Capítulo 3: As Compras no Beco Diagonal


Christine e Harry conversaram bastante durante aqueles dois dias. Foi quando, na Segunda-feira pela manhã, Rony e Hermione chegaram. Christine e Harry tomavam café da manhã tranqüilamente e conversavam como se já se conhecessem à algum tempo:

- Ei, Harry, quem é essa gatinha? - perguntou Rony.

- O nome dela é Christine Tanenbaum. Ela é novata...

- Não está um pouco velha para começar a estudar magia? - perguntou Hermione, estranhando.

- Não. É que eu estou entrando transferida. Estudava no Instituto Norte-Americano de Bruxaria, em Salem.

- Sei. Mas por que saiu de lá?

- Eu queria ter um estudo melhor em Herbologia e Poções: Sabe, Salem é muito fraca nesse quesito. Além disso, queria ter algumas aulas melhores de Defesa Contra as Artes das Trevas. Dessa forma, posso dar uma melhorada... - disse Christine, desconversando.

- Tudo bem. Eu sou Hermione Granger, e esse é Rony Weasley...

Christine teve um choque. Lembrou-se que cruzando "Christine bas Tanenbaum... Você o mudará?", o Código da Bíblia também trazia o nome desses dois. Aparentemente, eles não perceberam que ela ficou chocada por ter os encontrados, pois continuaram falando:

- Bem, garota. Tem algum material para comprar?

- Sim. Vou ter que comprar uns trocentos livros. Acho que todos desde os do 1º Ano de Hogwarts... Não entendo porque não aproveitaram os meus livros de Salem!

- Bem, seja como for, venha conosco! - disse Rony - Vai ser bem legal.

Harry, Mione, Rony e Christine dirigiram-se ao fundo do "Caldeirão Furado":

- Aonde fica o Beco Diagonal que tanto falam? - perguntou Christine.

- Só um instante! - disse Harry - Deixa que eu faço as honras.

Harry tocou no habitual terceiro bloco, contando da parede, acima do cesto de lixo, que abriu o portal para o Caldeirão Furado.

- UAU! Bem legal mesmo!

- Como vocês fazem suas compras em Salem? - perguntou Hermione, sempre curiosa para saber os hábitos dos bruxos de outros paises.

- Existem alguns shoppings mágicos...

- Shoppings? - perguntou Rony.

- Depois eu explico! - cortou Hermione.

Bem, como eu ia dizendo, existem alguns shoppings mágicos, como o Wizard's Center de Nova Iorque e o WitchMart de Los Angeles, aonde você pode comprar de tudo. Mas eu não consegui encontrar nada desse material no MagiMall, que fica perto de onde moro e é aonde eu costumo comprar minhas coisas.

- Certo. - disse Harry - Você tem conta no Gringotes?

- Sim. Vou precisar sacar bastante dinheiro. Graças a Adonai eu tenho uma bolsa de estudos do Ministério da Magia Americano bem generosa.

- Você é judia, não é? - disse Hermione. - Pouquíssimos não-judeus utilizam o termo Adonai para Deus!

- Você está certa! Você é bem esperta mesmo. - disse Christine, rindo.

- Você joga quadribol? - perguntou Rony.

- Claro, apesar que é difícil achar gente para jogar quadribol em Salem: eles preferem o Trancabola. Mas eu simplesmente adoro quadribol. Meu time da Liga Americana é o Chicago Ghostriders, mas também gosto muito dos Montrose Magpies...

- Os Magpies? Você tem é que conhecer um time de Quadribol de verdade, tipo os Chudley Cannons!

- "Vamos fazer figa e torcer pelo melhor?" - disse Christine, brincando com o lema dos Chudley Cannons.

- Ora. - disse Rony.

- Bem, vamos deixar de conversa. - disse Harry - Em que posição você joga? E com que vassoura?

- Eu uso uma vassoura Silent Hill, é um modelo americano muito bom, e jogo como artilheira. E você Harry?

- Jogo como apanhador, usando uma Firebolt.

O papo estava bem animado. Hermione gostava de saber sobre como os estudantes de Salem estudavam ("Eles puxam bastante em Feitiços."), enquanto com Harry e Rony o papo se resumia a quadribol ("Vocês acham a Finta de Wronski grande coisa? Deviam ver o Ataque dos Cavaleiros Fantasmas... Invenção dos Chicago Ghostriders!"). Então sacaram algum dinheiro em todas as contas. Harry reparou que Rony trazia um sorriso de felicidade no rosto.

- Fred e Jorge abriram as "Gemialidades" durante as férias e já ganharam um bom dinheiro. E como eu ajudei eles nesse meio tempo, eles me arrumaram um ourinho para eu poder comprar minha própria vassoura de corrida!

Os quatro ficaram então bastante contentes pela alegria de Rony, inclusive Christine, após saber que Rony era pobre e nunca teve dinheiro para ter sua vassoura de corrida. Após as compras na Floreios Borrões, na Botica e na Madame Malkin, Rony então fez questão de ir até a Artigos de Qualidade para Quadribol com os amigos:

- Pois não, em que posso ser útil? - disse o atendente da Artigos de Qualidade.

- Queria uma vassoura de Corrida. - disse Rony.

- Algum modelo em especial?

- A Nimbus 2000. - disse Rony.

- Você pode optar pela Nimbus 2002, que veio para concorrer com a Firebolt. Ou então, temos um modelo recente vindo do Japão, chamada Sengoku Kamikaze... Quer testar?

- Claro! - disse Rony.

Rony sentou-se sobre uma vassoura feita de cedro puro, com palhas de arroz formando a cauda.

- Parece bastante confortável. Mas será que voa tão rápido quanto a Firebolt?

- Teste...

Rony deu um impulso. Era como se ele não saísse do lugar, mas a vassoura correspondia aos comandos naturalmente.

- UAU! - disse Rony - Esse negócio é rápido demais!

- Acho que não gostou...

- Claro que gostei, mas é que eu provavelmente vou ser goleiro. Queria uma que não fosse tão veloz, mas principalmente mais manobrável.

- Bem, a Nimbus XL está fantástica. É o supra-sumo da manobrabilidade das antigas Silver Arrows combinada com a velocidade que tornou a série Nimbus conhecida. Ela é quase tão aerodinâmica quanto a Firebolt, e conta com um sistema de compensação de peso, que permite que a vassoura fique estável até mesmo na pior descida.

- Acho que vou querer essa XL. Quanto custa?

- São noventa Galeões.

- Está quase no mesmo preço da Firebolt.

- Esse é um modelo top.

- Rony, você tem como pagar isso? - perguntou Harry.

- Olha aqui! - disse Rony, com um sorriso maroto na cara, sacando uma pequena bolsa de moedas - Cem Galeões. É tudo que economizei nos últimos meses, mais o que os gêmeos me deram, mais um ourinho que mamãe e papai me deram de presente de aniversário, e mais algum dinheiro que fiz vendendo a minha coleção de gibis do Martin Miggs, o Trouxa Pirado. Moço, quero uma dessa, um Estojo de Manutenção para Vassouras e um conjunto de vestes de quadribol dos Chudley Cannons.

Agora com Christine mais enturmada ao grupo e todos muitos felizes pela nova vassoura de Rony, todos foram até a Florean Fortescue, aonde os três amigos Harry, Rony e Mione pediram cervejas amanteigadas, enquanto a jovem Christine pediu um Cappuccino.

- Você não gosta de cerveja amanteigada, Christine? - perguntou Rony.

- É que pelas leis da Torah, eu não deveria tomar nenhuma bebida alcoólica.

- Mas cerveja amanteigada é super-leve! - disse Hermione.

- Mesmo assim, prefiro não fazer isso. Questão pessoal.

- Bem, seja como quiser... - disse Harry.

Os quatro conversaram muito sobre Hogwarts e sobre o Instituto de Bruxaria de Salem, comparando as aulas. Aproveitaram para comer alguma coisa, já que não tinham comido nada até aquele momento. Foi quando, para variar um pouco as coisas quando trata-se de Harry Potter e seus amigos, apareceu uma pessoa que os mesmos simplesmente detestavam: Draco Malfoy. Obviamente devidamente acompanhado dos armários Vicente Crabble e Gregório Goyle.

- Ei, Potter! Pensei que seu negócio era viver pendurado no Weasley. Mas estou vendo que arrumou uma gatinha. E não estou falando da sangue-ruim com cabelos-de-vassoura!

- Ora seu... - ia falando Rony.

- Ele não vale a pena! - disse Christine.

- Qual é a sua, Malfoy? - disse Harry - Até quando vai nos infernizar?

- Lembre-se do que disse no Expresso, no final do ano passado: o tempo dos trouxas, dos sangue-ruins e dos amiguinhos dos trouxas está terminando. Vejamos depois que o tempo acabar, se vai continuar com a língua tão grande, Potter.

- Malfoy, você é quem deveria maneirar a língua. Ela é que nem fogo, sabia? Pode voltar-se contra você! - disse Christine.

- Quem é você, garota, para falar assim comigo? Você sabe com quem você está falando?

- Sim, com um tremendo babaca.

- Ora, sua sangue ruim!

- Sou mesmo. E daí?

Christine falou isso com uma tamanha naturalidade que desnorteou Malfoy, que não sabia o que fazer:

- O dragão comeu sua língua, Malfoy?

Malfoy não sabia o que falar.

- Vamos ir embora, gente. Esse lugar já está fedendo a sangue-ruim.

Os três saíram.

- Só mesmo Draco Malfoy para acabar com a alegria da gente! - disse Harry.

- Esse é Draco Malfoy?

- Já ouviu falar nesse panaca? - disse Rony.

- Já... O USA Magical Today fala direto no pai dele, dizendo que é um filantropo e o diabo a quatro, mas alguns amigos meus me disseram que isso é pura armação. Seja como for, já deu para perceber que esse babaca não é flor que se cheire.

- Isso mesmo! - disse Harry - Ele é um otário. Não sairia de um quarto vazio...

Todos riram e continuaram a conversar, até que a senhora Weasley chamou Rony e Hermione para voltarem para a "Toca", através da lareira do Caldeirão Furado. Harry então os acompanhou até o Caldeirão Furado, para despedir-se dos amigos. Christine aproveitou que Harry voltou sozinho para o Caldeirão Furado para comprar um novo malão para ela. Ela gostou muito de um, chamado Malão de Contravolume, com 7 trancas, que revelava seus conteúdos conforme a tranca aberta, e que fazia com que a pessoa não sentisse todo o peso do que estivesse carregando nele. Isso seria bom para ela, que teria que guardar seus livros de Tecnomancia, matéria que ela sabia que não era lecionada em Hogwarts, assim como todas as suas coisas trouxas. Ela então voltou para o Caldeirão Furado e, utilizando dessa vez o seu laptop, chamou o programa do Código da Bíblia, escrevendo:

- Draco Malfoy!

Ela então esperou o programa dar o sinal de que encontrou alguma coisa. O Caldeirão Furado não possuía nenhuma entrada de energia elétrica, mas o computador funcionava assim mesmo, pois ele era compatibilizado, ou seja, mesmo em áreas protegidas por Feitiços Anti-Trouxa, ele funcionava naturalmente, por utilizar as energias mágicas da região para funcionar.

Ela escutou um bip vindo do laptop. Ela então foi ver o processamento. Ela então viu o que o Código dizia...

Lá estava "Draco Malfoy", "Filho de Lucio Malfoy", "Se unirá ao seu pai", "Terá o mesmo destino" e "Beijado para a destruição", cruzando o nome de Draco e Lucio Malfoy. E novamente estava escrito, abaixo de tudo isso.

"Christine bas Tanenbaum... Você o mudará?"