FireKai: Bem, cá estamos nós de novo.
LaDiNi: Bem, demorámos um pouco para actualizar não foi?
FireKai: E de quem foi a culpa? .
LaDiNi: Ei, porque estás a olhar para mim?
FireKai: 00 hum… nada…
LaDiNi: Ainda bem. Ok pessoal, podem começar a ler.
Resumo do Capítulo Anterior: O Kai está sentado num bar, pensando no que lhe aconteceu quando a Salima, sua namorada, descobriu que o namoro entre ela e o Kai tinha como finalidade a ruína da empresa do seu pai. A Salima acabou tudo com o Kai e ele decidiu beber para esquecer. O Tala aparece no bar, disposto a vingar a morte do seu pai, causada pela perda de todos os bens da família, que tinham sido roubados por Voltaire Hiwatari, o avô do Kai. O Tala ampara o Kai quando este está quase a cair. Eles conversam e o Tala resolve levar o Kai a casa, com a finalidade de se vingar no Kai, pelo que o avô deste fizera. O Tala e o Kai apanham um táxi e finalmente, chegam à rua onde mora o Kai.
Capitulo III – A Oportunidade faz o Ladrão
Já te disse que consigo caminhar…
Não, Kai, ainda dás um tombo e rachas a cabeça… olha que linda figura que fazias a entrar no hospital, bêbado e 'rachado'.
Kai começou a rir às gargalhadas, corado do esforço de rir e de tanto beber, o próprio Tala sorria para si mesmo… Apesar de tudo, a companhia não era má de todo. Não, Tala! Não te esqueças do que vieste aqui fazer… Pai…
Aproximaram da porta; foi o Tala quem abriu a porta (o Kai não tinha pontaria) e juntos entraram. A casa era fabulosa! Ricamente decorada com quadros que iam de cima abaixo da parede, candelabros, estátuas, vasos chineses e tapetes persas que pareciam fundir-se com o chão aveludado da entrada.
Faz-te confortável… como é que é? Mi casa…. Mi casa…
Mi casa es tu casa…
Isso, isso… Bem, Tala, caro escultor, está à vontade… hn, como é que te tornaste isso…? – perguntou Kai, sentando-se no largo sofá carmim e encostando a cabeça, revelando o pescoço pálido. Tala sorriu como um predador e lentamente dirigiu-se ao jovem herdeiro.
Hummm… Sempre admirei a beleza dos nus… especialmente os masculinos. Queria transmitir essa admiração… por isso tornei-me escultor - disse, sentando perto de Kai e respirando-lhe para o pescoço, fazendo-o tremer. Estar nesta casa, é como um sonho, as esculturas são maravilhosas… já vi que és rico…
Hn… são as coisas que aquele saco de vento do meu avô deixou… - respondeu Kai, embriagado pelo cheiro do ruivo cada vez mais perto dele.
Mas, não é perigoso deixar toda a fortuna aqui, onde pode ser roubada?
A maioria está no banco, na conta da empresa…
Tala sorriu – era daquilo que ele estava à espera. Agora tinha que levar as coisas com calma ou o plano ia por água abaixo.
Hummm, interessante… e, como é que controlas o dinheiro? Nessa empresa, deves ter muitos fuinhas à espera de te sacar dinheiro…
Basta ligar à Internet e… aceder aos meus registos… ponho os códigos e vejo…
E que códigos são esses…?
Hn…
Kai estava a adormecer sem responder à pergunta. Sem pensar no que fazia, Tala fez a única coisa que lhe veio à cabeça para o manter acordado – beijou-o.
Sobressaltado, Kai abriu os olhos e olhou fixamente para os de Tala. Sentia-se perdido por aquele estranho cujos olhos pareciam tão… predadores.
Então, rico, queres brincar?
Sem raciocinar, Kai balbuciou algo como um "sim" e Tala lançou-se novamente aos lábios dele. Beijando, lambendo, Tala pediu entrada na boca de Kai e ele consentiu. As suas línguas enrolaram-se, tocando-se e pedindo mais. Mas Tala não deu.
Rico… também quero uma casa segura… diz-me… os códigos e as senhas – insistiu Tala, sussurrando aos ouvidos de Kai…
Estão… no meu porta-moedas… atrás do cartão de telefone, junto às senhas de entrada…
O ruivo sorriu matreiro e olhou para o rapaz debaixo dele.
O meu quarto é lá em cima… subimos?
Hummm, tenho que fazer uma chamadinha antes… sobe e espera por mim.
Com um beijo fugaz, Tala libertou-se do abraço de Kai e afastou-se. Depois de ouvir Kai subir as escadas e gritar um "despacha-te", Tala dirigiu-se ao casaco de Kai e retirou o cartão. Ligou o computador e a Internet e acedeu ao banco.
É agora!
Com as senhas, acedeu à conta desejada; era uma conta partilhada, continha todas as poupanças da empresa, adquiridas por Voltaire e pelos sócios. Perfeito. Finalmente pôs os códigos de entrada e verificou o saldo da empresa. Abriu outra página e utilizando a conta fantasma nas Maldivas que o seu pai tinha usado várias vezes para fugir a impostos, Tala transferiu todo o dinheiro da conta de Kai para a sua. Apagou os registos bancários, esvaziou-os da Reciclagem. Depois de desligar o computador, subiu as escadas, sentindo-se muito feliz… o seu plano estava em marcha, mas ainda faltava tratar de umas pontas soltas… que o esperavam no andar de cima…
Então? Não vens? – perguntou o Kai, que se encontrava no quarto, impaciente pela demora do ruivo.
Já vou. – disse o Tala, seguindo a voz do Kai, o que o iria levar ao quarto onde o outro rapaz se encontrava.
O corredor por onde passava agora estava decorado com tapeçarias vermelhas que cobriam todo o chão. Na parede viam-se vários retratos de olhar austero que, provavelmente, representavam outros membros da família Hiwatari. O Tala conseguiu reconhecer um desses retratos. Sem dúvida que nunca iria esquecer a cara da pessoa que tinha arruinado a sua vida e a do seu pai. Voltaire Hiwatari tinha um olhar frio e uma expressão de superioridade. Ao passar pelo retrato a vontade de vingança do Tala acentuou-se ainda mais. O arrependimento que tinha sentido por breves momentos passara completamente e sentia-se disposto a fazer tudo para acabar de vez com o que restava da família Hiwatari.
O Tala entrou no quarto onde estava o Kai. O Kai estava deitado em cima da cama, já tinha tirado a parte de cima da sua roupa e olhava para Tala com uma expressão de ansiedade. Além da expressão de ansiedade podia ver-se que ele também estava um pouco confuso. Era esse o efeito que o Tala estava à espera que a bebida tivesse nele. Ele queria que o Kai estivesse bem confuso para que não reagisse como normalmente reagiria. Decerto que o Kai, num estado normal, não iria revelar onde estavam as senhas de acesso ao dinheiro da empresa e muito menos iria estar disposto a ter relações sexuais com uma pessoa do mesmo sexo.
Demoraste muito tempo para fazeres a chamada. – queixou-se o Kai, exibindo uma expressão de desagrado.
Bem, agora estou aqui, por isso não precisas de esperar mais. – disse o Tala numa voz sensual e ao mesmo tempo, muito perigosa.
O Tala caminhou até à cama, despindo a sua camisola pelo caminho e atirando-a para o chão. Subiu para a cama e pôs seus braços à volta do pescoço de Kai. Os dois aproximaram a cara e beijaram-se.
Tala, decidido a chegar ao fim com a sua vingança pensou: Agora que te tenho na palma da minha mão Kai, vais ver o que é ser controlado, humilhado e por fim… destruído!
LaDiNi: Ei! E onde está o lemon?
FireKai: Não está.
LaDiNi: Como não estás? Que história é essa?
FireKai: Bem, ficou para o próximo capítulo.
LaDiNi: Hum… ok, mas tem de ser mesmo no próximo capítulo.
FireKai: Está prometido.
LaDiNi: Bem leitores, vão ter de esperar pelo próximo capítulo para lerem o que vai acontecer entre e o Kai e o Tala.
FireKai: Até à próxima!
