No escritório de Dumbledore
Sirius estava muito quieto, pela manhã de segunda-feira, na hora do café. Só dele estar quieto já era algo, pois ele está sempre rindo do Remo, ou tirando uma com a cara do Wormtail, ou fazendo qualquer coisa a não ser ficar de braços cruzados, olhando para a comida. Como sempre, estávamos somente nós, as meninas ainda não haviam descido. Takahashi se aproximou.
" Então... você terminou com a Krakowsky? " - ele exclamou, bem direto ao assunto.
" Deixa eu ver." - Sirius levantou, encarando-o. - "É. Pelo que eu me recordo, isso realmente não é problema seu."
"Calma, Black, é que...as notícias correm. " - ele sorriu.
"Quem vai correr é você, e agora."
"Ei, Pads..." - eu me levantei, e pus a mão no ombro dele. Brigar com colegas de time não é uma boa. - " Ele só perguntou, só isso."
" Tá feliz que ela está disponível agora, Takahashi? Era exatamente o que você queria, não? Você sempre se aproveita das pobrezinhas rejeitadas... "
" Escuta aqui, Sirius Black..."
" Chega, os dois! " - Bessie Kendrick apareceu a tempo pra separá-los. - " É só o que faltava, briga no meu time! Kenji, volta pro seu lugar! Sirius...dá pra se acalmar? "
" Eu tô calmo, quem veio procurar problema foi ele. " - Sirius se jogou no banco, emburrado.
" Ok. " - Bessie revirou os olhos. - " Treino quinta-feira à tarde. Só faltam quatro semanas pro último jogo, e provavelmente será contra a Sonserina, por isso..." - eu fiz um sinal pra Kendrick pra ela discutir isso depois.- " Bom, quinta conversamos. Até mais. "
" Se você gosta da Anne, por que você terminou com ela? " - Remo fez uma pergunta simples, que vinha martelando minha cabeça desde Hogsmeade.
" É complicado, ok? " - ele balançou a cabeça. Então, sorriu. - " É que... eu não sou monogâmico."
" Mono o quê? " - Pedro.
" Não vem com essa. " - Remo o cortou. - " Você já terminou com dúzias de garotas..."
" Muitas dúzias... " - Pedro comentou.
" Dezenas de dúzias... " - eu ajuntei.
" ...e nenhuma te deixou desse jeito."
" Eu não estou de jeito nenhum! Eu só estou irritado com pessoas que ficam se metendo na minha vida! "
" Isso não existe entre os marotos e você sabe disso!"
" Blá blá blá " - ele gritou. - " Sirius e Marianne diz respeito a Sirius e Marianne e acabou! "
" Não mesmo! " - era Evans, no mesmo tom que Sirius. Eu não vi ela chegar, mas percebi que ela devia ter corrido até lá. Me virei e vi Arista e Anne na porta do Salão, Arista parecia estar convencendo Anne a entrar. - " A partir do momento em que minha melhor amiga está se sentindo o pior ser vivo no mundo, isso passa a ser meu problema também! "
" Evans, pára com a mania de se preocupar com os outros! " - Sirius resmungou. - " Ela vai viver."
" O quê? Eu não me conformo! Como você pode ser tão insensível? Essa garota realmente se importa com você e... "
" Evans, vai cuidar da sua vida, uma vez, pra variar. " - ele exclamou, com um olhar vazio, e saiu caminhando em direção à porta. Arista arrastou Anne pro outro lado, e ele continuou andando sem olhar pra ela. As duas entraram no Salão. Anne parecia não ter noção de nada que acontecia ao redor dela. Fiquei com muita dó dela...era assim que todas ficavam? Mas Anne gostava do Sirius, era diferente. Todas as garotas que nós tínhamos dispensado sabiam que era momentâneo. Não sabiam? Bem, talvez não aquela sextanista da Lufa-lufa no terceiro ano, que quase inundou o banheiro dos monitores... ou aquela loirinha trouxa que eu conheci nas férias dois anos atrás, que soltou três dobermans atrás de mim...
" Babaca! Seu amigo é um babaca! " - Lily gritou com as mãos na cintura.
" Eu não tenho nada a ver com isso! "
" Ah não, como se você não fizesse exatamente a mesma coisa! "
Incrível como ela pode ir de "companhia amigável" a "pedra no sapato" em questão de horas!
" E por causa do Sirius, você vai ficar assim comigo? "
" Prongs, olha a sensibilidade com o problema alheio...concentre-se. " - Moony disse no meu ouvido.
" Surpresa, Potter! Isso não tem nada a ver com você, o mundo não gira a seu redor! "
" Mas você acabou de dizer..."
" Vocês dois! " - Arista deu um grito que conseguiu chamar a atenção de boa parte do Salão (a parte que ainda não estava olhando pra gente). - " Pelo amor de Merlin, a Anne está um bagaço aqui e vocês estão que nem dois bebês chorões! "
" Desculpe, querida. " - Lily abraçou a loirinha.
" É, foi mal aí, Anne. "
" Tudo bem. " - ela sorriu, com lágrimas nos olhos. - " Potter, foi alguma coisa que eu fiz? Remo? " - ela nos olhou com uma carinha tão triste, aqueles olhos azuis tão lindos...ah, mulheres! Elas têm noção do quanto é fácil nos persuadir? Não sei como o Padfoot não se sensibilizou.
" Anne, eu juro que não sei de nada. Ele não disse coisa nenhuma! " - Remo respondeu.
" Nós não tínhamos idéia nenhuma que ele ia terminar com você, e olha que geralmente nós ficamos sabendo. " - eu ajuntei. - " Às vezes, a gente até ajuda."
" Adorável. " - foi o comentário da Lily.
" O que eu disse? " - Arista levantou a sobrancelha pra ela e devo confessar, me deu vontade de rir! Lily Evans tendo sua fúria contra Tiago Potter controlada? Obrigado, Arista! Lily apenas bufou e cruzou os braços.
" O negócio é que o Pads me surpreendeu de vez. E isso é dizer alguma coisa, já que, quase sempre, eu sei exatamente o que ele está pensando. "
" Chega a assustar. " - Remo disse, confirmando com a cabeça.
" Lógico que tem algumas coisas que ele não me conta. " - eu continuei. - " Ou conta depois que fez. Como o que aconteceu com o Snape. " - eu pausei. A lembrança ainda me deixava irritado, lá no fundo. - " Mas pelo menos, ele está sempre disposto a contar. Dessa vez, nem se eu ameaçasse dar um Crucio nele, ou encher a gaveta de roupas de baixo dele com tachinhas urticantes ou coisa parecida, ele não quer falar mesmo. "
Silêncio, apenas os soluços da Anne eram ouvidos.
" Talvez nós devêssemos ir pra aula. " - Lily a abraçou. A loirinha fez um movimento com a mão, confirmando.
As duas foram na frente com Remo, que estava muito chateado pela corvinal e dizia palavras de consolo. Arista ficou comigo e Pedro, com um olhar questionador.
" Nada mesmo. Juro." - eu balancei o ombro.
" O Sirius tá muito estranho. Quer dizer, eu pensei que era por causa de você e da briga, mas depois que passou ele continuou esquisito, e agora isso. "
" Eu acho que ele se encheu dela mesmo. Convenhamos, ela é um pouco grudenta! " - Wormtail recebeu um tapa (bem dado) na cabeça, da Arista.
E essa atitude do Padfoot me deixou mesmo de orelha em pé (com perdão do trocadilho...). Afinal, por que diabos ele ia terminar com uma das meninas mais bonitas e legais da Corvinal? E do nada? Do que ele tem medo?
Nós, então, seguimos os outros alunos para a aula de História da Magia mista com a Corvinal, e não demorou muito para outro probleminha de caráter emocional e de origem prata-e-azul pintar na nossa frente. Jeremias Burkefield vinha afastando uns garotos para chegar até nós. Arista preferiu olhar pro outro lado do corredor.
" Arista? " - ele exclamou, totalmente alheio à minha presença, e do Pedro.
" Oi, Jeremias. Tiago Potter, Pedro Pettigrew, você deve conhecer. "
" Ah sim, quem não ouviu falar do Potter? " - É, e quem ouviu falar de você, babaca? - " Você joga muito bem, sabia? "
" É, eu sei. " - eu fiz cara de deboche. Arista me deu uma cotovelada de leve.
" Eu queria conversar com você. "
" Eu tenho aula agora, desculpa! " - ela sorriu.
" E depois? Melhor... você tem algo para fazer amanhã após a aula? "
" Er... "- a pergunta pareceu pegar ela de surpresa. - " Acho que não, eu..não."
" Ótimo! " - ele sorriu. Panaca. Humpf. - " Você pode me encontrar na Torre de Astronomia?"
" O quê? " - eu exclamei, não consegui me segurar! Arista sabia o que garotos queriam quando levavam uma menina pra Torre, não sabia? Lógico que ela sabia! Ela era amiga de Padfoot e Prongs! Ela olhou de lado pra mim. - " Você quer levar a Arista pra Torre? Ah, mas nem pensar! "
" Eu acho que isso não tem a ver com você, cara. " - Ele deu um sorrisinho idiota(!), e eu podia fazer ele enfiar aquele sorriso no...
" Não mesmo, Tiago. " - Arista franziu a testa pra mim. - " Ok, eu aceito."
" Tá bom! Er...vejo você amanhã então! Tchau! " - ele disse isso muito afoito (E ele é da Corvinal, hein? Esse chapéu seletor tá ficando velho...) e saiu tropeçando em mais alguns alunos no caminho.
" Inacreditável, Arista Skyler! " - eu exclamei, revoltado (e com razão!)
" Ah, pai, você tá aí. " - ela bufou, andando.
" Olha, Tiago, você já chutou ela uma vez, eu acho que você não tem que dar opinião. " - Pedro e seu jeito roedor de ver a vida!
Arista deu uma risadinha.
" Você é bobo demais. Eu tenho 16 anos, eu sei me cuidar, e o que eu tenho pra falar com o Jeremias, ou fazer com ele " - ela mexeu a sobrancelha, me provocando - " é da minha conta, Ti."
" Eu vou ficar de olho em vocês. Eu vou! "
A gargalhada dela ecoou no corredor. GAROTAS!
Já fazia dez minutos que a aula tinha começado e Sirius ainda não chegara. Isso me preocupou, já que ele tinha saído antes que nós, mas o que podia se esperar de uma aula com o Binns? Com certeza ele devia estar fazendo algo mais útil (dormir é mais útil que assistir essa aula!), mas me deixar ali plantado com uma Krakowsky ocasionalmente soluçante, um Wormtail roncando e babando na carteira e um Moony fazendo anotações era cruel demais. Peguei meu espelho, e chamei pelo nome dele. Cinco vezes, sendo que na quinta, minha voz saiu tão alta que alunos sete fileiras à minha frente se viraram. O Binns não notou nada, lógico. E nada do Sirius responder. Muito estranho.
" Onde é que você vai? " - Remo sussurrou quando eu cutuquei Pedro pra me deixar passar.
" Procurar o Pads, ué."
" Ué? Nós estamos no meio de uma aula! "
" E? "
" Pare de fazer interjeições estúpidas, você sabe o que eu estou dizendo! "
" Como se ele fosse notar." - eu apontei pro professor. - " E eu não presto atenção no que ele diz mesmo, quem presta? "
Lily Evans, que estava com o queixo apoiado no braço, fez "shhhhh" sem tirar os olhos da frente da classe.
" Mas você não pode andar pelo castelo assim, em hora de aula! "
" E por que eu deveria me preocupar? Os professores estão dando aula, os monitores estão aqui... " - eu pisquei.
" Você é impossível. " - ele revirou os olhos. - " Como sempre, eu não vi nada, estava ocupado com minhas anotações. "
" Valeu, Moony. " - eu dei dois tapas de leve nas costas dele e, me esgueirando pra porta da sala de aula, eu saí. A maioria dos alunos não pareceu me ver, ou eles estavam na fase REM do sono, ou estavam sonhando acordados, admirando a textura do papel de parede.
Parei no corredor em frente à sala e abri minha mochila. Mapa e capa estavam ali. Abri o mapa do maroto (há quanto tempo eu não dava uma olhada nele) e me surpreendi logo de cara com o que vi. O pontinho que representava meu amigo estava na sala...do Dumbledore. "Desde quando o diretor trata dos assuntos amorosos dos alunos?" eu me perguntei num primeiro momento, mas óbvio que não era isso. Sirius não tinha feito nada "blackiano" desde a hora de acordar, não havia motivo nenhum pra ele ir ter parado làou havia? Será que ele tinha encontrado o Takahashi em algum corredor? Bem, seja lá o que ele tinha feito, eu tinha que descobrir o que ele estava fazendo lá. Tinha não é bem o termo: queria mesmo. Outro pontinho chamou minha atenção, e eu nunca agradeci tanto que o Tumble estivesse vindo na minha direção. Discurso inflamado na certa! Era só fingir surpresa... "Malfeito Feito!" eu murmurei baixinho, e enfiei o mapa no bolso pra evitar problemas. 5...4...3... alguns passos pra perto da esquina do corredor...2...1...
" Prof. Tumble? Vo-você? por aqui? " - E o prêmio da Academia de Arte Dramática Bruxa vai para...
" Ah, Tiago Potter! No ato! " - ele sorriu, aquele sorriso nojento e desafiador que todo verdinho tem. - " O que você está fazendo no corredor? "
" Er...eu...uh...bem..." - eu disse, numa hesitação convincente.
" Foi o que pensei. " - ele sorriu ainda mais. - " Acho que a Prof. McGonagall adoraria ouvir essa sua explicação muito eloqüente. "
Sério, faça-me o favor, esse homem leciona aqui desde que entramos, ele deveria nos conhecer melhor! Nunca pensei que seria tão fácil.
" Você vai me levar pra McGonagall? " - eu sorri.
" Certamente." - ele ergueu uma sobrancelha, e pareceu notar minha satisfação. Como um patinho. - " Não, isso é uma falta muito grave, você irá direto para o Dumbledore, Potter. Eles já deveriam ter cuidado de você há tempos. "
Fingi desapontamento, Tumble era imbecil demais! Sério, como contratam uma pessoa dessas para nos dar aula? Bem, talvez ele precisasse de uma forcinha no treinamento anti-maroto. Convenhamos, todos os professores precisam.
Caminhamos, ele apertando sua mão contra meu ombro, até a escada que nos levava ao escritório do diretor. Eu já estivera lá algumas vezes. Cerca de dez, quinze vezes. Ele disse a senha, e começamos a subir. Tumble de vez em quando olhava pra mim, de esgueira, com um sorriso irônico nos lábios. E ele achava que fariam alguma coisa comigo! Ele bateu à porta três vezes.
" Prof. Tumble? " - McGonagall abriu a porta, e isso não foi surpresa nenhuma pra mim: eu tinha a visto no mapa. Dumbledore levantou de sua cadeira, no fundo da sala, e Sirius virou-se rápido. Ele riu quando me viu, e eu balancei a cabeça afirmativamente. - " O que é isso? "
" Potter estava passeando pelos corredores, em hora de aula. "
" Senhor Potter, como se nós já não tivéssemos problemas o suficiente! " - McGonagall sacudiu os braços. - " Por favor, Notorius, nós estamos ocupados, você poderia cuidar disso? "
" Eu deixei meus alunos esperando para trazer esse arruaceiro aqui! Além disso, Minerva, já passou da hora dessa escola dar a esse "problema" sua devida importância! " - ele gritou.
"Minerva, " - Dumbledore se expressou. - " peça para o sr. Potter entrar. Nós lidaremos com ele depois, Notorius."
McGonagall me puxou e, com irritação, desejou ao Tumble um bom dia. Ela me ofereceu uma cadeira no canto da sala.
" Creio eu que seu amigo lhe contará em detalhes a reunião que estamos tendo aqui, e de certa maneira ela diz respeito a você também, Tiago. Você pode permanecer, se prometer discrição. "
" Claro, senhor diretor. " - eu balancei a cabeça, e dessa vez o tom respeitoso era sincero. Com o Dumbledore não se brinca, não é? Mas eu estava muito curioso..."reunião"? Diz respeito a mim? Do que é que eles estavam falando?
" Você vê, sr. Black, " - ele voltou o olhar a Sirius. - " um dos homens que se comprometeu a reservar uma parte de seu precioso tempo livre para nos ajudar foi o sr. Potter. " - ele olhou para mim rapidamente. - " Certamente que não podemos exigir muito, seu cargo exige muita responsabilidade dele, não é Tiago? "
Peraí...como que a conversa chegou no meu pai? Eles estavam falando dele e eu nem estava aqui? Num primeiro instante eu pensei que tivesse algo a ver com o fato do Sirius morar na minha casa, mas Dumbledore não teria nada a ver com isso também.
" Er, senhor Dumbledore, desculpe minha intromissão, mas por que meu pai faz parte de uma conversa em que eu não estava presente? " - eu ergui uma sobrancelha.
" O nome de seu pai foi só um exemplo, Tiago. "
" De quê? "
" Dos que estão atrás dos vilões, Prongs. " - Sirius cruzou os braços. - " Você vê, o tal do Voldemort não é tão insignificante como pensávamos, entende? "
McGonagall, que estava sentada numa poltrona afagando a fênix do diretor, remexeu-se na cadeira, e Fawkes voou de volta à sua gaiola.
" Voldemort não é nada insignificante, sr. Black. " - ela disse.
" Você quer dizer que aqueles caras, os comensais, eles são perigosos mesmo? "
" Nós ainda não sabemos direito quem são, o que pretendem, mas... eu conheço Voldemort, Potter. E eu posso dizer-lhe claramente que ele deve ser levado em consideração. A verdade é que eu não vejo Tom - esse era seu nome - há um bom tempo, eu posso estar enganado sobre algumas coisas, mas..."
" Alvo, me perdoe, mas você não acha que... que eles estão...sabendo demais? " - McGonagall tinha se levantado e caminhado até o diretor. Eu e Padfoot trocamos olhares curiosos. Dumbledore chacoalhou a cabeça, e eu compreendi que ele não falaria mais muita coisa.
" E o que o Sirius está fazendo aqui? " - eu perguntei, querendo mais algumas informações. Sirius bufou e se enterrou na cadeira.
" Regulus. Bem, não só ele, toda a minha adorável família. O diretor queria saber se eu, antes de sair daquela casa, fiquei sabendo de alguma coisa. Bem, eles não falavam muita coisa perto de mim. Vá saber porquê. " - ele riu, um riso cheio de desgosto. - " A escória da família não poderia estar a par de tais "nobres assuntos". Mas alguma coisa eu sacava, quando eu comparecia nos jantares de confraternização, certeza que eles nem sabem o significado dessa palavra. "
" Mas o senhor sabe que o Regulus, e o Ranh-er, Snape fazem parte disso, né? " - eu fitei o diretor. - " Aquele bando não pode ser tão forte assim! Um garoto do terceiro ano e um idiota narigudo? "
" Potter, eu exijo! " - McGonagall gritou.
" Eu não subestimaria meus inimigos se fosse você, meu jovem. " - Dumbledore exclamou, com uma voz estranha, um brilho diferente nos olhos. Intimidador.
" Eu acho que eles deveriam retornar à sala de aula antes que ela acabe, Alvo."- a prof. McGonagall disse, e isso não parecia apenas uma sugestão.
" Tenham um bom dia, garotos. " - Dumbledore juntou os dedos e sorriu.
Contrariados, eu e Sirius saímos da sala dele. Ótimo! Contando a história pela metade, muito bom mesmo. E o que ele quis dizer com subestimar meus inimigos? Que importância eu teria que dar para alguém como o Ranhoso?
Pessoas morreram, Tiago.
Arruaceiros que levaram a brincadeira longe demais. Eles iam pegar esses caras, claro que iam. Meu pai estava por trás disso, outros cabeças do Ministério deviam estar. Eles logo trancam esses caras pro resto da vida em Azkaban.
Dumbledore estava visivelmente preocupado.
Bem, ele é o Dumbledore, é isso que ele faz, não? E quem sou eu? Eu sou um sextanista bagunceiro apanhador da Grifinória. Eu devo me preocupar com o porquê da Evans não aceitar sair comigo, o resultado do próximo jogo de quadribol, a sonserina que está prestes a cruzar o corredor conosco...
" Sirius Black." - era só o que faltava. Meses de paz, e justo agora nós temos que encontrar a galinha loira.
" Narcissa. " - ele balançou a cabeça.- " Que bom que você apareceu! Esse corredor estava limpo demais, sabe? "
" Mas como é insolente." - ela sorria. - " Eu não vou perder meu tempo falando com você aqui."
" Então tchau! " - Sirius riu alto. - " Peraí, o que você vai fazer na sala do Dumbledore? "
" Eu sou monitora, e isso é tudo que interessa a você. " - ela rosnou, sem olhar pra ele.
" Eu nunca mais te vi, priminha. Você está sempre ocupada nas masmorras ou em algum armário apertadinho por aí? " - ele murmurou, cheio de malícia.
" Fale o que quiser, querido. Destile seu veneno, traidor prepotente. Você não vai estar sorrindo assim por muito tempo. Nenhum de vocês. " - ela olhou fundo nos olhos dele, e eu tive que segurá-lo para não fazer uma besteira bem debaixo do nariz do diretor.
" Ela, o Regulus... eles estão aprontando alguma. A gente não os vê mais por aí, você não percebe? E eles andam sempre juntos. Algo está muito errado por aqui."
" Com certeza. O Regulus pode ser um pivete irritante, mas a sua pri- a Narcissa... " - eu me corriji. - " Ela não é exatamente a pessoa mais inocente que eu conheço. Nem a mais fraca."
" Me ameaçar daquele jeito. " - ele resmungou. -" Você não vai estar sorrindo assim por muito tempo. Quem ela pensa que é? Ela não tem idéia com quem está lidando, Prongs."
Difícil de admitir, mas nós também não.
N/A: Estamos na reta final! E esse capítulo é só um gostinho do que vai acontecer na Prongs II... (risadas malignas de quem quer deixar as pessoas curiosas!)
Ah, e eu tenho que dizer (hahaha): Feliz Aniversário, Moony!
E feliz aniversário pro Peter Doherty do The Libertines também...hehehe
Pessoinhas... deixem reviews, ouviram? Meu ódio maroto cairá sobre vocês caso isso não aconteça! Estamos chegando no review número 100! (Camys saltitando de alegria)
E agora... recadinhos!
Pikena: O Sirius é incompreendido, eu diria. Eu mesma acho difícil entender o porquê dele ter terminado com a pobrezinha! (Mas se vocês lerem minha songfic "Belo Desastre", vocês terão uma idéia... Olha a propaganda!) Obrigadinha!
Mah Clarinha: Ai, a cena do Salgueiro é minha queridinha... adorei escrevê-la! E como assiiiiiiiiiiim, "menininha irritante"? A Anne é meu xodozinho, tadinha! (Hmmm depois da Arista, talvez haha) É verdade que ela não mostrou seu potencial todo ainda, mas muuuuuitas águas vão rolar, vocês verão. Você ainda não me adicionou no Orkut, lalala! XD
Naru Potter: Muito obrigada! Como essa parte é uma das minhas preferidas, eu me esforcei bastante nela e fico feliz que vocês gostaram! Sim, sim, Sirius é charmoso de qualquer jeito, até sendo um cafajeste hahahaha. Ooooh... furo meu. Eles deviam ter contado esse fato também quando revelaram pra ela que eram animagos. Tsc tsc. Obrigada pelo toque, e sorry!
Dani Potter: Thank you, thank you! Essa dupla é fofa demais. Eu me acabo com eles!
Naty preguiçosa: Eu juro que estou tentando, mate! Mas faculdade, professor Hélio e um certo bixo estão tomando todo meu tempo... Obrigada pela solidariedade com a Anne, e é claaaaaaaro que você entende os motivos do Padfoot ;D Te amooooo!
Lays: Eu também sempre acreditei nisso, até tia J.K dizer ela mesma que ele era um artilheiro. (Visite o HP Lexicon se quiser comprovar ;D) O fato é que ele combina mesmo como apanhador (e ele é até citado como tal no primeiro filme - erroneamente, de acordo com a JK) então... eu achei um jeito dele ser os dois aqui. Aliás, "metido" do jeito que o garoto era, ele adoraria ser o gênio-do-quadribol-que-joga-em-todas-as-posições, não? Obrigada por não achar minha fic um "coco" (eu acho isso nos dias que estou mal com o mundo XP) e espero que você acompanhe até o final!
Beijos a todas! Voltem sempre! XD
Próxima Atualização: 19/03/2005
