O que teria sido

Caminhava pelos corredores escuros, e sentia seu coração bater cada vez mais depressa.

Ir falar com o próprio Voldemort, sozinha, e sendo a chave principal do plano dele, era algo que não fazia parte do plano dela.

«Mas na verdade já nada faz parte do plano. Não fazia parte do plano Draco ter que me vigiar, muito menos eu me apaixonar por ele, e trair o Harry com ele! Já nada faz parte do plano.»

Abriu a porta negra e entrou devagar, encontrando Voldemort sentado numa enorme poltrona.

O bruxo levantou-se, mal viu a ruiva.

"Minha querida aproxima-te"

A ruiva caminhou lenta, mas confiante até ele. Não podia falhar naquela altura. Mesmo que ele tivesse descoberto a verdade ela teria que continuar a agir como era esperado.

"Sabes porque te chamei?"

"Na verdade mestre, não sei bem."

"Porque confio em ti.2 – Murmurou ele ao ouvido dela, fazendo estremecer de pavor.

O homem virou-a para si, e em seguida passou sua mão na face dela. Ginny fechou os olhos sentindo ódio daquele homem.

«Draco!» – chamou ela mentalmente, em pânico.

Quando voltou a abrir os olhos ia tendo um ataque. Voldemort estava diferente.

"Tom." – Murmurou a ruiva.

"Minha querida Ginevra." – Disse ele abraçando-a – "Não imaginas as saudades que tive de ti, do teu sorriso, do teu olhar tão sereno."

"O que me querias afinal?" – Questionou ela momentos depois.

"Contar-te o meu plano. Eu vou atacar a Ordem, e eles serão apanhados."

"Draco disse-me que eu era a chave principal do ataque."

"Tu conheces os membros da ordem, e o Potter ama-te, eu sei que sim, assim como sei que o Malfoy te ama. Eu quero que uses o amor que o Potter ainda te tem para o apanhares.
Se ele ficar perto da ordem eu não conseguirei vencê-lo, mas se ele estiver sozinho."

"Ele nunca está sozinho."

"Eu sei, ele está com a tua família. Por isso é que vou atacar a Toca. Assim poderei atacar o Potter. A única coisa que quero que faças, é que afastes o Potter da casa."

"Certo." – Murmurou ela demonstrando-se confiante.

"Podes ir minha querida. Atacaremos amanhã de manhã, na alvorada mesmo. O Malfoy sabe as horas."

Ginny não disse absolutamente nada, apenas aparatou na mansão Malfoy.

"O que ele te queria?" – Perguntou Draco assim que a viu no quarto.

"Ele vai atacar a Toca. Vai atacar minha família, e queria que eu fizesse com que o Harry se afastasse da minha família, ele quer que o Harry fique sozinho para o matar."

Draco notou que ela estava nervosa e triste mas nada disse.

«É claro que ela está triste, é a família dela, e pior é o noivo dela. Ah, mas ela não deve de o amar, ela disse que me amava, ela dormiu comigo. É de mim que ela gosta, não dele.»

Caminhou até ela e abraçou-a com força, e Ginny agradeceu o gesto.

"Tudo vai correr bem."

Ela concordou com a cabeça antes de sentir os lábios dele nos seus. Começou a caminhar em direcção da cama, abstraindo-se de tudo o que a rodeava, apenas desejando cada momento de prazer que vivia com ele.
Acordou indisposta e estranhou por ele não estar ao seu lado.
Levantou-se e dirigiu-se para o banheiro. Tomou um banho rápido e minutos depois saia do quarto, já totalmente arranjada.

Encontrou o loiro na sala, e abraçou-o por trás.

"Bom dia."

Ele virou-se para ela e beijou-a.

"Bom dia."

"Porque não me acordaste?"

"Porque estavas a dormir tão calmamente. E ainda é cedo."

"Podias ter esperado por mim, e depois o ataque é cedo. Lembras-te?"

"Eu sei." – Ele disse baixo antes de a voltar a beijar.

Minutos depois eles viram Voldemort e o resto do grupo aparecer ao pé deles.

"Espero que estejam todos prontos. Hoje será o dia da nossa vitória. Hoje iremos ganhar."

«Que estúpida que fui, devia de ter avisado Dumbledore. Meu Merlin, se algo de mal acontecer hoje a culpa é toda minha!»

"Atacaremos a Toca."

No instante seguinte todos desapareceram, e a ruiva suspirou, estava na hora.

"Gi." – Disse a voz de Draco atrás de si.

"Sim?"

"Espera só mais um pouco."

Ela estranhou o pedido dele, mas nada disse. Minutos depois o loiro beijou-a, apanhando-se de surpresa e em seguida disse:

"Vamos lá."

Assim que Ginevra aparatou em frente da porta de casa viu algo que não achava ser possível.

Toda a Ordem estava a lutar. Na verdade ela estava a ganhar, já poucos comensais restavam de pé, e os poucos que restavam acabaram por cair.

Voldemort ficou sozinho, e Harry apontou-lhe a varinha, mas Dumbledore falou:

"E dizias tu que não amavas."

"Eu não amo Dumbledore."

"Não? Então explica-me como pudeste ser tão burro? Como pudeste acreditar que Ginevra Weasley queria ser do teu grupo?"

Voldemort olhou para a ruiva, que tremia ligeiramente, e em seguida olhou para Draco e viu que este sorria.

"Ele disse-me que ela era de confiança."

"Será possível que nunca tenhas desconfiado de mim?" – Questionou Draco, andando em direcção a Voldemort. – "Durante estes anos eu fui um espião de Dumbledore."

"O quê?"

Ginny olhou incrédula para o loiro e por momentos seus olhares cruzaram-se e ela desviou-o, acabando por encarar o chão.

"Isso mesmo que ouviste My Lord. Porque achas que meu pai me quis matar? Eu disse-lhe que não queria ser comensal, e por isso ele ficou fulo. Mas minha mãe meteu-se á frente, então em seguida eu matei meu pai. Depois fui falar com Dumbledore e disse-lhe que queria trabalhar com ele. Durante estes 8 anos eu passo informação para ele. Fui eu quem lhe disse que tu tinhas um sentimento por Ginevra Weasley, e então juntos nós decidimos que ela se iria fazer passar por uma mulher amargurada, que procurava vingança. Nunca pensei que a metesses sobre minhas ordens, assim foi mais fácil de te enganar do que poderia imaginar. Nós sabíamos que tu lhe contarias o teu maravilhoso plano, e assim que ela mo contou eu escrevi a Dumbledore dizendo-lhe o que tu pretendias fazer."

Ginevra sentia as lágrimas tentarem cair, mas não derramou nenhuma, apenas murmurou:

"Tu sabias e não me disseste nada."

Draco olhou-a e viu que ela estava triste e irritada. Mas nada disse, apenas viu como o Potter terminava com o bruxo das trevas.

Ginny não pensava em nada, não via nada, apenas acordou do seu transe, quando sentiu uns braços a abraçarem.

"Vencemos Gi." – Disse a voz do moreno antes de ela sentir os lábios dele nos seus.

Não moveu um músculo, e muito menos correspondeu ao beijo, o que fez Harry olhar para ela.

"O que foi?"

"Nada. Eu….eu vou buscar minha roupa."

"Onde?"

"Á mansão Malfoy." – Respondeu ela apenas, antes de aparatar.

Arrumava sua roupa com fúria quando ouviu a porta do quarto abrir-se.

"Ruiva."

"O que queres Malfoy? Brincar comigo novamente?"

"Eu nunca brinquei contigo."

"Não? O que tens feito comigo desde que aqui cheguei? Tens brincado comigo. Tu sabias o que eu fazia aqui e não me disseste."

"Não percebes? Se te dissesse tu podias agir de maneira suspeita."

"E assim agi de modo a fazer com que tu confiasses em mim. Eu atirei-me a ti."

"Sim eu sei."

"Eu não acredito que tu sabias que eu estava noiva do Harry e mesmo assim dormiste comigo."

"Até onde sei, tu também sabias que estás noiva do Potter e mesmo assim também dormiste comigo."

"E arrependo-me muito……."

"Óptimo…eu também. Vai embora Weasley, vai ter com o teu perfeito Potter, vai logo."

"Espero nunca mais te ver."

"Descansa, nunca mais me verás. Eu parto amanhã para Madrid, já tenho o bilhete e tudo."

"Óptimo." – Disse ela aparatando em sua casa.

Draco ficou por momentos a olhar para o lugar onde ela estivera. Tinha-a deixado partir, mas e então! Ele sabia que aquilo iria acontecer, sabia que ela ainda era a noiva do Potter.

«E ela não o vai trocar por ti. Quem iria querer um Malfoy quando tem o noivo perfeito!»

Olhou para o bilhete que tinha na mão e suspirou. Em seguida meteu o bilhete no bolso do casaco, e decidiu começar a fazer as malas para a viagem sem volta do dia seguinte.

….

Ginevra sentou-se no sofá do seu apartamento. Passou com as mãos na face e fechou os olhos. Tinha acabado.

«Mas também que burra que eu fui. Ele é um Malfoy! Nunca ficaria com uma Weasley. Mas e agora! Eu não posso continuar com o Harry, não o amo! Ah que ódio de tudo isto!» – pensou levantando-se.

Caminhou pelo apartamento antes de decidir aparatar na toca.

Nunca o ambiente naquela casa estivera tanto em festa. Caminhou pelo jardim até encontrar o noivo.

"Olá Harry."

"Ginny, ainda bem que chegaste." – Disse ele abraçando a ruiva pela cintura.

Antes que os lábios dele se encostassem aos seus a ruiva disse:

"Necessitamos de falar."

"Tudo bem."

Ela sorriu e pegou na mão do moreno. Caminharam pelo jardim, e entraram na casa da ruiva. Ela sentou-se na mesa e Harry sentou-se á sua frente.

"Então o que querias?"

"Bem….sabes uma coisa, esta missão trouxe algumas consequências. E….não posso mudar o que fiz. Eu…Harry eu gosto muito de ti, mas não te amo como deveria. Eu amo-te como um irmão….eu…. Harry eu amo outra pessoa."

"O Malfoy?"

"Sim." – Respondeu ela baixando os olhos.

"Como é possível?"

"Não sei, apenas sei que o amo."

"E?"

"E eu não posso continuar contigo Harry. Estaria a mentir-te e tu não mereces isso. Espero que me percebas."

"Eu percebo Gi. Não te preocupes. Apenas espero que sejas feliz." – Disse ele dando um beijo na testa da ruiva antes de sair da cozinha.

«Feliz! Que palavra é essa!»

Draco caminhava pelo aeroporto sem olhar para nada em concreto.

«Isto é o melhor a ser feito. Ela ficará com o Potter, e será super feliz com ele!»

"Meu jovem."

"O que foi?" – Perguntou o loiro ao homem de idade que o chamara.

"Eu queria pedir-lhe um favor, queria que me dissesse quem é esta linda menina que está na capa do Profeta Diário. É que parecesse muito com uma Weasley, e só queria confirmar."

O loiro olhou para o jornal e quase teve um ataque quando viu a manchete do jornal.

Desta vez é definitivo o noivado entre Harry Potter e Ginevra Weasley terminou

"Importa-se que eu leia a noticia?"

"Claro que não meu jovem."

Draco pegou no jornal e começou a ler a notícia.

Mas o que mais o chamou a atenção foi uma das frases do Potter.

"Nós terminamos porque existe outra pessoa, só espero que essa pessoa se importe com ela. E que a faça feliz, ela merece!"

"Então é uma Weasley?"

"Sim é. Agora se me dá licença eu tenho que ir."

Ginny olhou para o jornal que tinha na mão. Sentou-se na cadeira e fechou os olhos.

"O pior é que ele não se importa." – Disse ela para si mesmo.

"Não te atrevas a dizer que não me importo." – Disse a voz dele ao pé do ouvido dela.

Ginevra saltou da cadeira e olhou para trás, de modo a encontrar Draco ao pé dela.

"O que fazes aqui? Como é que me encontraste?"

"Fui á Toca. O Potter estava lá e disse-me onde moravas. E bem, aqui estou eu."

"E o que queres?"

Ele não respondeu, em vez disso puxou-a pela cintura e encaixou o corpo dela no seu.

"Eu quero-te a ti ruiva. Queres que fiques comigo, quero ter-te….para sempre."

Ela sorriu antes de sentir os lábios dele nos seus, para um beijo arrebatador.

Volta no vento ô meu amor
Volta depressa por favor
Há quanto tempo, já esqueci
Porque fiquei, longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor...

Eu sei quem és
pra mim
Haja, o que houver
espero por ti...

(Madredeus – Haja o que houver)


"O que seria de ti se eu não tivesse lido aquele jornal?" – Perguntou o homem puxando-a pela mão.

"Hum….não sei". - Respondeu caminhando até á cama.

Draco seguiu-a e abraçou-a pela cintura olhando a pequena menina que dormia na cama dos pais.

"Bem, sei que não teria esta menina linda com 3 aninhos."

Draco riu, virando a esposa para si. Em seguida olhou para os olhos castanhos dela e perguntou:

"Já te disse que te amo?"

" Hoje ainda não."

"Eu te amo."

"Já te disse que estou grávida outra vez?"

O loiro sorriu abraçando mais a mulher.

"Não me disseste ainda."

"Eu estou grávida. Nós vamos ter um filho Draco….um menino."

" Ainda bem que aquele velhote me mostrou o jornal…."

"É ainda bem Draco."

Ela sorriu passando os braços por trás do pescoço dele. Juntou as testas e em seguida tocou os lábios dele delicadamente.

"Eu também te amo Draco."

Ele sorriu antes de juntar finalmente os lábios tornando o beijo profundo.

Quem disse que uma simples missão não traz consequências irremediáveis quando menos esperamos! E quem disse que as consequências seriam más!

As consequências daquela missão tinham sido as melhores, tanto para um como para outro.

Tinham sido consequências irremediáveis, mas as melhores que podiam esperar e desejar.

Fim

N/A: e aqui está o final desta short – fic. Eu espero que tenham gostado.

Kika: sabes, isto sem ti no pc é uma seca…quer dizer quando aqui estás ás vezes já e secante, quando não temos nada para fazer, mas sem ti a seca disto toma medidas impensáveis. E não…não é uma declaração….eu concordo, podes mesmo fazer um livro de mortes lentas e dolorosas, não te esqueças do empalamento ao contrario….essa também é interessante. Ainda bem que gostaste das revelações deste capitulo….ai ai….esse joelho, e essas cambalhotas….ai ai! Se tua mãe sabes as coisas que fazes! Bem é isso….só deves de ler isto na segunda e é se tiveres tempo….sim porque terça-feira ai vamos nós para a vadiagem durante pequenos e curtos 4 dias. Jinhos!

G.W.M: ainda bem que gostaste da action….e bem eu não fiz nada de mal com eles. Fui boazinha desta vez…. Espero que tenhas gostado….Jinhos!

Fefs Malfoy: em tu já tinhas lido o capitulo….e espero que comentes. Ainda bem que sou culpada por uma obsessão tão boa….e bem todas nós queremos um Malfoy (metade dele já era bom) para nós. Ainda bem que gostaste do…espera como disseste….ah sim: "tchananã.."…..sabes que mais, espero encontrar-te aqui no msn para sabes se já há novidades em relação á tua fic. Fica bem……Jinhos!

Kirina – Li: não faz mal não teres comentado antes….mas não esqueças de comentar este ultimo capitulo. Pronto, pronto já sabes o que ele disse ao pai, foi tudo explicadinho. Não fui má…..afinal ele é que "fez" ela "trai-lo". Jinhos!

PatyAnjinha: a confiança de Draco e Voldemort ficaram explicadas neste capítulo certo. Draco sabia a verdade e Voldemort amava-a. Espero que tenhas feito uma boa viagem….Jinhos!

Miaka: eu actualizei, não precisas de ter um treco….eu também quero um Draco para mim…só para mim…todinho para mim….mas ainda não encontrei nenhum….por isso….espero que tenhas gostado do final…Jinhos!

Mione G. Potter RJ: continuei o mais rápido possível…espero que tenhas gostado….Jinhos!

KatieRadcliffe: tem calma, ela deixou mesmo o Harry. Pensava que depois de tantos capítulos da filha da profecia e da continuação tu já soubesses como eu sou…..mas pronto…um dia destes é verdade e vocês não acreditam. Jinhos!

Em pessoal espero que tenham gostado desta short (um pouco longa) e que se tenham divertido como eu me diverti a escrevê-la…..

Comentem!

JINHOS!