Além da Máscara de Fênix Negra
Ikki suspirou e tocou a máscara que cobria o rosto de Fênix Negra, tirou a máscara em silêncio, os olhos de Fênix Negra se abriram, Ikki estava paralisado. A vilã arregalou os olhos ao ver sua máscara nas mãos de Ikki e a arrancou do cavaleiro e colocou-a novamente. Nesses breves segundos em que Ikki tomou conhecimento da verdadeira identidade da inimiga, um turbilhão de lembranças o invadiu, a ameaça que teria que enfrentar era...
"Esmeralda!".
Julian chegou ao hospital, onde o inspetor Crane o esperava com notícias de Sorento. A chuva havia diminuído bastante e Crane olhava os carros que passavam enquanto esperava, tentava entender o que estava acontecendo, qual era o fato desconhecido que ligava todos os acontecimentos e explicava todo o quebra-cabeça.
Victor? – perguntou Julian, muito surpreso ao ver o inspetor.
Julian, a quanto tempo! – falou Crane, tentando passar segurança a naturalidade, mas apontando o nervosismo em que estava.
Muito tempo... – respondeu Julian, sentia seu sangue ferver ao ver Victor. – Pensei que tivesse virado policial.
É, sou o Inspetor de 1o Classe Victor Crane agora.
Sabia que não seria grande coisa na vida... – falou Julian cheio de desdém.
Não entendo como pode ser um Deus, Julian, olho pra você e para minha irmã e não sei o que o torna tão divino quanto ela!
Sua irmã? – perguntou Julian, entendeu que ele falava de Athena, mas seria mesmo irmã daquele humano desprezível. – Entendi bem, Crane? Irmã? Athena é sua irmã?
Não, Julian, digo, é... Mas isso não te interessa!
Shunrei dormia tranqüilamente enquanto o Dragão pensava qual era o propósito dela. A chuva em Rozan havia aumentado e a única coisa que rompia o silêncio era o barulho da chuva caindo sobre o humilde casebre.
Fler e Hyoga conversaram durante muito tempo, a conversa estava muito agradável, mas algo preocupava ambos: Hilda ainda não voltara e não havia sinal dos Guerreiros Deuses.
Hyoga resolveu procurar a Representante de Odin, mas havia um problema, não podia deixar Fler sozinha sabendo que sem a proteção dos Guerreiros Deuses ela seria um alvo fácil. O objetivo era que Fler estivesse em segurança, para que assim o Cisne pudesse procurar por Hilda de Polaris e seus guerreiros. Contou a Fler seu plano, talvez ela soubesse de um lugar onde pudesse ficar escondida.
Ficar escondida? – perguntou Fler com voz alterada. – Eu irei junto com você, Hyoga!
Não pode, Fler! – tentava explicar o cavaleiro. – Seria muito arriscado, você faz parte da Família Real de Asgard, com certeza esta na mira dos inimigos!
Então, não há lugar mais seguro do que junto de um Cavaleiro de Athena! E eu sei me defender, não serei um empecilho.
Podes ter razão... – falou Hyoga pensativo. – Mas não posso deixar que se arrisque, se algo acontecer com a sua irmã, você é a única que pode governar este lugar.
É por isso mesmo que eu quero ir. Quero ajudar a procurar minha irmã e meus cavaleiros, eles são como irmãos pra mim, Hilda e eles são minha única família.
Hyoga suspirou, - Certo, vamos! – ordenou. Certamente seria mais fácil proteger Fler daquele jeito, mas não sabia quantos eram os inimigos, se fossem os Blue Warriors, estariam em maior número e nem mesmo todo o poder de Hyoga iria segurá-los.
Esmeralda? – sussurrou Ikki, ainda confuso enquanto Fênix Negra o olhava de canto, estava a alguns metros dele, tinha o semblante assustado e um olhar selvagem, arisco. – Não pode ser... Você está morta.
Isso era o que você queria, não Ikki? – falou ela após alguns segundos. – Queria que eu estivesse morta!
Não é verdade! Tudo o que eu mais quis este tempo todo foi que você voltasse... – só uma vez em sua vida o cavaleiro se sentira tão frágil como agora, quando Esmeralda morrera. – O quê está fazendo? Porque?
Quando eu fui para o Reino de Hades percebi que sofri por pessoas que não mereciam meu sacrifício. Agora deixe-me ir.
Não posso.
Ora, Ikki! Deixe de idiotices, saia da minha frente! – ordenou Fênix Negra, como estava acostumada a fazer em seu Reino dos Mortos.
Não! Primeiro nós iremos conversar, Esmeralda.
Não me chame de Esmeralda! Não existe mais nenhuma Esmeralda. E não temos nada a conversar! Nos veremos futuramente, Não há necessidade desse circo todo! Agora saia da minha frente, antes que eu resolva antecipar minha vingança!
Vingança?
Seiya continuava ao lado de Saori, que agora estava inconsciente na cama, Tatsumi colocava um pano úmido na testa da Deusa. Seiya estava desesperado, mais do que nas outras batalhas, dessa vez não sabia quem era o inimigo, não tinha como defender Saori, estava totalmente perdido, e tudo o que ele queria era poder ajudá-la, mas não tinha como.
Diga, Shun, porque está tão preocupado? – perguntou June inocentemente.
É que... Você ainda não tinha chegado em casa, e a essa hora da noite...
Já constatou que estou bem, só me atrasei um pouco na faculdade, mas já estou aqui e estou bem. – tinha algo de errado em June, a frieza com que ela falara não era normal.
Certo, então, eu vou embora. Durma bem, June! – falou Shun envergonhado.
Você também, Shun! – falou a amazona entrando em casa e fechando a porta na cara de Shun.
June se escorou na porta e suspirou aliviadamente. "Por um triz!".
Shun voltou cabisbaixo para sua casa, ele e June sempre foram muito amigos, mas agora ela lhe escondia algo. Talvez fosse apenas paranóia sua, mas June havia mudado.
Já disse que nos encontraremos de novo! – irritou-se Esmeralda, que saiu correndo na direção de Ikki e o empurrou, aproveitando que ele ainda se encontrava em estado de choque.
Esmeralda correu o mais rápido que pode, queria chegar em seu esconderijo logo, precisava rever Hermes e o Livro do Mago para retomar seus planos, precisava ver Kanon e colocar em prática o seu plano. A velha mansão estava vazia quando Fênix Negra chegou.
Nunca durante o tempo que passara no Inferno, passando por diversas provações e sacrifícios, se sentira tão insegura quanto naquele encontro com Ikki. Agora se dava conta que Esmeralda não morrera, como todos pensavam e até ela mesma, estava apenas adormecida dentro de Fênix Negra. Preparou a grande banheira e despiu-se, a água estava morna e o perfume que exalava aquele lugar era maravilhoso, acalmava Fênix Negra.
Sempre acreditara que o amor e todos os sentimentos que tinha pelos outros haviam morrido junto com sua alma, mas estavam apenas adormecidos, como um vulcão. Estava tudo tão diferente dentro de si, assim como em Ikki, mas o que não mudara era o que sentia ao vê-lo. Colocara sua vingança em primeiro lugar, e como Hermes disse antes de Esmeralda retornar a Terra, aquilo só iria machuca-la, mas já não tinha escolhas, era seu destino, e teria que cumpri-lo. Seria para sempre a guerreira solitária e cheia de amarguras, aquilo não a fazia sofrer, mas trazia um arrependimento muito grande. Não pelo que tem feito com Ikki, Athena e os cavaleiros, mas pelo que fez quando ainda era um ser humano, quando ainda tinha um coração. Ela o destruira para fazer felizes pessoas que talvez jamais tivessem tomado conhecimento de todo o seu sofrimento e sua conformação perante isso. Não se deixaria enganar novamente pelo sentimento. As feridas já lhe eram muito grandes e doloridas, poderia sofrer novamente, mas não morreria em vão desta vez, teria feito do tempo que passou na Terra o que ela queria, não o que era melhor para os outros. Só assim poderia dormir em paz à noite. Lembrou do rosto assustado de Ikki ao descobrir quem era ela. Talvez se tudo tivesse sido diferente... Mas não podia pensar assim. Ikki não merecia seu amor, nunca o merecera, e tudo o que podia fazer era transformar esse amor em ódio. Um ódio que a levaria até a última loucura, faria o que fosse preciso para satisfazer seu desejo de vingança. Sua motivação foi e continuaria sendo essa, a de fazer Ikki e seus amigos pagarem pelo seu sofrimento. Fênix Negra chorava, derramava humildemente suas lágrimas, em um silêncio profundo. Chorou durante muito tempo até resolver dormir um pouco enquanto esperava Kanon.
Sorento finalmente havia acordado e Julian e Crane foram até o quarto, pelo que Athena contara, o General Marina talvez tivesse informações importantes sobre o inimigo e sua identidade. E realmente, Athena estava certa, apesar de ainda estar muito debilitado, Sorento contou o que descobrira.
- O que realmente está acontecendo, meus caros, é que Fênix Negra é nossa inimiga declarada, e é muito mais forte do que vocês podem imaginar e tem aliados. Não sei quem ela é, mas antes de ir para o mundo inferior, ela já esteve aqui na Terra. Há alguma ligação entre ela e o Santuário, só não sei qual. Após a derrota de Hades, pensávamos que o Inferno havia sido destruído junto com seu Imperador, mas estávamos enganados. Uma nova Princesa, nomeada pelos espectros sobreviventes assumiu o poder no Submundo, essa nova Imperatriz é Fênix Negra. Agora ela é a detentora de todo o poder do Mundo dos Mortos. O plano arquitetado por ela não é muito complexo, na verdade é até muito simples, talvez seja tão simplório que os demais inimigos de Athena nunca o tenham posto em prática por pensar em ser tão óbvio. O trunfo dela é que pegou o Santuário e Asgard desprevenidos. Fênix Negra é bem astuta, mas a sua maior qualidade é a audácia. O que ela quer é enfraquecer Athena usando dos poderes mágicos do Livro do Mago.
Ikki ficara ainda algum tempo parado no mesmo lugar, na mesma posição. Esmeralda já havia ido embora mas para Ikki ela ainda estava bem na sua frente, pelo menos a lembrança dela, que o acompanhou durante tantos anos, dando-lhe força para continuar. Agora sua maior motivação estava contra ele. Queria ter se declarado para ela, mas Esmeralda não o deixou falar, ela fugiu. Fênix Negra havia falado em vingança, mas Ikki não entendia porque ela queria vingar-se de Athena. Não conseguia pensar direito, estava tudo muito confuso dentro de sua cabeça. Se contasse aos cavaleiros quem era Fênix Negra, eles iriam matá-la, e Ikki não podia deixar que isso acontecesse, não de novo. Por outro lado, a vida de Athena corria perigo e agora ele sabia que Esmeralda estava agindo por conta própria, não lutava por ninguém nem por nada além da sua vingança. Apesar de saber da ameaça que Fênix Negra representava, não iria contar a ninguém sobre o que sabia.
Já era tarde da noite quando Ikki chegou em casa, Shun já estava dormindo e o irmão tomou cuidado para não acorda-lo.
O relógio marcava meia-noite, quando Saori acordara, Seiya dormia sentado ao seu lado, numa poltrona. Ela ainda estava tonta e sentia uma forte pontada na cabeça, mas a febre passara e as dores no resto do corpo também. Saori se sentia bem melhor e decidiu levantar da cama, agora sabia o que estava acontecendo e tinha uma noção muito maior dos fatos que a cercavam. Fez um movimento para levantar-se mas acabou sentindo uma forte dor na cabeça que a fez cair novamente na cama e soltar um gemido de dor, fazendo com que Seiya acordasse.
Saori! – falou Seiya acordando-se de súbito. – Não levante, ainda está muito fraca.
Estou bem, Seiya. Obrigada. Muito obrigada por cuidar de mim, Seiya. – agradeceu Saori, num sussurro delicado e pouco audível.
Seiya sentou-se na beira da cama.
Vamos ver se a febre já passou.
Hyoga e Fler cavalgavam por uma floresta de trundas, o caminho parecia interminável e o frio aumentava a cada segundo. Eles diminuíram a velocidade, os cavalos começavam a cansar. Qualquer outro cavalo morreria por causa da baixa temperatura, mas os cavalos de Asgard eram encantados e a temperatura de seus corpos era zero absoluto. Hyoga ouviu um barulho, um gemido. "Talvez sejam alguns dos Blue Warriors", pensou o Cisne, que pediu com um sinal que Fler ficasse em silêncio. Outro barulho, um suspiro profundo, dessa vez, Fler foi quem ouviu, sentiu que vinha de trás e olhou cuidadosamente. Viu algo se mexer por de trás de uma árvore e cair ao lado de seu cavalo. Era Hilda, com as vestes rasgadas e as mãos, assim como as pernas, totalmente arranhadas. Hyoga e Fler correram para acudi-la. Fler recostou a irmã em seu colo, ela tremia muito, chamou pelo nome da irmã mais velha e a Representante de Odin abriu os olhos e sussurrou: "Não deixe que eles me matem!". Fler sentira uma tontura muito forte, não conseguia ver a irmã daquele jeito. Hyoga pegou uma das capas de pele de urso que traziam e enrolou-a em Hilda.
Ela irá comigo, tente ficar firme, Fler! Hilda ficará bem. – otimizava o Cisne.
O que faremos agora? Corremos perigo se continuarmos aqui. – falou Fler preocupada com a irmã, com Hyoga e com ela mesma.
Não podemos ficar esperando que os Blue Warriors apareçam, nem ficar procurando os Guerreiros Deuses. Iremos até a antiga entrada de Asgard e usaremos uma das velhas carruagens, partiremos o mais rápido possível para longe de Asgard.
Após falarem com Sorento, Julian e Victor seguiram caminhos diferentes. Julian foi para sua casa, precisava descansar e se preparar para a grande batalha que viria.
Victor andava pelas ruas escuras da cidade pensando que agora, mais do que nunca, teria que estar ao lado de Athena, era seu dever proteger sua irmã, e o faria mesmo que lhe custasse a vida. Mostraria a Julian que era bem mais do que um pobre mortal inútil.
Seiya mediu a temperatura de Saori e dou-lhe o remédio, Tatsumi pediu para que o chamasse quando Saori acordasse, mas Seiya achou que a presença do mordomo iria atrapalhar, quando o preferível era que Athena ficasse em repouso. Saori assistia com impaciência enquanto Seiya a medicava.
Seiya não temos tempo para brincar de médico agora. Preciso entrar em contato com o Santuário, agora. – avisou.
Você precisa se recuperar primeiro, não está em condições físicas para...
E desde quando você se importa com "condições físicas" – interrompeu bruscamente Saori – quando ia de uma luta a outra, com muitos ferimentos graves!
Saori o que você...?
Nada! Esqueça, me desculpe... – falou Saori abraçando Seiya e deixando o cavaleiro sem reação.
Hyoga conduzia a carruagem entre a neve branca de Asgard, Fler fazia um curativo na cabeça de Hilda e tentava manter a si mesma e a irmã bem aquecidas, sabia que o frio da noite em Asgard podia matar. Hilda ainda estava em estado de choque, sabia que estava segura agora, mas não sabia aonde estava sendo levada e nem por quem, ouviu uma voz delicada mas não a reconheceu, sabia que haviam pessoas precisando de sua ajuda, mas também não lembrava quem.
Shunrei acorda na manhã seguinte meio confusa e fraca, Shiryu estivera com ela naquela noite, a tirara da tempestade, ou fora só um sonho? Ela escuta a voz do Mestre Ancião e espia pela janela, Shiryu saia da floresta com uma cesta de frutas. Shunrei olha para o pequeno espelho pendurado na porta do quarto, em frente a cama, alcança uma escova de cabelo e tenta desfazer os nós de seus cabelos, mas não obtém grandes resultados, vê no espelho que estava pálida e com olheiras. Shiryu entra no quarto.
Bom dia, Shunrei! – falou ele colocando o cesto de frutas encima da cama. – Que bom que acordou.
Bom... bom dia, Shiryu! – gaguejou.
Temos que conversar.
Você o quê, Seiya? – tentava gritar Saori, mas sua voz era baixa e rouca.
Sem exaltações! Eu contratei uma moça, uma enfermeira para cuidar de você. Tenho medo que passe mal de novo e eu não possa ajudá-la. Com uma enfermeira aqui você cuidada melhor!
Não preciso que ninguém me cuide, Seiya! O que eu tenho nenhum médico pode curar porque não é doença, é uma maldição, um feitiço!
De qualquer forma ela virá ainda hoje, Saga a indicou, é de total confiança. – Seiya notou que conseguira convencer Saori. "Pena não poder convencê-la a se casar com Crane." Tudo parecia, enfim, em ordem. Mas ouvem-se vozes e passos.
O senhor não pode entrar sem ser anunciado! – dizia Tatsumi indignado.
Cale a boca, seu velho. – resmungou Ikki.
Ikki, acho que esse não é o melhor jeito de tratar o mordomo. – falava Shun.
O que está acontecendo aqui? – perguntou Seiya na porta do quarto de Saori.
Esses dois...
Soube que Athena está doente. – falou Ikki.
No esconderijo de Fênix Negra, a Princesa das Trevas escovava o cabelo cuidadosamente enquanto Hermes, que agia como sua consciência, tentando lhe devolver o juízo, quase lhe impondo a razão, aconselhava a jovem.
Confesso que o plano era perfeito, - contava Hermes. – mas após esse seu encontro com o Cavaleiro de Fênix, essa parte, umas das mais importantes, fica inviável, irão descobri-la agora, alteza. Se já não descobriram...
Não se preocupe, Hermes. Tenho certeza que Ikki não falará nada, não se eu o pedir. – dizia calmamente Esmeralda.
Hyoga encontrara o jatinho da Fundação à sua espera no aeroporto. Em menos de dez minutos ele, Fler e Hilda estavam à caminho do Japão. Chegariam á tarde.
Julian estava em seu grande escritório, sentado em sua poltrona, a secretária estava lhe falando da agenda do dia, mas Solo não prestava atenção.
Quando Victor chegou à Mansão Kido, Seiya e Ikki conversavam sobre Shiryu que ainda não dera notícias e o estranho telefonema de Hyoga avisando que Hilda de Polaris e a irmã estavam vindo junto com ele para o Japão.
É verdade que Saori está doente? – perguntou logo ao entrar.
Sim, Inspetor. – respondeu Seiya com frieza, é uma pena que só tenha chegado agora.
Não pude vir antes, e nem imaginei que fosse algo sério...
Mas é! – falou Seiya não se contendo de raiva.
Tem razão, Seiya, eu errei, como pude deixar minha... minha...amiga. – desculpou-se Crane quase contando aos cavaleiros seu segredo e o de Saori.
Tudo bem, Sr. Crane, Saori já está melhor. – avisou Ikki.
Posso vê-la? – perguntou.
Claro Inspetor. – Ikki disse.
Senhores, - avisou Tatsumi com desdém. – a enfermeira que você contratou, Seiya, chegou.
Mande-a entrar.
Srta. Esmeralda, por aqui. – falou o mordomo para a moça do lado de fora da sala e saiu resmungando.
O nome fez Ikki estremecer, uma mulher chamada Esmeralda, que forma horrível de começar o dia. Virou-se para conhecê-la. Não podia ser! Era Esmeralda, mas agora sem máscara, sem armadura negra, a antiga Esmeralda, aquela que ele conhecera e amara. Mas não poderia ser real. E se Esmeralda estava ali, Fênix Negra estava também, e sempre estaria, pelo resto de suas vidas, Fênix Negra assombraria a alma de Esmeralda.
E agora ali estava ele, vendo Esmeralda bem na sua frente, reencontrando seu único amor, e reencontrando sua grande inimiga, alguém que se continuasse naquele lugar, poderia matar Athena.
