Rk não me pertence

Soldado dos sonhos

Capítulo2. A morte do soldado, parte1

(Janken-po)

¨Kenshin¨

Plaft!

Acordo meio assustado, cair da cama não é a melhor maneira de se acordar. Kaoru! Vc tá aí? Claro que não, Kaoru Kamiya, aquele protótipo da Barbie estaria usando umas roupas daquelas, e cantaria Elvis em plena sorveteria? Acho que não... Por falar nela... olho o relógio, 10 pras oito, estou atrasado pra me encontrar com ela, dizem que os sonhos não contados se realizam, tomara.

Desço do meu ap correndo, por sorte o bondinho está passando e consigo pegar, não sei pra quê tanta pressa em encontrar aquela doida histérica. Na sorveteria hoje mais cedo tinha sido bastante engraçado, mas não pude rir, dar o braço a torcer? Nunca! Saio do bonde, faço figa pra que meu sonho se torne real, se tudo desse certo seria uma das minhas melhores noites, se fosse completamente normal, iria ser uma longa noite.

Chego à sorveteria, ela não estava do jeito que eu imaginei, e pra piorar ela está com o Enishi, o pior de todos, o lixo da humanidade, a mosquinha do cocô do cavalo do bandido, a representação de todo o horror, pelo menos pra mim, para as garotinhas do colégio ele é a encarnação da beleza, se existe algo belo, com certeza é ele.Penso no que elas encontram de bom naquela coisa...

Questão de segundos, acredito que uns 5 no máximo. Nós dois já estávamos trocando socos, murros, chutes, não escutei muitas coisas, mas consegui, ao menos, ouvir os gritos da Kaoru pedindo que parássemos, até parece que eu iria obedecer...

-Saitou, foi ele que começou, dessa vez eu não tive culpa

-Pra vc é Delegado Saitou. E pra começo de conversa eu não estou ligando pra quem começou, o Enishi foi pego pelos responsáveis e já foi liberado, quanto a vc, temos que preencher mais uma folha da sua ficha... hehe

-Vc tem algo contra mim? Pra que tanta maldade nesse coraçãozinho? ¬¬'

-Eu, algo contra vc? Não brinca...

Não consigo acreditar, aquele maldito já foi liberado! A mamãe dele vem aqui e está tudo resolvido. Por falar em mamãe... alguém me socorre...

-Kenshin, meu filhinho, o que vc fez desse vez, não me diga que agora entrou no tráfico também?

-Deixa eu expli-

-Quietinho, e calado, Kenshinzinho...

Ela falou Kenshinzinho? Tô mais encrencado que o normal... Mais uma vez vai o meu pedido solene de socorro.

No carro, ela veio fazendo um discurso "pouco" pior que o normal. Tenho medo de quase nada, mas falou da mamãe... eu me sinto um pirralhinho de 8 anos, que acabou de quebrar alguma coisa. Ela me dá um medo... Mas não brinque com ela não! Se brincar, ou ela vai te bater tanto que vc vai ficar em coma por uma semana mais ou menos, ou vai se ver comigo. A segunda opção é mais chance de sobrevivência.

-Foi isso que aconteceu- termino de contar toda a história pro Sano e pro Aoshi, retirando a parte do sonho, lógico.

-Vc e o Enishi parecem duas crianças...- adivinhem quem fala?

¨ Kaoru¨

Aqueles dois, pareciam duas crianças... Chego ao colégio no dia seguinte e tento falar com a Misao, não recebo atenção nenhuma, tb, foi culpa minha, é horário de educação física, o horário em que ela entra em transe. Estranho, dessa vez o tal Aoshi não tá no campo, noto pra quem ela estava olhando: Kenshin Himura e Sanosuke Sagara.

-Como vc consegue, esse 2 já é apelação.

-Apelação¬¬, vc bebeu! Olha aquilo, bem que já tinham me dito que o tal Sagara era bonito, mas o Himura... que sorte vc tem, vc vai ao baile com ele

-Só vc acha "aquilo" bonito.

-Só eu e o resto do terceiro ano.

Dou uma olhada ao meu redor, um bando de tietes gritando histéricamente o nome deles. Até o Enishi tinha sido deixado de lado. De uma hora pra outra, o trio (Aoshi, Kenshin e Sanosuke) virou centro de atrações. Lembro-me da história do moleque que ele raptou, e saio pra tirar satisfações...

-Himura, vc não me disse nada sobre o menino

-Bom dia pra vc tb, e vc não tem nada haver com isso.

-Eu vou fazer uma ocorrência!

-Pode fazer, minha ficha já tá tão lotada que uma a mais, uma a menos, não vai mudar muita coisa.

Ao fundo escuto a voz da Misao, "Vai lá Kaoru, dá mole não. Safadinha". Sinto uma veia saltando da minha testa. Saio de perto dele resignada. Quando consegui me acalmar já estava na última aula, graças à Kami. Peguei uma conversa pelo meio, era alguma coisa do tipo "sonhos se tornam realidade" ou "toda vez que sonhar, não fale a ninguém", uma besterada que as minhas colegas insistem em falar...

Termina a aula e não encontro mais com o Himura. É um alívio sair daquele colégio. Como dizem os meninos, fugir da minha capa de Barbie. Eu tinha perdido totalmente o ânimo após filosofia. Pego o ônibus, escoro a cabeça na janela, meus olhos estão se fechando, não quero, mas não consigo, eles se fecham...

¨¨¨¨¨¨

Estou no meio de uma cidade, o céu escurece, escuto barulho de chuva, uma forte ventania se aproxima de mim, não conheço ninguém, nenhum rosto me é familiar, só tenho uma reação, começo a chorar.

Ouço gritos, pedidos de socorro, uma marcha vindo de longe, será que eu morri? Um exército surge, compassado, uma arca, mais comprida do que larga, eles a carregam, vejo uma jovem chorando, pergunto o ocorrido, ela só me responde: " ele morreu, o soldado morreu". Soldados não recebem esse tipo de atenção, geralmente. Sinto uma dor no peito. Lágrimas voltam aos meus olhos, sem razão, não tem porquê. A arca era um caixão, feito de ébano, uma madeira de cor muito escura, contornado com fios prateados que reluziam com a chuva que caía, olho para o morto através de um vidro... me choco, era o Himura.

¨¨¨¨¨¨

-Ei, acorda.

-Himura!- grito sem notar

-É, sou eu mesmo, mas não precisa ficar tão assustada¬¬. Sabia que não é bom uma moça dormir dentro do ônib- eu o interrompo, o que há comigo? Eu o abraço forte, choro como no pesadelo que acabo de ter, noto ele, e todo o ônibus me olhando assustados. Me afasto bruscamente, seco rapidamente as lágrimas.

-Vc está bem?- ele pergunta parecendo estar preocupado

-Não foi nada, é a minha parada - desço correndo para despistá-lo

Sento-me no primeiro banco de praça que encontro, tentando entender o que aconteceu. Sinto uma mão quente em meu ombro.

-Mentir é feio. Vc mora à 3 paradas daqui.

-Himura?

-Vc deixou sua carteira cair

-Obrigada

-Fiquei preocupado, uma pessoa como vc não sai por aí chorando...

-Foi um repente, já passou. E como assim, "como eu"?

-Vc não externa o que quer, é difícil te entender... uma hora está toda alegre e gritando, comigo pra variar, e outra hora tem uma crise de choro repentino.

-Eu tenho que ir- mudo de assunto, a última coisa que quero é dividir meus problemas sem lógica com ele.

-Dessa vez de verdade?

-É...

-Tá, mas vê se não faz nenhuma besteira- ele sorri. Como o sorriso dele é bonito! Aliás, ele é bonito... nunca tinha reparado, mentira, só não queria aceitar esse fato. Volto pra casa. Resolvo esquecer tudo o que ocorreu e tomar um longo banho, na banheira do quarto que minha mãe ocupava. Tudo muito tranqüilo, até que eu escurrego no tapete, caio de bum-bum no chão e ainda acerto minha cabeça no pé da pia. Não é meu dia! Entro na banheira, meu corpo todo dolorido...

Apoio minha cabeça na parte perto da torneira, começo a ouvir uma música qualquer, a mulher que mora em cima adora música alta, começo a viajar com a canção, minha cabeça escurrega, quase morro afogada."Tem mais alguma coisa ruim pra acontecer?" Grito, já estava enfurecida. Maldita boquinha. Batem à porta. Atendo.

-Mãe?

Continua...

E então o que acharam, eu acho que ficou meio dramático e sem lógica, mas acho que tô melhorando... Vcs gostaram do Kenshin, battousai, o retalhador, ter medo da mamãe? Eu achei legal... por favor mandem opiniões. E outra coisa: O kenshin não vai morrer, nem vai ter reincarnação ou coisa do gênero. Não sei se eu escrevi isso no primeiro capítulo, meu pc apagou td, mas o fato de eu ter mencionado que loiras são burras é brincadeira, afinal eu sou meio loira.

Agradecimentos: Artemisa , Kaolla Su, Miaka Sukunami, Madam Spooky e Makimachi Misao, e a todos que leram e se quiserem, depois de hoje mandarão um review e me farão feliz!