Perdendo as Roupas... Perdendo o Trauma
Mu desceu as escadas correndo. Não queria ver ninguém, queria apenas chegar em seu quarto e chorar no travesseiro. Passou por todas as casas sem sentir, quando viu estava em Câncer, tropeçou em algo e caiu com estrondo no chão. Máscara apareceu ao seu lado olhando-o de cima, a última pessoa que queria encontrar.
- Você está bem? – Ele perguntou estendendo a mão. Mu arregalou os olhos, estranhando toda aquela delicadeza. Aceitou a mão e levantou-se.
- Eu apenas tropecei... estou bem.
- Por que estava correndo? – Mu reparou que o italiano usava só uma bermuda e que comia uma maçã. Suspirou ao notar o peito forte e desnudo.
- Porque... ah... nada importante... – O ariano abaixou o rosto, constrangido.
- Sei... o Shura se descontrolou um pouquinho? – Máscara riu da cara do garoto, mordendo mais uma vez a maçã.
- Como você..?
- Hum... eu sabia que vocês iriam lá hoje por causa daquela idéia louca do Shaka... e sei do que o espanhol é capaz... já os vi mais de uma vez, eles não têm pudor nenhum, saem se agarrando em qualquer lugar. – O canceriano sacudiu a cabeça, inconformado, mordendo novamente a maçã.
- É... acho que sim...
- Bom... mais cuidado ao passar pela minha casa, ariano... não quero você tropeçando aqui toda a noite! – Ele sorriu puxando Mu de perto das cabeças no chão do templo.
- Tudo bem... vou prestar mais atenção da próxima vez... – O tibetano virou-se para sair da casa quando ouviu a voz grave do canceriano.
- Mu... não se assuste com o que viu... cada um faz sexo de uma maneira, você só precisa achar a sua. – Ele mordeu a maçã e continuou. – E não se preocupe... quando você fizer a primeira vez... vai esquecer dessas coisas ruins que voltam a sua mente! – Máscara virou-se de costas voltando para casa, vendo que Aioria entrava receoso no Templo.
Mu piscou os olhos várias vezes, pensando em um bom motivo para Máscara da Morte estar ajudando-o, mas não encontrou nenhum. Então pensou que seria bom guardar aquela gentileza para si. As palavras ecoaram em sua mente, fazendo-o sorrir, talvez Aioria pudesse ajudá-lo.
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- Mu! Que susto... não saia mais correndo daquele jeito! Deixou-me preocupado. – Preocupado? Pensou bem naquela palavra e em seu significado. Se Aioria estava preocupado consigo era porque o sentimento que o leonino tinha por si era muito mais forte do que esperava.
Notou nos olhos verdes tristes que ele trazia. Não gostava de vê-lo daquela forma, gostava de vê-lo sorrindo. Como ele sorriu quando conseguiu dizer sua primeira palavra... Era algo luminoso, que contagiava e alegrava. Era grandioso demais e queria ver a luz daquele sorriso novamente. As palavras de Máscara da Morte voltaram a ecoar em seus ouvidos: "quando você fizer a primeira vez... vai esquecer dessas coisas ruins que voltam à sua mente!", decidiu que seria a hora de comprová-las.
Sem pensar muito deu um passo largo, passando os braços pelo pescoço do leonino e tocando os lábios vermelhos com os seus. Sua língua rapidamente invadiu aquela boca que tanto gostava, sugando todo o gostinho adocicado do grego.
Aioria levou um susto ao sentir aqueles lábios tocando os seus em um beijo intenso. Achou que Mu estivesse mais traumatizado ainda, mas pelo visto o ariano resolvera tentar seguir em frente.
- Mu... – Aioria separou-se do beijo, reparando nos olhos úmidos do ariano.
- Aioria... eu tenho medo! Tenho medo de relembrar... não gosto de ver essas imagens na minha cabeça, mas talvez... – As lágrimas começaram a cair de seus olhos, deixando Aioria estático. – Talvez se nós tentarmos, isso é, se você quiser... talvez eu esqueça e...
- Não diga mais nada... – O leonino colocou um dedo sobre os lábios rosados do tibetano e sorriu. – Se quiser tentar estou ao seu dispor...
O tibetano sorriu feliz, vendo todo o carinho que o leonino possuía por si. Sentiu-se protegido e confiante ao lado dele. Puxou-o pelo braço levando-o para a casa de Áries.
De uma janela, alguém que observava sem perder um movimento, sorriu triunfante por Mu ter conseguido dar o primeiro passo. Agora só faltava conquistar um certo loirinho sapeca, que estava na Casa de Peixes ainda.
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Mu entrou na casa andando rápido, subiu as escadas para o segundo andar carregando um assustado Aioria consigo. Os dois entraram no quarto de Áries e ficaram se olhando, primeiro porque o ariano não sabia o que fazer e sentia medo, segundo porque o grego ainda não entendera o que se passava ali dentro.
- Mu... o que você quer dizer? Você quer... agora? – Ele perguntou receoso da resposta, viu o tibetano concordar com a cabeça e sentiu um frio na barriga. – Mas... achei que você não tivesse gostado do que viu...
- É... mas cada um faz de um jeito, certo? Só preciso achar o meu e talvez essas lembranças me deixam em paz. – Mu completou com um sorriso, tirando as sandálias e jogando-as de lado.
- Está bem... se é assim que você quer... – O leonino suspirou e sorriu, retirando suas sandálias também.
Os dois ficaram se olhando, até Aioria tomar a iniciativa e se aproximar do outro, tomando seus lábios em um beijo, como os anteriores, nada mudara. Mu sentiu novamente aquele friozinho no estômago, o arrepio na coluna, sentiu-se leve, como se o tempo parasse para ver aquele beijo, nada mais importava agora.
Sentiu a ereção que crescia no baixo ventre do amigo, mas dessa vez não se assustou, continuou o beijo, sugando a língua quente e úmida. As mãos do grego, em sua cintura, faziam um carinho gostoso, bem suave. Elas começaram a subir, acariciando suas costas, puxando-o mais para perto, colando mais os corpos. Mu sentiu seu membro responder ao abraço e aos carinhos, ficou morrendo de vergonha, mas Aioria pareceu gostar daquilo, porque o puxou ainda mais.
- Ai... Aioria... – Tentou se afastar, saindo do abraço. O leonino ficou desapontado, achando que tinha feito algo de errado novamente e magoado Mu. Mas ele sorriu tranqüilizando-o. – Eu...
- Não precisa ter vergonha... – Aioria sorriu, vendo que o ariano tinha o rosto corado.
- Não... – Ele abaixou os olhos, rindo envergonhado. – É que eu não sei bem o que fazer...
- Ah... é isso? Tudo bem... não faça nada... deixa que eu faço. – Aioria admirou o garoto a sua frente. Os cabelos lavanda escorriam até a cintura, descrevendo curvas sutis. Ele usava uma túnica até os joelhos, mostrando parte do peito forte. Aioria adorou aquela visão.
Fez com que o amigo sentasse na cama, e ficou ao seu lado. Penteou os fios lilases, sempre com o mesmo sorriso bobo nos lábios, passou os dedos pela face branquinha e macia, sentindo o coração disparar. Puxou a mão do ariano pousando-a sobre sua coxa.
- Mu... eu vou ter que te tocar... e você vai ter que me tocar, também. – Aioria fez a mão deslizar até o limite de sua virilha. O tibetano sentiu o rosto corar violentamente. – Quer desistir?
- Na-não... – Ele disse com dificuldade, tentando vencer seu instinto de se afastar. E apesar de estar com medo das imagens, elas não apareceram, a única coisa, em que pensava, era Aioria e seu sorriso luminoso.
- Então tá bom, se você quiser me fala. – O grego pediu sorrindo. O tibetano adorou aquela gentileza e se sentiu seguro, com o amigo.
Aioria fez a mão deslizar pelo interior de sua coxa, mas sem tocar o membro rígido. Puxou o ariano pela nuca e distribuiu beijos pelas bochechas, queixo e lábios, tocando-o muito suavemente. Mu fechou os olhos, querendo apenas sentir os beijos e o que sua mão tocava agora. Sentiu a coxa firme se contrair com o seu toque.
Com a mão que estava livre, Aioria acariciou o pescoço do agora, amante, descendo para o peito, até pousá-la no quadril do tibetano, bem perto da ereção, que ficava mais evidente. Mu, sentindo aquela mão tão perto, puxou a sua e empurrou o leonino.
- Desculpa... vamos mais devagar... – O grego sussurrou, envergonhado.
Subiu na cama, deitando-se de costas, chamando Mu para fazer o mesmo. O ariano engatinhou até estar deitado ao lado do amigo, ficou apoiado em um cotovelo, fitando os olhos verdes que pareciam sorrir, como o dono. Gostou de ver aquele brilho de paixão nas duas esmeraldas profundas, sentiu-se mais uma vez protegido e seguro.
- Se você me tocar antes... talvez ganhe mais confiança. – O leonino tentou animar o amigo, puxando novamente sua mão.
- Será?
- Não quer tentar? – Aioria passou a mão em seu peito, por cima da blusa, sem quebrar o contato visual com aqueles olhos rosados.
- Acho... que sim... – Mu sentiu seu membro se enrijecendo, enquanto tocava o peito mais forte que o seu.
O leonino fez a mão passear, contornando seus músculos, até chegar no cós da calça. Parou e retirou a blusa, mostrando o peito forte e lisinho para os olhos curiosos do amigo. Viu um sorrisinho tímido se formar nos lábios rosados, adorou aquilo, era sinal que Mu estava adorando a brincadeira.
- Então... pode me tocar... – Ele largou a mão em seu peito desnudo, sorrindo e alisando os fios lilases.
Mu ficou parado, sem saber o que fazer, mas sua mão não acompanhava seus pensamentos confusos. Viu que ela, por si mesma, alisava os músculos definidos do leonino, descendo pelo abdome e depois voltando para o peito. Passou os dedos delicadamente por cima de um dos mamilos e depois se virou para a ereção desperta, presa dentro da calça justa.
Aioria adorou sentir aquela mãozinha tímida passear descrevendo curvas em seu corpo. Sentiu arrepios quando os dedos delicados de Mu tocaram suavemente um de seus mamilos, mas o ariano parou para fitar outra coisa. Sorriu com a expectativa de ser tocado em um lugar mais embaixo, por aquelas mãos macias e delicadas.
- Você quer? – Ele passou uma de suas mãos por cima de seu membro desperto. Viu com prazer que o tibetano ficara vermelho com o gesto, mas que não demonstrara medo. – Me dá sua mão...
Mu arregalou os olhos com a perspectiva de tocar o leonino bem ali, em lugar tão íntimo. Mas nem teve tempo de discutir, quando viu Aioria levava sua mão até a ereção, fazendo sua mão escorregar pelo membro duro. Sentiu aquela carne rígida entre os dedos e teve vontade de se esconder, ficou muito vermelho, tentando olhar para qualquer coisa que não fosse o grego.
- Não fique com vergonha... isso é tão bom... – Ele gemeu sorrindo e pressionando a mão do amigo em seu sexo. O ariano ficou ainda mais vermelho, quando o leonino o fez segurar aquele membro ereto.
- A...Aioria... – Mu sentiu o rosto muito vermelho. Mas as imagens não o assombravam, pensava apenas na vergonha que sentia e no desejo de continuar com a mão naquele lugar.
- Não fica com medo... pode me tocar do jeito que quiser... sou todo seu. – "Todo seu", essas palavras entraram direto em seu coração, fazendo-o acelerar. "Ele é todo meu", pensou, sorrindo. Sentiu uma confiança o invadir, queria aquilo, queria sentir o grego entre seus dedos, entre seus lábios.
- Sim... – O ariano sussurrou vendo que queria mais que aquele contato.
- Gostou? – Aioria tirou a mão de seu membro. Mu soltou um gemido de protesto, mas parou ao ver que o amigo tirava a calça, ficando de cueca. – Tenta agora... – Ele sussurrou malicioso.
Apoiou-se nos cotovelos, para ver aquela mãozinha tímida e delicada, passear suavemente por seu membro, reconhecendo sua extensão e textura, por cima da cueca clara. Deixou que Mu o tocasse da maneira que quisesse, apenas tentando conter os gemidos vez por outra, quando se sentia mais excitado.
Mu sentiu o rosto corar ainda mais, vendo o tamanho que aquele membro atingia. Passou a mão por cima do pano branco, sentindo, agora, o calor que o sexo emanava. Mas ainda não estava satisfeito, vendo que aquela ereção mal era contida pela cueca. Passou os dedos delicadamente pelo cós, fitando o leonino como se pedisse permissão.
- Quer tirar? – Aioria perguntou malicioso, segurando a mão do amante. O ariano sacudiu a cabeça, corando violentamente. – Então tira... – Ele soltou o punho do garoto, e voltou a se apoiar nos cotovelos.
Mu parou para pensar se devia mesmo continuar. Passou os dedos pelo cós da cueca, tentando expulsar a vergonha que sentia e superar a timidez. Fitou os olhos verdes que seguiam cada um de seus movimentos e viu devia continuar ou Aioria ficaria excitado e desapontado. Puxou lentamente o pano claro, descobrindo a ereção pulsante do leonino.
Aioria adorou ver aquela timidez se misturando com inocência nos olhos rosados de Mu. Sentiu os dedos delicados puxando sua cueca, ainda meio incertos se deviam continuar, mas mesmo assim o pano descia, lentamente. Logo Mu puxava a cueca por seus tornozelos, tirando-a completamente e fitando que havia por debaixo dela.
- O que foi? – Ele perguntou vendo o olhar assustado do amigo.
- Nada... – Mu sorriu disfarçando a surpresa.
Gostou de ver a surpresa nos olhos do amante, mas não entendeu se aquilo era bom ou ruim para o tibetano. Puxou sua mão novamente, para que tocasse em si, mas antes a mão escorregou por suas coxas, até a virilha.
Mu deixou que o grego guiasse sua mão, sentindo os músculos fortes das coxas e o calor gostoso que havia entre elas. Aioria soltou sua mão, deixando que ele continuasse o percurso, passeando pela virilha quente e subir por seus quadris. Parou o que fazia para fitar o amante, em um pedido mudo por socorro.
- Pode tocar... – O leonino sorriu pegando sua mão e colocando-a em volta de seu membro, rindo da exclamação de surpresa do outro.
- Quente... – Mu sussurrou maravilhado, tocando o amigo, enquanto acariciava aquele pedaço rígido de carne.
- Sim... é quente... – Aioria fechou os olhos, afundando a cabeça no travesseiro. Sentir aquela mãozinha levemente gelada em seu sexo quente era bom demais.
Deixou-se sentir os toques delicados, que excitavam seu membro e o fazia crescer ainda mais. Era tão gostoso sentir os dedos tímidos acariciando sua pele para logo depois a mão segurar firme, mas incerta, sua ereção, fazendo-o gemer.
- Te machuquei? – Mu perguntou ao ouvir um gemido mais alto. Fez menção de parar, mas na verdade queria continuar sentindo aquela pele fina e quente entre seus dedos.
Nunca se tocara antes, portanto não sabia que seria assim tocar Aioria. Havia gostado daquele contato íntimo, apesar de não saber se deixaria o leonino fazer o mesmo consigo. Mas mesmo assim queria senti-lo e estava gostando do rostinho corado, demonstrando o prazer que sentia.
- Machucou? – Aioria assustou-se com a pergunta. Não sabia se estava dando a entender isso, mas certamente dor era a única coisa que não sentia. – Não! Por que acha isso?
- Porque... porque você... gemeu... achei que tivesse te machucado... – Mu sentiu o rosto corar novamente, envergonhado por estar falando aquelas coisas.
- Não! Eu... é que está muito bom... – O leonino ficou vermelho, vendo que o amante estava muito pior, completamente sem jeito. – Eu gosto... continua. – Sorriu tentando fazer o amante continuar o que fazia.
Mu ficou muito sem graça, quando ouviu o leonino dizer que aquilo estava bom. Continuou a acariciar o membro ereto, sentindo-o responder aos seus toques. A mão de Aioria ficou sobre a sua, fazendo-o segurar a ereção e massageá-la para cima e para baixo. Outro gemido saiu da boca do leonino, acompanhado de um sorriso satisfeito, fazendo arrepios subirem por sua coluna.
- Hummm... – Ele estava adorando aquela mão tímida que o acariciava. Abriu os olhos para fitar o rosto corado do amigo e viu que ele também estava excitado. – Mu... – Chamou tirando a mão que massageava seu membro, não que quisesse parar, mas achou que já era hora de tocar no outro.
- O que foi? – Mu perguntou receoso, achando que havia feito algo de errado.
- Você acha que eu já posso...? – Aioria fitou o corpo do ariano, parando o olhar sobre a ereção mal disfarçada. Mu corou, entendendo o que os olhos verdes lhe diziam.
- Acho... que sim...
Talvez se Aioria fosse bem carinhoso e fosse devagar, as imagens não voltariam para assombrá-lo, ele só tinha que tentar. Lembrou-se do que Máscara da Morte lhe disse, cada um faz de sua maneira, ele só tinha que achar a sua agora e o trauma seria superado.
O leonino sorriu intimamente por sua conquista. Empurrou Mu na cama, para que ficasse deitado enquanto ele faria o trabalho de reconhecer seu corpo. Apoiou-se nos cotovelos para fitar o amante, deitado na cama, com as pernas flexionadas e fechadas, como se sentisse medo de si. Xingou-se mentalmente por ter deixado o tibetano daquele jeito.
- Não fica com medo de mim... só vou fazer o que você quiser...
- Tá... eu confio em você. – Aioria sorriu feliz com a afirmação. Beijou os lábios rosados que tanto amava, sentindo-o corresponder ao beijo na mesma intensidade.
- Quer que eu te toque? – Ele sussurrou de encontro à boca macia.
- Sim... do jeito que eu fiz com você... – Mu sentiu o rosto corar. Sorriu sem jeito, dando um selinho no leonino.
Aioria adorou ouvir aquilo. Passou os dedos pelas coxas macias do amante, passando a mão por dentro da túnica, até estar próxima a bundinha fofa do ariano. Puxou a mão de volta, levando-a até o peito definido do outro garoto, retirando um ombro da túnica e beijando a pele descoberta. Ouviu um gemido baixinho, que fora rapidamente disfarçado, sorriu com o fato de Mu estar envergonhado.
- Não fica com vergonha de mim... – Ele desamarrou a faixa que prendia a túnica, deixando-a solta sobre o corpo alvo do outro. – Posso tirar? – Perguntou receoso.
- Po-pode... – O ariano sentiu o rosto corar um pouco, mas acabou permitindo que o amigo o desnudasse.
Aioria sorriu com a entrega. O tecido leve e fino escorregou revelando o peito branquinho do ariano. Passou a ponta dos dedos pela pele clara, sentindo sua maciez e temperatura. Era bom poder tocá-lo. Abaixou os lábios tocando um dos mamilos, Mu se remexeu gemendo.
Estava esquecendo, não sabia mais porque sentira medo daquilo, era tão gostoso ter aqueles lábios sugando seu mamilo, deixando a carne dura e arrepiada. Aqueles gemidos que irrompiam de seus lábios eram reais e gostosos, eram gemidos do mais genuíno prazer. Sentiu-se bem ao ver-se quase nu, não fosse pela cueca, aos olhos do leonino. E o corpo despido deste, tocando o seu, provocava ainda mais arrepios.
Aquela pele era tão quente e macia... e o perfume? Suave perfume de lavanda, que emanava dos cabelos e daquela pele, enlouquecendo-o. Beijou todo o peito, sentindo bem o gosto e o cheiro do outro. Ali nada mais importava além do amor que os dois sentiam. Passou os dedos pelas coxas alvas, apertando-as delicadamente.
- Posso tirar isso? – Aioria perguntou tocando a cueca. O tibetano corou, mas involuntariamente confirmou com a cabeça.
O leonino então puxou a cueca clarinha, delicadamente. Retirou-a por completo e voltou seu olhar, apaixonado, fitando o membro ereto e rosado que pulsava insistente em frente aos seus olhos. Foi então que algo o intrigou, franziu uma sobrancelha fitando o amante com curiosidade.
- O que foi? – O tibetano perguntou temeroso, pensando que o amigo não gostava do que via, tentou esconder-se com as mãos, mas Aioria segurou-as sorrindo alegremente.
- Não... você é lindo... – Ele sorriu, sem tirar os olhos do sexo rosadinho que o outro exibia. – Mas... uma coisa me intrigou... você não tem pêlos. (1)
- Não... o que tem isso? – Mu perguntou curioso, vendo um sorriso malicioso nos lábios do outro.
- Em lugar nenhum?
- Só na cabeça... por quê?
- Porque... – Aioria ficou envergonhado, sem saber como dizer ao outro que achava isso ainda mais excitante. Passou os dedos pela virilha nua, sentindo a pele macia, completamente desprovida de pêlos. – Você é lindo Mu... – Suspirou feliz.
O ariano sentiu o rosto ficar vermelho, desviou o olhar, ainda confuso, reparando naquele momento que Aioria tinha pêlos no corpo, diferente de si. Pêlos nos braços, pernas e no baixo ventre, castanhos, meio alourados. Passou os dedos, sentindo a maciez dos poucos pelinhos.
- Viu? – Ele sorriu vendo que o amante reparara agora naquela diferença entre eles. Mu concordou com a cabeça fascinado com aquilo.
- Mas por que será que eu não tenho?
- Não sei... mas você também não tem sobrancelha e nós nunca reclamamos disso... eu te acho ainda mais lindo agora. – Aioria sorriu contente, passando os dedos por entre as coxas lisinhas, massageando os músculos definidos.
Mu corou com as palavras do amante. Sentiu seu rosto pegar fogo, mas continuou a encará-lo, admirado com a beleza do grego, enquanto este admirava a sua.
- Posso tocar aqui? – A mão do leonino estava bem no limite, onde a ereção despontava. O ariano afirmou com a cabeça, meio incerto, porém cheio de tesão.
Aioria passou os dedos pela pele fininha e macia do membro, descendo por toda a extensão, reparando que ele era pouco menor que si. Segurou o sexo na mão, pressionando-o, provocando um gemido abafado e extasiado do outro. Deixou seus dedos vaguearem em volta do membro, sentindo como era macio, onde não havia pêlos.
- Mu... você é perfeito. – O tibetano sorriu, escondendo o rosto em seu pescoço, não sabendo o que fazer. Aioria adorou aquela reação, segurou mais forte o membro massageando ele.
Mu arregalou os olhos, sentindo aquele prazer tomar seu corpo, nunca havia sentido aquilo antes. O que seria aquele calor que começava nas mãos de Aioria e subia por sua ereção, terminando por tomar o corpo todo de uma vez só? Queria descobrir, mas não teve muito tempo para perguntar, um gemido escapou por seus lábios e espasmos calaram sua voz em seguida. Um líquido viscoso melou os dedos do leonino, fazendo seu corpo amolecer. Suspirou sorrindo, aquela sensação fora boa demais.
Aioria massageou o membro até que Mu gozasse em sua mão. Ouviu o gemido alto, sentindo-se feliz por estar dando prazer ao outro. Lambeu os dedos, provocando uma expressão de surpresa no outro. Sentiu o gostinho do ariano pela primeira vez e era um gosto muito bom, pensou.
- O que... é isso? – Mu perguntou referindo-se ao líquido cremoso, que ainda escorria pela mão de Aioria e por sua barriga também.
- Não sabe? – Perguntou incrédulo, parando de lamber os dedos.
- Não...
- Mu... essa foi a primeira vez... – O grego sussurrou fitando os olhos rosados com amor. – Isso é sêmem... você nunca viu isso antes?
- Já... uma vez quando eu acordei... – O ariano corou violentamente, desviando o olhar.
- Não precisa ter vergonha... eu também já acordei molhado várias vezes... – Aioria riu da vergonha do outro, passando os dedos pelo abdome molhado. – Isso é o que sai de você quando você tem um orgasmo...
- O quê? – Mu perguntou confuso, por que Aioria não falava simplesmente sua língua?
- Hahahaha... Essa sensação de choque que você teve agora pouco... aquilo foi um orgasmo.
- É? E isso é bom?
- Claro! Quando a gente sente muito prazer nós chegamos ao orgasmo, é tipo o ponto máximo do prazer, entende?
- Ah tá... – O tibetano sacudiu a cabeça entendendo o que o outro explicava.
As lembranças do trauma já estavam distantes, pareciam nem existirem mais. A única coisa que via eram aqueles olhos verdes esmeralda e aquele sorriso que iluminava o rostinho bronzeado do grego. Ele ficava tão lindo daquela forma...
- Mu... vem cá... – Aioria chamou com a mão, trazendo o ariano para deitar-se entre suas pernas.
- O que foi?
- Quero sentir você perto de mim... – Viu que o outro corou ao sentir sua ereção encostar nos quadris. Sorriu, alisando os fios lilases.
Mu deitou sobre o peito do amante, recostando a cabeça no pescoço quente e cheiroso, dando beijinhos suaves. Sentiu duas mãos fazerem um carinho gostoso em suas costas, descendo pela coluna até as nádegas, fazendo sua pele ficar arrepiada. Remexeu-se, adorando aquilo, esquecendo tudo de ruim que já sentira antes.
- Você quer continuar?
- Quero... – Mu sussurrou inconscientemente no ouvido de leonino, se esfregando mais nele, sentindo que seu sexo despertava pouco a pouco, novamente.
Aioria deitou o tibetano, beijando delicadamente a pele alva. Seus lábios foram descendo pelos músculos, descrevendo as curvas do peito e do abdome, até sua língua brincar com o umbigo do outro. Sentiu a pele macia se arrepiar quando tomou um dos mamilos entre os lábios, sugando e mordendo suavemente, apenas para provocar. Seus dedos passeavam pela pele lisinha, até sentir a ereção recém desperta, quente e pulsante, pedindo por um novo alívio.
Pensou por instantes se deveria possuí-lo ou fazer o contrário primeiro. Na verdade escolheu pela segunda opção, pois o ariano ainda estava temeroso, apesar de estar gostando dos beijos e carícias. Deixou seus lábios passearem pelo corpo do outro, até o membro rígido, sugou-o, lambendo a cabecinha quente até senti-lo endurecer mais.
Mu se espalhou na cama, perdendo todas as barreiras que tinha em relação a sexo. Deixou-se levar pelos beijos e carinhos que Aioria lhe fazia. Sentia arrepios toda vez que aqueles lábios tocavam sua pele, lisa e macia, e depois quando a língua quente o lambia, sua mente se nublava, permitindo-o sentir apenas o prazer.
Aioria sentiu que talvez fosse a hora, levantou-se lentamente, fitando os olhos rosados, cheio de amor.
- Vem cá... – Aioria deitou-se puxando-o novamente para deitar-se entre suas pernas. Pegou os dedos do ariano sugando-os e depois levou-os até sua entrada.
- O que está fazendo? – Mu perguntou curioso, sentindo seus dedos tocarem o buraquinho apertado.
- Coloque os dedos dentro de mim... – O grego gemeu, já se sentindo excitado só com a expectativa.
- Por quê? – Mu forçou um dedo, sentindo o corpo fechar-se em sua volta.
- Facilita – Aioria gemeu, apertando os olhos, sentindo aquele dedo vencer as barreiras de seu corpo virgem. – Diminui a dor... coloque o outro...
- Dor? Não quero te fazer sentir dor... – Mas apesar dos protestos, continuava com o dedo ali dentro e já enfiava o outro, sentindo-os serem apertados, naquela cavidade quente.
- Tudo bem... eu sei que depois fica bom... continua... – O leonino gemeu, sentindo o segundo dedo entrar fundo, tocando-o lá dentro. – Isso... agora faz assim... – Segurou o pulso do amante, fazendo-o entrar e depois sair com os dedos.
Mu obedeceu ao ritmo, enfiando os dois dedos juntos. Em resposta o grego gemia, arfando e apertando os olhos, sentindo o prazer percorrer seus nervos. Aioria rebolou inconscientemente, querendo senti-los mais fundo dentro de si.
- Mu... pode tirar... – O grego abriu os olhos, brilhantes e escuros. Segurou o sexo do amante, posicionando-o em sua entrada.
- O que...? – Mu ficou curioso com o que o outro fazia, mas sentiu que seu membro endurecia ainda mais, com aquele contato íntimo. Aioria sorriu, encorajando-o, e ele sentia seu corpo estremecer e seu coração acelerar.
- Se empurra pra dentro de mim... – O leonino puxou a ereção do outro, tentando enfiá-la dentro de si.
Mu obedeceu mais por instinto do que por ser um pedido de seu amante. Empurrou-se delicadamente, sentindo seu membro superar as barreiras impostas pelo corpo virgem. Conseguiu entrar pela metade, parando para suspirar e tentar controlar a excitação.
Sentiu seu membro ser comprimido no interior do corpinho estreito e virgem de Aioria, provocando uma sensação deliciosa, que achou jamais poder sentir. Entregou-se completamente ao prazer, forçando a entrada, até sentir-se completamente envolto. Mexeu delicadamente, esperando que a expressão de dor no rosto do grego se aliviasse um pouco.
- Pode... se mexer... – Aioria sussurrou entre gemidos, não conseguindo manter a voz firme e seu doce amante atendeu ao pedido, estocando bem delicadamente.
Na verdade Mu não sabia porque fazia daquela forma, mas algo dentro de si dizia que fazia certo, pois aquilo trazia arrepios deliciosos na base da coluna. Continuou então, ouvindo os gemidos doloridos se tornarem sensuais sussurros em seu ouvido. Beijou o pescoço do leonino, sentindo o gosto da pele suada e quente encontrar seus lábios de forma doce.
O prazer mexendo com seus sentidos, transformando a paixão que sentia em algo maior e mais intenso. Um fogo ardente consumia todo seu corpo, explodindo em um prazer estonteante, que inundou o interior de Aioria, enquanto este gemia descontrolado, tentando entender tudo o que sentia.
O grego sorriu puxando o amante para um abraço, enquanto beijava os cabelos lilases. Seu interior parecia ter sido rasgado, mas mesmo assim o prazer fora tão intenso, eu não conseguia parar de sorrir um só minuto. Tocou o corpo quente e alvo, parecia pegar fogo.
- Mu... eu te amo... – Sussurrou enquanto abraçava o amante possessivamente. Nesse instante Mu nem sequer pode se lembrar do real motivo, pelo qual não fizera aquilo antes. Tocou o rosto bronzeado do grego, sentindo uma coisa gostosa crescer em seu peito.
- Eu... também... – O ariano sussurrou, desfazendo o abraço, fitando o membro rígido do amante, ele precisava fazer algo sobre aquilo.
- O que foi? Tem algo errado? – Aioria fitou o amante, decidindo-se pelo que dizer-lhe. Mas talvez não fosse a hora certa para palavras.
Mu beijou os lábios rubros do leonino, descendo-os até o abdome, sentindo o gosto daquela pele bronzeada e seu calor gostoso. O membro de Aioria latejava em espera e o ariano parecia não ter pressa, quando o tocou com a língua.
A tortura amorosa impunha ao grego uma vulnerabilidade que até aquele momento ele não conhecia e não achava que poderia sentir, mas aquela língua e lábios quentes o faziam entender que até o mais forte dos homens é incapaz de resistir aos prazeres que uma criatura tão inocente, quanto o tibetano, poderia proporcionar.
Sendo assim, Aioria não pode deixar de se render aos gemidos, provocados pela boquinha de Mu, que inocentemente procurava engolir a maior parte de sua ereção, mesmo sabendo que seria difícil. Não importava, desde que o leonino pudesse gemer mais e mais, provocando um sorriso reprimido nos lábios do tibetano.
Os gemidos aumentaram e o grego já se encontrava ofegante, quando sentiu seu corpo tremer e enrijecer, mas o ariano não parou... Só retirou a boca quando sentiu os jatos quentes tocarem sua garganta. Mu lambeu os lábios, satisfeito com aquele gosto tão diferente de tudo que experimentara antes, era bom... Era o gosto de Aioria.
Continua...
(1) Eu disse nesse capítulo que o Mu não tem pêlos em nenhum lugar do corpo, exceto na cabeça. Eu disse isso porque ele não tem sobrancelhas, então imaginei que ele também não tivesse o resto. É só uma suposição!
oOoOo
N/A: Nhai... Muzinho ficou sem trauma agora! Aioria destraumatizou ele! XD Vocês gostaram do lemon? Tá meio chatinho, mas eu o fiz tem tanto tempo também... Nos próximos capítulos a fic vai ficar mais romântica... eu consegui escrever mais sentimento e tá bem legal!
Agora, aqui, que ninguém nos ouça, tava bem na cara que Máscara ia pegar o Shaka, não? Eu achei que estivesse, já que os dois sobraram... E a surpresa do final da fic tem a ver com eles dois, mas eu ainda não terminei ela...
Eu também nunca tinha imaginado Shaka e Afrodite juntos, nem Shaka com Máscara, mas gosto de inovar... Além disso eles estão tão fofos que dá vontade de pegar no colo e levar pra casa... principalmente o Mu!
Perséfone-san: Sim! Ele vai ficar com alguém! Eu não ia deixá-lo sozinho, imagina!
Pipe: Tá aí o casal que eu mais odeio... Aioria com Marin... Eu gosto deles todos yaoi, ainda mais quando se trata do gatinho... E eu também não escondo o fato de não gostar nem um pouco de nenhuma das personagens femininas de CDZ. Sabe, antes eu achava que o Afrodite combinava com Shura porque eu não gostava do Máscara, mas agora que eu sou muito sua fã, mudei de opinião... e... Mozão é do Mozinho! Num tem jeito! Eu tenho uma outra fic que eles estão juntos! Eu já destraumatizei o carneirinho... essa fic tá rendendo mais do que eu gostaria...
Então povo... tá acabando! (todos gritam: FINALMENTE!) Isso mesmo, crianças, a história do Mu vai acabar dentro de instantes, ou de uns dois capítulos pelo menos. E depois... um bônus pra vocês, porque eu TIVE que escrever.
Espero que esse site maldito poste direitinho meus travessões.
Bjus a vocês.
