Capítulo 7: O desastre na aula de Snape
A semana passou rápido para Christine. Os resultados do Código da Bíblia não lhe interessavam muito, exceto pelo o de Neville Longbottom: por algum motivo, ele estava codificado também sobre o conto de David e Golias, mas mais espaçado que o de Harry. Dizia: "Longbottom", "o filho do pai ferido de loucura", "ressurgirá do esquecimento", "será um dos amigos" e "Harry Potter", quase tudo cruzado um com o outro. Novamente a frase "Christine basTanenbaum... Você o mudará?", estava junto. Claro que Christine não entendeu, mas mesmo assim, preferiu pensar nas demais aulas.
Como reparou, parecia que Harry e Hermione realmente disseram a verdade sobre as aulas:
História da Magia conseguia ser um incrível Tédio (com T maiúsculo). Como ela próprio se pegou dizendo: "Esse cara mataria até as almas do Sheol de tédio!". Não que isso fizesse qualquer diferença para o velho fantasma:
- O Fred disse certa vez que corre o seguinte boato sobre o Binns: - disse Rony, certa noite, no Salão Comunal - Ele já era muito velho quando era vivo. Aí, certo dia, simplesmente apagou de cansaço perto demais da lareira da Sala dos Professores. No dia seguinte, ele acordou e foi dar normalmente suas aulas, apenas se esquecendo de uma coisa muito importante: o corpo!
Transformações, que era ensinada pela professora McGonagall, era uma das matérias mais puxadas para Christine: embora não estivesse avançada ou recuada nessa matéria, a professora McGonagall exigia dela quanto de todos os demais alunos de Grifinória. E, sendo a Diretora de Grifinória, claramente que a professora McGonagall exigia o melhor de seus alunos:
- Pois bem, Christine, sua transfiguração de uma pessoa em um pato está ótima, mas é uma pena que o pato tenha penas ruivas... - disse a professora, após seu trabalho em conjunto com Rony Weasley.
Feitiços: se tinha uma matéria na qual Christine estava se dando muito bem, ela era Feitiços, pois muitos Feitiços Avançados, que eram matéria, na melhor das hipóteses, do 7º Ano de Hogwarts eram dominadas pela jovem judia. A tarefa daquele dia era criar uma barreira de aprisionamento ao redor de um rato que corria sobre suas mesas:
- Prisionis! - disse Rony, fazendo gestos mirabolantes com a varinha.
- Rony, você está fazendo errado! - disse Christine, sua parceira. - É só girar a varinha, formando um círculo no ar ao redor do alvo. E a Fórmula é Pri-sio-nis, e não Pri-si-onis.
- Ah, é? Que tal mostrar? - disse Rony, revoltado.
- Tudo bem! - disse Christine. Armada de sua varinha, ela apontou o rato, fez um círculo rápido no ar e disse.
- Prisionis! - falando corretamente a Fórmula Mágica.
O rato não conseguia mais sair do círculo mágico de aprisionamento criado pela Azaração do Aprisionamento.
- Deus, onde amarrei meu pufoso? - disse Rony - Tudo o que eu precisava: outra Hermione!
Claro que o comentário não agradou muito Hermione.
Mas aquilo tudo não a tinha preparado ainda para a pior aula que iria ter.
Poções.
Claramente, Christine estava com medo, e Hermione percebeu isso na hora:
- Christine, preocupada?
- Claro que sim, Hermione! - disse Christine - Você se lembra do que eu disse! Em Salem, Poções não eram coisas muito vistas. Tenho medo de dar chabu.
Não se preocupe com isso, embora o professor Snape seja uma lástima! Tome muito cuidado com ele: ele é o Diretor da Casa de Sonserina e adora tirar pontos da Grifinória.
Christine ficou mais preocupada ainda: se Snape adorava tirar pontos da Grifinória, Christine temia que pudesse ser uma ótima fonte de "divertimento" para o sádico professor. E o fato de as aulas serem com os Sonserinos não ajudava em absolutamente nada os alunos da Grifinória:
- Ei, judia de sangue-ruim! Eu não esqueci o que você fez! - disse Draco.
- Bom para você... Isso vai te ensinar a não brincar com Christine bas Tanenbaum ben Benjamin...
- Os olhares de Draco e Christine se encontraram... Draco, por algum motivo, sentiu algo estranho em relação a Christine, como se a estivesse vendo-a pela primeira vez naquele momento. Mesmo assim, não conseguia deixar de sentir ódio por aquela cadela judia grifinória de sangue ruim... Já Christine sentia que Malfoy tinha algum interesse nela. E, por algum motivo, não se importava com isso.
Os alunos entraram na fria sala do frio professor de Sonserina. Logo ele chegou com sua pose de dar inveja a Bela Lugosi e começou a chamada. Foi quando parou no nome de Christine Tanenbaum:
- Srta. Tanenbaum... Estive observando o seu currículo. Parece que, em Salem, não valorizam tanto as Poções quanto menciona-se. Vi o que a Srta. aprendeu lá e vejo que não se equipara a seus companheiros de turma, sabendo poções do nível do 3º ano. Isso é mau, pois não posso perder meu tempo dando-lhe orientações extras. Bem, espero que encontre uma forma de acompanhar o ritmo de sua turma, ou então vejo que terá dificuldade para obter seus N.O.M.s. Deixando de conversa, vamos trabalhar hoje com Poções de Agilidade Mental...
A parte teórica até não foi tão difícil para Christine, principalmente por ela ter se preparado adequadamente para essa parte.
A parte prática foi o problema:
A sala foi dividida aos pares, sendo que Christine foi colocada como par de Neville Longbottom, o "desastre da Grifinória", como os Sonserinos passaram a apelidar o jovem garoto de rosto redondo:
- Você também é ruim em Poções? - perguntou Neville.
- Sim... Espero que me ajude.
Claro que Neville e Christine, tendo mais ou menos o mesmo conhecimento em Poções, podiam fazer a Poção corretamente, com calma e tranqüilidade. A cada vez que Snape aproximava-se dela, ele emitia algum comentário ríspido sobre Salem e sobre a própria Christine. Novamente, uma característica dos filhos de Benjamin aparecia: uma capacidade imensa de, mesmo sob pressão, suportar qualquer coisa.
Claro que ela não contava com Draco Malfoy.
O que sucedeu-se foi muito rápido: um Filibusteiro explodiu aos pés de Neville que, assustado, derrubou todo seu estoque de escamas de Farosutil no caldeirão. Isso fez uma explosão verde e muito luminosa, que cegou Christine. Ao mesmo tempo, ela sentiu respingos ácidos tocando sua pele:
- Longbottom, será que nunca vai aprender a fazer uma única poção direito? E senhorita Tanenbaum, a senhorita deveria ter assumido esse ponto da poção. São 30 pontos a menos para Grifinória. E Weasley, retire-a daqui! Agora!
Rony, ajudado por Neville, colocou Christine numa maca. Christine nunca sentiu tanta dor em sua vida quanto naquele momento, principalmente ao escutar as risadas dos alunos da Sonserina:
- Você está legal, Chris? - perguntou Rony.
- Desculpe, Christine! - disse meio aos prantos Neville.
- Não foi culpa sua, Neville! - disse Christine, em meio a dor - Meu rosto está queimando, Rony!
- Deve ser alguma reação da Poção! - disse Rony. - A Pomfrey deve ser capaz de dar um jeito nisso.
Christine não viu o trajeto que tomaram, mas a cada segundo que passava, mais a sua pele era carcomida pela solução ácida, com uma dor violenta que não havia o que fizesse ela reduzir.
- Madame Pomfrey! - gritou Rony, ao entrar em algum lugar que ela não via.
- O que... Deus do Céu! O que houve? - perguntou Pomfrey.
- Eu... - ia dizendo Neville.
- Não precisa dizer mais nada, senhor Longbottom, já entendi o que se passou. Bem, você está vendo alguma coisa, senhorita Tanenbaum? Faz idéia de onde está?
- Não estou vendo. Não estou vendo nada, mas acho que estou na Ala Hospitalar de Hogwarts. - disse Christine.
- É pior do que pensei. - disse Pomfrey - Vai precisar de uma intervenção mais pesada. Anestesia! - disse Pomfrey, utilizando o Feitiço de Anestesia contra Christine. Ela começou a pegar no sono, até que ela caísse inconsciente.
