Capítulo 25: O Ataque Decisivo


Desde aquela reunião, oito semanas se passaram: os seis continuavam a pesquisar formas de luta. Christine instruía Hermione na Harpa e em seu toque especial para os Salmos. Draco ensinava a todos Magia Negra antiguíssima, da qual nem mesmo Remo Lupin, professor de DCAT de Hogwarts tinha ouvido falar. Hermione e Rony eram vistos andando na biblioteca pesquisando o máximo de informações possíveis sobre Magia Negra e sua Contra-Magia, e suas pesquisas eram auxiliadas por Malfoy, que via naquela situação uma vantajosa vingança contra Voldemort, que matara seu pai.

Christine e Neville continuavam a produzir a athelas. Neville conseguiu descobrir meios de reprodução altamente acelerada da athelas, sem que a mesma perdesse seus valores curativos. Ao mesmo tempo, Christine e Neville pesquisaram a melhor forma de produzir pó de incenso com ela e o começaram a produzir. Todos treinavam feitiços e Azarações que pudessem lhe dar proteção em combate. De certa forma, tornaram-se aliados, mesmo que rixas ainda existissem entre os dois grifinórios Rony e Harry e o sonserino Malfoy.

Os N.O.M.s e N.I.E.M.s também chegavam. Snape acabou desistindo do terrorismo típico que fazia contra Neville e Christine, não os aterrorizando mais (ao menos não mais do que fazia com o resto dos grifinórios). Malfoy continuava sendo o queridinho de Snape, mas este passou a ficar de "olho aberto" ao fato de Draco andar com Harry.

A vida de Hogwarts transcorria normalmente (ao menos para o padrão da Escola de Hogwarts), e cada dia parecia mais tenso que os anteriores. Rony treinava com Christine (que conhecia alguma coisa de artes marciais e esgrima) como usar "sua Espada". Hermione aprendia um Hebraico mais profundo e cotidiano com Christine, que por sua vez aprendia muito de Poções e Herbologia com Hermione (as duas fizeram um pacto de falarem Hebraico sempre que possível). Harry e Draco treinavam Duelo Mágico mutuamente, supervisionados por Sirius e Lupin. Neville preparava o turíbulo de prata recém-chegado de Salem (abençoado por Rabi Johnson, da comunidade de Christine) com o incenso de athelas que Hermione e Christine auxiliaram a produzir.

Isso foi se seguindo até à época dos N.O.M.s e N.I.E.M.s, quando todos foram fazer suas provas. A expectativa em Hogwarts era enorme, mas as dos três tinham ainda mais expectativa, pois todos sabiam que a batalha iria acontecer para cima e para baixo.

Como ficou combinado entre eles, todos os itens que seriam utilizados na batalha deveriam ficar dentro do "compartimento de Carga" da Zaxxon R-Type 2000 de Christine, de forma que ficassem facilmente carregáveis. Era fácil abrir o compartimento de carga, mas ao mesmo tempo era muito difícil, praticamente impossível, roubar-se os conteúdos de uma Zaxxon R-Type: o procedimento envolvia o dono tocar sua varinha no compartimento de carga, dizer seu nome e uma chave de código, uma frase ou expressão que liberaria os Feitiços Anti-Ladrão do compartimento de carga. Se o mesmo fosse aceito (e aparentemente nem uma polissuco podia impedir o sistema Anti-Ladrão de se ativar), uma portinhola se erguia e permitia ao bruxo entrar no compartimento de carga: na verdade, se o objeto fosse maior, a portinhola magicamente se ajustava ao tamanho do objeto a ser colocado/retirado.

As provas dos N.O.M.s eram muito intensas, mas Christine notou que, em certas formas, eram semelhantes à algumas provas que tinham em Salem: primeiro havia um exame de múltipla escolha, que indicava se o bruxo tinha uma "base teórica" boa na matéria. Em seguida, uma prova dissertativa avaliava o domínio do bruxo na "linha de raciocínio" envolvida na matéria. Depois, uma prova oral, em geral não dada pelo professor da matéria, avaliava se o bruxo tinha uma "capacidade de discernimento" da matéria envolvida. E, por último, a prova prática, aonde, nas expressões de Christine, "a cobra fumava": era a hora de mostrar se havia alguma falha de aprendizado da matéria (a única matéria que não tinha a parte prática era História da Magia, por motivos óbvios).

As provas duraram oito dias, divididos em duas semanas de cinco dias, com um dia de folga no meio de quatro dias de prova, e foram feitas na seguinte ordem: História da Magia, DCAT, Aritmância (para Christine e Hermione) e Adivinhação (para os demais), Poções, no primeiro bloco; e Herbologia, Trato de Criaturas Mágicas, Transfiguração e Feitiços no segundo bloco.

História da Magia pedia uma qualificação da Caçada às Bruxas de Salem, prova que foi dada por Snape. Christine sabia que Snape podia tentar pegar no pé dela, então regou com todos os detalhes que conseguia se lembrar sobre a matéria que o Dr. Vespucius, o professor de História da Magia de Salem, lhe dera.

DCAT teve como prova prática uma corrida de obstáculos mágicos. Muito do que aprendeu com Lupin, com seu antecessor Lyonhane e com o professor de DCAT de Salem, Professor Kim Krycek, foi bem aproveitado no teste.

Aritmância foi uma baba para Christine, que até se "deu ao luxo" de não estudar tanto quanto deveria, pois o que aprendera com Vector e com o professor Bhaskara de Salem foi mais do que o suficiente para passar tranqüila pelo N.O.M.s de Aritmância.

Já em Poções, foi necessário um grande esforço para ela produzir uma Poção Polissuco suficientemente boa para agradar Flitwick. Ele estava muito exigente com todos os alunos, quase tanto quanto Snape. Mesmo assim, o que ela sabia e o que aproveitou para estudar antes foi mais do que o suficiente para ela conseguir cumprir a tarefa sem problemas.

Na semana seguinte, a prova de Herbologia foi muito mais fácil que Christine imaginava: uma outra caçada a ervas, mas dessa vez, envolvia o fato que o bruxo deveria marcar em um mapa especialmente preparado o local aonde encontrara a erva e dizer por que ela estava lá, se o solo era bom, se o clima era adequado, enfim, toda a parte de se a planta adaptara-se ou era natural do local. Com as explicações que Neville lhe dera no final de semana que antecedera o N.O.M. de Herbologia, ela não sentia que devera nada a ninguém.

Trato de Criaturas Mágicas foi boa para Christine, pois envolvia criar os cabbits, que, apesar de ariscos, eram bichos bastante tranqüilos. Claro que isso não acontecia quando o cabbit de Malfoy tentava avançar. Aí então, os bichos entravam no couro!

Transfiguração não foi fácil: o objetivo era transfigurar uma pessoa em uma cadeira. Claro que Christine não se sentiu nem um pouco à vontade quando a transformaram, mas sua transformação ficou excelente, na opinião de Sprout, que deu a prova.

Feitiços foi uma das mais difíceis, pois envolvia um labirinto por onde o bruxo deveria entrar e utilizar todos os feitiços que conhecesse e que correspondesse a feitiços incluídos nos Livros Padrões de Feitiços. Claro que isso tolheu Christine de muitas opções, mas ela seguiu à risca o desafio e se saiu bem (afinal de contas, ela sabia utilizar tais feitiços numa boa).

Foi quando os N.O.M.s acabaram que Christine e os demais começaram a se preparar para a batalha que estaria por vir. Por segurança, tanto deles quanto dos demais alunos e dos próprios professores, eles pediram para que não houvesse uma escolta especial para Harry e os outros. Acharam que isso chamaria a atenção de Voldemort e poderia fazer o "feitiço sair pelo cabo da varinha", como diziam os bruxos.

Três dias foram dados de folga entre os N.O.M.s e as provas de Hogwarts:

- Agora temos que ficar atentos a tudo. - disse Harry.

- Harry, vamos aproveitar e relaxar! - disse Rony.

- Weasley, sem querer ser chato - disse Draco - mas acho que temos que ficar espertos com a possibilidade de ataque do Voldemort.

- Malfoy, você sempre tem que jogar areia mesmo! - disse Rony.

- Na verdade, concordo em partes com o Draco. - disse Christine - Mas não precisamos ficarmos paranóicos.

- A Chris está certa! - disse Neville - Temos algo que Vocês-Sabem-Quem não sabe que temos: a Chave de Daniel.

- Concordo com Neville! - disse Hermione - Vocês sabem que o Vocês-Sabem-Quem sabe sobre a Chave de Daniel, e sabe que Christine já pode usá-la. Mas ele imagina que a Chave de Daniel guarde algum tipo de arma ou magia muito poderosa, e não que ela libere uma forma de conhecimento. E nem imagina que nós já estaremos esperando um ataque dele depois dos N.O.M.s. Ele avalia as pessoas segundo sua ótica de poder e ódio.

- Bem, seja o que for - disse Draco - vou mostrar àquele cara-de-cobra que não sou fraco...

Os três então desceram para Hogsmeade. Nos dois primeiros dias do recesso, a coisa toda foi muito tranqüila, exceto pelo zunzunzum dos comentários de todos os alunos pelo fato de Draco estar andando com grifinórios. Aquilo era muito estranho:

- Gostaria que essa gentalha parasse de me olhar como se fosse um animal de uma área de preservação. - disse Draco - Parece até que tenho alguma cicatriz idiota na testa como o Potter.

- Vai se acostumando à sensação, Malfoy! - disse Harry

- Era assim que se sentia quando os outros viam a sua cicatriz, Potter?

- Sim...

- Cara, isso é realmente chato! - disse Draco.

Foi no terceiro dia em que tudo aconteceu. Os seis se encontraram cedo e decidiram ir até a montanha aonde Sirius ficava escondido e aonde Bicuço, o hipogrifo que auxiliava-o a viajar pelo mundo como um foragido, ainda estava guardado. Draco claro que não gostou de ver a visão do hipogrifo, que por sua vez também não soltou fogos de artifício de alegria por ver o loirinho que quase o mandou para a morte.

- Esse monstro ainda tá vivo? - disse Draco.

- Malfoy, você sabe que o Bicuço o atacou porque você começou. Hagrid disse que ele atacava quando ofendido. Não foi culpa dele se você não se lembrou disso.

- Tá legal! - disse Draco, irônico.

Foi quando eles começaram a ouvir barulho de grama sendo amassada furiosamente e de árvores sendo derrubadas próximo à montanha aonde eles estavam. Barulho de gritos e de explosões vinham de Hogsmeade. Uma Marca Negra subiu aos céus.

Mas, por algum motivo, eles não estavam nem um pouco abalados por isso:

- Começou. - disse Harry.

- É agora! - disse Draco estralando os dedos, como se estivesse esperando por aquilo há muito tempo - Mal posso esperar para torrar aquele cara-de-cobra.

- Mantenham a calma. - disse Hermione - Temos que os pegar quando eles estiverem imaginando que nos vencerão.

- Oráculo de Yaveh: vamos vencer! Accio R-Type! - disse Christine, sacando a varinha, e pegando suas armas.

Rony pegou sua espada, Neville o turíbulo e o incenso de athelas, Christine apanhou seu tabernáculo de prata e suas velas, Hermione tomou sua harpa, e Harry e Draco sacaram suas varinhas.

- Estão todos prontos? - perguntou Harry.

Os outros cinco olharam para Harry e fizeram um sinal de positivo com a cabeça. Estava selado o pacto. Os seis disseram em conjunto:

- Três e três!

E desceram até Hogsmeade.

Se da vez em que Harry, Chris, Rony e Hermione lutaram, Hogsmeade estava um caos, agora então a coisa beirava o próprio Inferno a nível de desordem. Os Comensais causavam ainda mais estragos do que nas outras vezes, e agora estavam ainda mais ferozes em batalha. Lupin, Sirius e Dumbledore congelaram Snape: essa era parte da estratégia para iludir Voldemort, fazendo parecer a ele que Snape sempre esteve a seu lado. Depois, eles começaram a atacar todos os Comensais que podiam, sendo que esses gritavam coisas sem sentidos entre as Fórmulas Mágicas dos Feitiços que utilizavam, sempre agressivos e quase sempre mortais. Christine e os demais foram abrindo caminho a base de estuporamento por entre os Comensais, quando encontraram-no.

Seu rosto branco, com fendas no lugar aonde deveria haver o nariz e olhos vermelhos e fendidos, como os de uma cobra infernal, teriam feitos bruxos adultos mais experientes correrem insanos. Agora, os seis tinha a confiança no seu treinamento:

- Estava esperando vocês. - disse Voldemort, irônico.

- O que quer, cara-de-cobra? - disse Draco.

- Você sabe, Draco: quero poder. E a Chave de Daniel me dará esse poder.

- Quer a Chave de Daniel? - disse Christine - Então pegue: Accio Chave de Daniel!

O livro de capa aveludada caiu nas mãos de Christine, que o arremessou para Voldemort:

- Aqui está o seu grande poder. - disse Christine para Voldemort

- Um livro trouxa? Essa é a Chave de Daniel? - perguntou abobado Voldemort.

- Sim.

- Eu não preciso de sabedoria trouxa! Mas não permitirei que você use a Chave contra mim! - disse Voldemort, arremessando ao ar o livro e tomando sua varinha.

- Desintegrate! - disse Voldemort, apontando para o livro, que desfez-se em um monte de cinzas.

- A Chave de Daniel! - gritou Hermione, exasperada.

Todos ficaram com expressão de choque no rosto, exceto Christine e Harry, que aparentemente esperavam essa reação de Voldemort:

- Acha que vai nos vencer desse jeito, Voldemort? - disse Harry.

- Como? Duvida do meu poder? - disse Voldemort.

- Existe Um Poder acima de todos os poderes, que codificou na sabedoria dos trouxas que você acabou de destruir tudo que aconteceu e acontecerá. - disse Christine.

- Maldita! - gritou Voldemort, que depois deu uma risada sarcástica - Tanto melhor! Assim vocês não terão como me enfrentar usando a Chave! Nem agora e nem nunca mais.

Foi a vez de Draco rir, uma risada sarcástica e fria:

- Voldemort... Parece que papai realmente foi fraco. Você é tão infantil que chega a dar pena.

- Como?

- Acha que não podemos reconstruir a Chave de Daniel? - disse Rony, entendendo aonde Draco e Christine queriam chegar - Desde que consigamos uma Torah, que foi o livro que você acabou de destruir, podemos fazer quantas Chaves quisermos.

Voldemort, em sua arrogância, não percebera que estava sendo lentamente envolvido em uma teia de seis pontas, criada pelos seis amigos. O Selo Antigo.

A Estrela de Davi:

- Você não vai fazer conosco o que fez com meus pais. - disse Neville, revolta e coragem misturados em uma única força.

- Aqui você terá o seu fim, Voldemort! - disse Harry.

- Oráculo de Adonai Jire, colocado na boca de sua serva, Christine bas Tanenbaum ben Perez ben Benjamin ben Israel: aqui será a Batalha de Megido para você, filho de Sodoma e Gomorra! Aqui, você terá o mesmo destino da besta Leviatã, filho de Gog e Magog! Aqui você descerá até os mais fundos níveis do sheol, filho de Baal e Astarte! Aqui, você terá sua ruína, filho de Lucifer, Shaitan e Baalzebub!


"Três e três

Fechando a Estrela

Chave de Salomão

Para fechar o Inimigo."


Após gritarem esse verso da rima, raios dourados saíram dos pés de cada um deles, emendando as pontas dos dois trios: Christine olhava para Rony, Hermione olhava para Neville, Draco olhava para Harry, e todos os seis olhavam Voldemort. Após a Estrela de Davi formar-se no chão, um círculo fechou-se, mantendo os sete combatentes dentro do mesmo.

- Muito bom, Potter! Vejo que pelo menos escolheu bons bruxos para acompanhá-lo ao Inferno.

- Como! - foi a vez de Harry demonstrar espanto.

- Pensou que não sabia de que sabiam que eu iria atacar em Hogsmeade após os N.O.M.s? Enganou-se, Harry Potter! Por que imaginou que escolhi logo Parvati Patil e Lilá Brown, quanto tantos jovens de Sonserina se matariam mutuamente pela honra de servir-me? Por que imagina que escolhi logo Rabicho, aquele incompetente, quando tinha Snape e Malfoy ao meu lado? Para observá-lo. Sim, para observá-lo, ver os seus passos. Sei o que cada um de vocês carregam para tentar me vencer. Sinto dizer que tudo isso é inútil, que não há poder maior que o meu, como provarei para todos vocês! Legio Impedimentae! - disse Voldemort, prendendo todos eles, impossibilitando-os de se mexerem.

- Droga! - disse Malfoy - A Azaração do Múltiplo Impedimento!

- Anda, Malfoy! - disse Rony - Faz o contrafeitiço!

- Não dá! Não o conheço! - disse Draco em desespero.

- Não conhece! Cadê o Mestre da Magia Negra Draco Malfoy? - disse Neville.

- Cala a boca, Longbottom! - disse Draco - Disse que conhecia Magia Negra, não os seus Contrafeitiços!

- Eu me lembro de ter lido sobre o Contrafeitiço! - disse Hermione - Mas eu não tou me lembrando a Fórmula...

- Tsk... Tsk... Decepcionante, Potter! Pensei que fosse mais preparado. Agora, senhorita Tanenbaum, vou provar a você que não há poder maior que o meu! Crucio! - disse Voldemort, apontando a varinha para Christine.

Christine nunca sentiu tanta dor em sua vida. Sentia como se sua pele estivesse sendo coberta lentamente por bronze incandescente, e que seu sangue tinha sido substituído por lava vulcânica. Parecia sentir cada artéria do seu corpo explodindo, como um tubo que não agüentou a pressão de água que passava por ele.

Christine berrou, um berro como nunca fez antes. Em sua mente, gritava: "Adonai! Meu Deus! Por que me abandona?". Ela sentiu seu joelho cair, de forma involuntária. Em seguida, sentiu o feitiço desaparecendo.

Harry também gritou, da mesma forma que os demais, ao verem Christine sendo alvejada pela Maldição Imperdoável:

- CHRIS! - disseram todos.

- Não se preocupem... - disse Voldemort - Vocês todos terão sua hora. Mas agora, é a hora da garota sangue-ruim judia! Renegue a teu Deus e morra, Tanenbaum!

- Christine percebeu a tentação. E não caiu nela!

- Nunca renegarei a meu Deus! NUNCA! Oráculo de Adonai!

- Você não compreendeu: seu Deus é fraco e covarde! - disse Voldemort - Crucio!

Novamente, Christine sentiu sua pele em chamas, sua carne cozinhando no suco do próprio sangue em ebulição. Ao mesmo tempo, sentia-se desprezada por Deus. Gritava em seu íntimo: "Por que viraste o rosto de mim, Adonai?". Mas ao mesmo tempo, Christine sentia que não devia renegar a Deus: "Deus, pode ter me abandonado, mas da mesma forma que Jó não o abandonou, eu não o abandonarei!".

- Devo admitir que você oferece uma diversão muito satisfatória, Tanenbaum! Mas vamos acabar de história! Renegue a teu Deus e morra, Tanenbaum!

- NUNCA! - gritou a plenos pulmões Christine - NUNCA... IREI... ABANDONAR... MEU DEUS! - gritou Christine.

- Agora chega! Irei matar você, e em sua morte entenderá o que eu disse! - disse Voldemort - Avada Kedavra!

Christine viu um pequeno ponto verde formar-se na varinha de Voldemort, ao mesmo tempo em que Harry explodia em dor. Christine olhou para o chão e viu as velas apagadas... Aquilo seria o fim para ela, para Harry, para Draco, para Neville, para todos...

"Falhei, Adonai!", pensava Christine, enquanto suas lágrimas escorriam de seu olho fechado. Ela esperava que a Maldição da Morte acabasse com tudo rapidamente. Ela não abandonaria Adonai na morte. Mas Christine ainda teve tempo de gritar:

- Porque na morte não há lembrança de ti, Adonai! No sepulcro, quem te louvará?

E fechou os olhos, ao ver o raio vindo em sua direção, esperando o destino que as coisas estavam lhe reservando...