Capítulo 22: A Harpa de Brigitte


No castelo de Hogwarts, as aulas iam tornando-se cada vez mais severas, conforme se aproximava o mês de maio. Logo estariam chegando os exames de final de ano, e todos estudavam com muito afinco. Mesmo que não fossem matérias relacionadas, como no caso de Mitch, Mione, Harry, Rony e Nathan, que estavam dedicando algum tempo para o estudo da tecnomancia.

Mitch então continuava dedicando-se aos estudos da tecnomancia para poder abrir o computador de seu pai em Hogwarts. Os avanços começaram a se acelerar com o novo livro Magia para o Século XXI: entendendo a tecnomancia, embora o próprio Mitch reconhecera que não era suficiente o avanço.

Certo dia, então, Mitch resolveu passear por Hogwarts utilizando-se do Mapa do Maroto para não ser pego por Filch ou pelos professores. Suas andanças pelo castelo levaram-no a conhecer salas de aula isoladas que pareciam não mais serem usadas e outros tipos de salas, como pequenos quartos, salões comunais mais simples e outros. Mas o mais importante foi a descoberta que viria a fazer alguns minutos depois de sair de um corredor que, Mitch supunha, ia dar na Torre da Lufa-Lufa. Andando por alguns corredores, Mitch viu uma coisa escrever-se no pergaminho. E estranhamente, não era o nome de nenhum residente em Hogwarts, e sim uma palavra.

Em gaélico. E que queria dizer "união".

Mitch aproximou-se da sala e tentou abrir a porta. Não conseguindo, utilizou-se do Feitiço de Abertura:

- Alorromora!

A porta não abriu-se. Ele viu que no mapa estava escrito: "Diffindo!"

Mitch então tentou o feitiço sugerido pelo mapa:

- Diffindo!

E o local se abriu.

Era uma bela sala, Mitch reconheceu. Mas o mais estranho é que, conforme Mitch foi observando a sala, ele viu vários escudos de corpo inteiro, com brasões diversos pintados neles, cada um posicionado acima de uma cadeira. Mitch reconheceu boa parte daqueles escudos: eram escudos de Clãs Aurores de todo o mundo, como viera a descobrir no livro Genealogia dos Aurores, de Matthew O'Elleen. Quase todos clãs irlandeses, como o dele. Ele foi passando e observando cada brasão: o dos O'Flaherty era vermelho, com duas listras amarelas cruzando em xis e um grande cavalo negro desenhado sobre o fundo; o dos artífices Linders era em fundo verde-aveludado, com detalhes dourados e uma grande luva de uma armadura completa prateada sobre três engrenagens que se conectavam; os Bardos Verdadeiros O'Kennigan tinham um brasão cujo fundo azul-celeste era ocultado em muitas partes pela harpa prateada; os devotos cristãos Brightham tinham um brasão avermelhado com uma grande cruz dourada desenhada; os Balefire, soldados feéricos em forma de bruxos, tinham o brasão orgulhoso em azul-marinho, com alguns menires (conjuntos de pedras druídicas) em prateado, formando um círculo feérico; os soldados orgulhosos Aillil tinham como símbolo duas grandes espadas douradas cruzando-se sobre o fundo encarnado. Mas o que mais chamou a atenção é que naquele lugar, mas exatamente, ao centro, e mais exatamente ainda, no teto e no chão, estava traçado o brasão McGregor: um trevo de quatro folhas sobre um fundo amarelo-ouro, no qual cruzavam-se a cruz celta, a espada e a flecha. Então, ele percebeu que letras foram aparecendo e assumindo um brilho dourado, uma após a outra, em sucessão, até que todas estivesse iluminadas. Era como se elas estivessem ali para indicar a Mitch algo. E ele leu, em gaélico, nas paredes, as seguintes inscrições:

"Àquele que entra na Sala do Conselho, permaneça com o coração puro. A Tríade não deixará que ninguém o toque enquanto seu coração for puro e sua honra verdadeira. Aquele que segue a escuridão, este não é seu refúgio. Se você é vil e segue o mal, espere a retribuição nesse lugar pelos crimes que cometeu. Não haverá descanso nem salvo-conduto ao mal nesta sala. Pois esta é a Sala do Conselho!"

Mitch achou tudo aquilo muito estranho. Então perguntou:

- Que sala do conselho? Do que se trata isso?

As letras foram se apagando. Em seu lugar, em forma prateada, surgiram novos pictos do antigo idioma irlandês. E Mitch leu, um por um, os pictos até entender:

"Desde a fundação de Hogwarts, os Conselhos de Guerra da Irlanda se reuniam aqui, ou ao menos os bruxos. Esse conselho foi estabelecido apenas 1 ano após Hogwarts ter sido criada pelos Quatro Grandes Gryffindor, Ravenclaw, Hufflepuff e Slytherin. Nosso povo era grande e orgulhoso. Mas nós não soubemos aproveitar esse momento e enfrentar o mal. Acabamos nos desentendendo e criando tudo que você vê e sente hoje. Porém, agora, com o retorno do Filho da Espada da Irlanda e da Herdeira de Brigitte, voltaremos a ter o poder para impedir o mal!"

Mitch então percebeu que uma névoa estranha, acompanhada de um brilho branco-azulado ergueram-se do chão, e formas começaram a surgir. Vários deles foram sentando-se nas cadeiras. Uma das formas que surgiram foi a de um senhor, com por volta de 45 anos, cabelos levemente grisalhos, mas ainda com muitas mechas ruivas, armado de uma espada que Mitch reconheceu imediatamente:

- A Espada do Trevo de Quatro Folhas!

Então, viu que na parede para onde ele olhava, estava a cadeira com o escudo McGregor acima dela.

Todas as pessoas que estavam lá, mais moços ou mais idosos, homens ou mulheres, começaram a dispor-se de forma a ficarem em seus brasões. Ele foi olhando para todos. Foi quando Mitch percebeu que ninguém dava a mínima atenção para ele. Ele parecia menos do que um fantasma. Ele gritou:

- Ei, será que ninguém está me vendo?

- Mas eles pareciam sequer ter escutado.

Mitch viu um dos integrantes da reunião, mais exatamente a representante O'Kenningan, portando uma harpa dourada. Ela tinha cabelos loiros sedosos e olhos azuis como o fundo de dois lagos. Sua pele era branca e parecia aveludada como o pêssego maduro. Sua pernas, grossas mas bem torneadas, pareciam as duas coxas mais suculentas de um peru. Aquela divindade viva parecia estar preocupada com o que estava para acontecer:

- McGregor, temos que tomar uma atitude contra Você-Sabe-Quem! - disse o representante dos O'Flaherty.

- Aaron, você sabe que eu acredito tanto quanto vocês nisso! - disse o senhor que Mitch acabara reconhecendo como seu avô Elric. - Mas acho melhor tomarmos algumas providências, mobilizar mais bruxos, quem sabe pedir ajuda ao Ministério da Magia da Escócia e da Inglaterra...

- Enlouqueceste, McGregor? - disse o representante dos Balefire - Não teríamos nada a fazer. Além disso, podemos resolver este problema por nós mesmos. Ora, McGregor, se está com medo dos homens de Você-Sabe-Quem, seria recomendável você tomar alguma atitude contra isso!

- E eu pretendo, Finn, e por isso eu acho que deveríamos pensar antes de atacar! - disse McGregor.

- Nada feito! - disse o representante Aillil - Os Linders já se prontificaram em armar nossos homens com o que há de melhor em artefatos, não é, Gallagher?

- Isso mesmo! - levantou-se o jovem representante dos Linders - E podemos contar com os parentes trouxas dos Brightham, que irão erguer-se contra o mal de Você-Sabe-Quem!

- Não podemos lutar essa luta sozinhos. Estive conversando com diversos Ministérios da Magia em todo o mundo. O ideal era que nós procurássemos nos unir aos demais Ministérios da Magia de todo o mundo para formar uma luta coesa, impedindo que os homens de Voldemort escapem. - disse tenso McGregor, enquanto tomava uma taça de poteen, a bebida alcoólica artesanal e ilegal irlandesa.

- Não precisamos dos homens de nenhum outro Ministério da Magia! - disse pela primeira vez, a jovem mulher que estava ao lado de Elric, que portava a harpa - Enquanto tivermos a Harpa de Brigitte, ninguém poderá nos abalar!

- Mas, Sinead! Se você morrer... - disse Elric - Você é a única Barda Verdadeira dessa geração! Perder você incorreria num risco demasiadamente grande de facilitar as coisas para Voldemort!

- Chega de sua covardia, McGregor! - disse Aaron O'Flaherty - Você deveria saber que somos Aurores! Todos nós somos de Clãs Aurores. É nosso dever lutar contra o ...

- Não me venha falar sobre qual é o nosso dever, O'Flaherty - disse Elric, visivelmente irritado - Ora, eu sei quais são minhas atribuições! E sei que não vou poder cumprir com elas morto! Só estou propondo que esperemos, que façamos um plano melhor desenvolvido, peçamos reforços...

- E até lá, Você-Sabe-Quem e seus homens já terão dominado a Irlanda...

- O'Flaherty, Voldemort tem homens infiltrados em nossas fileiras, e eu posso te dar nomes... McKinsey...

- Redimiram-se.

- O'Donell...

- Estavam sob efeito de Imperio!

- MacDaggert...

- Movem-se conforme os interesses. Podemos usá-los agora e mandá-los para Askaban mais tarde!

- Fleber...

- São fracos, mas têm convicção! Podem ser úteis!

- Jenkins..

- São nossos homens atuais nas fileiras dos Comensais. É importante que eles tenham esse papel de agente duplo.

- Caramba, será que vocês não entenderam. Isso já não é uma coisa só da Irlanda ou da Inglaterra. Em todos os paises do mundo os homens de Voldemort estão atacando os nossos irmãos Aurores! Nos Estados Unidos, a ordem quase foi extinta. No Japão, os combates estão atingindo proporções gigantescas, com o uso de criaturas mágicas encantadas com Garganteun, o Feitiço da Gargantua, para atacar os postos avançados dos bruxos em Tokyo, Yokohama e Tsukuba. A Academia Imperial de Artes Arcanas do Japão foi destruída por um monstro que lembrava aquele monstro de filmes trouxas... o Godzilla! No Brasil, os Comensais estão aproveitando o regime militar e promovendo uma verdadeira caçada ao nossos irmãos. O Liceu Brasileiro de Magia quase caiu na última incursão que Voldemort fez à área. E não pensem que é só aqui: Turquia, Albânia, Peru, Colômbia, México, Uganda, África do Sul, China, todos esses locais estão se organizando de forma mais planejada para atacarem cirurgicamente as forças de Voldemort para acabar de vez com elas!

- Chega! Sua covardia está nos cansando, McGregor! Todos nós sabemos que aquele informante que você disse que Alvo Dumbledore possui entre os Comensais, acho que é Severo Snape o nome dele, passou a informação de que o próximo alvo na Irlanda de Você-Sabe-Quem é Caer Masar. Tudo que temos a fazer é esperar ele lá! Será que fui bem claro?

- Tudo bem! - disse Elric, suspirando, dando-se por vencido - Se vocês querem continuar com essa loucura, tudo bem! Mas lembrem-se: isso é SUICÍDIO! Tudo que vamos conseguir é dizimar a Ordem dos Aurores na Irlanda!

- Não se preocupe, querido! - disse a jovem que estava ao lado de Elric - Com a Harpa de Brigitte e o poder das Três Canções de Poder, podemos acabar com Voldemort e todos os seus homens.

- Espero que sim... Espero, querida!

As pessoas, enquanto andavam, iam desfazendo-se em névoa... Quando elas se desfizeram totalmente, uma nova imagem apareceu. Agora era só Elric McGregor, novamente com 45 anos, mas muito diferente. Parecia que ele tinha sido espancado durante muitas horas. A perna e o braço esquerdos estavam quebrados. O punho direito parecia luxado. Cortes e ferimentos eram visíveis por trás de suas vestes rasgadas como as roupas de um mendigo. Seu cabelo estava com menos mechas brancas, pois muitas haviam sido tingidas de vermelho com sangue. O seu próprio, o de seus inimigos, o de seus aliados. No rosto, a tristeza e o cansaço de quem acabara de sofrer grandes perdas. Ele entrou na Sala do Conselho, acompanhado de perto por um senhor de cabelos prateados, usando óculos de meia-lua, visivelmente preocupado com o estado de saúde daquele senhor.

- Pense bem, Elric! - disse Alvo Dumbledore, o senhor de cabelos prateados – Deveríamos primeiro levar-lhe para a Madame Pomfrey cuidar dos seus ferimentos...

- Não, Alvo! - disse o exaurido Elric - Já fiz minha escolha! Vou passar a atuar em segredo, no mundo dos trouxas...

- Pense bem! Um homem com suas habilidades e poderes seria essencial nas batalhas que estariam por vir...

- Para que? Para ver mais pessoas morrerem? Chega, Dumbledore! Eu te respeito, mas para mim não dá mais. Acabou! Cheguei ao meu limite! - disse Elric, sua dor e sua frustração superando tudo.

- Mas Elric, ninguém sabia que sua esposa era um dos alvos primários de Voldemort...

- Mas ela está morta! E nem sei como explicar ao John...

- Faça o correto! Conte toda a verdade a seus parentes.

- E eles? Qual será a reação deles?

- Não sei, pode até ser que não seja boa! Mas vai ser melhor do que ocultando-lhes a verdade sobre a morte de sua esposa.

- Sei, mas eu não pretendo voltar até que eu tenha um plano de ação. E isso vai demorar muito tempo.

- Bem, se essa é sua decisão final, tudo que tenho a dizer é boa sorte... Mas ao menos vá embora amanhã cedo! Nem sei como você conseguiu chegar até Hogsmeade...

- Os malditos Comensais destruíram Caer Masar. Me fingi de morto e esperei que eles fossem embora. Recuperei a Harpa e aparatei para Hogsmeade. Lá pedi para que me trouxessem até aqui, pois iria deixar a Harpa e a Espada e ir embora... Meu filho John tem família estabelecida em Dublin, na Irlanda. Pretendo aproveitar-me disso para me ocultar entre os trouxas. Ele já tem até um filho, chamado Angus, que infelizmente não tem a Marca. Agora, me dê licença, professor Dumbledore.

Dumbledore saiu da sala e se desfez em névoa, enquanto seu avô tocava na parede, atrás do brasão McGregor, com uma varinha quebrada. Mitch não reconhecia aquela como a varinha de seu avô. Ela parecia mais poderosa: devia ter pelo menos uns 35 cm, e era feita de carvalho, com algo que parecia fios de cabelos de um Daoine Sidhe. Com certeza, aquela não era também a primeira varinha que seu avô usara: muito pelo contrário, parecia muito diferente da descrição da varinha feita por Olivaras. Ele tocou em uma pedra no chão e disse:


"Passarão-se 15 invernos e 15 verões,

Até que os três herdeiros apareçam,

Um já terá conseguido sua herança,

Um será separado dos demais irmãos,

E a última será a destinada,

A Herdeira de Brigitte irá cantar,

E o poder de sua canção com a Harpa irá ressonar.

Ressonando o volume de poder

Ela irá despertar o poder dos filhos de Dana

Que está represado em sua veia.

O jovem separado será guerreiro sábio,

E em sua força estará sua herança,

E o jovem que já teve sua herança,

Depois de perder algo importante,

Irá ser mais importante do que o que perdeu."


Novamente, a névoa foi desfazendo-se conforme a Harpa era colocada no chão e seu avô saia da sala. Então ele entendeu: Enya e Cedric teriam que vir aqui também.

Foi quando, no final daquela semana, ele trouxe os dois jovens McGregor. A única diferença para o dia em que encontrara a sala é que tinham mais duas cadeiras com os brasões McGregor e uma com um brasão estranho: um leão prateado, em um fundo azul-marinho, com faixas verde-limão cruzando em xis o fundo do brasão. Foi quando:

- Ei, Mitch! - disse Nathan.

- Como você... - disse Mitch, quando viu que Nathan segurava na mão o Mapa do Maroto.

- Foi fácil com essa gracinha aqui! - disse Nathan.

- O que é aquilo? - perguntou Cedric.

- É um Mapa de Hogwarts. Foi usando ele que encontrei esse lugar aqui.

Nathan observou o brasão do leão e perguntou-se:

- Brasões irlandeses?

- Sim.

- Bem, esse aqui é o meu... Higgenbotham!

- O que?

- Esqueceu que meu pai é um Higgenbotham irlandês?

- Tem razão! - disse Mitch, lembrando-se da discussão de Nathan e Draco sobre a pureza do sangue Higgenbotham de suas veias. - Então é melhor sentar-se.

- OK!

Nathan sentou-se na cadeira que ficava abaixo do brasão da família Higgenbotham. Mitch então explicou para Enya o que é que ela tinha que fazer:

- Cantar? Tudo que eu vou ter que fazer é cantar?

- Isso mesmo, Enya! Mas você não pode cantar qualquer música! Você deve cantar as Canções de Poder! Eu aconselho você a cantar Goltraí, que traz mais paz de espírito, e portanto você vai poder obter a Harpa mais facilmente.

- Tudo bem! Eu realmente estava pensando em Geantraí e Suantraí, não em Goltraí.

- Tudo bem, então, Enya! Vá em frente.

Enya começou a cantar o Goltraí, e duas coisas aconteceram:

Primeiro, uma voz ficou acompanhando e recitando em gaélico a poesia-trava que seu avô havia feito, utilizando-se de capacidades de bruxaria para encantar um geasa (ou seja, uma obrigação), no local.

Segundo, conforme foi avançando o geasa, a Harpa lentamente foi subindo, até que alcançou o colo de Enya, aonde ela se depositou sem que a própria Enya necessitasse tentar apanhá-la: ela simplesmente dirigiu-se na direção da jovem McGregor.

Ao terminar a canção, uma voz falou em gaélico, a partir da Harpa:

- Enyamarana Andaluzia McGregor, você carrega dentro de suas veias a força das antigas sacerdotisas de Avalon. Você tem como herança o dom das Canções Bárdicas, o dom de levar adiante o Sangue dos Bardos Verdadeiros.

"Mitch Andaluzia McGregor, seu dom é o Sangue dos Aurores, o Sangue dos que lutam pela Justiça acima de tudo. Essa é sua herança e seu poder, que está em seu Sangue McGregor."

"Cedric Andaluzia McGregor, sua coragem e sua força de caráter são seus dons. Não são visíveis na forma de uma Harpa ou de uma Espada, mas são visíveis em você mesmo. Sua coragem vai lhe ajudar a superar os obstáculos e sua força de caráter será sua honra.

- Então é isso? – disse Cedric – O Mitch tem a Espada e a Enya a Harpa. E eu?

- O coração! – disse Nathan Higgenbotham.

- Cedric, nem sempre nossos melhores dons são aqueles que os outros podem ver. Muitas vezes, nosso melhores dons são justamente aqueles que os outros não podem ver, pois é neles que se ocultam o verdadeiro poder...

- Tudo bem! - disse Cedric

- Então, revelamos a Harpa! - disse Nathan.

- Agora só falta descobrir sobre o Cristal Negro. - disse Mitch.