Capítulo 3
Dragões Negros
Harry se apressou para chegar na lareira, e com muito esforço conseguiu pular a tora incandescente e chegar em frente à lareira.
Ele esticou o braço para pegar o pote de Pó de Flú, mas acabou se jogando na direção dele por um pedaço de madeira cair em seu braço. Conseqüentemente, o pote se espatifou na lareira, formando chamas púrpura, que arremessaram Harry para a parede do outro lado do cômodo. Por sua sorte, Harry não teve um impacto tão forte.
Logo se levantou, desesperado, e correu até a lareira novamente para tentar pegar o Pó de Flú que caiu do chão. Mas ele não conseguia se aproximar da lareira, que as chamas púrpura o chicoteavam levemente, mesmo com ele estando cinco passos de distância das mesmas.
Harry, mesmo com pequenos cortes, do que pareciam fagulhas invisíveis atravessando seus braços, não desistiu de chegar na lareira, e continuou, mesmo estando cada vez mais ferido.
Quando chegou a um passo de distância das chamas, foi novamente jogado para a mesma parede do outro lado do cômodo, mas dessa vez o bruxo resolveu amortecer o impacto virando-se para ficar cara a cara com a parede, e usar braços e pernas como amortecedor. Mas dessa vez, seu braço direito ficou sobrecarregado por seu peso, e ficou latejando por certo tempo, dolorido.
Ele virou-se para ver a lareira, mas as chamas púrpura haviam sumido, juntamente com todo o Pó de Flú que caíra no chão.
"Que ótimo! Realmente perfeito! Era tudo o que eu precisava!" pensou o garoto irônico.
Mas mesmo assim resolveu ver se realmente não havia modo de sair dali.
Finalmente ele avistou uns grãos restantes que tinha ficado grudado em um dos tijolos.
Tinha de ser o bastante!
Ele ergueu sua mão para recolher o pó, mas por sua sorte a manga de sua camiseta havia enroscado em um canto da lareira, pois um segundo depois uma bola de fogo gigante atingiu o lugar em que estaria sua mão.
Com o impacto ele foi arremessado para trás, na direção da parede.
Harry ficou pensando por certo tempo em como escapar dali, mas foi interrompido por um pedaço anormalmente grande de ferro caiu em sua frente.
Ele olhou para o teto, e viu que tinha outro pedaço de ferro prestes a cair em sua cabeça, e tratou de sair correndo dali.
Então Harry se lembrou que suas coisas haviam ficado no andar de cima, juntamente com Edwiges! Tentou subir as escadas, dando um enorme salto para pular o rombo que estava na escada. Ele viu que ia cair, e se segurou rapidamente no degrau seguinte. Ele evitou olhar para baixo, e usou toda a força que possuía para subir. Com muito esforço conseguiu, e subiu o resto das escadas correndo, até chegar no quarto de Ron. Tudo estava destruído.
A primeira coisa que fez foi correu para ver se Edwiges estava bem. Quando chegou onde estava sua gaiola, a coruja estreitou os olhos em sua direção, e lançou-lhe um olhar furioso, como se dissesse "Por que não veio mais cedo!", as belas penas brancas da corujas estavam sujas com cinzas.
Harry soltou-a da gaiola, e imediatamente abriu a janela para libertar Edwiges, mas do lado de fora ainda estava o ataque dos Dragões Negros, então mudou de idéia. Ele pegou seu malão e encaixou a gaiola da coruja nele. Então viu em seu malão, um cabo de vassoura saindo ara fora...
"Mas é claro! A Firebolt!" pensou ele feliz tirando a vassoura do malão e tentando fazer o mesmo que fizera no ano anterior para sair da casa os Dursleys com os membros da Ordem, com um feitiço.
– Locomotor malão. – disse Harry fazendo movimentos leves com sua varinha, que acabara de tirar do malão.
O malão do garoto ergueu-se alguns centímetros do chão, ele estava segurando sua varinha como uma batuta de maestro, Harry fez o objeto parar por cima da vassoura, e aproveitando, pegou a primeira coisa que viu pela frente e deu um forte nó, prendendo o malão na vassoura.
Harry passou a perna por cima da vassoura e deu impulso contra o chão. Ele saiu da casa pela janela de Ron.
Conforme Harry ganhava altura e o vento passava rumorejando entre seus cabelos, os Dragões Negros se transformavam em pontinhos negros, seu medo passara, ele voltara ao lugar a que pertencia.
Para ele, aquilo tudo era apenas uma partida de Quadribol, em que os dragões eram do time adversário, e o pomo estava do outro lado, era só atravessar os dragões.
Harry tentou atravessar na direção onde estava o suposto pomo na maior velocidade que sua Firebolt conseguia alcançar.
Mas foi uma tentativa mal sucedida, já que os Dragões Negros alcançaram a mesma altura de Harry em questão de poucos segundos, e taparam sua passagem.
Harry olhou para baixo, nenhum dragão restara, todos estavam atrás de Harry. E mergulhou. Os Dragões Negros o acompanharam, e logo ficaram paralelos a ele.
O garoto sabia o que ia fazer, e se recuperou do mergulho bem na hora; um jorro de fogo cuspido exatamente no ponto em que ele estaria se não tivesse desviado... Mas Harry não se importou, simplesmente pensou positivamente que aquilo era como se desviar de um balaço.
Harry voou mais alto descrevendo um círculo; os Dragões Negros continuavam acompanhando o progresso do bruxo, ele achou melhor não insistir, ou os dragões iriam recomeçar a cuspir fogo.
Harry permitiu-se afundar rapidamente no memento em que um dos dragões abriu a boca, porém, desta vez não teve tanta sorte – conseguiu escapar das chamas, mas outro dragão chicoteou o rabo ao seu encontro.
O garoto virou bruscamente para a esquerda, mas outro dragão usou suas afiadas garras nele, arranhando seu ombro, e rasgando as vestes que usava. Harry sentiu seu ombro arder, o corte não parecia ser muito fundo.
Ele passou veloz pelas costas do dragão que lhe arranhou, e pensou em uma possibilidade de fugir dali.
Harry pensou em guiá-los para dentro da Toca, ela um meio de atrasá-los, e como eles estavam demasiado preocupados em acabar com o garoto, seria fácil de fazer com que eles entrassem. O truque era fazer isso com cautela, gradualmente.
Harry começou a voar em zigue-zague, fazendo com que os dragões atrás dele cuspissem fogo no lugar em que estava anteriormente, e não sendo atingido.
O garoto voou mais alto, fazendo com que os Dragões Negros fossem com ele.
Inesperadamente Harry mergulhou. Antes que os dragões percebessem o que acontecera, Harry já entrara pela janela do quarto de Gina, e saiu pela de Ron quando não havia mais Dragões Negros do lado de fora da casa.
Ele voou velozmente para a densa floresta à sua frente. Continuou voando por um longo tempo, até que os Dragões Negros se deram conta de que o bruxo os enganara, e começaram a cuspir fogo, incendiando a floresta.
Harry tratou de acelerar com sua Firebolt, mas a floresta estava longe de acabar. Harry pensou em subir, já que agora estava muito abafado lá, embora o fogo ainda não ter chegado nele. Mas desistiu da idéia ao pensar que talvez fosse isso que os dragões queriam.
Olhando para trás, acabou tocando um uma árvore, caindo no chão e sua Firebolt foi parar longe da vista de Harry.
Enquanto se levantava e massageava o ombro machucado, que batera na árvore, um dos Dragões o localizou, e estava cuspindo fogo na direção dele, não havia como escapar.
Ao invés de sentir-se queimar como esperava, sentiu como se mergulhasse em uma gosma pegajosa e transparente.
Harry estava flutuando imóvel no meio de uma bolha pegajosa e esbranquiçada que saia da varinha de outra pessoa, que estava aparentemente tentando desviar das bolas de fogo que entravam furiosamente por todos os lados ao mesmo tempo em que mantinha o feitiço.
– A vassoura Harry! – disse uma voz familiar a Harry. – Conjure a vassoura, rápido! Eu estou indo para aí! Fuja o quanto puder! Eu te encontrarei pelo caminho.
De repente o vulto que estava ajudando Harry desapareceu junto com seu feitiço:
– Accio Firebolt! – Gritou Harry.
Cinco bolas de fogo dos dragões que iam desordenadamente para qualquer canto da floresta começaram a ir a sua direção.
Ele caiu no chão e atirou a varinha para outro canto, uma bola de fogo se espatifou contra uma grande árvore e a próxima fez uma grande falha em algumas árvores enquanto a varinha, com o feitiço ativo, atraía mais bolas de fogo.
Harry estava preso em um círculo de fogo e não conseguia chegar até sua varinha e observava a parede de pedra se esmigalhando e acabando com a proteção da varinha.
Ele estava muito mais preocupado com a varinha do que com si mesmo, já que todas as bolas de fogo não importando para onde os dragões a lançassem eram atraídas para sua varinha.
Harry então enxergou o pacote de Dumbledore, que caiu do seu malão com a colisão da árvore.
Ele pegou a espada de Gryffindor e com ela tentou afastar as chamas que bloqueavam a passagem.
Para sua sorte, funcionou e ele conseguiu chegar até a varinha.
Harry segurou-a com as duas mãos e exclamou:
– Accio Firebolt!
Por entre as árvores apareceu velozmente uma pomposa e flutuante vassoura.
Ele montou nela imediatamente e atravessou a floresta, já em chamas, até chegar no local onde encontrou o que esperava encontrar, mas não do jeito que esperava: sua mala que havia se soltado da vassoura estava queimando, junto com todo o seu material. Não havia lhe sobrado mais nada a não ser a varinha e a vassoura.
Mas no local em chamas ele avistou o espelho que seu padrinho, Sirius Black, havia dado a ele no ano anterior para se comunicar com ele. Harry passou velozmente por entre o fogo, queimando-se, mas conseguindo apanhar o espelho.
Quando ele ouviu o zunido das bolas de fogo foi que ele notou que o feitiço ainda estava ativo.
Harry começou a voar para todos os lados, por entre as árvores, procurando uma maneira de escapar.
Ele saiu da floresta, onde as árvores queimadas caiam por cima dele. Ele subiu esperando ter uma maneira de salvação, mas ali só havia pelo menos vinte dragões negros lançando bolas de fogo que eram atraídas por sua varinha.
Alguns dragões perceberam que já havia bolas de fogo o suficiente perseguindo Harry e começaram a tentar abocanhá-lo, rasgá-lo, arranhá-lo e os outros continuaram tentando fritá-lo.
Harry milagrosamente conseguiu desviar de todos ao mesmo tempo em que tentava chegar ao fim da floresta em chamas.
Os dragões, assim como as bolas de fogo, estavam perseguindo-o.
Ele continuava em uma velocidade impressionante indo sem rumo para qualquer direção, mas de repente percebeu que não era ele que estava controlando a vassoura, já que ela estava indo a uma velocidade maior do que a da gravidade.
Harry começava a escorregar (flutuar) para trás ao meso tempo em que se agarrava com toda a sua força no cabo da vassoura.
Ele estava com apenas uma mão segurando na ponta da vassoura, Harry se balançava para os lados tentando desviar dos dragões e das bolas de fogo.
Ele passou em uma velocidade gigantesca por outra pessoa que estava voando na direção oposta:
– Professor Lupin! – gritou Harry quando passou por ele.
A vassoura de Lupin começou a adquirir velocidade, igualando-se a de Harry, logo atrás dela.
Lupin ergueu a varinha na direção de Harry e falou algo que ele não ouviu, mas magicamente foi arremessado para frente e ajeitou-se na vassoura.
O professor também parecia estar sob o efeito do feitiço, mas ele e a vassoura estavam de costas para Harry e por isso tudo o que ele via era o Professor lançando raios azuis contra os dragões.
As criaturas eram arremessadas para trás, mas voltava a voar na direção de Harry como se nada tivesse acontecido.
Incrivelmente os dragões e suas bolas de fogo igualavam sua velocidade à deles e continuavam a se aproximar.
Lupin direcionou a varinha para a própria garganta e usou um feitiço, logo depois gritou:
– Estamos chegando às Terras de Hogwarts, Harry! Não vai levar mais do que cinco minutos.
Aquele era o mesmo feitiço de amplificador de voz que Lino Jordan normalmente usava para narrar as partidas de Quadribol.
Mas quando Harry avistou o castelo à distância, também sentiu que tudo estava frio, a paisagem de floresta à sua volta estava praticamente congelada.
Logo à frente havia centenas de vultos negros vindo em sua direção. Sua felicidade foi se esvaindo e ele começou a sentir tontura.
Tentou se concentrar em uma lembrança feliz, mas por mais que se esforçava só conseguia se lembrar da morte de Sirius...
O professor Lupin rapidamente se virou e gritou:
– Expecto Patronun!
De repente um lobo branco gigantesco apareceu na frente de Harry. Três dementadores sumiram à sua frente e os outros o ignoraram.
Harry olhou para trás, uma das bolas de fogo que estava vindo em sua direção atingiu Lupin, que se jogou da vassoura para escapar.
Ele caiu no meio da floresta congelada e então todas as centenas de dementadores desceram na direção em que ele havia caído.
Harry não conseguiu ver o resto, pois centenas de bolas de fogo surgiram à sua frente. Harry notou que desde que a bola de fogo atingiu Lupin, o feitiço não estava mais ativo.
As bolas de fogo novas foram lançadas por dragões de diversas cores que pairavam enfileirados na frente do castelo.
Eles começaram a lutar com os dragões que perseguiam Harry.
E então o garoto viu que logo acima do penhasco, todos os professores, além de Dumbledore e outros alunos e adultos estavam com as varinhas erguidas.
A vassoura se dividiu em dezenas de pedaços que foram cada um para a direção de uma varinha e Harry caiu de cabeça aos pés de Dumbledore.
C.O.N.T.I.N.U.A.
N/A & T: Olá!
Voltei com um novo capítulo! Bem mais movimentado que o anterior, sem dúvida...
Fico extremamente feliz que estejam gostando do fic.
Desculpem a demora, mas o caso do plágio do meu fic "Para Lílian Evans" ainda não foi resolvido, e, como se já não bastasse plagiar o meu, uma outra autora plagiou o fic da minha amiga Mily Evans... Só espero que isso acabe logo.
Creio que vou ter de me esconder por uns tempos, já que acho que várias pessoas vão querer me matar! O.o
Mas pensem pelo lado positivo... Este chapter foi maior que o anterior. ''
OoOoOoOo Obrigada pelas reviews! Continuem comentando! OoOoOoOo
Kagome-chan: Olá miga! Já disse sim, mas eu não fico chateada em escutar de novo. xD Gosta de dragões? Eu também! Eu gostei deste capítulo particularmente porque é mais movimentado, tem mais aventura. Kissus! Ja ne!
Kamony Sayo: Olá miga! Fico feliz que tenha gostado! Bem, a Molly abandonou-o ali por alguma razão que está na mente de meu irmão... Pergunte a ele. xD OK, eu não quis morrer, porque ainda sou muito jovem, então publiquei o capítulo seguinte... Kissus! Ja ne!
Ayumi Hamazaki Fã: Olá miga! O telhado cair na cabeça dele? o.o A Molly fazer isso mais vezes? O.o Odeia esse "protótipo" de personagem principal? O.O Bem, você é uma das poucas... Ele não está entre meus favoritos, por isso meu fic é sobre os pais dele... Kissus! Ja ne!
Yuka-sama: Olá miga! Você gosta dele? Eu não gosto tanto, também não chego a odiar, mas também nem a gostar... Você gostou da "tentativa" de fuga. xD Gostou da parte em que ele entrou do quarto depois de ter arrumado tudo...? Sua irmã faz isso? xD Eu queria tanto uma irmã... Kissus! Ja ne!
Muito obrigada a todos!
Kissus! Ja ne!
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