Fênix Negra
Seiya estava atrasado, havia combinado de se encontrar com Saori e o inspetor Crane à meia hora atrás, precisava correr, mas o calor era insuportável.
- Porquê será que está tão quente? Estamos em pleno inverno! – reclamou enquanto entrava na sede da Fundação.
O cavaleiro passou pelo saguão do edifício, entrou no elevador e esperou que este chegasse até o décimo quarto andar. "Olha só, Seiya!" Pensou ele, "Você vai chegar todo suado! Enquanto aquele engomadinho do Victor Crane deve estar mais bem vestido até que o Julian Solo!". Seiya, nem mesmo ele entendia o porque, não confiava em Crane. Tinha algo nele que o incomodava, assim como Julian, que também era amigo de infância de Saori, assim como elegante, educado e refinado. Grande foi o susto de Pégaso ao ver o inspetor ao lado de Athena, a aconselha-la e preveni-la.
Mas maior ainda foi o susto de Seiya ao entrar distraidamente na sala da presidência e se depara com Crane e Saori a conversarem bem próximos e íntimos, sem notar a presença do intruso.
- Eu sempre soube, Saori. – dizia Crane, com uma voz muito mais doce do que a usava com os outros. – No fundo eu sempre te amei, desde sempre!
- Eu já desconfiava à algum tempo... – respondia carinhosamente Saori. – Eu também te amo, Victor...
E Seiya ficou lá, esperando que o mundo acabasse de desabar sobre ele.
No Santuário, Aioros, que havia retornado por ordem de Zeus junto com os outros cavaleiros de ouro, estava a espera de Shion, na sala do Mestre.
Chamou-me, Mestre?
- Aioros, há um intruso nos terrenos do Santuário – Falou Shion com um certo nervosismo mal disfarçado.
- Mas não sinto nenhum cosmo desconhecido – retorquiu o cavaleiro de Sagitário.
- Não há cosmo nenhum, o que sinto é algo bem menos perceptível. É como um sentimento ao vento, um sentimento de vingança e ódio!
- Quer que eu investigue, Mestre?
- Não, Aioros, já mandei Shina fazer isso.
Seiya ainda tentava assimilar as frases que ouvira no instante passado, mas o impacto era muito mais forte que ele, um cavaleiro de Athena, o impacto era feito pela própria Deusa.
O celular de Crane toca, e eles são obrigados a terminar a conversa. E Seiya acha que era a hora apropriada para aparecer, mesmo suas pernas lutando contra isso.
- Desculpe, Saori, mas pode ser algo importante sobre o caso...
- Com licença. – disse Seiya fingindo bater a porta.
- Seiya! – os olhos de Saori se encheram do mesmo brilho de sempre ao ver Seiya. – Que bom que chegou! Estava preocupada, tive medo que lhe acontecesse alguma coisa.
- Não tinha nada que se preocupar. – respondeu seco, sem nem olhar para ela. – Onde estão Shiryu e os outros?
- Shiryu voltou para Rosan, à chamado do Mestre Ancião. Hyoga foi a Asgard, levar um recado meu a Hilda. Ikki e Shun vieram antes e não tinham tempo para esperá-lo.
- Então, em que posso servi-la Athena? – perguntou Seiya, em tom formal.
- Seiya... – mas antes que Saori concluísse sua pergunta, Crane os chamou.
- Saori, Seiya! Algo muito estranho está acontecendo, a temperatura no planeta está aumentando, parece que se continuar assim as grandes paredes de gelo irão derreter. – informou ele. – Os cientistas dizem que é o mesmo fenômeno que aconteceu à algum tempo atrás.
Seiya não havia prestado atenção no que Victor dizia, e talvez nem quisesse, mas a última frase se fez familiar. Olhou para Saori, como para lembra-la de alguém, uma pessoa que também já estivera por trás do primeiro fenômeno. Athena consentiu com a cabeça. Também ela já sabia de quem Seiya falava e o que o ligava aos acontecimentos.
Shina andava pelos caminhos mal-feitos de um extremo do Santuário, onde o Mestre a mandara procurar por algum estranho no Santuário. Ao longe, a amazona avista uma sombra, ao que ela se aproxima, Shina percebe que a pessoa parada era uma jovem, com uma armadura negra. Quando já estão bem próximas, Shina a reconhece.
- Você não é aquela garota que assaltava bancos? – pergunta Shina com um tom debochado.
- Sim, pelo visto sou famosa na Grécia. – respondeu a Fênix Negra com uma voz meiga e doce.
- Pois saiba, que não há nenhum banco por aqui! – Shina gritou rispidamente.
- Eu se fosse você, não ameaçava uma Princesa, afinal você deve respeito e obediência aos seus superiores. – retrucou calmamente.
- Você só pode estar brincando! Nem Athena tem o direito de se dirigir a mim como uma serva! – a amazona de Cobra se posicionou para um ataque.
- Não quero machuca-la.
- VENHA COBRA! – mas seu golpe não chegou a ser finalizado.
Shun atende o celular de Saori. Do outro lado da ligação, Miro falava aflito. Após desligar, Ikki pergunta curioso do que se tratava ligação tão inesperada.
- Shina foi hospitalizada, está entre a vida e a morte.
Hum.....dexei no suspense neh?
.::.Sarah-chan.::.
