): - Vejo! Muito corajosa...
Sakura pensa em empurrar ele para longe de si, mas não poderia recusar acolho, afundando seu rosto no peito dele, que a abraça ainda mais forte, aproveitando um raro momento no qual podia tê-la em seus braços, como queria ter para sempre. Começou a afagar os cabelos dela, tentando dar um pouco de conforto para aquela 'menina' medrosa, esperando que ela se acalmasse.
Depois de algum tempo abraçados, no meio do corredor, Sakura afasta-se de Shaoran fitando-o, constrangida, até que outro estrondo a faz se jogar mais uma vez nos braços dele, mas dessa vez não houvera sido apenas o barulho, mas também a luz da casa, da rua, fora embora. Agora sim que ela não o soltaria tão cedo. Shaoran ri, com um riso baixo e abafado, levando mais uma vez suas mãos aos cabelos dela, sentia aquele pequeno coraçãozinho dela acelerado de medo.
Engraçado como era o destino, a jogava nos braços dele, que mal haveria em poder aproveitar isso?
Inclina um pouco a cabeça para trás, levantando um pouco o rosto, olhando fixamente para o rosto dele em busca do brilho de seus olhos. Talvez apenas em uma situação daquela teria a coragem de fazer isso.
Dura um tempo àquela troca de olhares e Shaoran sabia que ela não procuraria seus olhos à toa, o procurou talvez com a mesma vontade que ele sempre procurava os dela. Tentar descobrir o que se passava dentro da alma daquela jovem, tentar saber o que ela sentia, quem ela amava. Mas tinha medo de encontrar uma resposta desagradável para aquela insistente pergunta de seu coração, entretanto o que sentia falava mais alto.
Deixa sua mão, que antes afagava os cabelos de Sakura, escorrer até o rosto dela, cariciando-o suavemente, leva sua outra mão a nuca dela, puxando levemente sua cabeça mais próxima à dele, até seus lábios se tocarem, e seus olhos se fecharem, apenas ouvindo o canto do vento em conjunto com a chuva.
Rapidamente a energia da casa volta, e Sakura abre os olhos vendo-se beijando Li. Empurra-o para longe de seu corpo, encarando-o meio confusa.
Sakura (se afastando, levando as mãos ao rosto): - Não está certo, não está certo... Não, não...(balançando a cabeça de um lado para o outro)
Sem que desse tempo de entenderem o que se passava, ela sai correndo para fora da casa, deixando Shaoran parado no mesmo lugar de antes, tentando assimilar as coisas, saindo do transe ao ouvir a porta de sua casa bater. Não pensa duas vezes em ir atrás dela, aquilo acabaria ali, naquele dia. Ajeitariam-se de uma vez por todas.
Sakura apressa-se ao ver Li do lado de fora de casa, correndo até o meio da pista.
Sakura: - Volte, Shaoran! Deixe-me, por favor!
Shaoran: - Nunca! (falou correndo até ela).
Ameaça a voltar a correr, quando um raio cai não muito distante dela, mas o bastante para que não se machucasse, fazendo-a cair de bumbum no chão.
Shaoran resolve não correr percebendo que ela não faria o mesmo ao levantar-se do chão, olhando parar o local onde havia caído. Aparentava estar chorando, mas por que?
Shaoran (segurando Sakura pelo braço): - Estais louca?
Sakura (tentando soltar seu braço): - Solte-me Shaoran, eu vou embora. (soluçando repetidamente).
Shaoran (puxando ela): - Deixe disso! Está caindo o maior temporal aqui fora. É muito perigoso ir a pé. Você não vai para o campus assim, deixe-me pelo menos levá-la quando o tempo melhorar.
Sakura (o fitando com os olhos rasos em lágrimas): - Não! Deixe-me, por favor.
Shaoran (soltando o braço dela): - Mas por que? (perguntando ressentido)
Sakura (balançando a cabeça de um lado para o outro): - Não está certo, Shaoran. Não está certo.
Shaoran (segurando o rosto, fazendo-a voltar a fitá-lo): - O que não estaria certo?
Sakura (tirando a mão dele de seu rosto, fitando novamente o chão): - Eu... e...e... Você.
Shaoran (pegando de leve o queixo dela, levantando o rosto dela, fitando-a no fundo dos olhos): - Por que não? Eu amo você, Sakura. E vejo que sentes o mesmo, ou ao menos, algo além de amizade de trabalho e amizade comum.
Sakura (sentindo o coração acelerar, gaguejando): - E-eu...Tam-também te-e a-mo-o.
Shaoran (falando ao ouvido dela, em voz baixa): - Então por que não estaria certo?
Sakura sente um arrepio gostoso pelo corpo, abraçando-o com força, ele a corresponde, vai beijando suavemente seu pescoço até chegar à boca, onde aprofunda em um beijo apaixonado. Antes, às vezes se encontrava desligado imaginando qual gosto teriam os lábios dela. Só ao sentir o doce aroma que ela emanava, sentia os cabelos na nuca arrepiarem.
Ela não agüentava mais, queria tê-lo tanto quanto ele a queria. Há tempos sonhava com aquele beijo, mas acordava frustrada por ser um sonho, mas agora era real, ela o tinha, e queria que fosse eternamente.
Acabam perdendo por completo a noção das coisas à volta deles, apenas lembram-se quando se separam, sem fôlego.
Sakura (vira o rosto pro lado e espirra): - Atchin!
Shaoran (soltando-a e pegando sua mão): - Venha comigo, vamos lá pra dentro se não você vai acabar piorando.
Os dois entram na casa. Li sobe até seu quarto, enquanto que Sakura o espera na sala, e volta com uma toalha, uma camiseta e um short femininos.
Sakura (envergonhada): - Pra quê isso?
Shaoran: - Oras Sakura, pra você ir tomar um banho e trocar de roupa, é claro. Aproveite logo que a energia voltou para tomar um banho quente.
Sakura (corada): - Ainda está de pé você me levar pro campus?
Shaoran (rindo): - Não, não está. Quando subi o telefone tocou, reparou nisso? (Sakura consente com a cabeça) Então... Era sua prima, e disse para você não voltar para o campus, pois nem ela mesma está lá, ficou na casa de Eriol. E como você perdeu sua chave do quarto, não tem como entrar. Além de que, você está encharcada! (a olhada dos pés a cabeça)
Sakura (pegando a toalha e as roupas): - Mas de quem são estas roupas?
Shaoran: - De uma das minhas irmãs. Quando trouxe minhas coisas para cá, acabei me enganando e trazendo isso também. Pode usar, não tem problemas. Ah, tome banho no meu quarto, pois o chuveiro daqui de baixo está enguiçado, e é melhor não arriscar entrar no quarto de Lana, por mais que ela tenha sono pesado.
Sakura: - Mas seu quarto não é uma 'área restrita'?
Shaoran: - É sim, mas para você não.
Sakura fita-o, ainda mais envergonha por ele ter piscado para ela, como se insinuasse algo, mas sobe e toma seu banho e quando volta, Shaoran sobe para tomar seu banho também. E ela aproveita pra fazer chocolate bem quentinho para os dois. Quem é que não gosta!
Shaoran volta com uma colcha em mãos, e sente um cheirinho bom de chocolate vindo da cozinha, se aproxima para ver o que Sakura fazia, e a vê saindo com duas canecas em mãos.
Shaoran: - O que é isso?
Sakura (respirando fundo): - Não consegue sentir? (ele consente) Chocolate quente que fiz para nós. Se quiser mais depois, tem lá na cozinha. (olhando para o que ele carregava) Para o que essa colcha?
Shaoran: - É que hoje tem um filme muito bom na TV que eu estava a fim de assistir. E como está frio nada melhor que uma boa colcha. Assiste comigo?
Sakura: - Claro! Vou ficar por aqui mesmo, já que você não me deu muitas escolhas. (disse brincando com ele).
Sakura coloca as canecas em cima da mesinha de centro e ajuda Shaoran a armar o sofá em cama. Depois de armado, Shaoran sobe de novo até seu quarto para buscar travesseiros e um lençol para cobrir o colchão do sofá-cama.
Com tudo arrumado, Li liga a TV e os dois sentam, abraçadinhos, no sofá, enrolados na colcha, tomando o chocolate. No braço do sofá tem uma bandeja onde colocavam as canecas quando precisam.
O filme ainda não tinha começado. Ficam se beijando e trocando carícias sem muitos detalhes se não fica um fic hentai e acabam se amando. O filme inicia e eles não percebem.
Acabam adormecendo depois.
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Na manhã seguinte Shaoran sente o corpo de alguém sobre o dele, respira fundo então sente o perfume dos cabelos de Sakura, percebe que o que aconteceu não fora um sonho dele. A aconchega melhor em seus braços e fica admirando-a dormir.
Ela se vira para o outro lado, então ele resolve se levantar e fazer logo o café da manhã, pois Lana poderia acordar e não seria muito bom ela vê-lo dormindo com Sakura, mas quando se levanta e olha que horas já eram, era melhor preparar o almoço. E por que será que Lana ainda não estava acordada? Será que ela havia visto algo?
Sakura acorda com o cheirinho da comida e nota que Shaoran não está mais ao seu lado.
A pequena desce correndo as escadas, e quando Shaoran escuta o barulho e aparece na porta da cozinha vendo sua filha toda alegre indo abraçá-lo.
Lana: - Papai, Bom Dia, papai!
Shaoran (dando um beijo no rosto da filha): - Bom dia minha filha. Hoje estamos acompanhados.
Lana (com um ponto de interrogação enorme na cabeça): - O quê?
Shaoran (apontando pro sofá): - Sakura está dormindo no sofá da sala. Mas não faça barulho para não acordá-la.
Sakura (escutando tudo, levantando do sofá): - Esta tudo bem, já estou acordada.
Lana (saindo correndo para abraçar Sakura): - Tia, tia!
Shaoran: - Tia não, agora você pode chamá-la de mamãe, certo Sakura!
Sakura (corada, solta a pequena): - Como assim?
Shaoran (ajoelhando-se aos pés de Sakura): - Quer namorar comigo Sakura?
Sakura (toda alegre): - Claro! Claro que eu quero! (depois de um tempo) Mas qual é o problema dela me chamar de tia?
Shaoran (esquecendo que Lana estava ali, abraçando Sakura): - Porque você é a namorada do pai dela, e não tia!
Lana: - É... mamãe! Aí você será mesmo minha mamãe. Não é, papai? Você vai casar com ela?
Shaoran (vendo que o que Lana dizia deixava Sakura encabulada): - Cada coisa ao seu tempo, pequena. Agora suba e troque de roupa.
Lana sobe correndo obedecendo a seu pai.
Shaoran (aproveitando que Lana já tinha subido): - Ela está certa... Só te pedi em namoro primeiro porque o pedido de casamento eu vou fazer quando você terminar a faculdade, aí eu peço.
Sakura (olhando para ele duvidosa): - Bobo!
Shaoran: - Também te amo, minha flor!
N/A: Sou uma fracassada XD s esconde dos tomates e ovos podres, mas voa uma banana estragada em sua direção O.o Perdão por ter demorado, mas não precisa de tanto, né? é acertada no meio da testa por um repolho Isso dói . Tah, precisa sim... Eu devo demorar com o próximo cap.. Sabe o que acontece? Eu só consigo escrever com crises de inspiração e quando não to entediada, o que ocorre praticamente sempre que posso escrever. Fora que estou muito ligada ao Outro Mundo (a fic que tirei do ar) que acabo largando as outras de lado, então não esperem atualizações da fic 2 corações porque aquela fic eu tava escrevendo a 'minha história' meio retorcida com um ex... retorcida porque eu não fiquei grávida e muito menos tenho poderes mágicos, e outras coisa,s eu só arrumei um jeito diferente para contar o que acontecia comigo.. Bem, então eu tenho que me recuperar de tudo (detalhe, fazem mais de 6 meses que terminamos) para poder continuar com ela. Mas eu tinha esperanças de voltar, e menos de um mês atrás aconteceu umas coisas que me fez ficar depressiva de novo, com relação a ele também, ai eu tinha decidido largar a fic, mas resolvi só eu 'esquecer' ele para poder continuar. Porque se eu continuasse a fic contando a minha história com ele, bem, não teria um final feliz. É só, e talvez o próximo cap de TPA seja o último XD Beijos.
