Capítulo 3: A Novidade

Na manhã seguinte, Hilda, mandou Siegfried convocar todos os cavaleiros deuses, pois precisava comunicar algo muito importante a eles. Ao saberem da convocação da princesa, imediatamente todos foram em direção ao salão real, chegando l� encontraram a jovem de cabelos acinzentados sentada em seu novo trono de ouro decorado com rubis e vários tapetes orientais azuis com detalhes em amarelo. A soberana levantou-se e pediu para seus guerreiros a seguirem até outro cômodo interligado, aonde tinha uma mesa de mogno, com várias cadeiras com o assento e o encosto na cor verde.

– Queiram se acomodar, eu chamei todos aqui porque quero fazer um comunicado muito importante – A nobre garota sentou-se, fazendo que todos fizessem o mesmo.

– Vai acontecer alguma outra guerra? – Perguntou Bado preocupado.

– Não, pode ficar tranqüilo – Respondeu a irmã de Fler.

– Tem haver com aquela amazona? – Mime interrogou interessado.

– Digamos que sim, vou direto ao assunto, aquela moça não é uma simples visita. Ela é minha meio-irmã, filha de meu pai com uma estrangeira – Explicou, deixando todos surpresos.

– Hilda, o que pretende fazer com a June? – Hagen inquiriu.

– Ela vai morar conosco aqui no castelo, quero que vocês a respeitem. Outra coisa que quase me esqueci, preciso que alguém fique tomando conta dela, quem gostaria? – (Tomara que eu esteja fazendo a coisa certa) – Um breve momento de silêncio tomou conta do lugar.

– Me habilito a fazer isso, já conversei com sua irmã uma vez, quando a acompanhei da Ilha de Andrômeda até aqui – O rapaz que estava com a harpa na mão sorriu malicioso.

– Tudo bem, então faça isso – (Não gostei do sorriso e nem do olhar dele, porém tenho que aceitar, pois mais ninguém se habilitou).

– Vai com calma, Mime, não se esqueça que ela não é uma mulher comum, talvez rejeite a sua proteção – Siegfried alertou seu amigo muito sério.

– Obrigado, pelo conselho – Murmurou.

– Está encerrada a nossa reunião, agora podem voltar a seus afazeres – A soberana retirou-se do local juntamente com seu mais leal cavaleiro deus.

Logo após isso os defensores de Hilda foram até a cozinha comer algum lanche matinal, que as serviçais sempre faziam para eles, o único que não os acompanhou foi o músico, que resolveu imediatamente vigiar a amazona.

Mime subiu as escadarias silenciosamente até o terceiro andar da ala norte, caminhou pelo corredor bem decorado com castiçais de ouro embutidos na parede e no chão um lindo tapete vermelho bordado com fios de ouro. Parou em frente do sexto dormitório à esquerda, o analisou por um instante, foi quando sentiu o cosmo de sua amada. Aproximou-se e girou a maçaneta com cuidado para se certificar que a porta estava fechada, para sua surpresa conseguiu abrir, a empurrou vagarosamente, adentrou no cômodo e a fechou atrás de si.

Olhou ao seu redor e admirou-se com a chique decoração do quarto, que tinha cortinas verdes aveludadas nas janelas e tapetes da mesma cor, um pequeno armário dourado Ao se aproximar da cama encontrou a moça completamente adormecida, sorriu travesso e sentou-se do lado direito da cama, aproveitou a ocasião tão especial para passar uma de suas mãos no rosto da jovem, esta suspirou quando sentiu a mão do rapaz. Contente com a reação que obteve, o cavaleiro abaixou-se e roçou seus lábios nos dela, uma sensação estranha tomou conta de seu ser, queria mais de que um simples toque da parte dele. Perdido em seus pensamentos, não notou que a amazona abriu os olhos e o encarou espantada.

– O que você está fazendo aqui? – Gritou furiosa e deu um soco no músico que caiu sentado no chão.

– Nada do que você está pensando! – Levantou-se meio sem jeito, por ter sido pego.

– Tarado! – Pegou na escrivaninha ao lado seu chicote

– Calma! Sou eu, o Mime. Lembra-se? – Murmurou tentando escapar.

– Não sou burra! Sei muito bem, que você é o Mime! – (Que cara mais desaforado, quando eu o conheci pensei que fosse gentil e educado).

– Sinto muito, mas você vai ter que se acostumar comigo, de agora em diante serie seu protetor – (Adoro domar mulheres brabas, isso me deixa com mais desejo de fazê-las minha).

– Escute bem, não preciso de sua proteção, sei me cuidar. Esqueceu que sou uma amazona? – Inquiriu indignada.

– Eu sei, porém a princesa Hilda, me designou para sua proteção. Isso quer dizer que aonde você for, eu também vou – Deu um meio-sorriso triunfante.

– Saia do meu quarto, agora, se não quiser lutar comigo. Preciso me vestir (A minha irmã enlouqueceu, vou falar com ela imediatamente).

– Tudo bem, eu lhe esperarei lá fora – Caminhou até a porta e saiu.

Sentiu-se aliviada, quando ficou sozinha em seu aposento, então foi até o guarda-roupa e escolheu uma de suas melhores roupas para ir conversar com a matriarca do reino. Vestiu um longo vestido azul escuro de manga comprida, bordado com fios de ouro, que ganhara de presente de Athena quando foi numa festa em pleno inverno.

A loura se olhou no espelho e satisfeita com o que viu, caminhou até a saída de sua suíte, parou somente quando chegou no corredor e deu de cara com seu protetor.

– Pensei que tinha entendido, vou repetir mais uma vez, não preciso de um guarda-costas – Bufou irritada.

– Mesmo que não queira, vou fazer o meu serviço, que é lhe proteger – (Ela tem um gênio).

– Faça o que quiser, não mando em você – Desceu os degraus rapidamente até o segundo andar, aonde sua irmã tinha o aposento.

Enquanto isso, no quarto de Hilda, ela discutia com seu amado um assunto que a preocupava

– Será que foi uma boa idéia, eu deixar o Mime cuidar da minha irmã? – Indagou insegura.

– Foi sim, meu amor – Abraçou a garota por trás.

– Se você acha, fico mais aliviada – Virou-se e deu um beijo apaixonado no rapaz.

O clima estava esquentando entre o casal, quando de repente, June e Mime adentram no recinto sem bater. O músico arregalou os olhos em choque, porque nunca pensou que pegaria aqueles dois em flagrante, pois eles eram muito discretos. A meio-irmã da princesa não falou nada, se fez de desentendida.

– O que fazem aqui? Não sabem bater na porta? – Perguntou a soberana envergonhada ao mesmo tempo nervosa.

– Desculpe-me minha irmã, eu não queria lhe deixar constrangida – Sussurrou a amazona.

– O que aconteceu, aconteceu, não podemos mudar os fatos – Siegfried desabafou.

– Fiquem tranqüilos! Eu não falarei para ninguém sobre o que vi aqui – O louro comentou.

– Acho ótimo, não quero meus outros cavaleiros saibam sobre meu relacionamento por terceiros – Sentou-se na cadeira apreensiva.

– Acho que vim numa péssima hora, volto depois, quando você tiver desocupada – A garota de madeixas louras saiu do cômodo encabulada.

Continua...

Nota: Muito obrigada, a todas pessoas que me deixaram comentários e estão acompanhando essa história.