Retração: "Eu não possuo os direitos sobre Saint Seiya, ou sobre qualquer de seus personagens. Todos os direitos cabem ao Masami Kurumada, criador e desenhista do manga series. Apenas os utilizo para a redação de fanfics."

"Afrodite treina uma aprendiza na poderosa arte das rosas, mas será que no final ele conseguirá se separar dela, ao descobrir algo diferente em si próprio?"

As rosas não falam

Capítulo 10 - E o amor nasce...

- Afrodite não tem jeito ela vai ter que ficar aqui! Não dá para leva-la até casa...

- O QUÊ?! - exclamou. Em seu rosto o desespero era visível. - "Essa mocréia na minha casa? Vai acabar com a minha imagem!!".

- É...não tem outro jeito! Não sabemos o que o Miro colocou na bebida dela, e de qualquer forma, você é o mestre dela! Tem que ser responsável por ela! - implorou Marin.

- Ma-mas...

- Sem, mas! Não vejo mal algum dela ficar aqui! Francamente, né? - após escutar isto, Afrodite olhou para Cypria desmaiada no sofá, e pela primeira vez teve 'pena da mocréia'.

Marin a carregou dali para o quarto de hóspedes e a pôs na cama.

- Ela vai ficar bem, mas amanhã estará com uma terrível ressaca... - balançou a cabeça e olhou para Afrodite que estava escorado na porta. - Ao menos ela está dormindo. Não se preocupe! Agora eu vou embora, se ela piorar, fale comigo! Amanhã eu mesma mato o Miro se ele não explicar direitinho o que diabos pôs naquele copo! - saiu.

"Eu?! Me preocupar? Humpt! Ela não me conhece...". Afrodite fechou a porta, e sentou-se na sofá. Lá fora ainda escutou a voz de Aioria falando com a Marin. "Safada... deixou a mocréia aqui, e foi se divertir... droga! Não sou enfermeira!".

Ainda no sofá, pegou em cima de uma mesinha próxima, a sua última taça de licor de rosas, o seu estoque havia acabado nas últimas semanas. Bebeu um gole e saboreou o líquido avermelhado, aromatizado que coloria a taça de cristal. "Maravilhoso...!".

- Ai! - espetou sua mão em algo no sofá. - O que é isso? Um brinco?! - observou bem o brinco feito com uma pedrinha rosa transparente, e lembrou-se... - É da Cypria! Deve ter caído enquanto ela estava deitada aqui... - bebeu mais um gole, para tentar disfarçar o seu estranho nervosismo.

"Acho que estou cansado... Esse licor dá um calor... Faz a cabeça rodar um pouco...", olhou ao redor e viu sua casa virada de ponta-a-cabeça, como prometido à festa de Miro havia sido devastadora. As lembranças da festa ainda estavam muito vivas em sua memória, e principalmente o fato de que havia uma mulher em sua casa... e aquela mulher a qual ultimamente, ele não conseguia esquecer.

"Ai minha Santinha Priscila, você deve estar decepcionada comigo... quem diria uma mulher aqui na minha casa... estou sozinho com ela...", balançou a cabeça de um lado ao outro na tentativa de afastar aqueles pensamentos absurdos.

"Vou dormir...". Largou a taça no sofá, ela já estava vazia mesmo, e rumou para o seu quarto. Parou de repente ao escutar um barulho vindo do quarto de hóspedes. "Cypria!".

Entrou devagar e observou cada canto, não havia acontecido nada. Tudo estava no lugar e ela dormia profundamente, estando apenas descoberta. Ele a cobriu com um lençol e saiu. Em seu quarto, desabou na cama e dormiu.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Algumas horas depois acordou num susto. "Ah... aquele pesadelo de novo... parece me perseguir...!" Passou a mão pela testa para limpar algumas gotas de suor que brotaram sem aviso, e virou-se de lado. Ajeitou bem o travesseiro, não conseguia dormir direito.

Ele fechou os olhos mais uma vez, esforçando-se para não pensar no pesadelo de novo. Sentiu uma corrente de ar bater em seu rosto, e ainda de olhos fechados, pensou: "Eu... fechei a janela?...", logo após sentiu que o abraçava, como se estivesse abraçando a um 'ursinho de pelúcia'. Abriu os olhos de vez...

- AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!! - gritou enquanto pulava da cama como um relâmpago. Tropeçou em sua própria pantufa rosinha e caiu sentado no chão. Seu coração queria saltar-lhe pela garganta, tentou acalmar-se pondo a mão sobre o peito por dentro da camisa. O susto realmente havia sido grande.

"Terá sido um fantasma ou... não, não poderia ser..." Ainda trêmulo do susto e com o coração ainda acelerado, levantou e caminhou até a luminária próxima de sua cama. Quando ia liga-la, escutou:

- Por favor, não faça isso...!

Suas suspeitas haviam sido confirmadas: era ela. - Ma-mas, o que você está fazendo aqui? - perguntou temendo a resposta.

- Eu... acordei com frio...

"Camus... já avisei para ele que o frio de sua casa sobe diretinho para a minha!" - A janela estava fechada... eu mesmo fechei e... - ele insistiu em ligar a luminária para tira-la de lá a qualquer custo. - ... hum?...

Ela pegou sua mão e a pôs em seu rosto. - ... Entende o porquê de não ligar esse troço aí?

- ... hah!!... - exclamou surpreso. - "Sem máscara?? Que pele lisinha! Qual será o creme que ela usa..?? Deve ser realmente muito bom, e também estou precisando de algo assim , milagroso..." - absorto em seus pensamentos, ele não percebeu que ela, fora da cama, caminhava até a porta. De repente ouviu um barulho. - "O que foi isso?" - pensou.

Ele andou com cuidado pelo quarto, a penumbra dava-lhe condições de enxergar um pouco, porém não muito. Parou quando sentiu alguém puxar sua camisa. - Estou tonta... o que... que tinha naquela bebida...?

- ... n-não sei... - segurando-se nele, ela pôs-se a sua frente. Ele, porém enxergava vultos, não conseguia vê-la direito. Olhou para o seu rosto. Parecia pálida... - ... B-Bem, vou levar você até o outro quarto. Não pode ficar aqui, amanhã eu chamo um médico, já que você não está bem...

Ela segurou-o pelo pescoço com uma mão e com a outra em seu rosto, aproximou-o de si. Fitou seus olhos por um instante e depois seus lábios. Beijou-o. Não podendo escapar, Afrodite aos poucos, foi deixando envolver-se pelos lábios dela, e num movimento quase automático, a abraçou. Aproximando-a cada vez mais do seu corpo.

Depois de descolarem os lábios, passaram ainda alguns segundos entreolhando-se. Afrodite afastou-se dela. Passou os dedos sobre os lábios ainda molhados do beijo, "... E-Ela me beijou?? Uma mulher... e foi bom...?" - É melhor você voltar para o quarto onde estava antes. Ao que me parece, não está assim tão doente...

- ... Me deixa ficar aqui... por favor... - ela pôs-se de ponta de pé e falou em seu ouvido. - ... eu faço você gostar...

Afrodite arregalou os olhos e tentou acreditar que não estava escutando isso. Permaneceu paralisado. Ela o fez acordar com mais um beijo, mais ardente. E calmamente empurrou-o para a cama, ele praticamente desabou.

- Vo-você não está pensando em... - falou com os olhos arregalados.

- Hi hi! Sim. - ela sorriu maliciosamente e começou a despir-se de sua blusa. Debruçou-se por cima dele.

- Aaaahhhh!! Socorro a mocréia quer me violentar!!! - ele gritou apavorado ironizando-a. Mesmo assim parecia nervoso.

- Nossa, como você é escandaloso... nunca pensei... - ela falou balançando a cabeça em sinal de reprovação.

- Err... por que você não saí de cima de mim, mocréia? Não sabe que não gosto de você!

- ... Porque...? - ela falou em seu ouvido. - Porque sei que está mentindo. Só isso.

- !! - Ela o beijou de novo e começou a desabotoar a camisa dele, devagar.

De repente parou e sentou-se do lado dele. Cruzou os braços. - Sinceramente, Afrodite... Também não precisa ficar tremendo! Eu não estou te estuprando, sabia?

- O quê?! Não?? Hahahah... É engraçado, você é quem está me forçando a isto! E... aonde você jogou minha camisa?? É feita de seda, sabia? Não é para estar em qualquer lugar...

- Mas... - ela se aproxima dele e passa o dedo do nariz dele até o início da calça. - Será que você não está gostando, mesmo?

Afrodite ficou vermelho. - N-Não... não mesmo... D-Dá.. para sair daqui?

- Será...? ... Não... - voltou a beijá-lo e desta vez devagarzinho pôs a mão dentro da calça dele, acariciando-lhe.

- ... tire a mão daí... hmm... saí.. hmmm... mocréia... - falou entre um beijo e outro. Sentiu um calafrio percorrer-lhe o corpo todo, seu corpo não estava mais lhe obedecendo...

Ela continuou, e depois desabotoou a calça para facilitar. Falou em seu ouvido: - Afrodite... Agora que quero saber se os peixes mudam de cor... quando querem fazer amor... - lambeu-lhe o ouvido e desceu para o pescoço.

Ele não sabia se as palavras o havia deixado mais nervoso ou as carícias ousadas dela, lembrou-se do comentário de Miro: "Você nem mesmo sabe o que é um mulher..." e decidiu mostrar a todos que também poderia saber... Mas, resolveu esquecer tudo por um segundo e deixar-se levar por ela. Beijou-a, agora ele havia feito por sua vontade, abraçou-a e acariciou os seus cabelos, pondo-os para trás. Passou as mãos por suas costas de pele lisa e macia quase a de um bebê... esbarrou no sutiã. Desabotoou e jogou fora aquela peça de roupa que só o atrapalhava. Fez o mesmo com todo o resto, inclusive com as suas. Ficou por cima dela.

Ela pôs sua mão em seu seio, e arranhou-lhe as costas de leve. Ele beijou-lhe o pescoço e desceu para o colo lambendo-a com sua língua, parou nos seios, onde mordiscou de leve os bicos. Estava meio confuso, não sabia bem o que fazia, já que nunca havia estado assim 'por cima'. Mas ela perecia o guiar, no que ele precisava fazer... e não precisou nem muito, logo encaixou-se nela e... ela o teve como parte de si.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Em poucas horas o sol começava a nascer numa manhã de ressaca coletiva no Santuário. Todos, sem exceção teriam o dia inteiro para descansar. Afrodite ainda dormia num sono pesado e gostoso, sonhando com coisas boas... Mas em pouco tempo as cortinas de seda de seu quarto não suportariam a claridade do sol...

- Hmm... Que droga essas cortinas, sempre me acordam na melhor parte... - ainda de olhos fechados passou a mão de lado no colchão e procurou por algo. Terminou por não encontrar. Abriu os olhos, e viu-se sozinho em seu quarto. "Hmm... Parece que sinto falta de alguma coisa... a Cypria...! É mesmo, ela ainda está aqui...".

Continuou deitado na cama, voltou a fechar os olhos, e imaginou o que diria, o que faria... estava meio confuso. Por fim decidiu abrir os olhos e encarar a realidade, coisa que nem sempre ele fazia.

- Cypria?! - exclamou. - Você... não está mais aqui...? - falou baixinho.

Sentou-se na cama, afastou o cabelo da cara e esfregou os olhos. Olhou ao seu redor e não encontrou nenhum sinal dela. Levantou-se da cama e por descuido deixou cair o lençol o que usava. Olhou para baixo e percebeu que precisava vestir alguma coisa...

Depois de procurar por toda a casa, em todos os lugares inclusive fora dela, percebeu que estava sozinho. Sentou-se no sofá e tomou um café bem quente. Tinha muito a fazer, já que a festa de Miro devastou sua casa, e com certeza ninguém viria para ajudar.

Enquanto tomava o seu café, a sua curiosidade começou a lhe importunar... - "Por que será que ela saiu sem ao menos falar comigo...? É estranho...".

- Mas ainda bem que ela saiu sem falar comigo, minha santinha... A minha vergonha seria maior!! A senhora não poderia imaginar... e por favor segure essa história para que ela não caiu nas mãos de nenhum fofoqueiro, ou nas de Misty que vai adorar saber que eu e a mocréia... bem... a senhora não deve saber dessas coisas... mas eu posso fazer o que se às vezes a carne é fraca... e... A SENHORA ME ENTENDEU, NÃO?! NÃO CONTE PARA NINGUÉM!!! - Afrodite desabafou ajoelhado perante um pequeno altar que tem no canto da sala, com uma imagem da Santa Priscila (protetora e caridosa para com os gays), um vasinho com rosas brancas, e uns incensos. Até virou a imagem da tal santa para a parede para que ela não o pudesse ver, e ter desgosto dele.

Mais tarde um pouco...

- AAAHHH!!! NÃO ACREDITO! AQUELES ANIMAIS ESTRAGARAM TODAS AS MINHAS ROSAS! Oh... pobrezinhas estam todas... argh... mijadas... e agora... não morram por favor, eu cuidarei de vocês... - entrou em casa, pegou seu 'kit de primeiros socorros' (com adubo, e outros materiais de jardinagem), seu som com as duas caixas, e sua preciosidade musical... Pôs a primeira música para tocar... - "Vou por bem alto, para todos escutarem, em vingança às minhas pobres rosas mortas... hu hu huhhh..."

'At first I am afraid, I am petrified,

Kept thinkin' I could never live without you by my side,

But then I spent so many night thinkin' how you did me wrong,

I grew strong, and I learned how to get along'

Além do som, estar na maior altura, Afrodite ainda completou cantando bem alto também... Sua intenção era acordar a todos, e principalmente Miro que havia lhe irritado muito durante a festa, e não deixar ninguém descansar... Talvez ele quisesse chamar a atenção de alguém...

'And so your back, from outer space,

I just walked in to find you here with that sad look upon your face,

I should´ve changed that stupid lock,

I should´ve made you leave your key,

If I had know for just one second you´d be back to bother me.'

Continuou a salvar suas pobres plantas mortas, e a viajar em sua música predileta, não se importando com ninguém. A música o ajudava a não querer matar alguém pela perca das rosas...

Escutou alguém lhe chamar, com o som a voz tornou-se um pouco distorcida, e não dava para reconhecer quem era. Como estava de costas, resolveu olhar de canto e tentar saber quem o chamava.

- Afrodite! AFRODITE DE PEIXES!!! DESLIGA ESSE SOM INFERNAL!!!! - gritou irritada.

'Go on now go, walk out the door,

Just turn around now, cause you´re not welcome anymore,

Weren´t you the one who tried to hurt me with goodbye,

Did you think I´d crumble, did you think I´d lay down and lie,

Oh no not I, I will survive,

For as long I know to love I know I´ll stay alive,

I´ve got all my life to live, I´ve got all my love to give,

And I´ll survive, I will survive,

Hey, hey!'

Ele virou-se e viu a imagem do satan... ops.. isso não pode.. de Saori, mesmo, com uma camisola branca muito parecida com os seus vestidos diários, embora ela estivesse um pouco amassada, e os cabelos desarrumados. Além da cara inchada, de quem estava numa grande ressaca e foi acordada. Tomou um susto imenso ao ver sua cara de ódio.

- Athena! EU NÃO ESTOU TE OUVINDO!! FALA MAIS ALTO!!! - gritou também.

'It took all the strength I had to fall apart,

And trying hard to mend the pieces of my broken heart,

And I spent so many nights just feeling sorry for myself.

I used to cry, but now I hold my head up high,

And you´ll see me, somebody new,

I´m not that chained up little person still in love with you,

And so you felt like droppin´ in just expect me to be free,

Now I´m saving´ you all my lovin´ for someone who´s lovin´ me.'

Ela desligou o som com um chute que derrubou o pobre e velho aparelho de som de uma cadeira. Um grande silêncio surgiu. Ela ajeitou os cabelos, e esfregou a cara, que ainda estava inchada.

- O que você fez dessa vez, a Cypria? - perguntou um pouco furiosa.

- Eu?? - "E-ela sabe...?" - Não fiz nada. Nem a vi desde antes da festa.

- Só pode ter sido você! Não minta! A Marin me disse que ela ficou na sua casa ontem à noite.

- ... glup... - engoliu em seco, agora com certeza todos saberiam do que fizera, e teria sua imagem arruinada. - Repito não fiz nada.

- Não estou de brincadeira. Diga-me! Se você realmente não tivesse nada, ela não fugiria do Santuário! Sem nem ao menos falar comigo! Avisei-lhe que ela é minha amiga, e não iria tolerar nenhuma ofensa a ela...

- F-Foi embora... para sempre...?

Continua...

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

N/A:

Ois! Espero que me perdoem, não sou muito boa de escrever hentais... Acho que tem certas coisas que não podem ser descritas, ou escritas, mas como eu havia, de certa forma prometido (até para mim mesma, que faria..), fui e fiz! Peço perdão àqueles que pensaram que seria o máximo, e tal... mas não gosto de muita descrição... entendem, não?

Bem, a Santa Priscila, é de minha criação... heheh... é a protetora de Afrodite e dos gays... hu huh hh... isso foi demais...

A música foi um adicional, decidi de última hora... não é um songfic, mas apenas uma música que Afrodite estava escutando. Só isso. E para quem não conhece a música ela é I will survive, de Gloria Gaynor, música que depois foi considerada como um hino gay... gosto dessa música, hi hi hi.. o Afrodite também..

Agradecimentos a Megawinsone e Juliane-chan, que comentaram minha fic, muito obrigado!! As reviews de vocês me ajudaram muito a terminar logo o capítulo... valeu mesmo..

Até o próximo capítulo então!

Kourin-sama.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .