Aqui está! Desculpem o atraso...
Mas finalmente aqui está a hentai. Por isso, se você não gosta ou se ofende ao ler sobre relações sexuais (no caso, aqui, heterossexuais), cai fora! Desista, e acha outra fic.
Espero que gostem! Foi a minha primeira vez... escrevendo uma hentai.
E a primeira vez a gente nunca esquece...
Ahala Tsuki
3. Antes das seis todo sol se põe
Lábios entreabertos, tocando.
Tão quente.
O pouso brusco e tonto, sem muito pensar.
Tão macio.
Ele deixa a boca balbuciar dentro dos lábios dela, um som mudo e indizível. Um toque leve e trêmulo, num sopro morno deixado sobre a boca dela. Puxa o ar, incompleto, não contando segundo sequer para cair de novo a ela, ali deixada e entregue, como se esperando, se abrindo na boca já molhada e acesa.
Tinha uma sede tenra nos lábios que ele beijava, tocando a língua de leve, quase com pudor.
As mãos tocam os cabelos espalhados sobre a almofada, correndo cada fio, chegando cegamente até o pescoço, se encaixando atrás da nuca, girando o polegar atrás da orelha. Um puxão de ar. O hálito morno lhe toca o rosto, num instinto tão inocente e febril. A boca, incessante, desce os lábios inferiores, contornando bochecha, queixo, pescoço.
O cheiro.
A raposa inspira mais forte, arrancando um gemido seco da boca de Shizuru.
Por trás daquela fumaça e o cheiro acre de cigarro, debaixo de toda aquela fortaleza e espinhos, tinha um quê de cítrico, íntimo, indiscreto no cheiro dela. Algo tão pungente, tão marcante, mas que jamais seria percebido em maior distância.
E seu corpo já não tinha nenhuma do dela.
Ele continua a beijá-la, em toques lentos e mornos, tomando cuidado com as mãos no corpo, nos braços, na cintura dela.
Um risco fino e úmido corre seu rosto, até quase tocar seus olhos.
Ele levanta o olhar, apenas para fitar um morder de lábios a esconder a língua dela.
Ele respira fundo, pedindo com urgência qualquer controle.
E aquele aroma escondido, que vinha devagar passear sobre a pela dela, penetra no seu ar, nos seus pensamentos, correndo à sua volta, em toda parte, entrando na sua pele. Todo aquele mistério, aquela sexualidade tão forte e intocada que o instiga, excita. Quase uma falta de ar.
Kurama passa as mãos por debaixo do tronco de Shizuru, a levantando sobre ele, as pernas dela rodeando sua cintura, o toque dos rostos colados, a pele debaixo da roupa quase gritando, num puxar firme do youko por sua fêmea. E ela responde, os braços se apertando com força sobre os ombros dele, a cabeça caindo sobre o pescoço, marcando com a língua úmida o seu território, o seu poder de brincar de ser mulher.
Um gemido escapa rouco entre os dentes da raposa.
Shizuru volta um olhar calmo e instigante sobre ele. Satisfeita, mas não o bastante.
Ele devolve o sorriso, a malícia dos lábios lutando com tudo contra o desejo latente do seu corpo.
-Experimente o prazer refrescante da fruta!
Os dois param, olhando espantados para a TV. Era o slogan de um comercial de refrigerantes, passando entre os dois como um elefante branco.
Eles se olham novamente. O abraço ainda seguro e íntimo, os rostos próximos, o corpo tenso.
E riem.
Kurama folga o abraço, deixando Shizuru apenas se recostar em seu peito, até sua respiração voltar ao normal depois das risadas.
'TV aos domingos é um crime.' - ele comenta, ainda sorrindo.
Um imprevisto vergonhoso nunca foi tão divertido.
'Desliga ela, raposa.' - a voz pequena e macia, se encostando com força no peito do youko. 'Tenho uns CDs no quarto, vou lá buscar...' Ela o fita com seu usual olhar sério e, sem muito aviso, se desvencilha dos braços de Kurama e caminha para dentro do corredor.
A raposa procura o controle remoto, o tomando com certa raiva na mão, apertando com força o botão de desligar.
Pisca os olhos, junto ao respirar lento, buscando tomar ciência de todo seu corpo. Não sabia! Não sabia como sentir a ele mesmo ali, naquele sofá, com aquele cheiro ainda impregnado sobre ele, aquele peculiar aroma que saltava dela para dentro dele, sem questões nem pudor.
Expira, com força, sem poder evitar um sorriso.
Ela abre a porta do quarto, as mãos enrolando o cabelo sobre um dos ombros. Abaixa-se, abrindo o armário. Droga, nota que ainda respira com força. Timidamente excitada. Afasta duas pilhas de roupas com as mãos, buscando a caixinha de Cds. Ela se pergunta, por um instante, se devia pensar naquilo. No youkai sentado na sua poltrona, esperando uma música qualquer, parado no instante em que ela deixara seu abraço.
Mas fica sem sua resposta.
'Quer ajuda, Shi?'
Ela se volta para o ruivo parado em sua porta, o velho sorriso gentil pregado no rosto.
'Hun, não, tudo bem... ainda não achei.' - ela tateia um pouco mais o interior do guarda-roupa, enfim encontrando a caixinha preta dos CDs.
Torna a se virar, ainda sentada no chão, sem levantar os olhos da caixinha.
'Uma das antigas?'
'Como sempre.' Ele sorri da porta, se aproximando. Ela puxa um dos CDs da caixa, estendendo sua mão para que ele a ajude a levantar. Ele o faz, delicado o bastante para que a puxe próximo de si, sem que ela caía sobre ele.
Shizuru o fita, aquele olhar sereno e discreto.
'Mas hoje não.' Ele sussurra, se pondo a roçar a boca sobre a dela, num toque leve sobre a pele rosada dos lábios dela. Ela se deixa levar, os olhos ainda abertos e parados sobre os deles. Ele leva a mão até um de seus braços, passeando de leve um dos dedos, até tocar-lhe a mão, brincando com os dedos dela, os soltando, um a um, do CD que prendia com força.
Ele espera, ansioso, o som do objeto ao tocar o chão.
E ela ainda está lá, de olhos abertos e altivos, os lábios entreabertos, pedindo pelos dele sem um movimento sequer. Ele pára, a boca levemente recostada à dela.
'Hunf.' Ela murmura, sua língua então lambendo boca da raposa de baixo para cima, terminando num meio sorriso indiscreto e despudorado.
'Você tem sempre algo mais, não é, Shi?...' Ele responde num tom seco e calmo, a jogando cama sem muito pensar, colando seu corpo sobre o dela.
'E isso, sempre me tenta a algo mais...'
A voz rouca de Youko pousa nos ouvidos dela, os cabelos ruivos caindo sobre seu peito coberto pela camisa. Ele a beija forte ao pé do ouvido, mordicando a orelha de pedaço a pedaço.
Ele aperta sua cintura com ambas as mãos, subindo até as costelas, apertando com força os dedos sobre a pele macia. Ela arqueia as costas, num gemido baixo e suspirado, prendendo as mãos atrás dos ombros dele. Ele desce os lábios, beijando todo o rosto, tomando de novo aqueles lábios com maior sede e vontade. Ela atende, imediata e urgente, abrindo as pernas para que ele se deitasse mais sobre o corpo dela, aconchegando melhor seus braços debaixo dela, num abraço largo estendido por todo corpo.
O peito pede ar, mas as bocas inquietas continuam buscando, correndo, tateando cada canto que podem alcançar. A raposa desce os lábios até o colo da mulher, com beijos mais leves, íntimos. Ela segura com as duas mãos a sua nuca, arfante, os olhos castanhos serenos em sua direção.
Um sim.
Ele levanta o rosto do tecido, uma das mãos disposta a abrir os botões da camisa larga e inconveniente. Abre, um por um, com delicado cuidado, olhando a cada botão o semblante passivo de sua amante. Ele afasta, por fim, o tecido de sua barriga, pousando ali perto do umbigo um beijo molhado em sua volta. Sente dedos pressionando com mais força seus ombros, e o semblante sereno se espremer num gemido contido.
Levanta a cabeça, para uma visão mais completa. Linda.
A mão, mais instintiva, busca pelos seios meio escondidos pelo sutiã, que os deixa saltar exuberantes, arrogantes, como se soubessem o quão belos, o quão tentadores eram.
E eles vêm em sua direção, se apertando contra seu peito, mãos levantando sua camisa, aquela boca lhe molhando, sugando, e aquele cheiro, aquele cheiro.
Shizuru termina de despi-lo da parte superior da roupa, as mãos pousando contra o peito forte do youko. A língua as acompanha, cega e incessante, em cada canto do peito, tórax, barriga, umbigo, ventre... ela suspira, o ar quente saltando de sua boca até pousar no seu baixo-ventre, não escondido pela calça. Ela morde a parte lateral do tronco, arrancando seu prêmio em forma de gemido.
Mãos correndo, macias, lentas, agitadas, ansiosas... calça, short, sutiã. A delicada renda branca trancando como um cadeado de ferro seu objeto desejado. Ele continua a fitá-la, paralisado, contemplando as linhas pálidas da pele, a pelugem dourada que desce num caminho até a ponta da renda, num contraste exótico e inibido. Sente um lamber úmido e quente sobre sua pele, arrancando sua última peça de roupa. Uma mão macia e forte lhe aperta por trás, trazendo até sua boca o sexo de um Youko entorpecido.
'SHIZURU!' Ela arrasta os dentes com leveza sobre a ponta, sorrindo.
'Não me interrompa, Kurama Youko.' Sempre, aquele nome dito por ela o devorava.
Ela volta a brincar com ele, língua, mãos e dentes, o contorcendo, num revirar de olhos, de dedos, um êxtase repentino a cada mordida, lambida, toque dela.
'Shi...'
'Mais, Youko?' Ela se afasta devagar, se dando o prazer de observar toda a beleza daquele instante no semblante dele.
Por um instante, ela jura ter visto nele aquele par de olhos dourados.
Um único instante.
Ele a joga de volta para a cama, seu corpo a prendendo sob ele. Ele sorri, da forma mais animalesca que sue rosto permitia. As mãos agarram com força seu quadril o forçando contra o dele, as coxas grossas se colocando no meio das delas, sua boca avançando como um caçador ao pescoço de sua presa.
Sussurra, num tom grave e murmurante:
'Eu mesmo pego o que eu quero.' O pano rendado desliza entre seus dedos, descendo pelas coxas, joelhos, até o tornozelo, voando dos pés para algum canto do quarto.
Ele se levanta, a fitando um instante. Seu corpo, sua mente, tudo pulsa, vibra diante dela.
Mas não faria se...
Ela o fita, o olhar sempre seco e direto, num entreabrir quase ingênuo. Ela sorri, num contorno discreto, com a boca saltando de si uma respiração forte e apressada.
A ponta de seus dedos tocam os lábios molhados dele, como se o calando por qualquer razão.
Por qualquer pergunta sem resposta.
Ele desce seu corpo sobre o dela, tomando com o seu o sexo dela, pulsando, os olhos fechados e quentes, vibrando juntos ao dela, num cego ritmo dos corpos colados, balbuciando sons que não se entende e nem se ouve, porque gemidos são gritos que se sente na pele.
Mais corpo, mais pele... mais rápido... o balbuciar dos corpos se tornando sussurros... gemidos... a mulher aperta os lábios entre os dentes, rasgando o ar com sons abafados, quase mudos, quase... mais corpo... mais... mais... a raposa arqueia a cabeça para trás, num ímpeto. Ele urra. Urra como um animal preso. Caçado.
O corpo dela vibra num frenesi único e completo sobre ele.
E ele cala o último urro entre os dentes, seu gozo derramando-se dentro e fora dela.
Kurama se deixa cair ao lado dela na cama, num misto calmo de satisfação e cansaço.
Shizuru se vira para ele, um dos dedos preso entre os dentes, os olhos castanhos presos sobre ele, passivos e mudos. Ela suspira, fechando os olhos lentamente.
'Não me deixe dormir, raposa.'
Tempo.
Uma hora, aquele quarto ia se abrir... Kurama olha o relógio na cômoda. Seis e meia.
Aquele domingo finalmente tinha morrido.
