Retração: "Eu não possuo os direitos sobre Saint Seiya, ou sobre qualquer de seus personagens. Todos os direitos cabem ao Masami Kurumada, criador e desenhista do manga series. Apenas os utilizo para a redação de fanfics."

"Afrodite treina uma aprendiza na poderosa arte das rosas, mas será que no final ele conseguirá se separar dela, ao descobrir algo diferente em si próprio?"

As rosas não falam

Capítulo 9 - A Grande Festa

- Bobagem, eu só queria abraça-lo um pouco... - tornou o abraço ainda mais apertado.

- Hum? - "Ela tem cheiro de flores..." - quase inconscientemente, ele pôs o braço em volta dela, e a outra mão em sua cabeça. Abraçou-a também. Fechou os olhos.

Permaneceram ali por alguns minutos... até que...

- Será que não estou atrapalhando alguma coisa?! Hi hi hi... - perguntou alguém que havia cutucado Afrodite.

- Marin?! - exclamou Cypria.

- Eu mesma. E... - - O que vocês estavam fazendo, hein? - perguntou com tom de brincadeira.

- O.O - Er... Nada! E você? Você viu o Maskinha?! - perguntou Afrodite levemente enrubescido.

- Hum... Não. Você não sabe? Ele está viajando.

- O QUÊ?! VIAJANDO?!?! ISSO É IMPOSSÍVEL!! - exclamou.

- Não é não. Ele está fora do Santuário há alguns dias, a mando de Athena, e muito me estranha o fato de você não saber disso... Afrodite, querido.

- Acho que querem conversar, não é? - sorriu sem graça. Saiu.

- Hã? O que deu nele? Eu não falei nada demais?! - perguntou.

- Não sei. Cadê o Aioria? - perguntou Cypria.

- Está ali, conversando besteiras com os outros cavaleiros. Não tenho mais paciência para aquelas conversas chatas. Veja... é Shina ali?

- Aonde? Ah! É... o que ela está fazendo? Parece que está sendo imprensada pelo Shura... O que ela está vestindo pode ser chamado de vestido??

- o! Você não sabe? Ho ho ho... Deixa para lá. Ela compra essas coisas de camelô e diz a todos que foi em loja de marca... tsc tsc... - Marin mudou de assunto. - Pretende sair daqui depois de terminar o seu treinamento?

- Sim. Tenho que cuidar da minha família. Não posso deixa-los sozinhos naquela fazenda enorme. - ela sorriu. - De certa forma encaro o tempo que estou aqui, como um descanço, uma diversão. A pesar de isso aqui não ser o paraíso...

- Sei... é uma pena, seria bom tê-la aqui no Santuário, o código de honra das amazonas está precisando de alguém que o siga a risca como você. Porque a Shina... não serve nem para ficar nesta terra santa. - soltou uma risadinha abafada.

Do outro lado da festa, na reunião dourada...

- Aí, cadê a torta? - perguntou Aioria.

- Está ali naquela cadeira. - apontou Deba.

- Aonde? Ali só tem o Shaka sentado com sua cara de tédio costumeira. - brincou Aioria. - Não me diga que ele... - foi até o cavaleiro. - Ô Shaka, sai daí.

- O que? Falou comigo?

- Foi, sai dessa cadeira. Por fa... sai logo daí! - Aioria estava perdendo sua preciosa paciência.

- Não. Por que?

- Porque a barbiezinha aí, sentou na torta que iria para a cara de Miro daqui a pouco! Você por acaso é cego?

- Não. Mas não sou barbiezinha... - Aioria levou um soco do calmo cavaleiro de virgem, que saiu com raiva.

- E a nossa torta já era... Miro de sorte, fica para outro dia... - comentou Mu.

Minutos depois...

- Aham! Prestem atenção em mim!! Agora acho deveríamos devorar aquele bolo ali... não acham?! - falou o aniversariante. - Eu estou com um pouco de fome...

- Calma, Miro! Antes nós os seus amigos, os maravilhosos cavaleiros de ouro, queremos te dar o nosso presente especial. - começou Aioria. - Sem dúvida foi feito com muito carinho, especialmente para você, por todas as vezes que você nos importunou com sua personalidade extravagante...

- Quem? Eu?!

- Sim. Agora o presente. - falou Camus estalando os dedos. E nada aconteceu. Estalou de novo, e de novo. - Cadê? Seus idiotas? Não vão vir?!

- Não. - responderam em coro.

- Bem, se é assim, he he heh, pode continuar Miro. - Depois que todos devoraram o bolo, Miro fez questão de que a festa dele ficasse mais quente... Começou a servir as bebidas, pessoalmente.

Chegou então na mesinha em que Afrodite estava: - Ô Frozão, é bom saber que a sua discípula veio para minha festa... he he he...

- Por que? - ele não tirou os olhos da paisagem que via por uma janela.

- Ora porquê! Ela é maior gostosinha da minha festa... 'carne nova no pedaço', e esse 'banquete' será todinho meu, o dono da festa.. Você não acha que ela deve ser uma daquelas moças puras de interior, intocadas em sua pele alva e macia... ah... vai ser o máximo! - sorriu. - Mas, não sei porque lhe dizer isso, você não entende o que é pegar uma virgem... há hah ... na verdade você não sabe o que é uma mulher, nem gosta da fruta... não é mesmo? Afrodite?

Miro voou longe em poucos segundos, levou um soco de peixes que parecia estar de mal humor. Todos pararam e observaram a cena, incrédulos. Terá Afrodite bebido demais, e estranhado a cara de Miro, ou será pela falta de seu 'maskinha' na festa... Ninguém sabe, mas assistiu a Miro revidando o soco na mesma intensidade. Os outros cavaleiros correram para segura-los.

- Vocês estam loucos? - exclamou Aioria.

Afrodite passou a mão no canto da boca e viu o seu sangue vermelho escorrendo, limpou a boca com um lencinho que trazia no bolso. E esmurrou Miro com a mesma intensidade na altura do estômago, que ficou sem fôlego. Pôs uma rosinha diabólica real no cabelo de Miro e sumiu. Ninguém estava acreditando no que havia visto. Afrodite não era de brigar, muito menos começar uma briga, e ainda por cima sem dizer uma só palavra, nem se quer um dos seus gritinhos histéricos? Era muito estranho, parecia que o cavaleiro estava de mau humor nesse dias...

Miro começou a enxergar tudo desfocado e já não tentava soltar-se de Aioria. Estava ficando dormente. Abaixou a cabeça.

- Ih... o Miro esta... desmaiando? - falou Aioria. - Ei, essa não é uma daquelas rosas venenosas de Afrodite? Aquela que deixa a pessoa sem sentidos, até morrer?

- Ou-oui!! Mon dié!! Alguém tira isso dele!! - gritou Camus. - Temos que leva-lo para um lugar arejado! Rápido!!!

Os outros cavaleiros... - gota.

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"Aquele idiota pensa que é o que? Ai... meu lindo rostinho... Eu devia ter posto duas rosas diabólicas naquela bucha que ele chama de cabelo. Grrr... que ódio!!! Vou pedir uma indenização pelo meu lindo rostinho.." - Afrodite estava em seu jardim, olhando-se num espelhinho. Com um algodão, limpava a pequena ferida no canto de sua boca. - Pelo menos não está inchado o meu rosto. Desgraçado tem uma força muito grande... Ai..

Ele deitou-se numa espreguiçadeira de palhinha, e tentou descansar um pouco. - Espero que essa droga de festa tenha acabado. Eu nunca devia ter deixado que fizessem isso na minha casa... - adormeceu.

"Hum... está dormindo, é? Hoje é dia de festa.. lindinho...." - ela pôs uma venda nos olhos de Afrodite, tirou sua máscara e tocou suavemente seus lábios nos dele. Fazendo-o acordar.

- O que é isso? - levou as mãos até os olhos e quase tirou a venda. Ela segurou suas mãos não permitindo que ele se movesse. - Quem é voc... - não conseguiu terminar de falar. Seus lábios agora estavam envolvidos nos de outra pessoa, a qual ele não sabia quem era. Envolvidos num beijo suave. Suas línguas tocavam-se carinhosamente, aprofundando o beijo. Depois de alguns instantes, ele não sentia mais nada, a pessoa havia ido embora, deixando-o a só consigo mesmo.

"Mas que beijo... quem foi...?" - Antes que sua mente pudesse imaginar quem poderia ser o dono dos lábios que a pouco beijara, lembrou-se das inúmeras pessoas que ainda estavam em sua casa, na festa. Tirou a venda que lhe foi posta, era um tecido leve, um lenço... feminino? Voltou para a festa.

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- Miro você sempre arruma confusão... por que bateu no Afrodite? - perguntou Camus.

Miro que já havia se recuperado do efeito venenoso da rosa, respondeu: - Ele é quem bateu em mim! Só fiz me defender!!

- Sim... mas precisava revidar da mesma forma? E ele teve algum motivo para isso, não foi?

- E eu ia deixar barato para aquela bichona? Não mesmo! E se ele teve motivo ou não isso não é da sua conta. Eu sou muito...

- Inconseqüente, isso sim! - exclamou arqueando as suas sobrancelhas bifurcadas. - Só não me meta em confusão, como você adora fazer..

- Se você me acha um inconse..esse negócio aí, vai querer me matar depois do que vou fazer... E você não tem nada a ver com isso... - foi até onde estava sendo servido as bebidas e pegou uma taça cheia. - Agora vou fazer o que eu realmente quero. - Camus balançou a cabeça em reprovação.

Miro foi até o outro lado da sala, e encontrou numa mesa, Marin e Cypria conversando alegremente. Na verdade, mais parecia que elas estavam fuzilando Saori que resolveu aparecer no meio da festa, para não chamar atenção... Ela estava acompanhada de Seiya.

- He hehh... Olá garotas, estão sozinhas aqui?

- Estamos o que você quer Miro? - perguntou Marin.

- Nada... só vim te avisar Marin que Aioria está te procurando faz um tempo, seria bom você ir vê-lo. - piscou o olho direito. Por debaixo da máscara, ela ficou vermelha, mas não deu o braço a torcer.

- Cypria, eu já volto. E... Miro vê lá, hein? - ele sorriu.

- E aí, menina, seu nome é Cypria, não? - perguntou sentando-se no lugar antes ocupado por Marin.

- Sim.

- Você está a fim de beber alguma coisa? Parece não se divertir na minha festa... isso não é bom, eu como anfitrião preciso me certificar que você está se divertindo..

- Estou me divertindo. Obrigada.

- Hum... Afrodite me disse que sua família é do interior, né? A minha também! Não é uma grande coincidência?

- Err... é sim. - que Miro é grego, ela já sabia, até porque está quase escrito na sua cara. Mas ela não conseguia se sentir segura, estava nervosa. - O que é isto que você está bebendo?

- Isso? É um drink especial que eu mesmo fiz. Quer um pouco, posso ir ali pegar para você... - ele foi até o bar e pegou um copo do 'drink'. - "Hum... só umas gotinhas do veneno de escorpião não vai fazer mal a ela... só vai deixa-la mais descontraída... he he heh..."

Ela pegou o copo, cheirou, não parecia ser ruim, então bebeu de uma vez só. - Muito bom.

- Nossa, que rapidez! Estou espantado. Você não deveria beber assim, não é muito bonito...

Ela sorriu. - Você também é um cavaleiro de ouro como o meu mestre, não é?

- Sou, apenas com uma diferença, gosto das mulheres e da beleza que elas possuem. E a propósito, você está simplesmente linda esta noite. Uma deusa, eu poderia dizer.

- O-Obrigada. Com tantos elogios fico até um pouco envergonhada... - a bebida começou a fazer um certo efeito.

- Pois não deveria! Não a elogiaria se não a achasse linda... Mas, mudando de assunto, por que veio para treinar aqui neste Santuário?

- Eu? Foram os meus pais que sendo amigos da Saori pediram este favor... é uma longa história... Mas... não está um pouco quente por aqui... Estou um pouco sem ar.

- Eu também acho, vamos para fora, lá com certeza estará mais fresco. - Miro deixou escapar um discreto sorriso no canto dos lábios. Os dois saíram para o jardim.

Cypria sentiu-se melhor longe daquele ambiente abafado e com cheiro de cigarro... Por uma razão estranha estava com a pele pegando fogo, como se estivesse com febre, mesmo estando no frio da noite. Puxou o ar com bastante força, e soltou devagar. - Agora e sinto melhor, acho que a fumaça dos cigarros estava me deixando meio tonta. - sorriu.

- Sério? Eu nem estava sentindo mais isso... ops.. ai caramba... derramei minha bebida! Em cima da minha camisa nova, droga... - ele ficou olhando para a camisa manchada de vinho.

- Não tem problema, se quiser depois eu dou um jeito nisso. Sou ótima em tirar manchas das roupas, já que as minhas viviam manchadas quando eu ia para a fazenda. Tenho saudades de lá. - ela chegou perto dele, e pegou na camisa manchada. - Se você passar água agora, ela não vai manchar! Não precisa fazer essa cara toda... hahaha... está engraçado.

- Estou?? - ele corou de repente. Começou a desabotoar a camisa, fazendo-a se assustar e recuar um pouco para trás. - Calma. Tem uma torneira ali, você poderia passar água na minha camisa, não quero que ela manche...

- Ah! S-sim, não tem problema. - pegou a camisa das mãos do cavaleiro. Ela ficou um pouco nervosa com a situação. Não poderia deixar de reparar que possui um físico bem trabalhado... Agradeceu aos céus por estar usando aquela máscara. - Pronto aqui está!

Cypria entregou a camisa para Miro que aproveitou para puxa-la mais para perto si. Falou em seu ouvido: - Você me deixa louco sabia? - ela ficou sem resposta. - Você já não é mais uma menininha, sabe do que estou falando. - abraçou-a mais forte.

- Errr... você está confundindo as coisas, não tenho esse tipo de intenção com você... Poderia me soltar? - mesmo alterada com a bebida, ela tentava soltar-se do cavaleiro. Sentiu-se cada vez mais tonta.

Ele deitou-a no chão, ficou por cima dela, falou novamente em seu ouvido: - Quero conhecer tudo de você... não só o seu rosto... tudo. - ela não tinha reação, era como se tivesse imóvel perante o perigoso escorpião. Também não tinha mais respiração... - Hm? Ei! Você está acordada? - "Será que foi emoção??" - O veneno... xii... me dei mal, vou vazar daqui, se alguém me pega... To frito!

Ele correu dali deixando-a desmaiada no chão...

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- Marin, cadê a Cypria faz muito tempo que eu não a vejo... Onde ela está? Foi embora?

- Não sei... também não a vi. O Miro estava conversando com ela e... - parou de repente, e mesmo por debaixo da máscara era visível sua expressão de preocupação. - Será que ele fez alguma coisa?

- O Miro!? Miro estava com ela? - lembrou-se das palavras que o fizeram esmurra-lo anteriormente: "Ela é carne nova no pedaço... heh heh ehhe.." - Vamos procura-la!

Mesmo estranhando a atitude de Afrodite, Marin estava o suficientemente preocupada com a amiga para questiona-lo nesse momento, então o acompanhou.

- Se eu conheço bem aquele idiota, ele só pode te-la levado para fora da casa! - falou num tom meio irritado. Marin estava estupefata.

Tal qual Afrodite havia sugerido, Miro havia levado Cypria para o jardim. Mas, ela estava caída no chão, demaiada? Não havia sinal do escorpião.

- Cypria! - correu Afrodite até onde ela estava caída. Marin também foi em seguida.

- O hálito dela só cheira a álcool. Ele deve ter feito beber muito, e tentou se aproveitar dela, mas como ela deve ter desmaiado, fugiu.

- Bem típico dele. Nojento... vamos leva-la para dentro. - ele a pegou nos braços e a levou para dentro da casa.

"Devo estar sonhando ou então ele está bêbado! Só pode ser isso..."

Continua...

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N/A:

Ois! E eu de volta de novo!! Heheheh... Estou muito contente com o sucesso que a minha fic tem fazendo por aí... fiquei sabendo disso.. Muito obrigada, é bom ser reconhecida pelo esforço... :P bricadeirinha... não é esforço algum escrever esta maravilhosa fanfic!!!

Bem, não sei se vocês gostaram da festa... Não sou muito boa de fazer festas, já que tudo pode acontecer, e em geral estou um pouco alta para perceber o que realmente acontece nas festas... fico sem material de referência para isso... Bem... O que eu escrevi...?? Isso não tem nada haver, hein? Gota

Pensei em publicar dois capítulos de uma vez só, mas aí eu ainda iria demorar mais para publicar, então, publico esse e em seguida o outro. Acho que vocês vão ficar com raiva de mim... hi hi hi... Acho que o veneno tem de ser distribuído aos poucos... então em breve vem o outro capítulo que eu iria publicar... certo?!

Bom, os meus sempre agradecimentos a minhas leitoras fiéis, que nunca deixam de me presentear com suas reviews: Milla-chan, Melianne, Juliane-chan (logo logo, ele solta o seu macho interior... rsss..), Megawinsone, e Mari Marin. Muito obrigada a todas!

Kourin-sama

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