Notas rapidas:

Antes de mais nada quero agradecer a todo mundo que encontrou um pouquinho de tempo para ler essa fic, eu sei que ela eh um pouco grandinha e tem gente que não gosta de ler capitulos desse tamanho!

Então tah ai o ultimo! Demorei, mas saiu... Desculpem o final corrido, mas eh que eu não aguentava mais escrever! E as frases no final, estam entre aspas por que foram ditas em algum ponto da historia verdadeira. Entendam o que quiser... ou não Oo

Outra coisa, desculpem tambem os erros de digitação nessa e em outras fics minhas, mas a culpa eh do mesmo por que na hora que eu coloco pra postar tah tudo certo, mas quando aparece no site fica com aqueles simbolos estranhos! Espero que naum aconteca isso agora!

Bem, soh isso... Agora o final:


CAPÍTULO 03

A noite estava silenciosa, o jardim sendo apenas iluminado pelas luzes da própria casa e algumas lâmpadas escondidas por entre as árvores. Shun andava na frente guiando Hyoga para dentro da floresta. Nenhum dos dois dizia nada, Hyoga havia concordado que sair da sala era de longe a melhor idéia, mas não passava por sua cabeça que Shun fosse querer ir pra tão longe!

-Shun, onde estamos indo? – resolveu perguntar.
- Pra um lugar onde a gente possa conversar a sós. – Shun não tirava os olhos do caminho de terra a sua frente e segurava na mão de Hyoga com os dedos entrelaçados.
- Sim, mas não acha que já andamos demais? Já está escuro e essa iluminação daqui não ajuda muito. – Hyoga olhava para a fraca luz branca que saía das luminárias de ferro que haviam por todo o caminho.
- Já estamos chegando... E fica mais bonito à noite. – Shun olha para trás dando um leve sorriso e apressando um pouco o passo.

Hyoga pensava até onde aquele caminho levaria. Pareciam estar andando em linha reta, na direção do coração da floresta. Lembrou de Shun ter comentado algo sobre alguma coisa que ficava por lá. - Uma fonte... – acabou dizendo em voz alta.- Sim, é uma fonte. Como sabia? – Shun olhou novamente para trás.
- Você me falou, não lembra? - Sim... Pensei que você não ia lembrar.
- Eu lembro de tudo que você diz. – Hyoga apertou mais a mão de Shun entre a sua recebendo outro sorriso em resposta.

Pouco tempo depois eles chegam num grande espaço circular com uma fonte branca na forma de dois querubins brincando com pássaros. Uma água cristalina jorrava de seu topo. Ao redor três bancos também pintados de branco e atrás de cada um havia também luminárias como as do resto da floresta. As luzes eram fracas e esbranquiçadas e juntamente com o silencio deixava o lugar com um clima de paz. Shun sentou em um dos bancos puxando Hyoga para sentar do seu lado. Ficou olhando para a grama a seus pés, várias coisas estavam passando por sua cabeça naquele momento. Lembrou que estava usando o rosário de Hyoga por debaixo da blusa, retirou o crucifixo e o entregou ao rapaz a seu lado. O loiro deu um leve sorriso ao pegar o objeto de volta.

Você estava usando porque pretendia me devolver?
- Eu nem sabia que você viria hoje, usei por que me faz lembrar de você... Não que eu tenha esquecido em algum momento, isso é impossível. – Shun sabia que seu rosto tinha ficado vermelho ao dizer aquilo, mas não se importou, tinha coisas mais importantes para falar - Hyoga... Sabe... Você não tinha que ter vendido sua casa.
- Eu sei que não. Fiz isso por que eu quis. – o russo olhava para o céu enquanto falava.– Já estava na hora de seguir com minha vida. Mama ia querer que eu viesse pra cá para ser feliz junto com a pessoa que eu amo.

Baixou o olhar para Shun e sorriu percebendo que o outro tinha corado mais um pouco. Inclinou o corpo para poder encostar os lábios no ouvido dele.
- Eu te amo... Com todo meu coração. - Disse quase num sussurro fazendo Shun se arrepiar ao ouvir sua voz tão perto e sentir sua respiração quente tocando em sua pele.

Shun não sabia exatamente o que sentir, estava extremamente feliz por tudo o que Hyoga tinha dito na sala e por estar ali com ele novamente, mas ao mesmo tempo sentia uma culpa horrível. Toda aquela briga e todo o tempo que ficaram separados tinha sido apenas por seu ciúme bobo, ele não queria ter que dividir Hyoga e o tempo todo só pensava em como estava se sentindo, mas em nenhum momento pensou nos sentimentos do namorado. Ciúmes, egoísmo. Apenas essas palavras passavam por sua cabeça o fazendo sentir o mais horrível dos seres.

Você não tinha que ter me pedido perdão... Eu é que tenho que me desculpar por ter sido tão... – Shun não conseguia achar uma palavra que descrevesse suas atitudes, estava com raiva de si mesmo. Não conseguia nem ao menos olhar para Hyoga que passava o polegar por seu rosto para secar as novas lágrimas que caiam. – Eu não cheguei nem a pensar no que você podia estar passando, eu só pensei em mim o tempo todo! – o garoto esconde seu rosto com as mãos, o sentimento de angustia aumentando a cada palavra que saia de sua boca.
- Shun... – Hyoga se aproximou mais para consolar o namorado. – Não quero que se sinta assim ouviu? Então... Talvez você tenha errado, mas eu também errei e muito com você, eu também não estava pensando em como você se sentia. Todos erram, isso é normal... Mas vamos pensar agora que estamos juntos e que vamos ficar juntos e felizes por muito, muito tempo... Certo?

Levantou os olhos para encarar Hyoga, o loiro estava sorrindo e acariciava seu rosto com os dedos. Seu toque era macio, quente... Seus olhos azuis brilhavam ainda mais com o reflexo da luz fraca que iluminava aquele lugar. A apreensão no coração do rapaz desapareceu no instante em que se viu perdido naqueles olhos claros, Hyoga aproximou seu rosto até seu nariz encontrar o de Shun esfregando de leve a ponta no dele, os dois riem baixo, as mãos se encontram enquanto as bocas iam ficando cada vez mais próximas.
- Sabe... – Hyoga falava baixo encostando os lábios no de Shun, provocando-o. – Eu ainda não te beijei.
- É eu percebi...

Shun também encostava os lábios entreabertos nos de Hyoga apenas esperando para que o loiro tomasse a atitude, mas o Cisne estava adorando provocá-lo e apenas roçava de leve os lábios esperando pra ver a reação do outro. Shun não agüentava mais, precisava provar mais uma vez aquele beijo pelo qual esperou durante um mês inteiro. Levou uma mão até a nuca de Hyoga e o puxou para um beijo. Nenhum dos dois queria parar, podiam ficar se beijando pelo resto da noite, as línguas se acariciavam lentamente e invadiam todo o espaço bucal um do outro. Sem perceber já soltavam leves gemidos mostrando o quanto estavam aproveitando aquele momento. Pararam apenas quando sentiram que precisavam de ar, mas ainda assim não se distanciaram, os lábios permaneceram juntos e pequenos beijos se sucederam ao primeiro. Shun deitou a cabeça no ombro de Hyoga e o abraçou com força, os braços de Hyoga envolviam sua cintura apertando na mesma intensidade. O garoto levanta o rosto para falar:

- Acho melhor a gente voltar...
- Ja? Eu tava pensando em ficar mais um pouquinho aqui com você... – Hyoga dava vários beijos pelo pescoço do outro.
- Eu preciso falar com meu irmão... Nem imagino o que ele deve estar pensando agora sobre tudo isso... – Shun empurrou Hyoga de leve fazendo-o parar com seus beijos – E também, eu passei muito tempo sem ver você... E eu acho sua cama bem mais confortável que essa grama...

Shun corou um pouco com as próprias palavras, mas sorriu ao ver que Hyoga concordava. Os dois levantaram e começaram o caminho de volta para a casa, teriam chegado antes se não fossem as paradas para eventuais beijos no meio do caminho.

A luz da sala ainda estava acesa quando eles chegaram à porta, os outros cavaleiros ainda deviam estar conversando sobre o acontecido. Hyoga abriu a porta dupla de madeira que dava para a sala principal, as vozes pararam no mesmo instante em que o loiro entrava de mãos dadas com o namorado. Com certeza os dois eram o tema da conversa. Shun percorreu a sala com o olhar, cinco cavaleiros deixavam o cômodo, todos dando olhares de desaprovação para o casal, apenas Seiya e Shiryu continuaram sentados no sofa, eles dois e Saori eram os únicos que pareciam não se incomodar com o relacionamento dos amigos. Os dois soltaram as mãos e se aproximaram dos companheiros.

Sabem onde está meu irmão?
- Ele tinha ido pra sala de TV, já está lá há desde que vocês saíram. – Seiya respondeu.
- Eu acho que você deve ir conversar com ele Shun, sozinho. – Shiryu disse ao amigo.
- Sim, é pra isso mesmo que estou procurando ele... Ele disse alguma coisa depois que saímos? – Shun olhava preocupado para Shiryu.
- Não, só entrou naquela sala e não saiu mais.

Shun sentiu a mão de Hyoga repousar em seu ombro, olhou para trás e o ouviu dizer que ia ficar tudo bem. O russo sentou–se junto aos demais enquanto Shun se dirigia para a sala de televisão. Depois de alguns segundos de silencio Seiya pergunta:

Ei, onde vocês foram afinal?
- Estávamos no jardim, conversando. Por quê? – Hyoga cruza as pernas e olha para o amigo.
- Bem, vocês demoraram tanto que eu até pensei que estavam fazendo outra coisa.
- Seiya... – Shiryu abaixa o rosto ao ouvir a idéia do cavaleiro de Pégaso.
- Ah, eu não disse nada de mais... Eles saíram pra conversar e depois de uma hora ainda não tinham voltado! O que eu iria pensar?
- Uma hora? – Hyoga se surpreendeu – Nossa, nem vi o tempo passar.
- Hyoga... Desde quando você e o Shun... Estão juntos? – Shiryu perguntou o que todos estavam querendo saber.
- Já tem um tempo... É até difícil dizer desde quando... Sempre gostamos um do outro, mas oficialmente começamos no fim do ano passado.
- Eu sempre desconfiei... – Seiya deu um sorriso confiante e apoiou as costas no sofa, Shiryu apenas balançou a cabeça olhando para o garoto moreno e sorrindo.

Shun tinha acabado de abrir a porta da sala. A luz estava acesa e Ikki se encontrava sentado no sofá maior com o queixo apoiado nas mãos olhando para um algum ponto do tapete. Não se moveu mesmo tendo percebido a chegada do irmão, Shun sentou ao seu lado, as mãos descansando em cima dos joelhos.

- Nii-san...

Shun ia começar a falar, mas o que exatamente ele não sabia. Ele amava Hyoga e a opinião de Ikki não iria mudar em nada seu sentimento, mas não queria magoar o irmão. Se ao menos Ikki pudesse aceitar...

- Então... Era por isso que você estava daquele jeito todo esse tempo... – Ikki disse de repente, sem esperar que o irmão continuasse.- Sim... Nós brigamos por culpa minha e ficamos sem nos ver durante todo esse mês... Eu o amo demais... Ficar longe dele por todo esse tempo foi horrível.
- Vocês são crianças... – Ikki interrompe - Não podem saber o que é amor... Estão confundindo as coisas, achando que se amam quando na verdade daqui a um tempo não vão nem mais se olhar!
-Não! Eu sei que somos muito jovens, mas eu sei o que eu sinto por ele não é só uma coisa passageira! Nii-san, durante toda a minha vida eu só tive você... – Shun segurou as mãos do irmão e olhava fundo em seus olhos azul escuro – Você me protegeu, me ensinou as coisas, cuidou de mim e eu te agradeço muito por tudo o que fez. Você é meu irmão, minha família... E eu vou te amar pelo resto da minha vida, mas o que eu sinto pelo Hyoga é completamente diferente... Eu não sei como descrever, mas é como se eu não pudesse viver sem ele. Quando ele não está comigo eu sinto como se tivesse uma parte de mim faltando, sinto um vazio horrível por dentro. Mas quando estamos juntos é diferente, eu me sinto tão bem, fica tudo tão perfeito... Parece que meu coração pode explodir só de chegar perto dele! É uma sensação maravilhosa... Não sei se isso é amor ou não, mas não importa o que é. Eu só sei que quero sentir isso pra sempre.

Ikki podia ver o brilho intenso nos olhos verdes do irmão, seus lábios formavam um leve sorriso enquanto falava. Shun estava feliz e era isso que importava. Sim, como irmão mais velho e sendo a pessoa que praticamente educou o caçula Ikki preferia que Shun estivesse sentindo aquilo por alguém do sexo oposto, mas Hyoga era uma boa pessoa. Justo, forte, de bom coração e os dois sempre se deram bem desde crianças. Fênix suspirou deixando o corpo cair para trás, a mão ainda segurando a do irmão.

Certo. A vida é sua e você já tem idade suficiente pra fazer dela o que quiser... Eu só tenho um pedido... – Ikki ficou em silencio por alguns segundos olhando para o irmão como se fosse dizer algo importante – Nada de beijos e abraços na minha presença.

Shun riu do pedido do irmão e o abraçou. Ikki também sorriu e retribuiu o abraço.

Muito obrigado nii-san!
- Não tem por que me agradecer! Agora vai que eu sei que não é aqui que você quer ficar...

Shun saiu da sala com um sorriso enorme nos lábios, mal podia esperar para contar a Hyoga que Ikki tinha aceitado o relacionamento dos dois!

Boa noite meninos – foi a única coisa que Shun disse para Seiya e Shiryu enquanto puxava Hyoga até a escadaria.

Enquanto subiam para o quarto Shun contava a novidade:

Hum, então... Sem beijos e abraços... - Hyoga abraça Shun pela cintura fazendo o garoto andar de costas pelo corredor – Não sei se consigo...

Shun sentiu-se ser empurrado contra a parede, Hyoga forçava seu corpo contra o dele e o beijava intensamente. As mãos do loiro já tinham alcançado as pernas finas, mas fortes do outro e agora faziam o caminho até o meio delas. Shun parou o beijo para recuperar o fôlego, seus lábios estavam ligeiramente vermelhos por causa da pressão da boca de Hyoga contra a sua. Gemeu ao sentir onde a mão do namorado estava apertando e disse meio ofegante:

- Você não perde tempo... Nem chegamos no quarto e você já quer me deixar excitado!
- Hum, acho que já perdemos tempo demais... Não concorda? – Hyoga tinha um sorriso no rosto, Shun conhecia muito bem aquele sorriso meio de lado que o loiro sempre dava quando queria mais do que simples carícias. Também sorriu concordando com o que o outro disse.
- Mas será que a gente poderia continuar isso lá dentro? Não quero que alguém passe por aqui e nos veja desse jeito...

Hyoga pensou na situação. Alguém poderia subir as escadas e se deparar com Shun encostado na parede gemendo enquanto ele apertava seu membro e o beijava ardentemente. Realmente era algo que ele queria que ninguém visse. Pegou Shun pela mão e o levou até seu quarto, que era o mais próximo.

Lá dentro estava escuro e só se viam as formas e sombras dos móveis, os dois riam tateando o caminho até a cama. Hyoga acendeu o abajur que ficava no móvel ao lado, não iluminava muito e deixava o ambiente com uma leve coloração, perfeita para criar um clima mais romântico. Tiraram os sapatos e sentaram no colchão macio um de frente para o outro. Shun se aproximou dando leves beijinhos no namorado, suas mãos escorregaram pelo tórax do loiro abrindo os botões de sua camisa um por um. O beijo ia se intensificando cada vez mais enquanto os toques se tornavam mais ousados.
Hyoga deixou suas mãos entrarem na camisa de Shun e acariciava sua barriga, cintura... Puxou o corpo menor para mais perto quando chegou às costas passando as pontas dos dedos pela pele dele fazendo o garoto se arrepiar. Sem esperar mais Hyoga tira a blusa do outro jogando-a em algum lugar do chão, em seguida sua própria blusa já era delicadamente retirada, sentia as mãos macias passando por seus braços junto com o tecido da roupa que agora caia na cama. O beijo parou por um instante, Shun voltou seu olhar para o corpo de Hyoga, sentia tanta falta daquele corpo... Mal podia esperar para se entregar novamente, para senti-lo novamente tão perto, quase como se seus corpos fossem um só. Abria a calça do loiro enquanto pensava em como poderia ser possuído aquela noite... Eram tantas possibilidades, tantas maneiras que os dois ainda não tinham experimentado... Acaba deixando um riso baixo sair ao pegar o sexo já excitado de Hyoga em uma das mãos começando uma lenta massagem.

- Do que esta rindo? – Hyoga ainda acariciava as costas do outro, mordia os lábios e soltava leves gemidos por causa da lenta masturbação que estava recebendo.
- Hum... Só pensando no que a gente vai fazer agora... - Shun se deliciava com as mordiscadas e lambidas que recebia na orelha.
- E o que exatamente está pensando? – Hyoga perguntou com a voz baixa bem perto do ouvido de Shun.
- Eu estou pensando... – o garoto pára com as carícias e empurra Hyoga de leve fazendo ele se recostar na cabeceira da cama – No quanto eu senti sua falta...

Suas mãos agora desciam pelo peito do amante chegando até o abdômen, aproveitou para atacar o pescoço do namorado, enchendo de beijos, lambidas e mordidas. Hyoga não se movia e prestava atenção em cada movimento de Shun, o garoto estava querendo tomar o controle, coisa que nunca tinha feito antes e não era ele quem iria pará-lo! Estava curioso para ver o que o seu "anjinho" estava pensando em fazer. Shun passava os lábios por todo o pescoço do namorado, desceu até o peito lambendo cada mamilo bem delicadamente. Sua língua chegou até o umbigo de Hyoga deixando uma trilha de saliva por todo o tórax dele. A calça já estava aberta e Shun precisou apenas puxa-la para baixo para revelar a ereção do Cisne. Jogou o jeans no chão juntamente com a cueca deixando o loiro completamente exposto e vulnerável na cama. Hyoga estava boquiaberto com toda a atenção que estava recebendo, era sempre ele quem enchia Shun de beijos e caricias, mas ele não estava nem pensando em trocar de posição... Via o garoto passando os lábios por suas coxas lambendo sua pele, se aproximando cada vez mais de seu sexo. A luz fraca deixava ver uma leve coloração vermelha no rosto afeminado. Estaria envergonhado ou apenas tão excitado quanto ele? Não importava, Shun estava irresistível, ao mesmo tempo adorável e sexy. Deixou escapar um gemido ao sentir os lábios macios do garoto percorrendo a extensão de seu membro começando na parte mais baixa até a glande, dando algumas leves chupadas ali.

Shun levantou o rosto olhando para a expressão de Hyoga, era maravilhoso saber que era ele quem estava provocando aquelas reações no rapaz, mas ele mesmo não estava se agüentando. Sua calça apertava desconfortavelmente e ele sabia que precisava de um pouco de alívio. Ficou de joelhos na cama, uma perna de cada lado do corpo de Hyoga, os lábios do russo estavam na altura de sua barriga e ele aproveitou para beijar aquela pele branca e gostosa à sua frente. As mãos do loiro começavam a entrar pelo jeans azul que Shun usava, seus dedos tocavam o cós da cueca branca de algodão que protegia a parte mais delicada do corpo de seu amante. Pouco a pouco mais da pele de Andrômeda ficava a mostra, seus pelos arrepiavam por onde os dedos de Hyoga passavam. Quadris, pernas, coxas... Levantou um pouco os joelhos um de cada vez para poder retirar por completo a roupa e logo em seguida sentou-se de frente para o outro. Não demorou para que os beijos recomeçassem, Hyoga puxou o corpo menor para bem perto do seu fazendo as ereções se encontrarem, nenhum dos dois tentava mais abafar os gemidos, o mundo agora girava em torno daquele quarto e nada fora dele parecia existir.

Shun passou os braços pelo pescoço de Hyoga acariciando por vezes sua face e seus ombros... Já o loiro passeava com as mãos sem pressa pelas belas curvas de Andrômeda. O beijo parou por um curto instante, Shun levantou o corpo se apoiando de leve nos próprios joelhos, Hyoga por sua vez levava as mãos ao encontro a entrada de Shun, não para penetrá-lo, mas para ajudá-lo a se posicionar corretamente onde devia.

Lembrou da primeira vez que se entregou à Hyoga, teve um pouco de medo no inicio, medo de que doesse, afinal ali não era o lugar certo para que acontecesse uma penetração. Hyoga forçou sua entrada uma vez sem conseguir entrar por completo, o garoto mais novo sentiu uma pontada de dor e se assustou dizendo que não conseguiria continuar. Hyoga estava fazendo de tudo para que a primeira vez dos dois fosse maravilhosa e tinha sido até aquele momento, ele não entendia por que seu corpo ainda oferecia resistência, se desculpava com o namorado enquanto os olhos se enchiam de lágrimas, ele queria muito se entregar e Hyoga queria muito possuí-lo. Lembrou-se das palavras que o loiro sussurrou em seu ouvido, parecia que as tinha ouvido há apenas um dia atrás:

"Sabe, eu até hoje sinto seu cosmo dentro de mim... Me aquecendo por dentro, me mantendo vivo... O que eu quero agora é que você me sinta dentro de você... Vamos ser um só... Não precisa resistir, eu não vou te machucar nunca".

Voltou de suas lembranças olhando fundo nos olhos azuis a sua frente, agora sabia que não iria resistir, forçou o corpo pra baixo sentindo-se ser completado de uma só vez, curvou as costas e gemeu alto sentindo o membro de Hyoga pulsando dentro de si. Sentiu seu corpo ser abraçado com força, os dois tão próximos podiam sentir o ritmo acelerado de seus corações batendo juntos. Começou então a movimentar lentamente o corpo, escondeu o rosto entre o ombro e o pescoço do amante dando alguns beijos ali, as mãos do russo acariciavam a pele pálida de suas costas, mas seu toque estava diferente, Shun sentia um frio agradável onde quer que as pontas dos dedos de Hyoga tocassem, mas o frio foi aumentando cada vez mais, os pelos de seus braços se arrepiaram com a repentina mudança de temperatura. Abraçou mais o namorado em busca de conforto, mas seu corpo estava tão frio como gelo. Shun sentia o ar congelado penetrando em sua pele e em sua carne, parecia estar congelando sua própria alma! Sua voz não passava de um sussurro no ouvido do namorado:

Você está frio...

Sentiu Hyoga soltar um pouco os braços que o prendiam, aproveitou para separar um pouco o corpo do dele, estava tão gelado, por mais que quisesse ficar próximo de Hyoga não ia conseguir! O loiro não se moveu, pressionava a cintura de Shun para baixo para que ele não parasse com os movimentos lentos que fazia. Seu tom de voz não muito mais alto do que o do outro.

- É assim que eu me sinto quando não estou com você. Frio.
- Mas eu estou aqui agora e vou estar sempre que precisar...

Shun passava as mãos pelo peito do russo e o olhava fixamente. O loiro fechou os olhos e repousou a cabeça no ombro do garoto menor voltando a abraçá-lo mais intensamente. Shun sentia pontadas queimando sua pele ao tocar no corpo gélido de Hyoga, mas por mais que doesse ele não queria se separar, aquele frio não era nada comparado à vontade imensa de estar nos braços de seu amor. A voz de Hyoga saiu abafada e baixa:

Eu sempre vou precisar do seu calor... Sempre. Eu preciso que você me aqueça.

Shun entendeu o que devia fazer para acabar com aquele frio, envolveu o pescoço de Hyoga com seus braços finos, aumentou um pouco mais os movimentos nos quadris ao mesmo tempo em que começava a elevar a própria energia, ele sabia que seu cosmo era quente o suficiente para esquentar não só a si mesmo, mas também a Hyoga. Sabia, pois já tinha feito isso antes. Mesmo não tendo ouvido as palavras emocionadas de Hyoga momentos depois de quase ter se sacrificado para trazê-lo de volta a vida, Shun sentia em seu coração que tinha sido o responsável pela mudança no interior do antes tão frio rapaz. A temperatura no quarto fechado foi aos poucos ficando mais quente, Hyoga sentia-se cada vez mais leve ao perceber que seu corpo estava sendo aquecido, sentiu-se protegido como nunca antes. Naquele momento em que a vida de Shun entrava novamente em seu corpo ele teve certeza de que não precisava de mais nada além da pessoa que estava em seus braços. Abriu os olhos claros e sorriu olhando nos olhos verdes do outro. Os dois corpos já suados pela excitação e pela temperatura se moviam juntos, entregues completamente um ao outro.

"Cosmo, energia vital que corre em nosso sangue."
"Cosmo, pequeno universo dentro de cada um de nós. Exploda-o e poderá alcançar o infinito."

Dois cosmos fundidos, duas vidas que se tornaram uma só. Juntas por toda a eternidade.

Fim