Milo finalmente aparece na casa de Aquário carregando duas sacolas com medicamentos. Havia uma pequena reunião dourada na frente da porta. O escorpiano se assusta um pouco com tanta agitação e tenta em vão esconder os remédios atrás de si.

"Milo, você vai ter que explicar essa história do Camus estar parecendo um ouriço." – exigia Aioria.

"Como assim?" – O escorpiano fazia de desentendido.

"O Afrodite o viu essa manhã, quando ele passou por Peixes..." – explicava Máscara da Morte.

"É, e você me disse que havia sido uma brincadeira exagerada sua... O que está acontecendo?" – Afrodite perguntava.

"Mais cedo ou mais tarde vocês teriam que saber mesmo... Descobrimos da pior forma possível que Camus é alérgico a cacau. Nem ele sabia..."

"O quê? Isso é horrível!" – exclamava Afrodite.

"Sim... Bom, se me dão licença, eu preciso entrar. Trouxe os medicamentos que o médico prescreveu."

Todos fazem um aceno positivo com a cabeça, dando passagem ao escorpiano. Eles continuam ali, discutindo sobre o que acabaram de descobrir. Aquela informação era muito séria e precisava de todo cuidado, por isso decidiram convocar todos os outros, avisando o grave problema de saúde do aquariano.


"Camus, trouxe tudo o que o médico indicou..."

Milo entrou discretamente e percebeu que, ao contrário do que esperava, o francês estava deitado na cama, com as janelas arregaladas e a pele em carne viva. O pior é que a caixa de bombons estava vazia e isso significava que, naquele pouco tempo que se distanciara, o outro tinha se entupido da única coisa que poderia agravar ainda mais seu problema. Com um olhar triste, o aquariano falou:

"Viu o que você fez comigo? Por sua causa não consigo mais parar de comer essa porcaria e olha o estado que fiquei..."

"Eu não sabia... nem você sabia!"

"Droga, Milo! Deveria ter desconfiado... certamente a minha mãe e o meu mestre sabiam, por isso não deixavam eu comer chocolate..."

"Meu anjo, me desculpe! Se eu pudesse voltar atrás, não cometeria o mesmo erro. Ou você acha que estou me divertindo ao vê-lo assim?"

"Quem gostaria de uma aberração como essa ao seu lado, na cama? Estou parecendo um cão sarnento, sangrando de tanto se coçar e com a pele cheia de feridas."

"Deixe de besteiras! Eu cuidarei de você e logo isso tudo terá parecido apenas um terrível pesadelo..."

"O Afrodite me viu quando voltei da enfermaria e sei que já espalhou por aí, pois senti, ou melhor, estou sentindo a presença de alguns cavaleiros na entrada da minha casa... Logo virarei a atração turística do santuário."

"Eu não deixarei que ninguém o machuque, nem física e nem psicologicamente. Eu prometo!"

"Milo..."

"Por favor, deixe-me limpar suas feridas e cuidar de você!"

Camus assente com a cabeça, mas antes que o escorpiano pudesse fazer qualquer outra coisa, fecha as janelas e a porta, ligando o ar-condicionado na temperatura mais baixa que poderia. Sabia que o calor só estimula a hemorragia e certamente iria piorar a coceira. Enquanto a temperatura do quarto diminuía, preparou uma infusão de ervas especiais e colocou mais alguns medicamentos que havia comprado. Esperou o líquido ficar morno e, com um pano macio, passou nas costas do francês, que estava sentado na cama, tomando um chá de ervas calmantes e um coquetel de mais de 10 comprimidos ou medicamentos líquidos.

Assim que Milo terminou de limpar o corpo de seu amante com a infusão, acendeu a lâmpada fosforescente do quarto, fechou as cortinas de blackout para escurecer o ambiente, deitou-o na cama e começou a espalhar o gel cicatrizante com toda a sua delicadeza, fazendo um movimento de massagem, para que o composto entranhasse na pele do francês e logo pudesse fazer o efeito desejado, livrando-o daquela tortura. Ao diminuir a luminosidade do ambiente, tentava estimular o parceiro ao sono, mesmo sabendo que ele nunca dormia durante o dia.

Camus, por sua vez, mal começara a sentir o toque do amante, já havia adormecido. Por mais que houvesse tentado lutar contra si mesmo, não conseguiu resistir ao sono provocado por todos os remédios que consumira, ao cheiro relaxante de alguns compostos naturais... à fraca luminosidade do ambiente. Felizmente o frio do ar-condicionado havia ajudado a minimizar ainda mais os sintomas da alergia.

Ao terminar seus cuidados, Milo cobriu o francês com um lençol macio e um edredom antialérgico, ajeitou uma cadeira ao lado da cama e apagou a luz, deixando apenas um fraco abajur aceso, possibilitando que ele pudesse perceber qualquer movimento do parceiro. Ficou tão concentrado nos seus cuidados que não sentia frio ou incômodo, mesmo estando sentado na desconfortável cadeira que deixara ali.


"Boa tarde a todos. Essa reunião foi convocada por um motivo sério. No início da manhã, eu senti o cosmo do Camus se elevar, junto com a altura do seu grito e agora sinto que a presença dele esteja muito fraca. Fui informado por alguns soldados que o cavaleiro de Aquário estaria entre a vida e a morte devido a uma doença gravíssima. Também sinto a presença do Milo um pouco fraca, certamente devido à tristeza... Como mestre do Santuário, sinto-me no dever de conhecer todos os detalhes verdadeiros desses boatos e por isso gostaria de saber se alguém tem alguma informação a respeito." – diz Shion, em pé.

Depois da traição de Ares, foi estabelecido que o rosto do Grande Mestre sempre deveria ser conhecido por todos. Por isso, desde que Shion reassumira, tinha que usar o tradicional traje que o cargo pedia, mas estava proibido de esconder o rosto.

Na reunião em questão estavam os 10 cavaleiros de ouro oficiais e Kanon, que havia deixado o cargo ao irmão por iniciativa própria. Todos debatiam sobre a saúde do Cavaleiro de Aquário. Depois do comentário de Shion, Aioria resolveu avisar:

"Camus não tem nenhuma doença grave. Pelo que o próprio Milo contou, Aquário só teve uma grave crise alérgica, causada pelo consumo de cacau."

"Eu não sabia que Camus tinha esse problema..." – Saga anuncia, surpreso.

"Parece que nem ele." – declara Máscara da Morte.

"Como assim?" – Shura estranha.

"Vocês conhecem como é o pervertido do Milo... Certamente ele foi inventar uma das suas fantasias sexuais e acabou fazendo o francês comer chocolate ou algo do estilo. Certamente só perceberam a tragédia hoje de manhã, quando o Camus acordou cheio de feridas e deu aquele berro." – Afrodite explicava.

"Falando desse jeito até parece que você conhece muito bem o Milo..." – Máscara da Morte falava em tom de bronca.

"Devo confessar que já brinquei com ele, mas me arrependi amargamente, pois só você me faz plenamente feliz, Masquinha..." – Afrodite declara abraçando o italiano.

"Sei..." – Máscara da Morte finge que não acredita.

"Hm-hm! Acho que não estamos aqui para esse tipo de coisa, não é mesmo, Afrodite e Máscara da Morte?" – Shion anuncia em tom de bronca.

O casal se separa e logo os cavaleiros dourados voltam ao tema principal. Todos estavam dispostos a ajudar Camus a superar esse problema e começaram a trocar experiências e impressões. Alguns se mostravam preocupados pelo fato desse poder ser um ponto fraco muito importante durante uma guerra, mas outros acreditavam que não teria problema, pois o francês não seria burro o suficiente para consumir algo derivado do cacau. Obviamente, ainda tinham os que ficavam em cima do muro, sem defender o atacar o aquariano. Foi uma longa reunião.


Camus havia acordado e estava se sentindo melhor. Quase nem sentia mais coceira e ficou ainda mais confortável com a baixa temperatura de seu quarto. Com preguiça de levantar, acendeu a lâmpada apertando no interruptor que havia ao lado da cama ainda deitado e esperou até que seus olhos se acostumassem com a claridade. Ao sentar-se viu a imagem de Milo dormindo na cadeira e foi até ele.

Com medo de acordar o grego, temia toca-lo, mesmo porque ainda se achava sujo e doente. Só interferiu ao perceber a expressão de sofrimento na face do escorpiano. Pegou a mão dele e sentiu que estava gelada, assim como todo o corpo. Só agora se lembrava que Milo não era muito fã do frio e por isso sempre sofria muito nas geladas noites de inverno na Grécia. Rapidamente colocou um cobertor grosso sobre ele e trocou a roupa de cama, mas quando foi deitar o parceiro, ele acordou, preocupado.

"Camus, meu anjo, já levantou? Que horas são?"

"Não importa o horário! Obrigado, moun amour, estou me sentindo muito melhor... Como você está?"

"Estou bem, não se preocupe. Mas acho que não sirvo pra trabalhar em frigorífico..."

"Vamos comer alguma coisa? Estou com fome..."

"Desde que não tenha cacau..."

"Mon dieu! Criei um monstro... Agora você vai ficar me tratando como criança?" – tinha um tom de indignação.

"Não acredito... Camus fazendo piada? Acho que os sintomas dessa alergia são piores que o previsto!"

Os dois se olharam e riram. Milo finalmente tentou se levantar da cadeira, mas devido ao frio intenso e ao fato de ter dormido de mal jeito, reclamou:

"Droga! Estou travado... Além de ter dormido de forma desconfortável, estou quase congelando sob essa temperatura."

"Eu notei que estava um pouco pálido mesmo... Porque não se cobriu? Poderia até pegar uma das minhas roupas especiais que uso quando vou à Sibéria."

"Na verdade, acho que estava tão preocupado com você que esqueci de mim... Não senti frio em nenhum momento que estive acordado."

"Entendo... Eu troquei as roupas de cama. Acho melhor você ficar deitado um pouco até melhorar. Desligarei o ar também..."

"Não! Prefiro me entupir de cobertor a fazer você passar calor. Deu pra perceber o quanto o frio lhe fez bem..."

"Eu sei que quando você cisma com algo é pior que mula empacada, por isso não vou discutir." – Diz enquanto o ajuda a ir à cama e deitar-se.

Milo aproveita o momento para ficar observando Camus. Era estranho, mas já estava se acostumando com a nova imagem do parceiro... encarava como se ele houvesse sido ferido. Assim que o francês abriu as cortinas, o grego pôde observar melhor o relógio de pulso e disse, nervoso:

"Droga! Já passou do horário de alguns medicamentos..."

"Acalme-se Milo! Não tem problema."

"Você enlouqueceu Camus? Se você não se dedicar ao tratamento, vai demorar até se recuperar e eu não quero vê-lo sofrendo..." – Milo fala com lágrimas nos olhos.

"Milo..." – O francês fala com ternura, acariciando o rosto do outro.

"Estive pensando e acho que você tem razão... Se eu não fosse tão inconseqüente ou irresponsável, você não estaria passando por isso. Minhas idéias malucas só serviram para machucar-lhe..."

"Não, esqueça isso! Eu tenho é que agradecer-lhe. Se não fosse por sua causa, não saberia desse meu problema e poderia ter descoberto tarde demais, quando não tivesse mais volta... Eu fui muito duro contigo, mas foi por causa do nervosismo, do medo... Você me perdoa mon amour?"

"Só se você me perdoar primeiro..."

Camus começa a rir de forma gostosa perante o escorpiano, que levanta a sobrancelha e o encara como se estivesse vendo algo inédito. O francês logo fala, ainda risonho:

"Estamos parecendo dois adolescentes que acabaram de ter a primeira briga besta..."

"É verdade! Camus, eu amo muito e farei o que for preciso para tê-lo eternamente ao meu lado."

"Mas sem essas espinhas e feridas, né?"

"Até que não ficou tão ruim..."

"Você vai..." – olha na mão e vê as unhas cortadas e lixadas. – "Como..."

"Eu cortei e lixei enquanto você dormia. Pelo menos agora não terá como você se arranhar durante uma noite de sono... Não me olhe com essa cara, você sabe que cresce depois..." – sentava encolhido na cama.

"Milo, você é maravilhoso! Je vous aime... muito!"

Camus o abraça, mas quando vai beijar, não consegue e se justifica:

"Desculpe, chère, mas eu ainda me sinto sujo... Não conseguiria beijá-lo assim."

"Eu te espero por quanto tempo for preciso, Camus. Mas me prometa que você também fará a sua parte."

"Seguirei o tratamento à risca até estar totalmente saudável novamente. Afinal, não posso mais viver sem você."

Milo sorri e manda um beijo a distância, formando 'eu te amo' com os lábios. Camus fica o observando e depois encara a paisagem externa. Pega a receita e os medicamentos e tenta organizar tudo. Através de um papel, ele marca os horários de cada um e já vai separando os que deveria tomar àquela hora. O grego fica admirando-no como se estivesse vendo um deus.


"Camus, eu soube do que lhe aconteceu e vim saber se precisa de algo..."

"Mestre Shion?" – Camus se ajoelha ao ver a entrada do grande mestre.

"Fico feliz ao perceber que não seja nada grave, mas queria convidar-lhe para participar de uma reunião de amigos. Você não imagina o que os outros cavaleiros foram capazes de fazer numa tentativa de prestar-lhe solidariedade..."

"Como assim?" – Milo dizia, enquanto fazia reverência. Estava trajando um pesado agasalho.

"Milo? Por que está vestido assim se estamos longe do inverno?"

"Eu percebi que os sintomas da alergia eram menos rigorosos em ambientes frios, por isso climatizei o quarto do Camus..."

"Boa idéia. O que eu direi, não irá agradar-lhes, mas havia chegado ao meu ouvido, o boato de que o Camus estaria gravemente doente, entre a vida e a morte..." – Shion explica tudo o que aconteceu na reunião que tiveram naquela tarde.

Os três acabam rindo ou demonstrando indignação em algumas partes, mas sempre continuavam. Depois de uma longa conversa, Shion convence os dois a se juntar aos demais. Avisa que eles devem levar as armaduras dentro das urnas, pois ninguém estaria com a veste sagrada. Milo, através de uma molecagem, consegue levar a dele e a de Camus, deixando o francês encarregado somente da nécessaire com os remédios e a tabela de horários.


"Camus, fico feliz ao saber que você resolveu vir... Sabe, no Brasil, tem um alimento conhecido como cupulate. É um tipo de chocolate que, ao invés de ter cacau, tem cupuaçu, um fruto típico da Amazônia." – Aldebaran fala.

"Verdade? Eu nunca tinha ouvido falar... Será que é tão gostoso como o chocolate com cacau?" – Milo declara.

"Eu nunca provei, só ouvi falar..." – Aldebaran comenta.

"Eu já ouvi falar na Floresta Amazônica e a imensa quantidade de fauna e flora... deve ser muito bonito. Gostaria de conhecer um dia. Quem sabe eu não experimento esse cupulate?" – Camus demonstra serenidade e bom-humor.

"Olha, não precisa ter vergonha disso. Eu também tenho problemas de alergia..." – Mu confessa.

Todos o encaram surpresos. Apesar de ter ficado constrangido ao se tornar o centro das atenções, o ariano revela:

"Não é tão violenta como a do Camus, mas tenho alergia a carne de porco."

"Você nunca me disse nada..." – Shaka reclama.

"É que nós adotamos uma dieta vegetariana e acho que acabei esquecendo." – Mu se justifica.

"Quanto a isso, posso confirmar, pois como mestre do Mu eu já passei alguns apuros por causa disso e só depois de umas 3 crises eu fui me tocar da alergia. Ele ficou com o peito, a parte superior das costas, o pescoço e o rosto cheio de feridas, mas levava uns 10 dias ou menos para não ter mais vestígio dos sintomas..." – Shion lembrava.

"Sabe, Camus, eu nunca falei a ninguém, mas na minha adolescência eu tinha muito problema de hormônios e acne, mas fazia tratamento especial para não ficar marcado... Até hoje se eu como coisas muito gordurosas fico com a pele cheia de feridas no dia seguinte." – Afrodite confessa, apoiando a sua mão no ombro dele.

Camus ficou surpreso, pois esperava por piadas, gozações, mas até Afrodite havia confessado ter problemas de pele... O pisciano ainda era um pouco narcisista, embora tenha melhorado muito desde o início de sua relação com Máscara da Morte e por isso era até chocante ouvir essas palavras vindas da boca dele.

Milo Abriu o seu largo sorriso e ficou dando apoio e levantando a moral do francês junto com os outros, que logo partiram para as gozações e brincadeiras, respeitando certos limites. O que era para ser uma reunião, tornou-se festa longa e por isso Camus era obrigado a tomar seus remédios entre uma conversa e outra. Houve até um momento onde ele e Milo tiveram que se ausentar para passar as loções calmantes no francês. Infelizmente Camus novamente não conseguiu resistir aos efeitos calmantes dos medicamentos e dormiu por ali mesmo, sendo depois levado por Milo até Aquário.

Foi Shion quem usou sua tele cinese para tele transportar as armaduras de Escorpião e Aquário até a 11ª casa. Os demais continuaram a festa até o sono, a monotonia ou um sentimento mais forte os chamar de volta às casas onde eram acostumados a pernoitar.


"Não falei que seria rápido?"

"É... mas eu já não agüentava mais ficar na seca. Foram os 12 dias mais longos da minha vida."

"Ah Milo, não seja exagerado..."

"Exagerado eu? Pensa que eu não sei que você também está a um ponto de subir pelas paredes?"

"Então vamos acabar logo com o falatório e partir para a ação."

"Era tudo o que eu mais queria ouvir..."

Passados 12 dias ainda haviam alguns resquícios da alergia, mas nada que desanimasse o ânimo de Milo e Camus que ficaram durante todo esse tempo só se dedicando ao tratamento. Embora eles tenham tentado uma relação mais íntima, as crises de coceira do aquariano estragavam o clima e por isso preferiram esperar até poder ter uma relação inteira.

O esforço e o sacrifício foram recompensados, pois na opinião de ambos aquela teria sido a melhor relação de suas vidas. Na manhã seguinte, dividiram um café da manhã reforçado e, como não teriam nenhuma responsabilidade, voltaram a cama e novamente se amaram até serem completamente vencidos pelo cansaço.

Milo conseguiu convencer Camus a usar uma corrente com um pingente retangular com um escorpião em relevo, ambos de ouro. Junto ao escorpião, havia um coração desenhado com um pequeno diamante ao centro e, nas costas do objeto, tinha uma superfície lisa, gravada em grego, inglês e francês os dizeres: 'Alérgico a cacau'.

Camus adorou o presente delicado e por isso não foi preciso muito esforço do grego para convencê-lo a usar diariamente. Milo, decidiu parar de ingerir qualquer derivado do chocolate, pois temia que algum resíduo ficasse em sua saliva e prejudicasse o namorado. Eles chegaram a experimentar o cupuate, mas resolveram não adotar, principalmente pela dificuldade de importar e pelo sabor diferente...

Com o tempo, todos foram se acostumando com a alergia do francês de tal forma que encaravam como normal. Kanon, Shura, Aioria e Máscara da Morte às vezes chegavam a esquecer do problema, tanto que, numa festa de amigo secreto, o geminiano deu uma garrafa de licor de cacau ao francês, que não viu outra solução a não ser devolver o presente. Agora tomavam cuidado ao preparar um prato, principalmente doce, pois sabiam que, se tivesse cacau deveriam prevenir Camus.

Alguns acidentes acabaram acontecendo e fazendo com que o francês tivesse novas crises alérgicas, mas desta vez foram mais amenas pela pouca quantidade ingerida. Milo sempre cuidava do amado com toda a sua dedicação e, afirmava a todos que depois que abandonou o vício, suas relações eram mais quentes. Descobriu também que, todos os benefícios que ele pensava serem causados pelo chocolate, na verdade era graças a um único componente, que muitas vezes fica na faixa dos 20 por cento da composição do chocolate, justamente a substância proibida para Camus: o cacau.

FIM


Desde já gostaria de agradecer aos reviews q recebi e os q eu ainda receberei. Muito obrigada pelo apoio. Em especial, devo agradecer à Amy, Carola, Angel, Rafaela (q falou do cupulate) e Sinistra Negra, que comentaram.

Obrigada por tudo! Bjs, povo a gente se vê por aí.