Droga Numero 2 - parte 2 de três

A cabeça latejava.

Esfregou os olhos para conseguir focalizar as imagens a sua frente, ficara um bom tempo desacordado e quando acordou estava nos braços do ruivo. Um ótimo lugar para se acordar, diga-se de passagem.

Pulou ao constar a proximidade dos corpos, quase colados. Perturbador com certeza.

-Eu...Eu desmaiei de novo! – Sorriu sem graça coçando a nuca.

-Viu mais alguma coisa além da árvore e da chave?- Frio e distante como sempre, se a resposta fosse diferente acharia que ele está doente.

-Não... Mas a árvore é grande. Não tem nenhuma igual aqui!

-E onde ela está?- Kamus estava desconfiado, árvores grandes não faltam em um parque.

-Ali, é uma Canafístula (1)... – Seguiu com os olhos a direção que era apontada. Uma árvore enorme. Circundada por plantas menores e era a única que não estava florida. Isso explica o fato de ser facilmente reconhecida. – Não é fácil achar uma planta dessas no Japão... – Andaram até as raízes dela que brotavam do chão como se fossem plantas separadas da principal.

-Certo... Mas e a chave? – Milo se abaixou próximo ao tronco. Passou as mãos pelas folhas caídas e pela terra vermelha, não viu nada. Sentiu algo duro contra a palma da mão e começou a escavar, era duro e frio, quando terminou viu que se tratava de algum tipo de metal. Era cor de bronze e parecia resistente, tinha algo gravado em cima.

-Um Lótus? – Milo perguntou. Os dois adquiriram uma cara de confusão.

-Significa conhecimento... – Milo concordou. Kamus se abaixou para analisar a placa mais de perto.

-Parece ter mais coisa escrita... - Kamus passou as mãos pela grama que crescia a alguma distância da árvore e escavou em volta com a ajuda de Milo.

-Deve ter quase meio metro de comprimento por um metro de largura! – Milo estava espantado. Além do lótus cravado estava escrito algo

Daí Aleluia àquela que chega.

Permanece a mina da ciência.

O conhecimento esquecido.

O desabrochar perdido.

Aqui jaz a triste rainha dos Assírios.

-Ka-Kamus o que isso quer dizer? –Segurou firme o braço do jovem ruivo.

-Não sei...

-Como assim não sabe!? – Sem perceber estava quase gritando.

-Por que está tão nervoso? – Riu debochado

-POR QUE ESTOU COM MEDO PORRA!!! –Se levantou rápido com uma expressão furiosa e ficaram em silêncio por algum tempo, até escutarem sons de passos. Viraram instantaneamente para fitar um homem vestindo uma túnica.

Seus cabelos era cor de lavanda, possuía olhos grandes e verdes e demonstrava estar surpreso.

-O que garotos como vocês fazem a essa hora aqui?- Seu semblante se tornou sério e assim se aproximou dos dois, levou um susto ao ver o produto das escavações. - Então... Acho melhor vocês dois virem comigo... – Se virou e estalou os dedos, assim algumas luzes se acenderam, estavam todas em fila e pareciam mostrar um caminho.

Assentiram com a cabeça e o seguiram

-Você também... – A pergunta de Milo foi interrompida por um movimento de mão do homem.

-Espere chegarmos à minha casa... Não é muito grande, mas poderão fazer suas perguntas lá sem perigo.

-Pe - perigo? Como assim? – Milo estava tremendo. Sentiu sua mão ser tomada pela de Kamus que a apertava com força. - Ka- Kamus...- Corou.

"A não! Não posso ficar corado!!!"

-Chegamos! – O Homem dos cabelos lavanda abriu uma porta de madeira, repleta de cadeados trabalhados.

-É... Enorme! – Milo olhava surpreso. Devia ser três vezes maior que a drogaria.

- Entrem e não se acanhem, eu vou pegar um chá para conversarmos... – Mu sumiu adentrando um corredor escuro e deixando os dois rapazes para trás, parados feito estátuas de frente para o mesmo corredor, Kamus ainda segurava a mão do rapaz loiro.

O silêncio tornava o espaço insuportável, os segundos pareciam intermináveis assim como o "tic tac" do relógio pendurado na parede. A casa, apesar de escura, era bonita, longas cortinas desciam do topo das longas janelas até o chão, eram esvoaçastes e de um tecido vermelho escuro fino, assim era possível ver o lado de fora. Uma fina garoa caia do lado de fora e as cortinas balançavam no ritmo do vento.

Logo o jovem voltou com uma chávena de chá fumegante e três xícaras, assim acendeu as luzes e se voltou para os visitantes.

-Sentem, por favor, vou responder as suas perguntas agora... – Apontou para um sofá vermelho. Sentaram-se e o rapaz os serviu. – Antes de começarmos a conversar, meu nome é Mu.

-Me chamo... – Mu interrompeu o loiro

-Você se chama Milo certo? Seu parceiro se chama Kamus. Gostaria de saber a mando de quem estão aqui...

-Nós viemos a mando do Green-AI! – Kamus havia chutado sua canela. Quase haviam quebrado um das regras impostas por Shion, nunca mencionar o nome da drogaria.

-Green o que? – Mu olhava confuso, pousou a xícara sobre o pires na mesa de centro e apoiou o rosto sobre as mãos.

-Green... am...Greenpeace sabe! – Milo deu um sorriso de lado enquanto Kamus batia na testa repetida vezes. Milo definitivamente não sabia mentir.

- Eu... Acho que, se querem saber alguma coisa, não devem tentar me passar a perna. Principalmente dessa forma ahn... Inusitada. – Milo abaixou a cabeça, envergonhado.

-Ahn... desculpe. – Olhava para o chão como uma criança depois de uma travessura, Kamus observava essa reação do loiro e se virou para Mu.

-Nós não podemos dizer para quem trabalhamos... Se, depois disso, não quiser nos contar, vamos embora e não tomaremos mais o seu tempo. – Mu sorriu e balançou a cabeça negando.

- Não acredito em coincidências, se vocês desenterraram aquela mensagem era por que estava previsto que isso aconteceria. Podem perguntar, eu irei responder. – Ele os olhava com atenção dobrada. Milo sentiu como se fosse transparente, mas mesmo assim o olhava nos olhos.

- Como... Como esses nossos poderes surgiram? – Milo aprendeu desde cedo a não se enganar com sorrisos. Alegria é o sentimento mais fácil de ser fingido e por isso não se sentia seguro naquela casa.

-Acreditem, eles não são recentes... Não sei como ou quando surgiram. - De alguma forma ele achava que Mu parecia de confiança.

-Você possui que tipo de habilidades? – Kamus perguntara dessa vez.

-Sou telecinético, quase como você, mas menos destrutivo... – Sorriu de novo para os dois jovens, queria deixá-los mais a vontade naquele ambiente, pelo visto, eles possuíam muitas perguntas e ele não possuía resposta para mais da metade delas.

- Aquela mensagem... O que quer dizer? – Milo apertava os joelhos e enrolava os dedos na barra da camiseta enquanto perguntava.

-Eu não sei dizer, mas acho que tem a ver com o fato que vai acontecer em algumas semanas... – Mu fechou os olhos e parecia apreensivo.

-Que fato é esse? – Kamus pela primeira vez se mostrava interessado de verdade, aquela situação era perturbadora de fato.

- O pentagrama de Vênus. A cada quatro anos o planeta Vênus faz um símbolo de pentagrama perfeito no céu. – Mu bebericou seu chá.

-E o que isso teria a ver? – Milo olhava confuso.

- É que... - Foi interrompido pelo giro da maçaneta e pela entrada de uma figura em casa. Usava uma grande capa de chuva e um guarda-chuva destroçado. – Ora, até que enfim chegou Shaka, está complicado explicar as coisas sem você! – Mu se levantou e foi até um armário no corredor voltando com uma toalha. O rapaz que acabara de entrar tirou as roupas molhadas e as galochas enquanto Mu esfregava a toalha em seu longo cabelo loiro.

-Explicar... Explicar o que? Não fiz nada de errado pelo que me lembre! – Seguiram juntos até onde Kamus e Milo estavam sentados, Shaka se sentou no lugar onde Mu estivera enquanto esse passava os dedos pelo cabelo molhado do outro o secando com a toalha.

-Eles... Estão na mesma situação que nós... Consegue sentir? – Mu pos a toalha envolta dos ombros do homem loiro e se sentou ao seu lado oferecendo sua xícara de chá. Shaka os observou de cima a baixo.

-Sim... Eu vejo claramente agora. – Shaka sorriu depois de beber um gole da bebida quente. – Até onde eles sabem?

-Até agora só pude contar sobre o pentagrama da Vênus... - Mu tomou a xícara da sua mão.

-Então temos dois virgens aqui! – Shaka exclamou com um sorriso. - Terminou de contar a história do pentagrama? – Parecia muito feliz, como uma criança que conta uma história aos pais.

-Na verdade não, era o que eu estava fazendo até você chegar... – Mu virou o rosto um tanto ofendido. Ah se ganhasse uma moeda a cada vez que o loiro contava essa história!

- Como pode deixar as crianças sem o clímax?! Deixe me ajudar o meu companheiro a contar a vocês! Shaka esfregou as mãos antes de voltar a falar

– Já ouviram falar das nove estrelas? - Sem esperar uma resposta ele prosseguiu - Diz que eles foram os primeiros de nós, cada um deles tinham poderes diferentes, mas hoje eu acredito que a maioria das pessoas "como nós" possui poderes inofensivos. Todas essas habilidades surgiram desses nove poderes principais, esses eram: Água, Solo Amarelo, Árvore Branca, Árvore Amarela, Solo Roxo, Metal Reluzente, Metal Opaco, Solo Vermelho e Fogo.

- Como o Feng Shui! – Milo o interrompeu surpreso. Shaka sorriu e voltou a falar.

-Sim! Como o zodíaco do Feng Shui! Isso se data antes da invenção da escrita. Acredita-se que foram grandes personalidades passadas e existem provas nos livros mais vendidos do mundo sobre isso!

-Harry Potter fala sobre as nove estrelas? – Milo perguntou com uma cara inocente.

-Hm... bem, na verdade eu estava me referindo a Bíblia sagrada e ao Corão , as principais escrituras para os católicos e os muçulmanos. Existem pessoas que acreditam que Jesus e Maomé eram como nós... "Especias"

-Como? – Milo e Kamus pareciam ainda mais confusos.

-Além deles, Budha, o líder japonês Oda Nobunaga... Entre muuuitos outros. – Mu interferiu na explicação também, sempre se empolgava quando tinham que explicar essa história.

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N/A: Olá saudações para quem Lê! XD

Esse é provavelmente o último capitulo do ano já que eu viajo dia 30 XDD

Outro aviso muito sério agora. Provavelmente até metade do ano que vem eu vou abandonar o fandom devido aos exames do PAS e coisa e tal. Eu queria deixar no início do ano, mas essa fic é muito importante pra mim... Então do início do ano que vem até o meio vai ser somente para eu terminá-la.

É isso, agradeço aos comentários

OBS:

Dados sobre a planta (isso é importante!!)

Nome científico: Senna multijuga
Nome popular: Canafístula, Aleluia.
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae.
Origem e ocorrência: Brasil,em várias regiões,especialmente
no Sul. Existe a espécie Senna spectabillis, muito semelhante, que ocorre no Nordeste do país.
Porte: Altura de 6 a 10m, tronco de 30 a 40cm de diâmetro.Folhas compostas de 20 a 40 pares de folíolos (pequenas folhas) arredondadas na extremidade na espécie multijuga e pontiagudas na extremidade na espéciespectabillis.
Características: Floresce entre Dezembro e Abril, em cachos de pequenas flores amarelas. Perde as folhas no inverno e quando floresce está em folhas novamente. Desenvolve-se a pleno sol. Os frutos em favas amadurecem entre Abril e Junho. A árvore é extremamente ornamental e pode ser utilizada isolada ou em grupo

Segundo - Eu sei que é vacilo o Shaka usar galochas coitado mas eu achei bem conveniente XD!

Terceiro - Qualquer semelhança com O Código Da Vinci não é mera coincidência...eu amo citar meus livros favoritos aqui XD..não é a toa que Milo disse que entrou em um livro de Lewis Carol. XDD

N/B1: PARA DE ESCREVER FANDOM!!!! Eu ODEIO esse termo! ME PARECE FONDOM, F! Me parece tudo, menos " fan zone" São 5 e 20 da manhã, fora que estamos ouvindo M. Manson ( Ka-boom Ka-boom) Tá uma mistureba essa fic, mas se eu entendi, vocês também vão entender XD Espero que tenham gostado deste capítulo. Bom Natal! Feliz Ano Novo! Byeeeee!!!

N/B2: Eu estou aqui de gaiato... Na verdade sou beta reader de fim de semana e estou aqui para dar sugestões floreadas e colocar vírgulas em todo espaço em branco (Você é um fracasso mesmo...) Eu sei que sou... Que seja, Fondom me lembra o jogador: "Fiz que fui mas não fui, terminei fondo", talvez esse termo criado pela Onime seja o plural quem sabe... Antes de dar um adeus simpático eu deixo minha doce ameaça: EU JURO, EU JURO PELA HONRA DE TODOS OS DEUSES DA HUMANIDADE, SE VOCÊ ABANDONAR O FANDOM, QUEM VAI TE ABANDONAR SÃO OS SEUS ÓRGÃOS INTERNOS!!! Pode deixar, eu faço isso... ¬¬ Dane-se... Feliz Natal, crianças , um ano novo cheio de belíssimas recordações e conquistas (tá vendo? A minha notinha tem umas 20 linhas e a da Onime tem quatro...)....

Obs1: Não tenho nenhum preconceito com as pessoas que falam Fandom... mas é que eu realmente não posso deixar de fazer piadinhas desse tipo(bem baratas...). Realmente, eu acho esse termo com muito pouca sonoridade, e pra mim, sonoridade é quase tudo!!!

Obs2: Eu não escrevo mais por que todos estão de saco cheio de mim! Eu pentelhei tanto os leitores q eles não me suportam mais XDDDD. Chega... fuis-me!!! Bjus!!!