Capítulo 6: As primeiras aulas
Christine acordou de manhã bem cedo. Fazia um frio com o qual a garota não estava habituada, portanto vestiu um roupão pesado e foi tomar banho: daria a vida por um banho bem quente para superar o frio tremendo que fazia. No banheiro das meninas ouvia-se apenas o barulho de alguém cantarolando...
Percebeu que se tratava de Hermione:
- Bom dia, Hermione! - disse Christine.
- Bom dia, Christine!
- Deixa eu pegar uma ducha, pois tá um frio de rachar! - disse Christine.
- Você é que não está habituada. Lá em Salem, pelo que sei, a temperatura é bem maior que aqui.
- Deve ser isso.
- E então, o que está achando de Hogwarts?
- Bem legal. E bem diferente de Salem também. - disse Christine - Esqueci de uma coisa: acho que vou precisar de mais uma coruja.
- Por que?
- Meus pais moram nos Estados Unidos, esqueceu-se? Uma viagem transatlântica demora muito tempo para ser feita: uma coruja que eu passe hoje, só vai chegar lá amanhã cedo...
- Tem razão. E então, que matérias vai fazer?
- Aritmancia, Runas Antigas e Trato de Criaturas Mágicas.
- Legal! É justamente as matérias nas quais eu estou inscrita!
- Isso vai ser bom! Hermione, se eu te contar, você não fica chateada?
- O que?
- Eu não sou nem um pingo boa em Poções. Para falar a verdade, andei lendo os livros de Poções que vocês usam aqui e fiquei apavorada. Nunca imaginei que vocês aprendessem Poções tão complexas apenas no 5º Ano: em Salem, se desse sorte, você teria poções como essas no 7º Ano. Senão, apenas se você topasse os Cursos Avançados!
- Sei... Não se preocupe, que eu ajudo você.
Hermione e Christine terminaram seus banhos, colocaram suas vestes, e desceram até o Salão Comunal, onde Harry e Rony as aguardavam. Então eles desceram até o Salão Principal, aonde eram feitas as refeições diárias dos alunos. Christine então serviu-se do pão de centeio e de manteiga, com chá preto acompanhando...
Durante a chegada do correio matinal, claro que todos estranharam que Christine estivesse recebendo correspondência. Na verdade, era a edição do USA Magical Today, o jornal bruxo norte-americano, equivalente ao Profeta Diário inglês:
- Algo interessante, Christine?
- Nada, só uma nota sobre a vitória do Chicago Ghostriders sobre os San Antonio Hobbits no quadribol... Qual é o horário de aulas de hoje para nós?
- Que tal você mesmo ver? - disse a professora McGonagall, entregando a Christine seu novo horário de aulas.
Christine observou o horário:
- Vejamos: Herbologia e Trato de Criaturas Mágicas durante o dia e dupla de Aritmancia de Tarde...
- Preocupada com alguma coisa, Christine? - perguntou Harry.
- Na verdade, estou... Nunca fui muito boa em Herbologia.
- Não se preocupe: Sprout é muito querida por ser uma boa professora, e apesar de ser a diretora da Lufa-Lufa, nunca tirou pontos à toa!
- Bem, vamos nessa então. - disse Christine.
Christine subiu para pegar seu material. Foi quando pensou em, secretamente, deixar o seu laptop processando informações sobre os outros alunos do quinto ano da Grifinória no Código da Bíblia. Ela abriu rapidamente seu malão na parte aonde estava oculto o laptop, ligou-o e digitou o nome de todos. Depois colocou o laptop de volta no malão, separou seu material e desceu para encontrar os outros na frente da estufa.
- Puxa, Christine: pensei que ia chegar atrasada! - disse Hermione.
- Bem, espero não destruir minhas plantas: é que Herbologia nunca foi o forte em Salem.
- Relaxa, Christine. - disse Rony - Se existe uma coisa que é muito difícil de ser feita, é errar nas aulas de Sprout.
E realmente, Christine nunca teve uma aula tão boa, mas ao mesmo tempo tão divertida quanto aquela em Herbologia. A professora Sprout conseguia tornar a tarefa de podar folhas de samambaia-gilete, que eram extremamente perigosas, cortando carne como faca quente na manteiga, uma coisa divertidíssima, e ao mesmo tempo interessante e produtiva. Christine começou a sentir que respeitaria aquela professora, pelo amor que tinha às plantas que Adonai criara.
Depois foi a vez de Trato de Criaturas Mágicas. E, como era de se esperar, quando trata-se de aulas com Sonserina:
- Ei, Weasley! E aí? Quando é que vai encarar a sangue-ruim americana? - disse Draco, quando as duas turmas se agrupavam. Inevitavelmente, ele estava com os dois babacas que sempre o acompanhavam: Crabbe e Goyle.
- Isso é da sua conta? - respondeu Rony. - Aliás, qual é o interesse do graaande Draco Malfoy, o Sr. "nunca me misturaria aos trouxas" em alguém de sangue comum?
- Esse! - disse Draco, beijando Christine a força.
Claro que Christine não perdoou. Antes que Draco se desse conta, ela deu uma joelhada com tanta força em certas partes dele, que quase elas saíram pelas órbitas do crânio.
- Aaaaiii! Cadela! Crabbe, Goyle, dêem um jeito nessa vadia de sangue-ruim!
Os dois capangas foram avançando na direção de Christine. Essa sacou sua varinha e disse, apontando contra si própria:
- Acceleratis!
Antes que os dois vissem o que aconteceu, eles estavam esparramados no chão, vertendo sangue.
- O que está acontecendo aqui? - perguntou Hagrid, ao mesmo tempo que os alunos da Sonserina se aproximavam.
- Foi essa sangue-ruim que bateu no Draco! - disse Pansy Parkinson, quando Christine olhou dentro dos olhos de Pansy com tanta fúria que a sonserina teve uma reação muito estranha, como se a bruxa judia a tivesse socado no olho e na boca do estômago.
- Modere as palavras, garota, se não quiser que eu arranque essa sua língua fútil, cobra venenosa. - disse Christine, trincando os dentes.
- Hagrid, esse nojento do Malfoy a beijou a força. Ela se defendeu e então ele mandou os dois capangas a atacarem! Ela então defendeu-se do Crabbe e Goyle. - disse Rony, revoltado.
- É mentira dessa vagabunda americana! - disse Emilia Bulstrode tentando crescer para cima de Christine.
- Quer pagar para ver? Se pensa que estou com medo, prepare-se para surpresas! - disse Christine
- A Bulstrode está dizendo a verdade, sua aberração! - disse entre gemidos Draco Malfoy.
- Veremos se a sua língua, quando freada, consegue ser tão mentirosa! - disse Christine, sacando a varinha - Verita Vocallis!
Draco foi atingido pelo feitiço:
- OK, Malfoy! Conte o que se passou. - disse Christine, de forma bem irônica.
Draco tentou resistir, mas finalmente confessou:
- Eu agarrei a sangue-ruim a força e a beijei! - disse Draco. Quando ele disse isso, tanto Parkinson quanto Bulstrode se viraram de nojo - E foi bom! Calar a cadela, até que ela me acertou um joelhada no... - disse então Draco certas coisas que referem-se ao órgão sexual do homem, mas de forma muito mais chula - Então, mandei os dois, Crabbe e Goyle darem uma lição nessa vadia. E esses incompetentes apanharam de uma garota de sangue-ruim!
Foi nisso que Draco acordou para a realidade:
- Não foi nada disso, professor! - disse Draco desesperado.
- Ora, ora, Malfoy! - disse Hagrid - Nunca lhe disseram que beijar uma dama sem sua permissão é falta de educação? São 30 pontos a menos para a Sonserina. E, desculpe Christine, mas normas são normas, e agressão a outro aluno tira 20 pontos... Mas, como foi legítima defesa, vou tirar apenas 5!
Quando a turba se dispersou, Draco passou por perto de Christine e disse:
- Ninguém faz isso a um Malfoy, principalmente uma garotinha de sangue-ruim vinda do outro lado do Mar. Aguarde! Vai desejar nunca ter vindo para Hogwarts.
"Ameaças vazias não afetam a uma filha de Benjamin, Draco Malfoy!", disse Christine.
A aula transcorreu normalmente, com todos estudando mais uma das maravilhosas criaturas que Hagrid trazia. Ao menos na opinião dele, o que quer dizer que tais criaturas costumam incluir um belo arsenal de armas naturais, que poderiam incluir garras, presas, chifres, asas, lâminas, venenos, ou quaisquer combinações desses elementos.
Naquele dia, essas aulas da manhã foram muito benéficas para Christine, principalmente por notar que não estava tão fora de mão assim, pelo menos naquelas matérias. Isso a preparou para o grande embate que ainda viria...
