Capítulo 2: Compras no Beco Diagonal
A viagem para Londres foi bem tranqüila. Mitch orientou seus irmãos sobre como cuidarem das corujas. Enya escolhera uma cor de terra à qual chamou Brigitte (a Filha na trindade Celta) e Cedric chamou a sua coruja-de-igreja de Lee (ele adorava Artes Marciais, tanto que praticava Kung-Fu e AMAVA filmes de pancadaria como os de Bruce Lee e Jackie Chan).
Como no ano anterior, Angus esperava os três, sempre no seu velho e bem-cuidado Sedan preto (que parecia novo) e em seu uniforme de guardião da Torre da Abadia de Westminster:
- Mitch, como foram as férias? - disse Angus, abraçando o irmão
- Muito legais! - disse Mitch.
- Então Enya e Cedric vão para Hogwarts esse ano?
- Sim! Tá aqui a carta! - disse Enya, apontando a carta em pergaminho para Angus.
- Guarda a carta. - disse Cedric, repreendendo a irmã - Não podemos chamar a atenção dos trouxas!
- Cedric, enquanto estivermos aqui, gostaria que você evitasse usar termos dos nossos. E Enya, por favor, guarde a carta. -disse Mitch, que não queria ter que usar o termo "bruxo". Sabia que aquilo poderia assustar aos que estão ao redor.
- Tudo bem, Mitch! - disse a sempre simpática e obediente Enya.
Mas, só para variar, Cedric estava com os nervos à flor da pele.
- Mas, Mitch ...
- Nada de mas, Cedric. Temos que ter cautela. - disse Mitch, que lembrava Rony ralhando com ele próprio no ano anterior pelo jeito como entrara na Plataforma Nove e Meia.
Angus colocou as bagagens dos garotos no porta-malas do Sedan. Mitch colocou a bolsa preta que usava como mochila, encantada para mostrar o brasão de Hogwarts e dos McGregor para bruxos e para os McGregor, e o seu malão. Enya colocou uma bolsa semelhante, mas rosa pink e Cedric uma de cor amarela como a de Mitch. Ao entrarem, depararam-se com uma garota de cabelos loiros, olhos verdes em um rosto redondo e um corpo forte, mas com uma beleza própria.
- Para onde vocês vão, Mitch? - disse Angus, enquanto dava partida no sedan.
- Caldeirão Furado, Angus. Não queremos incomodar.
Mitch sabia que seu irmão Angus havia se casado com uma bruxa que conhecera no ano anterior quando ele estava na festa de aniversário de Mitch, chamada Anya Kievchenko. Ela era do Ministério da Magia Russo, Embaixadora. Ela estava no carro, vestindo um tallieur verde.
- Ora, então vocês são os irmãos de Angus. Você eu já vi, o Mitch! Graças a você, conheci esse fofinho! - disse Anya, dengosa em seu carregado sotaque russo.
- Fiquei feliz por você! - disse Mitch.
- Eu também imaginei que ia ser difícil conviver com ele por ele ser trouxa. Mas ele tem a vantagem de ser de família de bruxos, apesar de não ter o sangue tão puro assim. - disse Anya, apenas contastando a verdade.
- Por que vocês não ficam em casa? - disse Angus.
- Acho que vamos atrapalhar. - disse Mitch - Ainda mais que vocês têm um filho! Ele tem a Marca?
- Sim! É ruivinho, mas mais ruivo trigo.
- Mesmo assim, isso é bom, pois quer dizer que ele tem sangue bruxo!
- É óbvio, garoto. - disse Anya, sentindo-se ofendida -Você acha que ...
- Desculpe o Mitch, Anya, ele estava se referindo a mim. Lembra da Maldição?
- É mesmo, mas espero que isso não ocorra com o Mikhail! - disse Anya.
- Que nada! - disse Enya, empolgada - Se ele é ruivo, ele vai ser bruxo!
Todos soltaram uma gostosa gargalhada e passaram a conversar amenidades, até que pararam em frente ao Caldeirão Furado. Já era fim de tarde, quando entraram. Mitch então viu uma garota levemente mais baixa que ele, ainda usando maria-chiquinha e ainda com um rosto sardento, tomando uma limonada.
- Helen! - gritou Mitch.
- Mitch!
Os dois se abraçaram e conversaram rapidamente. Depois Mitch puxou seus dois irmãos:
- Helen, estes são Cedric e Enyamarana, mas pode chamar ela de Enya.
- Prazer. Eu sou Helen Ebenhardt, e estudo junto com seu irmão na Grifinória.
Todos cumprimentaram-se. Então, Mitch virou-se para Tom:
- Tudo bem, Tom?
- Claro, Mitch! - Tom guardava direitinho o nome e as principais particularidades de cada pessoa que algum dia passara pelo "Caldeirão Furado".
- Três quartos. Eu pago. - disse Mitch, dando o restinho de dinheiro que tinha. Claro que Cedric e Enya estavam confusos quando viram as moedinhas de bronze, prata e ouro que Mitch dera ao bartender.
- Tudo bem. Deixem as coisas aí que eu já volto com as chaves. - disse Tom, arrastando o malão de Mitch.
- Enya e Cedric foram para a mesa junto com Mitch. Lá chegando, Enya decidiu que iria perguntar, sua curiosidade explodindo:
- Mitch, o que eram aquelas moedas que você deu pro moço? Aquilo é dinheiro? - disse Enya.
- Sim. - disse com candura Helen, pegando três moedas de sua própria bolsinha de moedas, uma dourada, uma prateada e a outra de bronze. - Essas são as moedas que nós bruxos usamos! O nosso dinheiro é diferente do dos trouxas, mas se você algum dia precisar trocar dinheiro bruxo por dinheiro trouxa e vice-versa, o pessoal do Gringotes faz isso para você. Bem, vejamos... - disse Helen.
Então Helen apontou para a moeda de bronze:
- Esse é um Nuque, é a moeda que vale menos. 29 delas formam um Sicle, que é essa moeda aqui. - disse Helen apontando para a moeda de prata.- E 17 dessas formam um Galeão, que é essa dourada aqui. Muitas coisas podem ser compradas com menos de um galeão, mas outras são mais caras. Amanhã acho que vocês vão para o Gringotes, não é, Mitch?
- Sim, vamos precisar tirar dinheiro. - disse Mitch. Então ele lembrou de ir visitar Erika no Orfanato da Madame Kinnigan.
- Ah, Helen, você vai ficar chateada se eu te contar uma coisa?
- O que? - disse Helen
- Recebi uma coruja da Erika!
- O que ela queria?
- Ela estava me convidando para visitar ela no Orfanato da Madame Kinnigan para Bruxos Desafortunados.
- E você...
- Estava pensando em ir! - disse Mitch, olhando para a cara séria de Helen. Ele imaginava que as férias haviam apagado tudo que havia acontecido naquele ano que passaram em Hogwarts.
Mas o sorriso de Helen parecia não ter sido problema:
- Claro que eu vou querer ir, seu bobão. A Erika é muito gente fina, apesar de ser da Sonserina, e parece que aquela menina que ela conheceu no fim do ano, a Annete Wilkinson é também muito gente. Eu conheci ela em Liverpool, aonde os pais dela moram. Os dois são trouxas, a mãe médica e o pai engenheiro civil. E isso deu muito problema para ela em Sonserina, mas ela é legal.
- Você acha isso? - perguntou sarcasticamente Cedric.
- Cedric! - repreendeu Enya.
- Liga pro Cedric não, Helen. É que ele ainda tem alguma coisa sobre...
- Ninguém de Sonserina presta! - gritou Cedric, a plenos pulmões.
Para azar dos demais, uma garota de cabelos loiro água e olho azuis entrara no "Caldeirão Furado" pelo fundo e escutara aquilo. Saíra chorando:
- Erika! - disse Mitch, depois virando-se para Cedric, ralhando com os olhos fervendo de vergonha - Se eu ouvir mais algum comentário desse tipo da sua boca, eu juro que aprendo a te azarar pra valer!
Mitch correu e pegou Erika pela mão, antes que ela abrisse o portal para o Beco Diagonal:
- Erika, por favor, me escuta.
- Escutar o que? Você vai completar o que o aquele garoto, seu irmão...
- Ele não acredita em mim! Não acredita que você pode ser legal. Talvez você contando... - disse Mitch, enxugando as lágrimas de Erika.
- Tudo bem! - disse Erika, sorrindo - Todo mundo do nosso pessoal está vindo pra cá. O Gryffindor está na casa de parentes, assim como a Olívia. O Carlos está em uma pensão trouxa. O Harry virá daqui a alguns dias, junto com a Mione e Rony. Eles estão na "Toca", a casa dos Weasley. Eles me convidaram mas não podia ir, tenho muito o que fazer...
Depois você conta os detalhes, Erika! Eu queria que você conhecesse meus irmãos.
Erika entrou e Mitch levou-a até à mesa aonde estavam.
- Erika, essa é a Enyamarana!
- Pode me chamar apenas de Enya! - disse Enya, sorridente.
- Prazer, Erika Siesvadshord, mas pode me chamar apenas de Stringshot! - disse Erika, gostando da jovem McGregor.
- E esse é o Cedric!
- Prazer.
- Prazer. - disse Cedric, formalmente.
Então Erika contou para todos como ajudara na reforma do Orfanato.
- Foi muito difícil, mas também foi muito divertido. As crianças lá parecem estar sempre alegres. Na verdade, muitas são recolhidas por Aurores e afins. Então, podemos marcar para amanhã a visita?
- Claro! - disse Mitch - Amanhã, às 4 horas.
- Tudo bem! - disse Erika, olhando as horas - Deixa eu ir indo, pois tenho que voltar logo para ajudar na janta do pessoal.
Erika retirou-se. Então Enya comentou:
- Nossa, você tinha razão, Mitch! Essa garota é legal!
- Não sei o que você viu nela, Enyamarana! - disse Cedric.
Aquilo chocou a Mitch e Enya. Quase ninguém chamava Enya de Enyamarana, exceto quando queriam a apresentar formalmente, dar ordens importantes, repreender ou criticar:
- Cedric! - disse Mitch.
- Mitch! Você é incapaz de ver o inimigo! - disse Cedric.
- Como você ousa falar assim de seu irmão! - disse Helen, furiosa com o garoto - Ele tem o Sangue Auror!
Cedric parou, pasmo. Enya olhava Mitch, admirada.
Mitch não havia comentado a nenhum dos dois que possuía o Sangue Auror, como era chamado entre os bruxos a capacidade de ver além das aparência e de acertar com uma precisão quase absoluta nos julgamentos em relação às pessoas. Apenas seu avô e o pessoal de Hogwarts sabiam disso. Mesmo seu avô não contara a mais ninguém a pedido de Mitch.
- Se você tem o Sangue, como ... - disse Cedric, as palavras saindo saltadas pela confusão em sua cabeça.
- É justamente por causa do Sangue que ele confiou na Erika! - disse Helen - Ela é super gente boa. E pense da seguinte forma: se, por um acaso, você cair em Sonserina, você poderá ter com quem conversar.
- NUNCA VOU ENTRAR EM SONSERINA! - gritou Cedric.
- Cedric, não é você quem decide isso! - disse Mitch, encerrando a discussão.
Passaram então a conversar sobre amenidades, falando sobre o que fizeram nas férias. Helen estranhou que Mitch fizesse tantas coisas, mas ela entendeu que ele precisava aprender a controlar-se, como a professora McGonagall no ano anterior, e todas essas coisas serviram para ele aprender a se controlar. Mas claro que ela morreu de rir quando descobriu que Mitch tinha feito curso de circo. Ela imaginava Mitch com a cara pintada e um sapatão enorme de palhaço:
- Claro que parece piada, mas fazer curso de circo, principalmente a parte de clown foi muito bom para mim. Passei a me entender mais e isso me ajuda agora a me controlar. - disse Mitch, explicando.
Jantaram e pegaram as chaves dos quartos. Mitch levou Enya e Cedric para os deles e foi dormir depois.
No dia seguinte os quatro acordaram cedo e foram tomar café. O dia prometia:
- Mitch, o que vamos ter que comprar para estudar em Hogwarts? - perguntou curiosa Enya.
- Você ainda tá com a carta de Hogwarts, não é, Enya?
- Sim! - disse Enya.
- Então vamos. Nela tá a lista de materiais. Vamos comprar tudo dessa lista e mais um grande malão como o meu para vocês guardarem suas coisas, tanto materiais quanto roupas. Durante as aulas irão carregar os materiais em mochilas, exatamente como faziam na escola dos trouxas. Helen, quer vir com a gente? A gente vai fazer as compras agora de manhã e de tarde vamos no Orfanato da Madame Kinnigan visitar a Erika. Não é?
- É! - disse Enya, entusiasmada. Adorava conhecer gente nova, e não ligava para cair em qualquer casa em Hogwarts, desde que não fosse a Sonserina. Não por Erika, mas sim pela regra, não pela exceção.
Cedric apenas fez muxoxo. Odiava a idéia de fazer amizade com uma Sonserina. Mas, fazer o que, tinha que obedecer o Mitch, como seu avô havia mandado...
- Vamos então! - disse Helen.
Todos pegaram suas cartas de Hogwarts e então foram para os fundos do Caldeirão Furado:
- Mitch, aonde está o tal Beco Diagonal? - disse Cedric, revoltado, imaginando uma grande rua, bruxos por todos os lados, enquanto Mitch sacava sua varinha do porta-varinhas que comprara no ano anterior e que Mitch prendia no lado externo do antebraço, embora pudesse prender no lado interno do antebraço, no braço, coxa ou cintura, usando acessórios do mesmo. O próprio porta varinha, porém, estava oculto por debaixo da manga da camisa da seleção de futebol trouxa da Irlanda que Mitch utilizava.
- Cedric, você ainda comete o mesmo erro de sempre: deixar-se levar pelas aparências. - disse Mitch, sorrindo, e tocando o terceiro tijolo a partir da parede acima da lata de lixo, com o bastão de 40 cm, feito de pau-brasil, com crina de pégaso no cerne.
Então aconteceu a visão que deixou Cedric abobado.
O buraco que Mitch fez foi abrindo-se, abrindo-se, até formar uma passagem para os quatro passarem.
Tinham chegado ao Beco Diagonal!
- Maneiro! - disse Cedric, completamente impressionado, vendo exatamente o que imaginava.
- Foi mais ou menos a mesma reação que tive ano passado. - disse Mitch, tentando mostrar aos irmãos que não havia nada de errado em suas reações.
- Então vamos. Temos que passar no Gringotes e tirar algum dinheiro, depois vamos fazer as compras. - disse Helen.
Então os quatro foram até Gringotes. Chegando lá, Mitch voltou a ver os mesmos duendes do ano anterior, trabalhando em documentos, despachos, ofícios e negócios. Foi quando aproximou-se de um dos caixas livres.
- Então, o que vai... Ah, é você, garoto McGregor? - disse o duende, reconhecendo-o, sorriso no rosto.
- Tufão! - disse Mitch, reconhecendo o duende - Você está bem?
- Estou. O que vão querer? - disse Tufão, em um tom não muito formal.
- Bem, são quatro para sacar! - disse Mitch, apontando a si e aos outros.
- As chaves e os documentos, por favor.
Tufão recolheu as chaves de cada um deles e todos os documentos. Analisou os documentos, com o rosto muito formal, deixando desaparecer o sorriso. Depois virou-se, sorrindo novamente:
- Bem, parece que está tudo OK! Cofres 342, 343, 344 e 574, não? Venham então.
Todos sentaram-se no carrinho de Gringotes e passaram alguns minutos andando nele como numa montanha russa ("Cara, como eu ODEIO isso!", pensou Mitch). Então o carrinho parou na frente do cofre de Mitch. Ainda estavam lá muitos Nuques, Sicles e Galeões. Na verdade, o cofre estava ainda cheio de dinheiro: Mitch não tinha retirado muito no ano passado, e novamente não retirara muito. Pegara, no total, por volta de 50 Galeões, o que dava para seu ano todo e sobrava, mesmo considerando-se gastos no Caldeirão Furado e etc. Além do mais, se necessitasse de mais, poderia sacar mais um pouco. Depois foi a vez de Enya e Cedric buscarem seu dinheiro:
- Então esses são seus irmãos, Mitch? - disse Tufão, em tom informal.
- Sim! Eles são Enyamarana, mas pode chamar de Enya, e Cedric! - disse Mitch
Então Enya apanhou algum dinheiro de seu cofre, que ela acreditava dar para comprar o material dela. Já Cedric entupiu sua bolsinha de Galeões:
- Cedric, deixe um pouco, senão pode fazer falta depois. Você vai ter que estudar 7 anos em Hogwarts e o dinheiro desse cofre é tudo que você vai ter para isso! - disse Mitch.
- Ah, não esquenta, Mitch. - disse Cedric desdenhando.
Mitch preocupava-se com Cedric: seu comportamento rebelde demais poderia enfiá-lo em confusão.
Depois foram no cofre de Helen: não era tão impressionante quanto os de Mitch, Enya e Cedric, mas também parecia ter um dinheiro considerável.
- Não tenho tanto quanto vocês. - disse Helen.
- O velho Elric também soube investir e guardar dinheiro, por isso os cofres dos três é tão cheio. - disse Tufão - Esse dinheiro dos três começou a ser ajuntado antes mesmo de Vocês-Sabem-Quem ascender ao poder.
- Não é à toa que tem tanto! - disse Helen, surpresa.
Os quatro então sairam de Gringotes e começaram as compras. Mitch reparou que pedia-se vestes formais em sua lista e portanto passou na Madame Malkin e comprou uma longa veste de cor verde-esmeralda, que pediu que fosse completada com uma capa encarnada. Pediu que encantassem tanto a capa quanto a veste com o brasão do clã McGregor, pedindo que na veste ele fosse colocado apenas no braço esquerdo, mas que ocupasse toda a capa. Também pediu para que os irmãos fizessem vestes formais semelhantes. Ambos fizeram, mesmo suas listas não pedindo, só que em rosa para Enya e amarelada para Cedric, todas em veludo.
Helen comprou para si uma veste formal rosa, cheia de babadinhos e flores, o que ainda dava a ela uma cara de Wendy do Peter Pan.
Depois veio uma dúvida para os quatro:
- Vestes de combate? - disse Mitch - Que diabo é isso?
- Ah, vocês então também estão procurando vestes de batalha? Venham! - disse a Madame Malkin.
Madame Malkin trouxe então quatro vestes brancas, com o brasão de Hogwarts, que lembrava a Mitch as antigas vestes dos druidas irlandeses. Então a Madame Malkin mediu as vestes de batalha de todos, completando-as com faixas, que seguiram o mesmo padrão de cores para os irmãos McGregor: verde-esmeralda para Mitch, rosa para Enya e amarelo para Cedric. Helen escolheu uma faixa amarelo-alaranjada.
Então foram para a Floreios & Borrões:
- Pois não! - disse o atendente - É para Hogwarts?
- Sim, mas nós dois só precisamos do Livro Padrão de Feitiços: 2ª Série e dos livros Monstros Mitológicos: Verdades e Mentiras e Principais Monstros Mitológicos e como proteger-se, de Nicola Erian, e Corpo e Chi: Como usar magia e as Artes Marciais para enfrentar o mal, do Sensei Tora Takezumi. - disse Mitch apontando para ele e para Helen.
- E nós dois precisamos dessa lista aqui! - disse Enya, empolgada, entregando a lista de livros para o rapaz e apontando para ela e para Cedric.
- OK! Só um instante! - disse o atendente, indo buscar os livros.
O atendente retirou-se e voltou com quatro pacotes, dois maiores e dois menores, e entregou os menores para Mitch e Helen e os maiores para Enya e Cedric.
Depois compraram o resto das coisas para Enya e Cedric: malões, balanças, caldeirões, e ingredientes de poções. Mitch e Helen aproveitaram para reabastecerem-se de ingredientes de poções quando passaram pela Botica.
Foi quando foram para a Olivaras:
- Bom dia. Ah, senhor McGregor! O senhor novamente aqui? A sua varinha... - disse Olivaras.
- Não, senhor Olivaras: está tudo bem com a minha varinha. Viemos é comprar varinhas para meus irmãos. - disse Mitch, apontando para Enya e Cedric.
- Então vejamos, primeiro a garotinha... - disse Olivaras, sorrindo, apontando para Enya.
- Pode me chamar de Enya, senhor Olivaras.
- Tudo bem, Enya. Qual é o braço da varinha?
- Como?
- Com que braço você escreve, Enya? - disse Mitch, sorrindo. Agora parecia engraçado, mas no ano anterior foi Helen quem tirou essa dúvida de Mitch.
- Sou canhota, senhor Olivaras! - disse Enya.
- Tudo bem! Então, vejamos... - disse Olivaras, pegando a fita métrica que media sozinha e buscando algumas varinhas.
- Experimente essa, ela parece ser a sua cara... - disse Olivaras.
- Como assim? - questionou Enya.
- Bem, Enya, diz-se no mundo dos bruxos que "a varinha escolhe o dono".
- Ela vai me escolher?
- Não, garotinha, mas é assim: cada varinha, seja da minha lojas Olivaras ou de qualquer outra, é produzida com materiais diferentes e leva um material mágico dentro dela, de forma que não existem varinhas iguais, como não existem materiais mágicos iguais e bruxos iguais. Portanto, cada bruxo sente se a varinha é compatível consigo, de forma que você só consegue os melhores resultados com a sua varinha, embora possa usar a de outros em caso de necessidade. Entendeu?
Enya mostrou que tinha entendido acenando afirmativamente com a cabeça, seus olhos brilhando de gosto por estar tomando contato com tanta coisa fascinante em tão pouco tempo.
- Bem, então vamos ver. Essa varinha parece ser a sua cara: 24 cm, cerejeira, com cerne de cauda de unicórnio! Boa para Encantamentos! - disse Olivaras.
Enya sentiu o braço formigar quando pegou a varinha, o formigamento subindo até à cabeça, tornando-se uma sensação incontrolavelmente gostosa. Ela ergueu a varinha, jogou o braço para baixo. Da ponta de sua varinha surgiram flores diversas, com um aroma magnífico. Olivaras aplaudiu e retirou as flores da varinha. Enya colocou uma delas em seu cabelo e colocou outro no cabelo de Helen. Com as demais fez um maço para levar para o Caldeirão Furado, aonde faria uma bela guirlanda para presentear Erika.
- E vejamos agora o jovenzinho...
- Meu nome é Cedric, senhor Olivaras! - disse Cedric, formalmente, mas deixando uma ponta de irritação. Poucas coisas deixavam Cedric mais irritado do que ser tratado como criança.
- Tudo bem, Cedric. Qual é o seu braço de varinha?
- Sou destro.
Olivaras parecia um pouco mais formal com Cedric. Voltou rapidamente com uma varinha.
- Vejamos... Tente essa: 27 cm, carvalho, corda de coração de dragão. Boa para Feitiços.
Cedric começou a sentir a mesma tensão que Enya, mas quando fez o gesto, um raio disparou atingindo a parede oposta.
- Nossa... - disse Cedric assombrado.
- Percebeu agora porque tem que aprender a se controlar, Cedric? - disse Mitch.
- Impressionante, muito impressionante... - disse Olivaras.
Ambos pagaram pelas varinhas e todos voltaram para o Caldeirão Furado com as compras, e resolveram descansar um pouco e almoçar.
