O Presente Especial 2

- Como da primeira vez... – Kamus largou os dedos e lambeu os lábios provocante. – Vem, Mi... me ensina... – Fez uma carinha inocente, porém com um intenso olhar pervertido. O escorpião arregalou os olhos para aquele anjo que abria as pernas e sorria, como na primeira vez.

- Ensino tudo que você quiser, tudo o que você pedir... – Milo sussurrou no ouvido do amante. Colocou dois dedos no chantili e depois enfiou-os delicadamente na entrada do aquariano, vendo-o gemer daquela forma provocativa e deliciosa.

Há muito que havia se esquecido de como sua primeira vez havia sido boa ao lado do francês. Mas agora, vendo-o ali, entregue a seus desejos, como naquela tarde, lembrou-se de todo seu sentimento e de como tudo era tão verdadeiro e intenso ao lado do amante.

"Kamus, eu te amo muito." Pensou consigo sorrindo enquanto enfiava os dedos mais fundo e rápido, massageando o amante por dentro. E como ele era quente, apesar de toda sua fama de cavaleiro frio, podia ser mais quente que ele mesmo, às vezes. E todo aquele joguinho de inocência e perversão conseguia deixá-lo mais excitado do que o normal, estava enlouquecendo com aquele corpinho seminu a sua frente, se oferecendo, se abrindo daquele jeito.

Retirou os dedos sob protesto. Pegou novamente o chantili e passou em volta de sua ereção, deixando-a bem escorregadia. Lançou um de seus olhares ao francês e abaixou o corpo, encontrando com a ponta do membro a entradinha, tão apertada, como daquela vez.

- Me diz, cavaleiro do gelo, qual o tamanho do seu amor? – Mordeu o pescoço branquinho causando gemidos e sussurros.

Era tão bom sentir aquela boca quente sobre seu corpo. E aqueles dedos procurando o prazer dentro de si, as mãos provocando gemidos. Não poderia viver longe de seu escorpião jamais, em toda sua vida, ele era simplesmente tudo o que mais amava no mundo inteiro. Então, como responder àquela pergunta?

- Amor não se pode medir... mas seu fosse achar algo próximo de seu tamanho, eu diria que ele é tão infinito quanto meu cosmo. – Kamus escorregou uma das mãos até as nádegas redondinhas e perfeitas do amante, apertando-as.

- Pois era isso que eu queria ouvir... – O grego beijou os lábios quentes e doces escorregando a língua por entre eles procurando algo que pudesse massagear ali dentro.

- Então pare me provocar... – O francês levantou os quadris oferecendo-se para que o escorpião o penetrasse logo. Mas Milo apenas sorriu e apertou sua cintura.

- Pede...

- Faz parte do jogo?

- Sim... pede pra eu foder essa sua bundinha gostosa, pede? – Milo apertou as coxas do outro deixando as marcas de seus dedos sobre elas.

- Então... eu quero que você enfie esse pau gostoso dentro de mim e me foda bem rápido, até que eu grite tão alto que o Santuário inteiro vai ouvir... – Oh... que ousadia, falar daquele jeito. Pensou que Milo fosse enfiar-se bruscamente dentro de si, mas o que o grego fez foi colocar o membro bem devagar, empurrando-se delicadamente para dentro.

Não negaria que adorava ver o francês bem educado e comportado falar daquele jeito depravado, mas não desejava machucá-lo em hipótese alguma, portanto faria tudo bem lentamente até que Kamus se acostumasse com seu membro.

- Ai Milo... faz mais rápido! Mais forte... – O aquariano rebolava tentando apressar as coisas, mas o escorpião tentava fazer tudo devagar e indolor.

- Calma... não quero te machucar... – Segurou firme nos quadris do amante e levantou o corpo, empurrando-se para frente, penetrando fundo e começando a estocar. – Você é tão apertadinho...

Movia-se entrando e saindo em ritmo lento. Sentia seu membro ser aprisionado naquele lugar tão apertado, aumentando o tesão a cada estocada. Kamus gemia descontrolado, apertando os olhos e pedindo mais. Os gemidos dos dois confundindo-se, o suor se misturando e o desejo crescendo em cada estocada, em cada olhar ou sussurro.

- Eu vou... vou... – Não teve muito tempo de falar, sentiu os espasmos do orgasmo percorrerem seu corpo até explodir dentro do francês. Este que ainda ofegante ficou um tempo abraçando Milo, fazendo cachos em seus cabelos compridos.

- Amor... Mi? – Ele chamou fazendo carinho nas costas suadas.

- Sim? – levantou os olhos encontrando-se com aquele azul safira profundo lhe fitando, implorando.

- Eu ainda...

- Vou dar um jeito nisso. – Milo escorregou para fora do amante sentando nos calcanhares. Puxou a bandeja vendo tudo o que tinha de bom, chocolate, morangos, chantili e sorvete. – Você gosta mesmo de doce, meu amor...

- Não... você quem gosta, por isso tanta bobagem doce! – O aquariano se remexeu na cama puxando a túnica para cima e tirando-a pela cabeça.

Milo olhou bem para aquele corpo a sua frente, completamente nu e necessitado de um alívio. Pensou por instantes e achou que fosse bom fazer um lanchinho. Puxou o sorvete provando-o com o dedo, geladinho ainda.

- Está com calor? – Kamus sacudiu a cabeça afirmando. – Então vou apagar esse fogo...

Deixou que o sorvete meio derretido escorregasse pelo abdome do francês até chegar na enorme ereção que este apresentava. Depois lambeu tudo, não deixando uma gota sequer do sorvete.

Kamus arrepiou-se ao sentir aquele sorvete geladinho escorrer por seu abdome e molhar seu membro. A sensação do frio em sua pele quente provocava arrepios principalmente depois que a língua quente de Milo lambeu e chupou todo o sorvete.

- Agora... algo mais doce... – O grego pegou o chocolate derretido e deixou que sujasse o sexo do francês. E repetiu tudo de novo, lambendo e limpando o que havia sujado.

O aquariano sorria e gemia se remexendo na cama, completamente louco de tesão. Milo terminou de chupar todo o membro, mas sem permitir que ele gozasse, levantou novamente para pegar o próximo doce.

- Então chegou a vez dos morangos... – Sorriu passando o chantili pela barriga do francês, depois pelas coxas, virilha e finalmente a ereção rígida e suplicante em seu baixo ventre. – Agora o que faço? Deixo você assim ou como você junto com os morangos?

- Morangos... – Kamus respondeu abrindo mais as pernas, mostrando o tamanho de sua urgência.

O escorpião pegou uma fruta e passou no chantili que escorria pelo abdome do aquariano. Kamus se arrepiou sentindo o morango de encontro a sua pele fazendo cócegas. Depois, viu que o grego mordia sensualmente a fruta, deixando um pedaço escapar propositalmente escorrer por seu queixo.

- Cuidado... está se sujando. – Sentou-se lambendo o queixo e provando da fruta também.

- Fique deitadinho... – Milo empurrou-o de volta para a cama e, pegando outro morango, passou a fruta pela virilha do cavaleiro de aquário.

A fruta escorregou descrevendo as curvas próximas à coxa, causando arrepios e mais gemidos. E era bom ouvir os gemidos, sentir a pele quente se arrepiar ao toque da fruta fresca. Mordeu o morango com a mesma expressão sensual de antes, lambendo os lábios e chupando os dedos.

- Esses morangos estão mais saborosos hoje... por que será? – Perguntou a si mesmo com um sorriso. O francês remexeu-se desconfortável com aquela enorme ereção latejando em seu baixo ventre.

- Mi... por favor, não me faz esperar... – O francês pediu com um beicinho e o escorpiano não se agüentou, abaixou-se passando a língua em volta da cabeça do membro do amante. – Isso... eu quero mais... mais...

Kamus delirava puxando os fios azuis com os dedos, enquanto Milo se encarregava de lamber toda a extensão de seu membro para depois chupar só a cabecinha, bem forte, provocando gemidos descontrolados da boca esfomeada do amante. O grego segurava nas coxas e nádegas puxando o aquariano mais para si, enquanto ele elevava os quadris para entrar cada vez mais fundo na garganta do outro.

- Mi... é tão bom... que boquinha quentinha, gostosa... aaaaaaaaah... – O tesão já chegava a ponto de nublar sua visão, não queria pensar em nada além do prazer.

Empurrava o quadril para cima tentando entrar mais dentro daquela boquinha que lhe dava tanto prazer, queria ir fundo e gozar sem pensar em mais nada. Sentia aquela língua atrevida lambendo o chantili, aquela boca quente chupando seu membro de forma faminta, fazendo-o gemer e dizer palavras desconexas que só aumentavam a urgência do ato.

Milo sentia aquele membro forçar sua garganta e seus lábios a se abrirem mais e mais. Sua língua experiente e rápida lambia todo o chantili e provocava gemidos cada vez mais altos do aquariano. Queria respirar, fechar a boca dolorida, mas só conseguia continuar a chupar e ouvir aqueles gemidos e as palavras obscenas que saíam da boquinha comportada do amante.

- Mi... eu vou... aaaaaaaah... – Kamus sentiu um choque percorrer seu corpo e todos os músculos enrijecerem, deixou que todo o líquido cremoso escorresse e inundasse a boca do escorpião. – Aaaaah... bom... muito bom.

Milo caiu exausto na cama tentando respirar junto com Kamus. Os dois se abraçaram beijando-se e sorrindo. O francês puxou o grego para deitar em seu peito e assim ficaram por um bom tempo, apenas descansando.

- Kamus... obrigado.

- E quem te disse que acabou? – O aquariano levantou a cabeça e fitou o amante com uma expressão séria no rosto.

- Mas... eu não agüento! Já gozei duas vezes, preciso descansar... – Milo jogou-se de costas na cama fechando os olhos.

- Não senhor... te deixo descansar só um pouquinho... – O francês levantou-se da cama e saiu pela porta.

- Kamus? Onde foi? – Milo sentou-se procurando o amante. Este logo voltou com um balde e um champagne dentro, duas taças de cristal e um sorriso de matar.

O francês sentou-se e estourou o champagne servindo as duas taças. Milo ficou abobado por um bom tempo apenas reparando em tudo, até receber uma das taças na mão. Fitou o líquido claro que espumava dentro do fino copo de cristal.

- Feliz aniversário de vinte e um anos! – Kamus ergueu a taça sorrindo de maneira apaixonada. O grego sentiu os olhos umedecerem, pensou que fosse chorar, mas segurou-se. Ergueu a taça também e brindou junto com o amante.

- Obrigado... me sinto um velho... – Sorriu provando o champagne.

- Velho? Não se sinta, daqui a pouco eu também faço aniversário e seremos dois velhos! – Riram juntos bebendo e trocando beijos.

Era maravilhoso estarem juntos, sem preocupações, sem aprendizes, sem guerras. Só o amor residindo em suas mentes e corpos. Amor, paz e prazer. Agradeceram a Zeus e todos os Deuses por aqueles simples momentos em que os dois apenas se olhavam e sorriam, sentindo como se as palavras fossem extremamente desnecessárias e exageradas, ou talvez fossem sutis demais, para descreverem tudo o que sentiam.

- Eu te amo. – O francês foi o primeiro a quebrar o silêncio. Milo fitou a taça com o espumante e desviou o olhar para aquele profundo azul, escuro como o mar.

- Também te amo... – Sorriu, sentindo mais lágrimas molharem seus olhos. – Não sei como descrever esse amor, só sei que ele me dá uma sensação diferente do que é o infinito. Uma necessidade absurda e incomum de te ter sempre comigo, o mais próximo que conseguirmos.

- Milo... também me sinto assim... – Kamus enxugou as lágrimas do rosto do amante, beijando-o em seguida. – As palavras se tornaram desnecessárias... eu sei tudo o que você precisa e quer... e você faz o mesmo. Não quero mentir, isso me assusta, sinto como se ficasse preso. – Fez uma pausa para respirar fundo e perder-se nos olhos azuis úmidos que o fitavam com tanto amor. – Mas ao mesmo tempo eu também sinto essa mesma necessidade de estar perto e te entender. Sinto vontade de apenas te olhar e te ver sorrir para mim... mais nada importa na minha vida se eu não tiver você.

Agora os dois choravam, sem conseguirem se conter. Kamus não era de chorar, mas a ocasião pedia algumas lágrimas, que Milo tratou de enxugar com os dedos. Os sorrisos se misturaram a elas em uma demonstração do mais puro afeto e carinho, um amor único e perfeito.

- Kamus... me diz como pude passar tanto tempo sem ter você aqui do meu lado me dizendo para ser forte? – Referiu-se ao tempo que Kamus passara no mundo dos mortos, até a Guerra Santa. Foram tempos difíceis de superar, mas ele conseguira, estava ali para mostrar isso. – Como sobrevivi sem teus beijos durante aquele tempo?

- Milo... você sabia bem que eu deveria partir. E sabia melhor ainda que eu voltaria, não importava o que acontecesse, estaríamos sempre juntos. Não pense no passado, meu amor... o presente está aqui para ser vivido agora. – Kamus levantou a taça mais uma vez e sorriu. – Esse brinde é para nós... que esse amor dure muito, que seja mais eterno que nossas vidas.

Não conseguiu responder, suas lágrimas de alegria disseram tudo. Mais uma vez se perguntara como pudera viver sem o cavaleiro de Aquário. Como fora possível continuar sabendo que seu amor estava morto? Difícil de compreender agora, mas não deveria pensar no passado com aquele presente maravilhoso que estava vivendo. Bebeu mais uns goles do espumante e sorriu enxugando as lágrimas que não paravam de cair.

- Agora esqueça toda a tristeza... vamos tomar um banho juntos, que eu tenho mais uma surpresa para você.

Os dois levantaram-se e Milo teve que controlar sua curiosidade para não perguntar que surpresa seria esta, depois de tanta coisa boa. Kamus não lhe responderia, não importava o quanto perguntasse.

Continua...

oOo

N/A: Recadinhos antes:

Patin: Obrigada pelo review e pelos elogios... mas por mais que eu tente não consigo gostar dessa fic, mas não se preocupe, to corrigindo ela e vou postar completa, porque eu gostei do final dela!

Ilia-chan: XD ai descuuuulpa, mas é que eu tenho uma preguiça danada de corrigir essa fic. Mas pelo menos agora o lemon foi terminado, certo? Espero ter satisfeitos sua curiosidade e espero que você não tenha tido um treco! O.o E valeu por ter me animado... realmente o que importa é como o clichê acontece!

Bem, esses recados foram especiais, primeiro porque brigaram comigo porque eu odeio a fic XD e segundo por que me animaram! Valeu às duas!

Eu espero não ter feito vocês enlouquecerem de tanto tempo que to levando pra postar. E espero ter satisfeito todas as expectativas para esse lemon, que na minha opinião num tá bom. Acho que tem mais lemon pro final e eu preparei uma fic, que eu gostei, de Shura X MM X Afrodite, que faz parte dessa aqui, mas que só vou postar depois! XD

Ah, sim... teve mais uma pessoa brigando comigo por eu ter dito que a fic é ruim: ME DESCULPA! Afinal como diz minha mãe: Os outros são nosso melhor espelho! Então se vocês gostam da fic minha opinião num conta, afinal ela é pra vocês.

Um beijo pra quem tá acompanhando e me incentivando, brigadão!