Sobre Sonhos e Livros
- Mas que preguiçoso... ele ainda tá dormindo?
- E o que é esse sorrisinho na cara dele, hã?
- Deixem ele dormir em paz! Aliás, eu também estava dormindo, Sirius, muito obrigado!
Eu acho que existe uma conspiração contra as minhas sagradas horas de sono. Não é possível! Primeiro, o despertador "simpático" da minha mãe, que não é nada perto desses dois. Qualquer pessoa que queira acordar tranqüilamente deve passar longe de Padfoot e Wormtail. Quilômetros, eu diria.
Segundos depois dessa pequena discussão, eu sinto um travesseiro me acertando em cheio no meio da cara. Se eu estivesse com os óculos, teria sido um desastre...
- Vai se atrasar pro café, Prongs! Vamos lá, cara!
Eu abri um olho. Sirius estava já pronto pra descer e Pedro estava me olhando com uma cara estranha. Esse menino me assusta às vezes.
- Que foi, Tiago? O sonho tava tão bom assim? - E então esse era o motivo da cara estranha...
- Wormtail... olha lá... - eu apontei para o nada, no chão do dormitório, e os três olharam naquela direção. - queijo... pega!
Pedro fechou a cara e Sirius soltou uma gargalhada. Depois dessa, eu tinha que acordar mesmo. Levantei, me arrumei e nós descemos para o café. Pra minha surpresa, Arista e Evans já estavam lá. É esse povo que acorda muito cedo ou eu que sou preguiçoso demais? Caminhei até os lugares vazios, antes cumprimentando o pessoal do quadribol que estava logo na ponta da mesa.
- Olá, garotos! Bom dia! - Arista disse, sorrindo.
- Bom dia, srta. Skyler... srta. Evans...
- Oi, Potter. - Evans murmurou, jogando um papel na minha direção e entregando o resto pros outros marotos. - Bom dia, meninos. Esse é o horário. O Frank me entregou de manhãzinha.
- Que horas vocês acordam? - Evans decidiu ignorar minha cara de surpresa.
- Poções com sonserinos de novo? - Pedro reclamou.
- Depois de cinco anos, você tinha esperança que fosse mudar? - Sirius respondeu, distraidamente. - Pra mim, está ótimo. Poções é chato demais, é bom ter uma distração.
- Você não está se referindo ao Snape, está? - Evans ergueu os olhos. - Porque eu espero que vocês tenham crescido o suficiente para parar de azarar o garoto sem razão nenhuma!
- Ih, Lily, esquece... depois do Sirius ter passado o verão inteiro na casa do Tiago, imagina a lista de azarações novas que eles têm... - Arista riu.
- Mas vocês vão ter que se comportar dessa vez. - Lily continuou. - Pelo que a Prof. McGonagall me disse hoje, ela está perto de surtar com a próxima de vocês, e então vai ficar difícil pro Remo e eu consertarmos tudo.
- Agradeço a sua ajuda, Evans, mas eu não me importo de pegar detenção por causa do Snape. É por uma boa causa...
- Isso é ridículo, Potter!! Você está prejudicando você mesmo e a nossa casa! Eu não exatamente ligo pra essas coisas, mas faz quatro anos que não ganhamos a Copa das Casas! Nós sempre estamos perdendo pontos por causa de vocês dois! E é muito injusto vocês atacarem o Snape o tempo todo, sendo que ele quase nunca faz nada contra vocês!
- Nunca faz nada? - eu olhei para Evans indignado. Snape está longe, muito longe de ser uma criança indefesa! - Nunca faz nada!! - eu me virei para Padfoot e Moony, pedindo uma ajuda. - Evans, você definitivamente não conhece o Ranhoso... ele não perde uma chance de estragar nossos planos, ele é estranho, o cabelo dele fede e... e... o nariz dele é grande demais.
Por mais que eu quisesse gritar aos quatro ventos, pra que todos soubessem, que Severo Snape, o imbecil seboso da Sonserina, estava se metendo em coisa séria, se aliando com aqueles doidos que, vez em quando, saíam por aí atacando quem tinha boas relações com os trouxas, eu sabia que não podia. Eu tinha sido proibido por meu pai de sair espalhando a história que eu ouvi, sem querer, em uma conversa dele com uns colegas de trabalho no jantar. Porém, agora eu tinha mais do que razões para odiar, detestar Snape. Quem o babaca pensa que é?
- Por Merlin! "O nariz dele é grande demais"? Eu nunca ouvi nada tão sem sentido na minha vida! Você é um idiota, Potter!
E, pra variar, Evans levantou bruscamente, quase derrubando o cálice de suco de abóbora em Arista, e correu pra fora do Salão Principal, bufando. Sério, por que ela tem que ficar irritada com cada palavra que eu digo? Se ela continuar assim, vai ficar anêmica!
- É, essa foi um recorde... você fez a Evans perder a segunda refeição em Hogwarts. - Sirius disse, rindo. Grande amigo, rindo da desgraça alheia.
- A culpa não é minha se ela gosta tanto assim do Ranhoso...
- Ela não gosta do Snape, Tiago. Ela só acha ridículo vocês pegarem no pé dele desse jeito. Humilhá-lo na frente de todo mundo. Quer dizer, que ele é estranho e tal, eu concordo, mas vocês podiam maneirar um pouco, né? - Incrível como a Arista consegue dizer exatamente o que Evans quis dizer, mas sem fazer tanto escândalo. Mas a Arista é diferente. Ela é... bom, ela não é uma garota. Quer dizer, é. Mas não é. Deu pra entender?
- Mas nós já fizemos isso! - eu me defendi. - Depois daquela briga no dia do NOM, ano passado, a gente nunca mais fez nada sério com ele.
- Verdade. - Sirius sacudiu a cabeça. - Nós temos até sido bonzinho com ele, né?
Se tem uma coisa que não convence no mundo é a cara de inocente do Padfoot.
- Claro! Nós fomos pra casa pouco tempo depois das provas! Vocês nem tiveram mais tempo! - Remo respondeu. - Acho melhor a gente ir pra aula que já vai começar.
- História numa segunda feira de manhã... ninguém merece... - Pedro e sua voz esganiçada.
Depois de uma aula muito cansativa do Binns, Advinhação e Estudo dos Trouxas, era a hora do jantar. Sirius já estava pra lá de entediado, batendo com as costas da colher no cálice de abóbora (ele sempre tira som de alguma coisa quando está nervoso), Remo estava praticamente dormindo sentado em cima do prato e Pedro estava devorando o quiche de provolone. Alguém tinha que fazer alguma coisa pra animar nosso primeiro dia em Hogwarts, e eu já estava com mil idéias na cabeça do que a gente podia fazer quando...
- Sr. Potter?
Ah, não. Sempre quando o melhor está pra começar... eu gosto da McGonagall e tal, mas ela tem que aparecer nessas horas?
- Sim, professora.
- Na minha sala, agora, por favor.
- Regulus. - Remo levantou a cabeça e disse baixinho. É, eu não estava surpreso com essa. Aliás, eu achava que seria chamado na noite que chegamos.
- Eu sabia que a Narcissa não ia deixar barato. - Sirius resmungou. - Espelho?
- Tá comigo. - eu sorri e me levantei pra seguir a professora. Ela não estava com a melhor de suas caras, e não era pra menos, Narcissa deve ter enchido a orelha dela de besteira. Mas como eu tinha dito pra Evans, eu não estava nem um pouco arrependido. Alguém tem que dar um jeito naquela maldita família.
- Sente-se, Potter. - Ela apontou para a cadeira à frente de sua mesa.
- Professora, antes de tudo, eu quero...
- Eu falo, Potter. - ela interrompeu, secamente. - Onde você estava com a cabeça? Atacar um aluno no trem! Um terceiranista! Ele é três anos mais novo que você!
- Mas professora, ele chamou a Evans de... você-sabe-o-quê... eu não podia deixar quieto!
- Eu sei exatamente o que aconteceu entre você e Regulus Black, Potter, mas eu ainda não vejo motivo pra você usar de violência! Compreendo que o termo que o sr. Black utilizou para denominar a srta. Evans é altamente ofensivo, porém ele se desculpou e...
- Regulus se desculpou? Eu duvido!
McGonagall sacudiu a cabeça e suspirou.
- Potter, você não vai mais atacar os alunos, principalmente os mais novos e inexperientes, entendeu?
- Eu não qualificaria Regulus Black como inexperiente, professora...mas sim, sim, eu entendi... - eu exclamei rapidamente ao ver a testa dela franzir.
- Ótimo. Aguarde um momento, Potter.
McGonagall se levantou e saiu da sala. O que diabos ela tinha ido fazer? Ela não ia chamar o Regulus, ia? Fazer a gente apertar as mãos, se abraçar e virar amiguinhos? Ela que nem viesse com a idéia!
Enquanto eu esperava, dei uma olhada pela sala dela. Já tinha estado lá muitas vezes, mas nunca tinha prestado atenção. Cara, quantos livros! Ela não pode ter lido tudo aquilo! Alguns retratos... um deles era da aluna McGonagall com uniforme de quadribol, segurando a Taça com o resto do time da Grifinória. Minerva McGonagall, capitã do time? Confesso que nem eu desconfiava dessa, apesar de saber que ela tinha sido jogadora. Acho que é por isso que ela é tão preocupada com nossos treinos e jogos. Penas e pedaços de pergaminho arrumados em cima da mesa... tudo em perfeita ordem. Perfeita. Chega a assustar.
Eu senti algo chacoalhar dentro do meu bolso. Era o espelho. Tirei o objeto redondo, que agora brilhava numa luz azul, e o abri. Sirius apareceu do outro lado.
- Que foi, tá dormindo, cara? Faz um tempão que tô te chamando! Onde você tá?
- Ah, desculpa, Pads, eu tava distraído...estou na sala da McGonagall, esperando ela voltar. Acho que ela foi buscar alguma coisa, ou alguém.
- Ih, tomara que ela não tenha finalmente aceitado a proposta do Filch das algemas e tal. - Sirius riu.
Algemas! Adivinha a primeira coisa que passou pela nossa cabeça?
- Eca, aquele cara é doente. - eu ri junto. - E você, onde tá?
- Na Torre de Astronomia. - Sirius piscou.
- Mas já? Nós estamos no primeiro dia! Como você faz isso? - eu ri ainda mais.
- Aprenda com o mestre, Prongs. Se bem que, sem a minha exótica beleza, você não teria a mesma sorte.
- Falou aí, bonitão... se você é tão bom, por que tá aí sozinho?
- Eu decidi chegar mais cedo, caro amigo. Essa vale a pena. - Sirius sorriu, maroto.
Eu ouvi a maçaneta girar e a porta rangir. Me despedi de Sirius rápido e fechei o espelho, enfiando-o no bolso de novo. Me virei e vi os lindos olhos de Lily Evans me encarando. Pra quem esperava pelo pirralho ou pelo Filch, foi uma supresa muito agradável!
- Evans!
Ela se sentou do meu lado e cruzou os braços, quieta. Ok, ela ainda estava brava comigo. E o que ela estava fazendo ali então?
- Potter - McGonagall se sentou novamente na sua mesa. - a sua detenção será...
- Professora, o que a Evans está fazendo aqui?
- A srta. Evans vai supervisionar sua detenção.
Evans soltou um suspiro e se enterrou mais na poltrona.
- Er... e por que isso?
- Eu temo que não há ninguém disponível para supervisioná-lo esta noite, Potter, e já que ambos os monitores gentilmente se ofereceram para...
- E por que a senhora não chamou o Remo?
Evans se virou rapidamente para mim e fechou a cara. Peraí, eu não entendo! Ela não gosta de ficar perto de mim, mas quer ficar perto de mim?
- Porque o sr. Lupin está muito cansado essa noite. Pois bem, se seu interrogatório já terminou, Potter, siga a srta. Evans, por favor.
Eu me levantei, e Evans já estava com a porta aberta. Nós dois saímos da sala da professora e começamos a percorrer o corredor vazio.
- Evans, eu...
- Se eu fosse você, ficaria quieto, Potter. - ela não é um doce?
- Ok. Mas eu queria agradecer por você ter tão "gentilmente" se oferecido...
Ela parou tão bruscamente que eu quase trombei com ela.
- Eu. Me. Ofereci. Para. Supervisionar. Detenções. No plural. Não a sua, em particular, está bem?
- Tudo bem, Evans, eu só estava agradecendo. Aliás, a culpa é sua mesmo.
- Eu não acredito! - ela cruzou os braços. - Como isso pode ser minha culpa? Você atacou o Regulus por que quis. Eu não tenho nada a ver com isso. Eu não pedi pra você me defender.
- Mas como eu poderia deixar aquele pivete ofender uma garota como você?
- Ai, você não muda! - ela abriu uma porta. - Vamos, entre.
Eu caminhei pra dentro da sala... de troféus. Pude então adivinhar. Era a detenção mais entediante de Hogwarts. Evans me entregou um pedaço de pano e um líquido verde-fosforescente.
- Troféus?
- Qual é o problema, Potter? Não sabe polir troféus?
- Eu já poli esses umas mil vezes! Isso é tão... segundo ano. Eu pensei que, por ter atacado um aluno, seria algo pior.
- Devia ser! O que você fez é muito sério! Bom, eu vou ficar aqui lendo. - ela pegou uma cadeira.
Ok. Eu e Lily Evans. Sozinhos. Numa sala. E eu ia deixar ela ler? Ha.
- Hmmm... o que você está lendo?
- Você não conhece, é trouxa.
- Experimente.
Ela fechou o livro.
- Jane Eyre. Charlotte Brontë.
- Brontë, das Irmãs Brontë? Conheço sim. - Evans arregalou os olhos. - Meu pai gosta de literatura trouxa. Minha mãe me ensinou a ler com Morro dos Ventos Uivantes. Eu particularmente prefiro a Emily.
A cara de surpresa de Lily Evans foi a melhor. Certamente ela devia achar que eu, Tiago Potter, o arruaceiro, o metido a conquistador, o idiota, o que deixava ela com nojo e todas as outras coisas que ela disse a meu respeito, não entendia nada de coisas sérias.
- É, a Emily Brontë é ótima. Puxa, sua mãe o alfabetizou com o Morro? Esse livro é muito denso!
- Eu aprendo rápido. - eu pisquei.
- É claro. - ela revirou os olhos. - Mas eu confesso que estou... bem... eu não pensava que...
- Tem muitas coisas que você pensa sobre mim que são erradas, Evans. - eu levantei a cabeça e sorri.
- É, eu acho que sim. - ela sorriu de volta. - Desculpe por... bem, por ser tão dura com você às vezes.
- Que isso, eu sei que às vezes eu encho o saco.
- Bem, às vezes... - ela riu. Evans, rindo! Comigo! Estamos fazendo progresso! Esse ano promete!
- Viu, Evans? - eu coloquei um dos troféus de volta na prateleira. - Não é tão doloroso assim conversar comigo, é?
- Pois é. E eu não vejo apenas defeitos em você, Potter. Você é simpático. E muito extrovertido. Que bom que estamos tendo esse momento amigável.
- Então você aceitaria sair comigo? - Ok, eu confesso, isso saiu da minha boca e foi muito estúpido, mas eu tinha que tentar, não?
- E então ele vem e estraga o momento! - ela pulou da cadeira, e olhou pro teto, como se tivesse falando com outra pessoa.
- Você mesmo disse que...
- Potter. Eu não quero sair com você, eu não sinto nada por você. É tão difícil entender isso?
- Sim, porque é mentira! - eu cruzei os braços. - Se você me der uma chance...
- Chega! Por que eu? Por que de quinhentas garotas que essa escola deve ter, você escolhe a mim pra atazanar?
- Porque sim, Evans... porque você é... simplesmente você!
Ela pareceu hesitar por um momento, mas nada convencia aquela menina!
- Eu não quero mais discutir com você, Potter. - ela avançou em direção à porta, mas eu fui mais rápido e a bloqueei. - Deixa. Eu. Passar!
- Não. Você disse que não sente nada por mim. Eu não acredito.
- Oh, o grande, maravilhoso, salve salve Tiago Potter não acredita que pode não ser adorado por todas?! Oh, lamento te decepcionar, Potter, mas eu não faço parte do seu fã-clube.
- Eu não acredito. - eu sorri para ela, e dei um passo à frente.
- Potter, o que você está fazendo... - e outro. - Potter, eu vou te azarar! - e outro. - Potter... - a voz dela sumiu quando eu dei mais um passo, ficando apenas centímetros longe do rosto dela.
- O que estou fazendo? Eu estou me aproximando...me inclinando... prestes a te dar um b...
SLAP. Eu senti meu rosto arder. Abri os olhos e Evans já tinha desaparecido da sala. Passei a mão pelo meu rosto e senti uma pontada forte no meu peito. Não era a primeira vez que eu levava um tapa da Evans, e também não era a primeira vez que tinha tentado beijá-la, mas... algo aconteceu de diferente agora. Será que ela estava dizendo a verdade? Será que Evans não queria mesmo nada comigo? Bom, como ela mesma disse, há muitas outras meninas em Hogwarts. Mas nenhuma delas, nem nenhuma outra no mundo, é a Lily Evans.
N/A: Obrigada por todas as reviews! Primeiro capítulo é sempre uma tensão, mas eu fiquei feliz com todas!
Aly Granfoy: Bom, eu respondi no próprio comentário, mas repito: a capa fui eu quem fiz! O Sirius é o Vincent Kartheiser, que fez o Connor em "Angel". Brigada pelos elogios!
Bella: Puxa, obrigada mesmo! Minha auto-crítica pode atrapalhar às vezes (bem como falhar XD), mas eu espero que dessa vez ela esteja do meu lado!
Cella e Kah: Oi fofas!! Que legal que vocês gostaram da fic... a Naty encheu muito o saco de vocês? Huhu E o Tiago é o Tiago, né Cella, ele tem esse jeito só dele que todos amam hehe
SilverGhost: Nossa, que honra sua presença aqui! Sim, ele ainda não sabe o quanto gosta dela, mas ele vai amadurecer com o sentimento. E a posição do Tiago no quadribol ainda é um mistério para mim (diz o HP Lexicon que a JK disse numa entrevista que ele era um artilheiro, apesar de eu pessoalmente o imaginar como artilheiro)... mais pra frente isso será "resolvido".
Gaby: Hmmm... eu acho que o Regulus não era tão malvadinho como os outros Black, mas ainda sim não consigo sentir simpatia por ele...acho que o sentimento do Sirius pelo irmão me influencia muito
Lily Potter Black: sim, sim, eu adoro os nomes em inglês também, mas não é fofo dizer Tiago? (eu sou suspeita pra falar, eu adoro esse nome por motivos diversos...o.O)
Obrigada pelos elogios, Marie-Moores, Patty Felix, Tathi e Narycks!!
Próxima atualização se Deus, Merlin e os deuses gregos deixarem: 04/01/2005
