Capítulo 23: A última intervenção de Dumbledore


Naquela manhã, todas as aulas foram canceladas por causa do incidente envolvendo Parvati Patil e Lilá Brown. A irmã de Parvati, Padma, também tornou-se suspeita de ser Comensal, mas logo ficou provado que ela não tinha nenhum envolvimento com Voldemort.

Todos os alunos ficaram isolados em suas torres, exceto os seis amigos: Harry, Rony e Mione e Neville, Draco e Christine. Os seis tinham sido convocados pelo próprio Dumbledore para encontrarem-no na sua Sala. Parecia praticamente um conselho de guerra: Dumbledore os observava com o olho clínico de um general de guerra. Parecia entrar no coração de cada um dos seis, saber os defeitos e qualidades que cada um carregava em seu peito.

- Bem, fiquei sabendo do incidente envolvendo as senhoritas Parvati Patil e Lilá Brown.

- Quem diria, hem? Duas Comensais na "honrada" casa do Leão. - disse Draco, provocando.

- Cala a boca, Malfoy! - gritou Rony - Foram apenas duas. Se vistoriarem a Sonserina, vão encontrar mais de dez vezes isso em Comensais. Não há bruxo que não tenha virado mal que não tenha se formado em Sonserina!

- Esse é o grande erro de vocês, grifinórios: generalizam demais. Pelo menos esse erro eu não cometo: observo com cautela meus aliados e inimigos, e sei quando tirar proveito de ambos os lados.

- Está nos usando? - disse Harry.

- E se eu estiver? - disse Draco.

- Parem de brigar, vocês três! - disse Christine.

- A senhorita Tanenbaum está certa! - disse Dumbledore - Não é hora para brigarmos. Seja quais forem os objetivos futuros de cada um, agora temos que lutar todos do mesmo lado.

- Sim, professor Dumbledore. - disseram Harry e Rony. Draco em certos pontos ainda era o velho Draco: insolente, arrogante e prepotente. Mas Christine sentia uma mudança na vida de Draco. Não sabia explicar, mas Draco não era o mesmo Draco do início do ano.

Naquela reunião estavam Sirius Black e Remo Lupin, preocupados com as resoluções de Dumbledore:

- Bem, todos aqui sabemos que foi profetizado de certa forma por Christine, usando-se de rimas e da Chave de Daniel, que os seis alunos aqui presentes deveriam lutar contra Voldemort. Christine, trouxe o que eu lhe pedi?

- Sim!

Christine pegou um livro de capa vermelha aveludada, com detalhes em amarelo e inscrições hebraicas em dourado na capa:

- Escrevi aqui, na capa desse livro: "Esta é a Palavra de Deus, que pode ser aberta com a Chave de Daniel, descoberta por Christine bas Tanenbaum ben Perez, da Tribo de Benjamin, Filha de Abraão, de Isaac e de Jacó, como escrito pelo próprio Senhor dos Exércitos no seu Livro Secreto, revelado pela Chave de Daniel."

- E o que tem dentro desse livro? - perguntou Sirius.

- Apenas com o livro, é só uma Torah padrão, sem que haja quaisquer diferenças com a Torah legítima.

- E no que isso nos ajuda? - perguntou então Remo.

- É que o encantamento desse livro é dividido em duas partes: o Livro e a Pena.

- Como assim?

- Usar apenas o Livro não funciona, e nem apenas a Pena, e ainda não pode-se utilizar a Pena sobre qualquer Torah ou qualquer pena sobre essa Torah. Apenas a combinação Pena-Livro permite o acesso à Chave de Daniel.

- Muito interessante. - disse Sirius, bocejando, em sua veste de bruxo pseudo-punk, entupida de presas de dragão e garras de hipogrifo (para desgosto de Bicuço, o hipogrifo que auxiliou Sirius em sua fuga de Hogwarts, dois anos antes) - mas quais são os resultados práticos.

- Vejamos! - disse Christine - Sirius Black!

Estava escrito "Traído e abandonado", "Pagará pelo que não fez", "Será salvo da morte", "Capturará o traidor", "Será lembrado como herói".

- UAU! - disse Sirius - Tudo isso nesse livro?

- Sim. - disse Christine - Claro que deve ter muito mais, mas mesmo utilizando por meios mágicos, respostas claras demoram algum tempo.

- Espera um pouco! - disse Draco - Como vamos saber se você não está mentindo? Está tudo com essas letras estranhas.

- Para seu governo, Draco Malfoy, - retrucou Christine - essas "letras estranhas" são escritas em Hebraico, idioma do meu povo, o povo Judeu. E é assim que a Chave de Daniel pode ser usada corretamente. O uso de Traduções da Torah pode provocar distorções na interpretação do resultado da Chave de Daniel.

- E quem nos garante que você não irá errar em suas traduções? Ou antes, quem nos garante que você não irá armar traduções?

- Eu, Draco! - disse Hermione - Em Runas Antigas nós vemos o Hebraico e sua variante antiga, o Iídiche. Antes dessa divisão idiota entre bruxos e trouxas que você e alguns babacas de cérebro atrofiado inventaram, era comum entre os trouxas o uso de idiomas que os bruxos criavam, e o contrário também. Muitos bruxos utilizaram-se do alfabeto e do idioma hebraico para marcar runas e escrever encantamentos em armas e objetos.

- Não é hora de brigar! - disse Lupin - Draco, eu e Sirius tivemos formação de Runas Antigas: somos capazes de apresentar-lhe todas as características sobre o hebraico que desejar, mas tudo ao seu tempo. Agora, terá que confiar em Christine, a não ser que esteja pensando em desistir de sua ambição.

- Está certo! - disse Draco - Mas é bom ficar esperta, Tanenbaum! Espero que não esteja mentindo.

- Não estou mentindo Malfoy, mesmo que não acredite nisso.

- Bem, voltando ao assunto principal... - disse Dumbledore - Christine, você teve algum sonho diferente recentemente?

- Se está querendo dizer se sonhei com Diggory... Sim! Ele me contou mais duas rimas. Pela primeira foi que eu desconfiei que Parvati e Lilá eram Comensais:

"Nem todo leão é leal

Nem toda Cobra morde

Veneno frio é letal

A Faca na sombra se esconde"

- Então o Diggory sabia dessa rima? - perguntou Draco.

- Como você sabia dessa rima? - disse Christine.

- Eu escrevi essa rima.

- Como? Então foi você que me mandou o Malão de Contravolume novo?

- Sim! Mas se não tiver afim, pode mandar de volta que vai ser útil...

- Não quis dizer isso! Muito obrigada, Draco. - disse Christine. - Foi muito útil!

Por algum motivo, Draco deu uma corada.

- OK, vamos parar com a seção Love aqui e continuar a parte do sonho? - disse Rony.

- Bem, depois o Diggory me passou uma Zaxxon R-Type 2000 e me explicou o motivo pelo qual eu deveria ser ajudada por ele. Segundo o que o Diggory falou, Hogwarts não possui um Anjo Guardião, e se ele conseguir que tudo dê certo agora, ele se tornará o Anjo Guardião de Hogwarts...

- Por que Hogwarts não tinha um Anjo Guardião? - perguntou Neville.

- Não sei, mas acredito que, como os bruxos conseguem se cuidar sozinhos, as grandes Hierarquias Angelicais não precisaram colocar Anjos Guardiões em Hogwarts... até agora. Segundo Diggory, Voldemort está mais ousado e ambicioso, e por isso que Hogwarts precisa de um Anjo Guardião.

- O segundo ataque dele é uma prova disso. - disse Lupin - Ele sabia que não poderia atacar Hogwarts aparatando diretamente, então aparatou para Hogsmeade e voou direto para Hogwarts com vassouras Firebolt. A escolha não foi à toa: em pouco mais de um minuto, é possível voar do monte aonde o Sirius se escondia até Hogwarts.

- Bem, depois ele me disse a segunda rima, um pouco mais longa e que lembra aquela rima do três e três que todos aqui sabem.

- Aquela que você passou para mim por coruja, Christine? - disse Draco, um pouco menos hostil.

- Sim... A segunda rima era:

"Três e três

Forma descoberta

O Sétimo é um item

Força eterna.

Dos três primeiros

O Vencedor empunha a varinha

Sua coragem patente

Não teme força daninha

A Amiga carrega

A Harpa doce

Roça com os dedos

A Harpa alegre

O Cavaleiro empunha

A Espada para defesa

Não haverá inimigo

Que quebre sua firmeza

Dos três últimos

A Defensora carrega o Sétimo

Luz Pura e Força eterna

Que não aceita descrédito

O Desprezado carrega consigo

Fumaça dos Reis para garantir abrigo

E a erva queimada em aroma agradável a Yaveh

Será a certeza de futuro promissor e de fé.

O Traído

Se une ao Vencedor

Varinhas em punho

Coragem e vingor

Três e Três

Assim vencerão

Se da maldade

Não terem temeridão"

- Interessante... - disse Dumbledore. - Aqui parece dizer o que cada um precisará usar na luta contra Voldemort. Se entendi bem, apenas Draco e Harry deverão utilizar-se das varinhas, embora todos devessem levá-las.

- Hermione, sabe tocar Cítara ou Harpa?

- Tive algumas aulas quando criança.

- Pelo que entendi, você vai ter que tocar uma... Mas não pode ser qualquer coisa: o termo "harpa doce" é utilizado na Torah com o sentido de canção sagrada. Talvez algum salmo, não sei... Vou ter que pesquisar com mais carinho.

- Bem, e quanto a mim? - disse Neville.

- Neville, o que você já sabe sobre athelas? - disse Christine.

- Crescem com muita velocidade quando utilizam-se Poções de Crescimento de Plantas nela e em terrenos mágicos e se reproduzem por brotação. Já consegui fazer minhas folhas brotarem e espalharem-se rapidamente. Mas por que você quer saber isso?

- Bem, se eu entendi direito, - disse Christine - vamos precisar de toda a athelas que conseguirmos.

- Vocês dois estão se referindo à lendária erva athelas, a Folha-do-Rei? - perguntou Dumbledore.

- Sim, professor! - disse Neville, explicando o caso no qual descobriu a athelas.

- Admirável! Então realmente a athelas existe. Mas voltemos ao assunto...

- Bem, vamos ter que preparar incenso de athelas e queimá-lo com um turíbulo, em suave odor a Adonai. (N.A.: turíbulo é um outro nome para incensório. Consiste em uma espécie de tigela com tampa, feita de metal, aonde é colocado o incenso e aceso o fogo. Depois segura-se uma corrente metálica que prende os dois lados da tigela e balança-se levemente o turíbulo de um lado para o outro, como se fosse um pêndulo. Com o incenso queimando, começa-se a erguer-se uma fumaça que levanta-se da tigela - na falta de uma definição melhor - do turíbulo e espalha-se por um ambiente. É muito usado em rituais da Igreja Católica, sendo utilizado também por várias outras regiões, como os budistas e os cultos afro)

- Tá, entendi, Chris. - disse Neville.

- Bem, falta você e o Weasley! - disse Malfoy - A não ser que o ruivinho seja peso morto nessa história...

- Se você não prestou atenção - disse Rony - a rima fala que eu estarei carregando uma espada:

"O Cavaleiro empunha

A Espada para defesa

Não haverá inimigo

Que quebre sua firmeza"

- Bem, deve ser uma espada importante... - disse Christine - Acredito que nada aqui vá ser simples.

- Bem, acho que tenho a arma na medida certa para tal missão. - disse Dumbledore, entregando a Espada de Godric Gryffindor para Rony.

- Rony, essa arma não está lhe sendo dada. Ela é uma relíquia de Hogwarts que Harry liberou do Chapéu Seletor. Use com sabedoria e a devolva intacta para nós!

- Uau, a Espada de Godric Gryffindor! - disse Rony, estupefato.

- OK, vamos deixar de lero. E você Christine. - disse Draco.

- O meu é simples: o Tabernáculo de prata. A minha parte da rima diz:

"Dos três últimos

A Defensora carrega o Sétimo

Luz Pura e Força eterna

Que não aceita descrédito"

- Entendi: o efeito da Luz Pura. - disse Draco - Mas ele será capaz de parar Voldemort? Ele é muito forte.

- Não há força que possa superar a de Adonai! - disse Christine.

- Christine é capaz, Draco, - disse Lupin - de liberar um dos efeitos Protegis.

- Efeitos Protegis? - perguntou Draco.

- Sim. São quatro: o primeiro é o Feitiço de Proteção, o Protegis. Mas é necessário ser um bruxo muito poderoso para defender-se de Maldições e Azarações potentes com o uso do Feitiço Protegis.

- Os outros três efeitos são produzidos por sentimentos fortes: o primeiro é o Materna Protegis, a Proteção da Mãe. Quando uma mãe, em geral bruxa, vê seu filho em risco e coloca-se para salvá-lo, em geral com seu sacrifício cria um campo de proteção ao redor do filho. Esse é o Materna Protegis. Foi o que protegeu Harry do ataque de Voldemort, na primeira vez que ele o derrotou, e como Harry provou, é forte o suficiente para proteger alguém da Avada Kedavra.

- O segundo dos efeitos fortes é o Cordialla Protegis, a Proteção do Amor. É um pouco mais fraca que o Materna Protegis, mas é mais do que o suficiente para proteger o alvo de todas as Maldições Imperdoáveis, exceto a Avada Kedavra. Mas ela pode ser aplicada em qualquer pessoa pela qual a pessoa que cria o efeito é apaixonada. Mas não pode ser feita por trouxas, apenas por bruxos, diferentemente da Materna Protegis, que pode ser feita até por trouxas.

- E o terceiro e último é o que nós vimos, o Teophilus Protegis, A Proteção do Fiel a Deus. Acreditamos que apenas quando alguém tem uma fé profunda em Deus, acima até mesmo dos preceitos de sua religião, essa fé é capaz de gerar um campo defensivo incrivelmente poderoso, tão poderoso quanto a Materna Protegis e mais genérico que o Cordialla Protegis. Esse efeito depende de algum foco, normalmente um objeto da religião à qual o bruxo é pertencente: pode ser uma cruz, um tabernáculo, como a Christine faz, um yin-yang, uma cópia de um livro religioso, enfim, tem que ser algo que inspire no bruxo a confiança em sua fé e naquela Força Maior na qual ele crê.

- Então quer dizer que qualquer bruxo pode fazer isso? - disse Draco.

- Na verdade não, Draco. - disse Lupin. - Christine, eu sei que você é muito mais avançada que a maioria dos alunos de Hogwarts em Feitiços, mas alguma vez já utilizou as Maldições Imperdoáveis?

- Nunca, mesmo em sala de aula. - disse Christine - O professor Krycek de DCAT em Salem quase me reprovou por isso, por não ter conseguido utilizar-se de Imperio, Crucio e Avada Kedavra.

- Não se deixe abalar, Christine. Você não está errada. Muito pelo contrário, é esse fato que lhe garante ser uma bruxa capaz de produzir o Teophilus Protegis.

- Espere um instante, Professor. - disse Draco - Só por não ser capaz de executar um Feitiço ela vai ganhar esse poder?

- Não é apenas por causa disso, Draco. - disse Lupin - Christine tem poder mágico e habilidade mais do que suficientes para utilizar-se das Maldições Imperdoáveis, mas ela não se utiliza dos mesmos por uma forte crença latente de que nenhuma vida deve ser destruída. Ela o salvou da morte por isso, ela protege Harry por isso, ela luta contra Voldemort por isso.

- Além disso, - disse Sirius - pesquisei sobre esse dom em Dons e Habilidades Mágicas Naturais dos Bruxos: um guia para poderes exóticos, aonde dizia que um bruxo com Teophilus Protegis que utilize-se das Maldições Imperdoáveis perde o seu poder na hora.

- E quanto ao Feitiço da Voz Verdadeira? - perguntou Draco - Ela usou-o em mim no início do ano.

- Na verdade, Verita Vocalis não é uma Maldição, - disse Lupin - e mesmo que fosse, não é forte o suficiente para impedir você de resistir aos seus efeitos.

- Mas agora, temos que prever quando e como será o ataque. Pedi para que Trelawney tentasse ver alguma coisa com Adivinhação, mas acredito que ela não se saiu bem.

- Bem, então vamos ver por algo que realmente funciona. - disse Draco.

- Tem razão, Draco! - disse Hermione - Não confiaria naquela charlatã de marca maior.

- Bem, senhor Malfoy e senhorita Granger, eu resguardaria suas opiniões sobre a professora Trelawney para si próprios. - disse Dumbledore, em tom de conselho.

- Bem, seja como for, - disse Harry - temos que recorrer à Chave de Daniel.

- Antes, quero deixar claro uma coisa a todos aqui: - disse Dumbledore - A Chave de Daniel só deve ser conhecida por nós nove, pois acredito que você, Harry, saiba o motivo.

- Sim, professor! - disse Harry, cabisbaixo - Tive outro sonho com o Vocês-Sabem-Quem!

- Como? - disse Draco - Você sonha com aquele cara-de-cobra? Potter, você é mais esquisito do que eu imaginava.

- Cala a boca, Malfoy! - disse Hermione - Para seu governo, aquelas coisas que você ficava parodiando para a Skeeter eram a única forma que o Harry tinha de saber que Voldemort estava perto.

- Gente, temos coisas mais importantes para pensarmos agora que rixas de casas! - disse Christine - Harry, conte o seu sonho para nós.

- Tudo bem. Começou assim, logo após irmos dormir depois da confusão toda com Parvati e Lilá...


"Harry estava caminhando por um cemitério muito escuro, tanto que ele não conseguia enxergar praticamente nada à sua frente. Para além de um grande teixo à direita Harry podia ver os contornos escuros de uma igrejinha. Um morro se erguia à esquerda. Muito mal, Harry conseguia discernir a silhueta escura de uma bela casa antiga na encosta do morro. O céu estava intempestivo, raios e trovões anunciando a tempestade elétrica que se aproximava. Um raio cruzou o céu e Harry pode ler a lápide diante dele:

'TOM RIDDLE'

Harry viu uma figura vestindo uma capa negra com capuz correndo por uma trilha aberta na encosta do morro. Harry também começou a correr naquela direção. Ele percebeu que corria em direção da velha Mansão dos Riddle, aonde Tom Marvolo Riddle cresceu fomentando seu ódio contra os trouxas e contra todos os que ele considerava indigno.

Ele então percebeu que o homem encostou a sua varinha em uma espécie de buraco e, fazendo um gesto rápido, disse:

- Abrir a Herança!

O buraco cresceu, de uma forma que lembrava a Harry a entrada para o Beco Diagonal. O homem entrou e continuou correndo. De tempos em tempos, o mesmo tocava sua varinha em certos pontos e continuava a correr. De certa forma, Harry estranhava o fato que aquele homem não percebera até aquele momento que estava sendo seguido. Foi quando o mesmo chegou em uma espécie de antiga sala de recepções, mas que lembrava a Harry agora uma grande catedral do mal...

Harry pode reconhecer, pelo pouco que sabia dos antigos símbolos da magia do mal, um pentagrama desenhado em sangue no chão. Harry não sabia que sangue que era, e tão pouco desejava saber. Ele viu um homem dormindo no sarcófago, mas aquele homem não era humano. Ao menos não totalmente. O rosto serpentino denunciava quem era aquele monstro. O homem se aproximou do centro do pentagrama e disse:

- Mestre, as duas garotas falharam...

- Sempre imaginei que não deveria confiar em grifinórios. Gryffindor era fraco e inútil. Não é à toa que eu sou o Herdeiro de Slytherin! E quanto ao resto?

- Sobre a Chave de Daniel? - disse o homem - Sim, Mestre, o boato está confirmado.

- Então, aquela garota forasteira de quem me falaram, a maldita Judia de Salem, realmente sabe sobre a Chave de Daniel? - disse a criatura

- Sim, Lord Voldemort! - disse o homem.

- E as garotas, conseguiram descobrir algo?

- Não senhor... A Judia de Salem é muito esperta. Ela sabia que podiam estar interessada no seu segredo.

- Maldita! - gritou Voldemort - Essa garota está interferindo em meus planos!

- Senhor, parece que ela até mesmo já usou a Chave de Daniel! As garotas tentaram roubar-lhe o Segredo da Chave de Daniel, mas ela o ocultou em um Malão de Contravolume com selos mágicos.

- Como? - disse Voldemort, sua ira crescente - Você são incompetentes! Como puderam deixar que alguém se apoderasse da Chave de Daniel antes de mim! Agora vocês vão pagar por sua incompetência! Crucio! - disse Voldemort, apontando o Comensal. A rajada de luz verde explodiu no peito do Comensal, que gritou de dor, ao mesmo tempo que Harry começo a grita, conforme despertava em Hogwarts..."


- Então, eles já sabem sobre a Chave de Daniel? - perguntou assustada Christine.

- Sim. - disse Dumbledore - Tudo leva a crer que sim.

- Aquele Malão de Contravolume novo é especial. - disse Draco, com um certo orgulho - Ele possui selos mágicos, que não podem ser abertos por Alorromora ou qualquer outro feitiço de abertura, só podendo serem arrombados. E para serem arrombados, é necessário um bruxo de grande poder que o consiga fazer sem denunciar o evento a mais ninguém.

- Então foi por isso que as duas Jezebéis não conseguiram por as mãos nas minhas anotações: o malão estava protegido. - disse Christine.

- Pelo menos algo de bom que esse cara-de-passa fez. - disse Rony.

- É fácil quando se tem acesso a recursos, Weasley. - respondeu Draco.

- Ora...

- Parem vocês dois! AGORA! - gritou Dumbledore. Os dois pararam de imediato. - Temos muito mais o que fazer do que ficarmos gastando nossas energias brigando uns contra os outros!

- Dumbledore tem razão! - disse Neville - Malfoy, eu sei que você me acha um nada, e não vou mentir dizendo que o acho a pessoa mais agradável do mundo, mas se é necessário isso para que possamos vencer Voldemort, vou lutar do teu lado. E acho que todos aqui estão dispostos a isso.

- Acho - disse Lupin - que a melhor coisa agora era a gente descobrir como e quando será o próximo ataque de Voldemort. Christine, tem como você ver isso para nós?

- Claro! - disse Christine, abrindo a Tanakh e tomando da pena.

E a partir daí, revelações apareceram.