"Afrodite treina uma aprendiza na poderosa arte das rosas, mas será que no final ele conseguirá se separar dela, ao descobrir algo diferente em si próprio?"
As rosas não falam
Capítulo 8 - Os preparativos para a grande festa!
As estrelas já estavam brilhando no céu quando o cavaleiro de peixes enfim despertou de seu soninho... er... bebedeira. Depois de um longo tempo espriguiçando-se (não observem, mas talvez esse seja um verbo novo...), ele foi até o banheiro. Olhou bem a cara de ressaca e condenou aquela bebida. "Pareço um fantasma, só que um lindo fantasma... Essas olheiras até me deixam mais sexy, gótico!" - Hahahahhh! - riu de si mesmo...
Ligou o chuveiro e entrou. "Meu cabelo ta um nó... grr... Droga!" - Ai! O que é isso?! - os seus dedos estavam engalhados em um emaranhado de fios, mas era outra coisa que engalhava os fios azul-piscina. - Uma flor?! ... como uma flor foi parar no meu cabelo? Ou melhor como fui parar no meu quarto, se eu estava na sala... - todo esse esforço mental para se lembrar do que aconteceu fez sua dor-de-cabeça voltar mais uma vez. - Só pode ter sido alguma brincadeira do Miro, porque eu apaguei primeiro que ele... acho... Será que alguém tem um analgésico?
No outro dia, no campo de treinamento.
- É uma bela manhã de domingo, não concorda?
Afrodite voltou-se para onde havia surgido aquela voz e exclamou: - Você!
Ela sorriu, embora não pudessem ver o seu sorriso. - Sim! Também aproveitei para correr um pouco... - "Estou ficando meio gordinha... :P" - Posso correr com você?
- Não. Aliás hoje é meu dia de folga! E quero ficar sem ver você! - falou com raiva.
- Por que está usando óculos escuros tão cedo... o dia ainda não está tão claro... - perguntou curiosa.
- Não é da sua conta. - falou. - É que estou com olheiras horríveis, e ninguém pode me ver assim.
- Isso é besteira. Põe umas rodelas de pepino que sai. - ele fez uma cara bem feia para ela. - Você deve estar de mal humor, por causa da bebida, não é? Ainda está de ressaca?
- você sabe que eu bebi?
- Como eu sei? Hum... Descobri que tenho habilidades psíquicas também, e inclusive não vou treinar mais com você, e sim com o Mu de Áries. - brincou.
Afrodite não disse nada, apenas correu mais rápido para que ela não conseguisse o alcançar. E para sua surpresa ela conseguiu, e pôs-se na sua frente. "Deve estar ficando velho mesmo, para esta mocréia me alcançar...".
- Por que você correu mais rápido, hein? Era uma brincadeira.
- Não foi por isso. O problema seu, você tem como mestre quem quiser. É porque não quero que o Maskinha me veja com você. Vai pegar mal para mim, que me vejam com uma mulher no dia da minha folga. Será que já entendeu, ou quer que eu te expulse?
- Você realmente é uma bicha desprezível. Eu não deveria tê-lo ajudado quando você estava caído no chão, bêbado. Seu idiota!
- Então foi você que me levou até o meu quarto... - ele não reparou, mas mudou um pouco de cor, tornando-se um pouco mais vermelho... e não era o sol que estava queimando sua pele. - Você diz ter me feito um favor? Fez apenas sua obrigação. Sou seu mestre e você deve prezar pela minha saúde, mocréia.
- O QUÊ?! NÃO ACREDITO QUE ESTOU OUVINDO ISSO... ggrrr...
- Ei! Não estou interrompendo nada, não é? Heheheh... - falou ao ver Afrodite e Cypria conversando um de frente ao outro.
- Não, Miro. Ela já está indo embora, não é mocréia? Huhhuhu... - ela não respondeu.
Nessa hora passa do outro lado, Máscara da Morte também fazendo sua corrida matinal. Afrodite logo o viu, na verdade acho que sentiu seu cheiro (de podre...) à distância. E então gritou seu nome bem alto, e acenou com a mão. Miro e Cypria olharam para um e para outro, sem acreditar. Pois Máscara olhou para quem o chamava, e continuou correndo. Esbarrou numa árvore, metendo o nariz no tronco, caiu no chão.
- Maskinha! Mio amore!! Você olhou para mim!!! - gritou radiante pulando de um lado a outro.
- Ér... Afrodite, não é querendo tirar sua alegria não, mas acho que o Câncer olhou para a sua discípula, a Cypria. Afinal, ela é um pedaço de mal caminho... heheh... com todo o respeito. - falou Miro.
- O QUE?! ELE OLHOU PARA MIM!!! PARA MIM!!! - protestou Afrodite.
Enquanto isso do outro lado do campo, Máscara da Morte levantou ajeitou o nariz e saiu resmungando uns palavrões bem cabeludos em italiano, que nem eu (a fic writer) seria capaz de escrever, até porque não sei falar italiano...
- Não olhou não.
- OLHOU SIM!!!
- Não. E pronto! Eu vi. - terminou Miro aumentando a voz e depois a baixando - Cypria, você vai para minha festa de aniversário?
- Não sei. Acho que não.
- O que?! Você precisa ir! É minha convidada de honra!! Vai?
Ela sorriu. - Agora vou. Mas com a Marin, quando será?
- Daqui a uns dias. Quero ter o prazer de tê-la na minha festa... - ele beijou-lhe a mão.
- Agora, Miro. Vai embora. - falou Afrodite. - Vai logo que não agüento mais olhar para sua cara.
- Ta irritado hoje? - sorriu. - Ou pe porque eu atrapalhei alguma coisa... Cypria, minha querida, seu mestre é um saco! Muito chato. Não sei como você o agüenta todos os dias... Só sendo do mesmo signo que ele...
- Eu não sou. - e antes que os dois pudessem perguntar qual, ela falou: - Sou de Escorpião.
Os queixos dos dois despencaram com a notícia. Estavam surpresos demais para traze-lo de volta ao lugar. Ela deu de ombros.
- Escorpião?! Então era para você ser treinada por mim! Não sei como Athena te colocou com esse cavaleiro sentimental... - falou apontando para Afrodite. - "Ô beleza... essa gostosinha como minha discípula... ai ai eu ia me fartar!!" - pensou malicioso.
Voltaram a correr. Afrodite que queria ficar sozinho, com seu mal-humor, acabou tendo que agüentar o Miro, e a mocréia... Só que Miro como gosta de aparecer, passou a correr de costas, de frente para Cypria e olhando para Afrodite, que estava com uma cara bem feia.
- Eu se fosse você não corria de costas...
- Por que não?! - perguntou irônico. Não vendo que atrás de si, tinha um buraco pequeno, mas que prendeu seu pé. Resultado despencou no chão. E Cypria que parecia estar no além, não viu que Miro havia caído no chão, tropeçou em seu pé e caiu por cima dele. Encarou-o. Miro estava com dor por causa do seu pé, mas não perdeu a oportunidade. Com uma mão apertou-a pela cintura e com a outra tentou tirar-lhe a máscara.
- O QUE VOCÊS ESTAM FAZENDO, SEUS INDECENTES?!?! SAIA JÁ DAÍ, CYPRIA!!! - gritou Afrodite ordenando e puxando-a pelo braço.
- Você não tem esse direito, Afrodite de Peixes. - ela empurrou a ponta do dedo no nariz de Afrodite e foi embora, deixando-o com cara de bobo.
- O que deu nela? - perguntou Miro sentando no chão massageando o pé.
- Hã...? Não sei! MAS VOCÊ É UM TARADO, MIRO!!! COMO SE ATREVE?!?? - gritou cerrando o punho.
- Hum... não precisa ficar nervoso, meu amigo... eu entendo você. - falou com ironia. Levantou-se e foi embora, mancando no pé ferido.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Chegou então o grande dia da grande Festa de Miro. Afrodite passou o dia emburrado porque ainda não tinha se acostumado à idéia de ter que 'emprestar' a casa para o evento.
Miro estava lá desde cedo, arrumando umas caixas de bebida e uns petiscos. O bolo ia chegar depois, já que Aioria e Marin se propuseram a trazer o bolo. Miro exigiu que o bolo fosse feito de chocolate e coberto de confeitos coloridos. Segundo ele, a sua festa deveria ser beeeemmm tradicional. Até as bolas de sopro e os chapeuzinhos ele comprou. E sem esquecer de uma corneta de carnaval, para que ele vai usar isso, é que eu não sei...
- FOOOOMMMM!!! FOOOOMMMM!!!!
- Pára com isso, Miro... - ele pediu uma vez. - Pára com isso, Miro... grr.. - pediu de novo. - PÁRA COM ISSO, CARAMBA!!! VAI BOTAR ESSA CORNETA BEM LÁ!!!! MALDIT!!!
- Pô... também não precisava me ofender... Camus. Eu estava só brincando.
- SIM, EU NÃO QUERO SABER, MAS NÃO TOCA ESSA COISA NO MEU OUVIDO!!! - ele recuperou o fôlego, encheu mais uma bola de sopro. - Não sei por que eu vim ajudar você e Afrodite.
- Porque você é meu amigo!!! E porque os meus amigos me adoram!!! E desde o meu primeiro aniversário aqui no Santuário, você e o Afrodite que fazem a minha festinha de aniversário...
- É, só que você já está muito grandinho, não acha!? Mas tudo bem. Só ponha essa droga de corneta bem longe do meu ouvido, ou vou ter que congelar você!
- Humpt. - sumiu fazendo muxoxo.
Na casa das Amazonas...
- Marin, eu não consigo ligar o seu forno! Ta emperrado! Me ajuda! - gritou Cypria mexendo no forno.
- Peraí. Deixa que eu faço isso. Você já fez o outro bolo?
- Sim. Mas não será muita maldade jogar um bolo no Miro, um bolo feito de creme de barbear, corante e ovo podre?
- Não. Huhuhu... Ele merece, aquele tarado de marca maior vai pagar por tudo que ele já me fez. E a idéia não foi minha, foi do leãozinho e dos outros cavaleiros de ouro. Todos querem pregar uma peça no Miro.
- Então não fui eu quem fez, tah? - falou rindo.
- Tudo bem, não foram nós quem preparou esses bolos, eles encomendaram a outra pessoa. - Marin olhou preocupada para o relógio. - Espero que fique pronto logo, se não poderemos ir ao cabeleireiro.
- E tem cabeleireiro por aqui? Neste Santuário? - perguntou Cypria.
- Por mais incrível que pareça tem. É o Misty de Lagarto. Ele possui mãos de fada! Mas é um pouco invejoso... daí não olhe para a cara dele... ele se acha muito lindo, e nenhum cabelo é mais perfeito do que o dele. É só elogiar, que ele deixa o seu cabelo perfeito para a festa!!
- Mas para que eu vou querer ajeitar o meu cabelo?
- Para que?! Sei lá, para ficar bonita!
- Você está me chamando de feia? Por acaso? - falou com um tom de voz levemente irritado.
- Não. Só estou dizendo que o seu cabelo está horroroso, e que o Misty poderia fazer um milagre nele. - Marin olhou para o relógio de novo. - Já está pronto, o bolo já está pronto. Agora vamos fazer a cobertura... é de chocolate, né?
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
- Hum... aquela não é a discípula do Frô? É um pedaço de mau-caminho... parece que ele está virando a folha, por causa dela... - cochichou Asterion.
- É se não me engano, é.. e o que ela veio fazer aqui na minha casa?! - exclamou Misty.
- Seu idiota, com certeza ela veio ajeitar o cabelo!
As duas entraram na casa de Misty de Lagarto e logo foram recepcionadas por ele e por Asterion.
- Não precisa nem falar, eu já sei vocês querem arrumar os cabelos, não é? - ele perguntou cutucando Misty, que não tinha gostado muito da idéia de atender a pupila de Afrodite, porque ele simplesmente não o suporta.
- Er... sim, Asterion. Queremos ajeitar os nossos cabelos para a festa de mais tarde. Misty, seu cabelo está perfeito hoje!!! Sedoso, e brilhante! - elogiou Marin, cutucando Cypria para que ela faça o mesmo.
- Sim-sim, está lindo, Misty! - falou Cypria.
- Sei... e o que vocês querem aqui, suas barangas? Vão trocar de cabelo, ou esperam que eu faça um milagre? Hahahh...
- Que tal um milagre, Misty? - falou Marin, quase sem paciência.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Após algumas horas, os cabelos de Marin e Cypria estavam simplesmente divinos! A biba realmente tinha mãos de fada... Bem, já estam produzidas e apenas esperam o Aioria aparecer para pega-las. Foi exigência da Marin...
- Ele está demorando... - falou Cypria.
- Que nada, deve estar se olhando no espelho, nunca vi alguém que gostasse mais de aparecer como ele... mas é o meu fofinho!! - ela sentou-se na frente da casa das amazonas para esperar pelo cavaleiro.
- Pronto, meninas, eu cheguei... - ele arregalou os olhos e deixou o queixo cair quando viu a quase amazona. - Er... Cypria, é você?! Como você está boni...
- VAMOS EMBORA, AIORIA?! - gritou Marin impedindo-o de terminar a frase.
- Si-sim..
Depois de uma eternidade subindo as longas escadarias do Santuário, os três enfim chegaram a Casa de Peixes onde estava acontecendo a festa de Miro. Como o aniversariante queria o som da festa, ele mesmo controlava, então podem imaginar no que deu, né...
- QUE BARULHO! EU NÃO CONSIGO ESCUTAR NADA!! - gritou Marin. - CADÊ A CYPRIA?!
- NEM EU!! - respondeu Aioria. - NÃO SEI!! DEIXE-A PARA LÁ!
No canto da sala, numa mesinha estava o dono da casa com sua cara amarrada e seu mau-humor. Bebia umas tacinhas de champanhe e estava fumando sua cigarrilha no maior estilo. "Grrr... ainda mato o Miro! A minha linda casinha... está sendo destruída...".
- Por que está aqui isolado?
- Por nada. Cuide da sua vida.
- Nossa, que chato... nem ao menos olhou para minha cara...
'- O QUE?! É VOCÊ!? VEIO À FESTA? - espantou-se.
- Sim. Se não, não estaria aqui. Cof, cof, cof... não sabia que você fumava...
- Só em reuniões sociais. E ei, essa taça era minha, mocréia!
- Hi hi hi. Agora não é mais. Você poderia deixar de chato e me apresentar os outros cavaleiros, eu não os conheço ainda...
- Sim, se você prometer que vai me deixar em paz, e me devolver minha taça. - levantou-se da mesa. - Ei por que está fazendo isso, me solta!
- Besteira, eu só queria lhe dar um abraço, mestre.
Continua...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
N/A:
Ois!! Gente, leitoras comentaristas mesmo, seus comentários tem me dado muita força para combater a enorme preguiça que tenho de escrever a fic. Não seria bem isso, mas de digita-la, mesmo... Muito obrigada!
Bem... A Cypria não é lá muito bonita, mas tem um segredo que encanta os homens... e parece que nosso peixinho já está descobrindo isso... hu-huh...
E agora? Como será que o nosso peixinho vai se comportar durante a festa? Esperem até o próximo capítulo e terão uma grande surpresa, eu garanto.
Agradecimentos às leitoras, Juliane-chan, Yoshino, Madam Spooky e Megawinsone por terem deixado sua opinião na minha humilde fanfic...
Kourin-sama.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
