Retração: "Eu não possuo os direitos sobre Saint Seiya, ou sobre qualquer de seus personagens. Todos os direitos cabem ao Masami Kurumada, criador e desenhista do manga series. Apenas os utilizo para a redação de fanfics."

"Afrodite treina uma aprendiza na poderosa arte das rosas, mas será que no final ele conseguirá se separar dela, ao descobrir algo diferente em si próprio?"

As rosas não falam

Capítulo 7 - O doce licor de rosas...

- Bem com você já terminou o seu treinamento físico com a Marin, posso ensinar-lhe o que é realmente importante.

- Er...acho que eu ainda não passei nos treino físico da Marin, ela ainda não me dispensou. - "Coisa que realmente eu gostaria de escutar..."

- Já está na hora de terminar, eu vou falar com a Marin. - ele levantou-se da cadeira e pegou uma rosa vermelha que estava em cima da mesa. - Os próximos meses são apenas para você assimilar a técnica, daí você vai poder ir embora do Santuário.

- Tudo bem. - falou com um certo ar triste. - "É verdade, tenho pouco tempo para permanecer no Santuário, e justo quando eu já estava me acostumando a viver aqui..." - encostou-se na cadeira.

- Sua próxima lição será aprender a enganar e distrair o inimigo. Se você não percebeu, essa é a base da minha técnica. Eu engano e ataco! Huhuhahahahhh!!

"Tsc tsc... O que deu nele?!" - pensou Cypria ao ver o seu mestre se olhando num espelho e dizendo 'Como sou lindo! Nossa sou muito lindo!! O mais belo cavaleiro desse Santuário, é claro depois do mestre...huhu huhuhh...'.

- Aham! Quando eu avisto inimigo... - ele aproximou-se de Cypria que estava sentada numa espreguiçadeira, debruçou-se sobre ela, sem tocar-lhe. Manteve o seu rosto próximo ao dela e a rosa que segurava também, beijou a rosa. - ...finjo-me de mulher para desconcerta-lo... - passou a rosa pela boca dele e depois descendo lentamente, aproximou ainda mais o seu rosto. - ...engana-lo e mata-lo. - parou a rosa em seu peito, na altura do coração. Saiu dali e virou-se para colher mais rosas nos canteiros.

"Tem... tinha algo diferente nos olhos dele...", pensou.

- E é claro, a sedução é a arma mais infalível. Não se esqueça. Mas como essa máscara de amazona atrapalha, seduza seu inimigo com o corpo. Torne seu corpo tão sedutor quanto um sorriso ou um olhar. É o que tem que aprender, ou não vai passar neste treinamento. - cheirou a mesma rosa e jogou-a em seu colo.

- Si-sim...

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- CYPRIA!!!! - berrou uma garota ruiva.

- Hã?! AH!! QUE SUSTO!! - gritou.

- Estou chamando você há horas e nada de me responder! O que está acontecendo?

- Nada... Você também acha que o meu mestre está meio estranho de uns dias para cá, Marin?

Ela assentiu com a cabeça. - Embora eu não saiba o que está acontecendo. Você tem alguma idéia?

- Não. Vou sair! Tenho uma aula na estufa agora a tarde! - saiu pela porta.

"Hum... está acontecendo algo, ela também está estranha...", pensou voltando para o seu quarto.

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"Desde que essa mocréia chegou, que eu não vejo mais o maskinha... ela consome quase o meu tempo todo!! Ah... mas não ficar assim, vou reclamar a Athena e..." - Afrodite reflete enquanto observa Cypria errar pela enésima vez o mesmo exercício, o mais simples que ele podia inventar.

- Er... mestre acho que errei de novo... - falou ela ao errar mais uma vez. Ele permaneceu calado.

- Aham! Afrodite de Peixes, eu estou interrompendo algo? - perguntou Saori ao chegar no jardim da Casa de Peixes e encontrar o cavaleiro com uma rosa negra na mão prestes e joga-la em Cypria como castigo por não fazer nada certo.

- Hã?! ATHENA!! Não... a senhora não atrapalha em nada... - ele realmente ficou nervoso.

- É bom... não admitirei maus tratos a minha amiga. Entendeu?

- Sim.

Algumas horas depois...

- Afrodite o que você está fazendo?

- Estou limpando a minha casa para a sua festinha, Miro. - respondeu com raiva.

- Nossa não precisava, meu amigo...

- É L"GICO QUE PRECISA, VOCÊ VAI DESTRUIR A MINHA CASA!!! - gritou Afrodite pondo um monte de quinquilharias numa caixa.

- Isso não é verdade. Mas garanto que você vai se divertir... E a propósito, você sabe se a sua pupila vem para minha festa? - perguntou.

- Não sei. E isso não é da sua conta... por que você quer saber?

- Eu? Por nada... você podia convidá-la por mim, Afrodite, eu gostaria muito de ter aquela gostosinh... quero dizer aquela amazona na minha festa...

- Hum... Vou pensar no seu caso, Miro. Agora podia ir embora? Ou vai querer me ajudar?

- Não, não. Eu estava só de passagem! E sua casa fica melhor assim, sem aqueles enfeites de bicha...

- GGGRRRR!!! VAI EMBORA MIRO!! - gritou Afrodite.

De noitinha após ter 'arrumado a casa' para a festinha de Aniversário, Afrodite ainda não tinha conseguido se livrar de Miro.

- O que você ainda quer aqui, Miro?

- É que...estou de folga hoje e não tenho o que fazer... Ei! O que é isso nessa taça? - Miro pegou a taça meio cheia que estava sobre uma mesa e cheirou-a. - Rosas?!

- Sim. - tomou a taça da mão de Miro. - É um fino licor de rosas que eu mesmo produzo. É feito com as melhores rosas que eu tenho cultivado em minha casa.

- Sei... para mim isso é coisa de bichinha...

- Que seja. - Afrodite virou a taça, encheu-a novamente e atirou mais uma garrafa vazia fora. No canto da sala havia uma pilha com mais de sete garrafas vazias.

- Nossa, você já bebeu muito... Posso beber também? - perguntou animado puxando um copo e enchendo-o com o licor.

- Já pegou mesmo, né? Só estranho que você queira beber uma bebida de bichinha... huhuh..huhu..

- Não é bem assim... e ei! Esse gosto se parece com aquela maravilha que o Deba traz do Brasil..

- É. Ele me dá as garrafas de cachaça e eu ponho as rosas dentro com um pedacinho de canela-em-pau. Aí eu deixo curtir e depois bebo! - explicou Afrodite.

- Ela fica doce... Ah! Eu sei como é! Também faço isso com os meus escorpiões, tiro o veneno e os ponho num vidro de formol.

- VOCÊ BEBE O VENENO?! - exclamou.

- NÃO! Não sou louco!!

Algumas horas mais tarde, para falar a verdade quando o dia estava amanhecendo, após várias (muitas mesmo) garrafas tomadas, ambos sentem o efeito devastador do licor. Ficam completamente embriagados...

- Hic! Não agüento mais!! Hic! - Miro tentou levantar-se da mesa, mas caiu na cadeira de novo. - Você só falou dela a noite inteira... Hic!!

Afrodite não respondeu, mantinha o rosto plácido, embora desfigurado por causa da bebida. - Vou... hic! Embora... hic! - com muita dificuldade Miro saiu da casa de Peixes.

- Nossa... mas cadê os degraus desta merda?! Hic! Não vejo nada! Ainda está escuro... hic!? - ele caminhou mais alguns passos e... não encontrou mais o chão. Despencou de lá em cima até em baixo, rolando pela escada como uma jaca-mole.

Cypria que vinha subindo as escadas distraída, não viu o Miro rolando escada abaixo... não aconteceu outra coisa, ele esbarrou nela, e os saíram rolando em direção da casa de Aquário. Como já havia amanhecido, e estava na hora de seu treinamento com o Afrodite, ela dirigia-se para a Casa de Peixes.

Terminando de rolar, os dois bateram na porta da casa de Aquário. Acordadam o seu morador.

- Droga! Quem bateu aqui? Não vê que estou descansando!!! - gritou Camus com cara de quem havia acabado de sair da cama.

- Ai... o que foi isso um caminhão? Alguém anotou a placa? - perguntou Cypria, olhando para os lados. Olhou para baixo e viu Miro desmaiado. Ela havia caído em cima dele. - Ah!! Miro? - levantou-se num pulo. Ela olhou de lado e viu Camus parado na porta da casa, com um micro-shortinho de dormir... ela agradeceu aos céus por usar aquela máscara, pois com a visão, ela corou as bochechas e sentiu lágrimas caírem do seus olhos, um colírio, literalmente.

- Oui! Você deve ser a pupila de Afrodite, não? E... Miro! De novo!! - ele olhou para baixo e viu que... bem, não estava completamente vestido... correu para dentro da casa de Aquário e saiu de lá com um robe preto.

- Er... sim! Acho que o Miro morreu! Ele estava rolando pela escada, e acabou me derrubando. - falou preocupada.

- O Miro? Ele não morreu não... olha! - ele começou a chutar o corpo de Miro, que reagiu mexendo a mão. - Maldit! Já é a terceira vez que você cai na minha casa! Deviam lhe proibir de beber!!! Seu vagabundo!!

- É... você não deveria fazer isso. Bem, vou indo!

- É deixa que eu cuido desse vagabundo. - Camus voltou para a casa de aquário chutando Miro, e resmungando.

- Vai entender... - falou enquanto subia as escadas novamente.

Ela entrou na casa de Peixes e tomou um choque. Parecia que um vendaval havia passado por lá, estava muito diferente. "Que estranho... Cadê os bibelôs, as cortinas de seda chinesa, as almofadas rosa-choque, e principalmente aonde foi parar o Afrodite?!", pensou olhando para a casa.

Quando no canto da sala, encontrou uma pilha de garrafas, tinha mais de cinqüenta.. Todas vazias. No ar um forte cheiro de rosas, forte mesmo, deixando-a levemente tonta. No chão perto das garrafas estava Afrodite desmaiado ainda segurando uma taça na mão vazia.

- Afrodite? - ela o chamou, mas não obteve resposta, assim com Miro, ele também havia desmaiado. - "E agora?!" - Ao menos está respirando, está vivo... Mas que vergonha, bebeu até cair. Não posso deixa-lo aqui... - "Apesar de tudo é o meu mestre..."

Ela tirou a taça de sua mão, e tentou levantar o cavaleiro, apoiando o braço dele em seu ombro. Arrastou-o até o quarto. "Caramba, nunca pensei que ele fosse tão pesado... arf.. mesmo sendo magro." Com muita dificuldade ela o jogou em cima da cama, embora as pernas tenham ficado para fora.

- Eu acho que você não merece que eu o ajude... - ela tirou as sandálias que ele estava usando e ajeitou-o, pondo as pernas na cama.

Afrodite usava uma camisa de botões florida e uma calça rosa, porém não estava maquiado, deixando o seu rosto com aparência masculina.

"Que espécie de estampa é essa? Rosas negras? Que mal gosto..." Ela desabotoou a camisa e a tirou. Para terminar o cobriu com um lençol. - Pronto, só espero que não passe mal, daí não vai ser culpa minha... - Ela parou por um momento e contemplou o rosto do mestre, a expressão seria de raiva?

Ele a puxou pela mão com força, fazendo-a cair por cima dele. - Mocréia... você não faz nada direito... - falou durante o sono (ou seria durante a cachaça?). Em sua mão surgiu uma rosa vermelha.

"Hã?! Uma rosa vermelha? Ai... me larga, sua bichona!!", ainda debruçada sobre ele, tirou a rosa de sua mão e a cheirou. "Que cheiro forte... Mas é muito bonita, será para mim? Então seria o primeiro presente que ele me dá, em vez de reclamar...". Tirou a máscara e o beijou. Antes de sair dali, ela deixou uma flor em seu cabelo.

A expressão de raiva que pairava no rosto de Afrodite, logo se transformou em um sorriso...

Continua...

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N/A:

Esse capítulo saiu um pouco pequeno... mas prometo melhorar no próximo... heheh...

Bem, primeiramente quero dizer que a idéia do Licor de Rosas não é minha, mas como sou fã dela, pego emprestada. Os direitos do Licor de Rosas de Afrodite é do extinto blog NOOS (Nós Odiamos O Shun), e de seus webmasters.

Agradecimentos a Madam Spooky, Lonestar Karina, Megawinsone, Milla-chan, por ter comentado a minha humilde fic no capítulo anterior. E até o próximo capítulo...

Kourin-sama

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